3.30.2009


Oi Márcia,

Tenho acompanhado sua coluna e hoje tomei coragem para escrever. Tenho 35 anos, casada há 7 anos e com duas meninas, uma de 7 e a outra de 4 anos. Estou muito infeliz no casamento, acho que fiz a escolha errada, fico com medo de me separar por causa de minhas filhas. Qual será a melhor saída para resolver este conflito?
Nome fictício: Simone

Simone
Que bom que você decidiu compartilhar sua dúvida, com certeza quando dividimos nossos receios sempre um pouco de luz aparece no caminho.
Pelas poucas informações que enviou suponho que casou grávida, o que muitas vezes, pelo inesperado da situação, gera muita tensão no início da vida a dois. A chegada do primeiro filho inaugura a família, vocês passaram rapidamente da condição de casal à de família.
O casal precisa de um tempo para se estruturar e se organizar e no seu caso parece que esse tempo foi muito pequeno, já marcado pelo compromisso de um filho.
Além disso, quando casamos levamos na bagagem diversas influências que podem ajudar ou complicar a relação conjugal.
Costumo dizer aos casais que me procuram que um fator de dificuldade é conciliar as diferenças já que um vem da família A, o outro da família B, então o desafio é criar um novo sistema C, onde os valores, projetos, afinidades, interesses deverão ser trabalhados a dois para a constituição dessa nova família.
Vocês conversam sobre a relação? Conseguem discutir as diferenças e caminhar para o consenso? Mantêm um espaço para o casal, com saídas a dois?
Existem alguns aspectos no casamento que são extremamente sensíveis ao stress, tais como:
· A sexualidade do casal
· Interferência das famílias de origem
· Divergências na educação dos filhos
· Diferenças culturais, sociais e econômicas
· Projetos comuns
· Planejamento financeiro

Avalie, junto com ele, estes pontos. Com certeza a principal causa da dificuldade da separação não é as filhas, mas sim tudo o que os uniu e precisa ser revisto e renovado.
Se puder, busque uma terapia de casal.
Muita paz e harmonia para vocês!

Caetano Veloso fala de CAJUÍNA

Numa excursão pelo Brasil com o show Muito, creio, no final dos anos 70, recebi, no hotel em Teresina, a visita de Dr. Eli, o pai de Torquato. Eu já o conhecia pois ele tinha vindo ao Rio umas duas vezes. Mas era a primeira vez que eu o via depois do suicídio de Torquato. Torquato estava, de certa forma , afastado das pessoas todas. Mas eu não o via desde minha chegada de Londres: Dedé e eu morávamos na Bahia e ele, no Rio (com temporadas em Teresina, onde descansava das internações a que se submeteu por instabilidade mental agravada, ao que se diz, pelo álcool). Eu não o vira em Londres: ele estivera na Europa mas voltara ao Brasil justo antes de minha chegada a Londres. Assim, estávamos de fato bastante afastados, embora sem ressentimentos ou hostilidades. Eu queria muito bem a ele. Discordava da atitude agressiva que ele adotou contra o Cinema Novo na coluna que escrevia, mas nunca cheguei sequer a dizer-lhe isso. No dia em que ele se matou, eu estava recebendo Chico Buarque em Salvador para fazermos aquele show que virou disco famoso. Torquato tinha se aproximado muito de Chico, logo antes do tropicalismo: entre 1966 e 1967. A ponto de estar mais freqüentemente com Chico do que comigo. Chico eu eu recebemos a notícia quando íamos sair para o Teatro Castro Alves. Ficamos abalados e falamos sobre isso. E sobre Torquato ter estado longe e mal. Mas eu não chorei. Senti uma dureza de ânimo dentro de mim. Me senti um tanto amargo e triste mas pouco sentimental. Qaundo, anos depois, encontrei Dr. Eli, que sempre foi uma pessoa adorável, parecidíssimo com Torquato, e a quem Torquato amava com grande ternura, essa dureza amarga se desfez. E eu chorei durantes horas, sem parar. Dr. Eli me consolava, carinhosamente. Levou-me à sua casa.D. Salomé, a mãe de Torquato, estava hospitalizada. Então ficamos só ele e eu na casa. Ele não dizia quase nada. Tirou uma rosa-menina do jardim e me deu.Me mostrou as muitas fotografias de Torquato distribuídas pelas paredes da casa.Serviu cajuína para nós dois. E bebemos lentamente.
Durante todo o tempo eu chorava. Diferentemente do dia da morte de Torquato, eu não estava triste nem amargo. Era um sentimento terno e bom, amoroso, dirigido a Dr. Eli e a Torquato, à vida. Mas era intenso demais e eu chorei. No dia seguinte, já na próxima cidade da excursão, escrevi Cajuína.

A letra Cajuína

Existirmos a que será que se destina
Pois quando tu me deste a rosa pequenina
Vi que és um homem lindo e que se acaso a sina
Do menino infeliz não se nos ilumina
Tampouco turva-se a lágrima nordestina
Apenas a matéria vida era tão fina
E éramos olharmo-nos intacta retina
A cajuína cristalina em Teresina



PIRÂMIDE ALIMENTAR

Alimentar é dar ao organismo os nutrientes necessários a sua manutenção. Os nutrientes são encontrados nos alimentos, que podem ser tanto de origem vegetal como animal. Os alimentos são partidos em pequenas porções pelos processos de digestão e absorção, que começa na boca, através da mastigação, e termina nos intestinos, onde os nutrientes são absorvidos, para serem usados nas células, tecidos, músculos, órgãos, enfim por todo organismo.

"Pirâmide Alimentar é um instrumento, de orientação para uma alimentação mais saudável". Ela constitui um guia para uma alimentação saudável, onde você pode escolher os alimentos a consumir, dos quais pode obter todos os nutrientes necessários, e ao mesmo tempo, a quantidade certa de calorias para manter um peso adequado.

A pirâmide possui 4 níveis com 8 grandes grupos de produtos, de acordo com a sua participação relativa no total de calorias de uma dieta saudável. Os alimentos dispostos na base da pirâmide devem ter uma participação maior no total de calorias da sua alimentação, ao contrário dos alimentos dispostos no topo da pirâmide, que devem contribuir com a menor parte das calorias de toda a sua alimentação. Cada grupo de alimentos é fonte de nutrientes específicos e essenciais a uma boa manutenção do organismo.

Grupo de pães, massas, tubérculos: Fonte de carboidratos, nutriente fornecedor de energia. Pães, massas e biscoitos integrais são ainda boa fonte de fibras, que ajudam no bom funcionamento do intestino.
Grupo das frutas e hortaliças: Ótimas fontes de vitaminas e sais minerais, dentre eles, antioxidantes que diminuem o efeito deletério do estresse oxidativo e dos radicais livres. Também possuem boa quantidade de fibras.
Grupo das carnes: São alimentos compostos basicamente de proteína, muito bem utilizada por nosso organismo para produção de tecidos, enzimas e compostos do sistema de defesa. Além disso, são ricas em ferro e vitaminas B6 (pirixodina) e B12 (cianocobalamina), tendo sua ingestão (nas quantidades adequadas) efeito preventivo nas anemias ferropriva e megaloblástica.
Grupo do leite e derivados: São os maiores fornecedores de cálcio, mineral envolvido na formação de ossos e dentes, na contração muscular e na ação do sistema nervoso. Além disso, possuem uma boa quantidade de proteína de boa qualidade.
Açúcares e óleos: são pobres em relação ao valor nutritivo, sendo considerados, por isso, calorias vazias.
Ingerir no mínimo 2 litros de água por dia é importante para manter o organismo equilibrado e hidratado.

Fontes: SBD e Dra. Sonia Philippi
Sandra Helena Mathias Motta
Nutricionista
Centro – 3323-3715
Vila Nova – 3326-5487
sandranutti@yahoo.com.br

3.27.2009

Na linha retrospectiva, alinhavamos alguns momentos de Preta Gil, filha de Gilberto Gil, cantora, ousada, polêmica e irreverente...

Alfinetadas:
Por Michelle Licory

2009 - Durante o desfile da Redley no Fashion Rio, Toni Garrido fez uma reclamação sobre a falta de negros na passarela. Preta Gil deu força: ''Já que ele falou, eu reitero. Negro também é grande consumidor no Brasil. Me visto como qualquer pessoa, e consumo. A moda não é democrática. No meu discurso (sobre padrão de beleza) eu continuo sozinha... Me pergunto se essas modelos são realmente bonitas. Pra mim, essas garotas são de outro planeta.”
Foto: Reprodução
Fonte: http://contigo.abril.com.br
Pano pra manga:
2008 - No principio, era só a foto de uma “famosa” levando um “caldo” na badalada praia de Ipanema, no Rio. Depois vieram as piadas, a mágoa e finalmente o processo de Preta Gil contra os humoristas do programa “Pânico na TV” por danos morais. A decisão judicial em primeira instância saiu e eles foram condenados a pagar R$ 100 mil à cantora. O resultado da ação serviu para ela expurgar a paranóia que ela não tinha, mas que adquiriu ao longo do episódio – Preta ficou nove meses sem ir à praia -, e também para ela começar a pensar em ajudar outras mulheres. A cantora quer usar a indenização para montar uma ONG que pretende ajudar gordinhas a lidar melhor com o corpo.
Foto: Reprodução
Fonte: Ego - Notícias
Pouco pano: 2003 - A cantora e atriz, Preta Gil, lançou seu primeiro disco com grande ousadia. (Foi muita linha pra pouco pano!) A capa do primeiro álbum da filha de Gilberto Gil, traz Preta Gil do jeito que veio ao mundo, ou seja, nua.

O disco intitulado "Prêt-à-Porter" ('pronto para vestir', no Francês), da gravadora Warner. Na capa mostra Preta enrolada 'para presente' nas famosas fitas de Nosso Senhor do Bonfim. A surpresa veio no encarte, onde a cantora aparece com os seios e o bumbum de fora.

Preta revelou que a vontade de mostrar seu corpo é antiga, mas não realizou antes por não se encaixar nos padrões convencionais de beleza. "Já que nenhuma revista vai me convidar para posar nua, resolvi aproveitar o encarte de meu CD para realizar esse sonho, pois é um espaço meu e eu posso fazer o que eu quiser", declarou a cantora em uma entrevista.

Para a revista Época, Preta disse que é "gordinha sim" e que não pretende ser Gisele Bündchen. "Já tive um filho, quilos a mais, estrias e celulite. Fiz lipo, tomei remédio, fui parar no hospital por ficar sem comer. Hoje acho meu corpo bonito, sensual".
Fonte: http://portalamazonia.globo.co

A capa com o Preta Gil nua e mais aqui!

3.25.2009

A arte de gostar de mulher

Rafael Marti

Ainda nos meus tempos de graduação em jornalismo na Uerj, fui assistir a uma palestra do fotógrafo André Arruda, que foi do JB, Globo e trabalhava, entre outras coisas, com moda. Em determinado momento da palestra ele relatava a sua experiência em fotografar nu artístico e soltou a seguinte frase: "para fotografar nu feminino é preciso gostar de mulher". Eu sorri, porque na minha cabeça aquilo parecia meio óbvio, mas antes que qualquer um fizesse algum comentário ele completou. Não se trata de gostar de mulher no sentido sexual, ter tesão por mulher nua, essas coisas. Isso pode ter também. Mas se trata de gostar de mulher em um sentido mais profundo. Gostar do universo feminino. Observar que cada calcinha é única, tem uma rendinha diferente e ficar entretido com isso afirmou.
O fato é que eu concordo com o conceito do Arruda sobre gostar de mulher.
Não basta ser heterossexual, o machão latino. Para gostar de verdade de uma mulher são necessários outros requisitos que são raros. Por isso a mulherada anda tão insatisfeita.
Sensibilidade é fundamental. Paciência também. O homem que não tem paciência para escutar a necessidade que a mulher tem de falar, ou sensibilidade para cativá-la a cada dia não gosta de mulher. Pode gostar de sexo com mulher. O que é bem diferente.
Gostar de mulher é algo além, é penetrar em seu universo, se deliciar com o modo com que ela conta todo o seu dia, minuto por minuto, quando chega do trabalho. Ficar admirando seu corpo, ser um verdadeiro devoto do corpo feminino, as curvas, o cabelo, seios. Mas também cultuar a sagacidade feminina, sua intuição, admirar seu sorriso que é muito mais espontâneo que o nosso.
Gostar de mulher é querer fazer a mulher feliz. Levar flores no trabalho sem nenhum motivo a não ser o de ver seu sorriso. É escutar pacientemente todas as queixas da chefa rabugenta, que provavelmente é assim porque seu homem não gosta de mulher.
O homem que gosta de mulher não está preocupado em quantas mulheres ele comeu durante a vida, mas sim com a qualidade do sexo que teve.
Quantas mulheres ele realizou sexualmente, fazendo-as se sentirem desejadas, amadas, únicas, deusas, na cama e na vida.
O homem que gosta de mulher não come mulher. Ele penetra não só no corpo, mas na alma, respirando, sentindo, amando cada pedacinho do corpo, e, é claro, da personalidade.
"Para viver um grande amor é necessário ser de sua dama por inteiro", afirmou Vinícius de Morais no poema Para Viver um Grande Amor. Para amar verdadeiramente uma mulher o homem deve ser totalmente fiel, amá-la até a raiz dos cabelos. Admirá-la, se deixar apaixonar todo dia pelo seu sorriso ao despertar e principalmente conquistá-la, seduzi-la, como se fosse a primeira vez. O homem que não tem paciência, nem tesão, nem competência para lhe seduzir várias e várias vezes, esse, minha amiga, não se iluda, não gosta nem um pouco de mulher.
Conquistar o corpo e a alma de uma mulher é algo tão gratificante que tem que ser tentado várias vezes. Só que alguns homens, os que não gostam de mulher, querem conquistar várias mulheres. Os que gostamos de mulher é que conquistamos várias vezes a mesma mulher. E isso nos gratifica, nos fortalece e nos dá uma nova dimensão. A dimensão da poesia, do amor e em última instância do impenetrável universo feminino. Mas atenção amigos que gostam de mulher: gostar de mulher e penetrar em seu universo não é torná-las cativas e sim libertá-las, admirá-las em sua insuperável liberdade.
Uma das músicas com que mais me identifico é uma em inglês - por incrível que pareça, para um nacionalista e anti-imperialista convicto. É a Have you really loved a woman? Do cantor Bryan Adams. A música foi tema do filme Don Juan de Marco, e em uma tradução livre quer dizer "você já amou realmente uma mulher?". Em toda a música o cantor fala sobre a necessidade de se conhecer os pensamentos femininos, sonhos, dá-la apoio, para amar realmente uma mulher.
Essa música é perfeita. Como se vê, gostar de comer mulher é fácil.
Agora gostar de mulher é dificílimo. Precisa ser macho de verdade para isso.
Quem se habilita?

Rafael Martí é jornalista e gosta muito de mulher, mas só tem olhos para sua morena linda.

3.24.2009


LENINE INDISPENSÁVEL



Lenine é um dos tantos artistas brasileiros que ainda fazem MÚSICA. Diferente de alguns tantos também consegue entrar na mídia, mais segmentada é verdade, mas o suficiente para divulgar seu trabalho e ser respeitado pelos mais diversos tipos de ouvintes. Por isso também é difícil classificar o seu som. Talvez o termo mais apropriado seja World Music. Com uma roupagem pop, misturando ritmos nordestinos como baião, coco, frevo e maracatu o pernambucano ainda encontra espaço para o samba, tudo embalado com a mais pura energia do rock. Lenine também sempre trabalha baladas com letras poéticas e melodias dissonantes e impressiona como tudo que faz soe ‘torto’e inovador. Letrista de muito bom gosto, consegue combinar muito bem o que fala e o que toca , o que o torna realmente um compositor diferenciado. Extraída do DVD ‘MTV Acustico’, a música Paciência é um bom exemplo do que é capaz esse violonista,cantor, compositor, arranjador e poeta.

Biffe é músico,jornalista,professor de bateria
e proprietário do Instituto Musical Marcelo Biffe
Contatos: 24 9945-1131




ALIMENTAÇÃO E OSTEOPOROSE

Osteoporose é a perda de massa óssea. Especificamente, osteoporose se refere à perda suficiente de massa óssea a ponto de causar fratura diante do mínimo trauma ou, até mesmo, sem trauma. É um processo influenciado por múltiplos fatores, alguns modificáveis e outros não. Entre os fatores modificáveis que contribuem para o desenvolvimento da osteoporose podemos citar o nível de estrogênio no sangue, a atividade física, o estado nutricional, a propensão à quedas e o pico de massa óssea. Os fatores não modificáveis são, principalmente, a idade, a raça, o sexo e a genética. O osso é o local de estocagem de mais de 90% do total de cálcio.

Levando-se em consideração que o aporte de cálcio no organismo feminino é relativamente menor, as mulheres adultas, principalmente aquelas que se aproximam da meia idade, devem investir em uma alimentação mais enriquecida com esse mineral, não abrindo mão do leite e seus derivados como queijos, iogurtes, coalhadas e também os vegetais de folhas verdes escuras (brócolis, couve-flor, espinafre e escarola), gema de ovo, sardinha, ostra e açaí.

O metabolismo do cálcio inicialmente se dá no intestino delgado, onde cálcio e fósforo são absorvidos por ação da vitamina D. A absorção do cálcio, não pode ser aumentada quando há deficiência do mesmo e de vitamina D.

A vitamina D, por sua vez, é obtida a partir da dieta e é ativada na pele por ação da irradiação solar. A vitamina D também estimula a reabsorção óssea, aumentando os níveis de cálcio no sangue. A absorção de cálcio e os níveis de vitamina D se reduzem nos estados de deficiência de estrogênio e retornam ao normal quando há reposição deste hormônio.

Alimentos ricos em vitamina D

óleo de fígado de bacalhau
peixes como salmão, atum e sardinha
leite
margarina
ovos
fígado

Alimentos ricos em estrógeno

Soja
Verduras de folhas verdes escuro
Fazer uso desses alimentos sem a orientação de um nutricionista, pode se perigoso para sua saúde. Devido que alguns alimentos não interagem bem com outros e a absorção de nutrientes pode não acontecer da forma esperada.


Sandra Helena Mathias Motta
Nutricionista – 09100018
Centro – 3323-3715
Vila Nova – 3326-5487
Cel – 8813-4072
sandranutti@yahoo.com.br

Ingressos para show de Renato Teixeira já podem ser trocados


Volta Redonda

Começa nesta segunda-feira, 23, no Centro Cultural Fundação CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), a troca de alimentos não perecíveis por ingressos para o show do cantor e compositor Renato Teixeira (foto). A Orquestra Sinfônica da Fundação CSN recebe o cantor, num concerto especial, em comemoração dos 68 anos da Companhia. A apresentação será no dia 9 de abril (quinta-feira), no Cine 9 de Abril, a partir das 19h. A classificação é livre.

A entrada poderá ser adquirida de segunda a sexta-feira, de 8h às 18h. Os alimentos arrecadados serão doados a instituições de caridade da região.

O Centro Cultural Fundação CSN fica na rua 21, Vila Santa Cecília.
O Cine 9 de Abril fica na rua 14, Vila Santa Cecília.

3.23.2009

Correnteza

Composição: Antonio Carlos Jobim / Luiz Bonfá


Correnteza

A correnteza do rio vai levando aquela flor
O meu bem já está dormindo
zombando do meu amor
zombando do meu amor

Na barranceira do rio o ingá se debruçou
E a fruta que era madura
a correnteza levou
a correnteza levou
a correnteza levou, ah

E choveu uma semana e eu não vi o meu amor
O barro ficou marcado aonde a boiada passou
Depois da chuva passada céu azul se apresentou
Lá na beira da estrada vem vindo o meu amor
vem vindo o meu amor
vem vindo o meu amor

Ôu dandá, ôu dandá, ôu dandá, ôu dandá

E choveu uma semana e eu não vi o meu amor
O barro ficou marcado aonde a boiada passou

A correnteza do rio vai levando aquela flor
E eu adormeci sorrindo
Sonhando com nosso amor
Sonhando com nosso amor
Sonhando...

Ôu dandá ...




Eternamente, Clô!

Falar de Clodovil Hernandes, "dá muito pano pra manga"!... Aqui, uma pequena homenagem para "O Imortal da Moda Brasileira".

Como estilista, Clodovil ou Clô, como alguns o chamavam, era talentoso e criativo. De personalidade irreverente, sabia muito bem dar suas alfinetadas com muito bom humor! Formou-se professor, depois de estudar em colégio interno, e desde bem jovem, seu talento para a moda já se destacava. Como estilista de Alta Costura influenciou a moda brasileira. Inteligente e versátil, trabalhou fazendo shows, teatro, figurinos teatrais, e também socializou a moda através de vários programas na TV. Deixou tudo!... (Segundo dizem, ele andava decepcionado com os rumos da moda!) Em 2006 foi eleito Deputado Federal com altíssimo índice de votação, por São Paulo..


Pérolas do Discurso Político de Clodovil...

"Digo aos senhores que a única coisa de que tenho medo --já me fizeram muito medo aqui, como estrangeiro que sou nesta Casa-- é da expressão 'decoro parlamentar'. Eu não sei o que é decoro, com um barulho destes enquanto um deputado fala. Eu não sei o que é decoro, porque aqui parece um mercado! Nós representamos o país! Não entendo por que há tanto barulho enquanto um orador está falando. Nem na televisão, que é popular, fazem isso."

Primeiro discurso na Câmara dos Deputados, em 2007


Só hoje, a poesia dá lugar para "o não tão poético" das pérolas de Clô!...

"-Aff! Esse papo não combina com meu perfume francês"

"-Família é que nem dente: quanto mais longe um do outro melhor, pra não juntar sujeira no meio" "

-Menina você tem uma cara de Galeria Pagé! Mas que coisa hein..."

"-Tão bonita, tão talentosa, e com uma cabeçona desse tamanho, parece um caqui japonês...."

"-Menina, você está enoooorrrme! Minha nossa! Cuidado com os operários, hein! Essa gente adora mulheres assim"

"-Querida, o máximo que você poderá vir a ser é Rainha da Primavera Gay de Rondonópolis!"

"-Não adianta, quem nasceu para Maria do Bairro, nunca vai ser Maria Clara Diniz!"

"-Olha essa blusinha até que é bonitinha, mas como você está muito gorda, ficou péssimo"

Clodovil Hernandes (17/06/1937 - 17/03/2009).


"Fotos: Clodovil Hernandes, na época estilista, em uma capa de revista "Cruzeiro" de 1971. Ao centro, o deputado Clodovil em 2009. A última, o estilista num desfile de suas criações (sem referência de data e local)."

Fotos: Reprodução
Fontes: Folha Online e Nitro G

Veja mais...

Limara Lis
Editora: V Vitrine - www.vvitrine.blogspot.com
V Vitrine Literária - www.vvitrineliteraria.blogspot.com

DISCOMUNAL ,UM DISCO OBRIGATÓRIO (RARIDADE)

Discomunal, um disco obrigatório que deveria ser reeditado em CD.

por Sérgio Lima

Em 1968 o quarteto 004, que hoje não existe mais, para promover o lançamento do seu primeiro disco, fez um show que depois virou um disco memorável: Discomunal.

Neste show, o quarteto 004 reuniu um time de craques. Estavam presentes Baden Powell, Marcia, o hepteto de Paulo Moura, Chico Buarque, Eumir Deodato e o maestro Antônio Carlos Jobim.

A apresentação do espetáculo ficou a cargo de Millor Fernandes. Vejam como ele apresentou Tom Jobim:

O Tom participa de 3 faixas no disco tocando piano. A primeira música é Bom Tempo, do Chico, junto com Chico Buarque, o quarteto 004 e Eumir Deodato. Depois vem Retrato em Branco e Preto, um arraso! E finalmente "Wave" - ou na versão em português com letra: “Vou te contar”. O Chico Buarque, na entrevista que ele deu pra gente e está neste site, disse que ele só escreveu esta frase da música. O resto é tudo letra do Tom.
Vocês não podem deixar de ouvir este disco.

Discomunal - Gravado Ao Vivo No Teatro Toneleros
Este álbum é um registro histórico de um encontro de grandes artistas, ocorrido no Teatro Toneleros em 1968. O show aconteceu para o lançamento de estréia do disco do Quarteto 004, um grupo vocal na linha do MPB 4. O espetáculo foi apresentado pelo escritor e humorista Millôr Fernandes e teve a participação (além do Quarteto 004) de Tom Jobim, Baden Powell, Chico Buarque, Hepteto Paulo Moura, Eumir Deodato e Márcia. Não é preciso dizer mais nada, né? O toque tá dado...

LINK PARA DOWNLOAD:
http://rapidshare.com/files/200142143/Discomunal-zl.zip


Márcia,

Tenho 25 anos e até hoje não decidi que profissão seguir, isto me deixa muito angustiada. Comecei o curso de Direito por causa do meu pai, não gostei e parei. Depois, por influência do meu avô materno, fui fazer Odontologia, também não me encontrei. Agora minha mãe tem insistido para que eu faça Psicologia, diz que tem tudo a ver comigo e também era o curso do sonho dela, mas não conseguiu fazer.
Você acha que tem alguma coisa que possa fazer para sair deste conflito?
Aguardo sua resposta ansiosa. Obrigada.

Nome fictício: Aline

Oi Aline,

O momento da escolha profissional, em geral, é muito angustiante.
O receio de errar, de perder tempo, de não ser bem sucedido, tudo isso aparece nessa hora.
Pelo que relatou a família tem tentado ajudar decidindo por você, o que de fato não resolve, só aumenta sua confusão.
Você pergunta se tem algo a fazer, claro que sim.
Buscar a psicoterapia para ajudá-la a entender e solucionar o que a aprisiona e a impede de caminhar em direção a vida adulta me parece de fundamental importância.


Uma das portas de acesso ao mundo adulto é a profissão e o trabalho.
Será que você está com receio de crescer, de enfrentar novas formas de viver? A independência a assusta? Reflita!
Quanto à escolha profissional três condições são fundamentais:
BUSCAR O CONHECIMENTO DE SI MESMA (quem você é, seus gostos, interesses, afinidades)
BUSCAR CONHECER AS PROFISSÕES
(saber o que faz, o que estuda, o mercado de trabalho, onde estudar) e por último,
INTEGRAR OS DOIS CONHECIMENTOS ANTERIORES
(quem eu sou combina com o perfil da profissão que penso escolher?)
Além disso, converse com as pessoas, discuta suas dúvidas, procure interagir com quem exerce a atividade que pretende, mas NA HORA DE DECIDIR, DECIDA SOZINHA!
Um bom trabalho de Orientação Vocacional e Profissional também está indicado.
Desejo que encontre o melhor caminho.

Psicóloga, Psicanalista, Terapeuta de Casais e Famílias, Orientadora Vocacional e Profissional.
Estabelecida há 30 anos na cidade do Rio de Janeiro.

O objetivo deste espaço é gerar a possibilidade de reflexão em torno do tema proposto e de maneira nenhuma poderá substituir o processo psicoterápico.
· A identidade de quem pergunta será sempre preservada.

3.21.2009

"Som sobre tom"

Texto de Carlos Drummond de Andrade

"Som sobre tom"

Abro a janela, e em minha paróquia não visitada por sabiás, um sabiá está cantando. O ouvido não se enganou, e é fácil de explicar. Nesta manhã, um sabiá múltiplo e comemorativo gorjeia em cada árvore de cada bairro do Rio, da Tijuca ao Leblon, pela chegada dos cinquenta anos do sabiá-mor, vulgo Tom Jobim.

O pássaro desenvolve um canto geral, em nome das aves amadas por Tom, inclusive o matita-perê, que não nasceu lá muito melodioso, e o jereba, ou urubu de cabeça vermelha, do qual obviamente não se exigem primores vocais. E sua ária festiva é justa homenagem da natureza ao compositor que soube captar para nós, entre canções de amor sofrido ou exultante, a palpitação, o lirismo surdo, o secreto recado das águas de março, das madeiras e lejes que compõem o mais antigo cenário de vida. Cenário que vamos destruindo metodicamente, em vez de preservá-lo e restaurá-lo como opção para o triste viver urbano a que nos condenamos por inclinação suicida.

Porque Tom é isso aí: o vibrátil rapaz da cidade, que leva para Ipanema e leblon uma alma ressoante de rumores da floresta, perto da qual ele nasceu. Se ama o papo no bar, com amigos ("a cerveja locupleta os vazios da alma", diz ele), será por invencível delicadeza, que ainda agora o fez declarar a Cristina Lira: "Eu só tenho feito gostar das pessoas". E reconhecendo que "as conversas de bar procuram o longo caminho do equívoco", um dia propôs a um amigo distante "estabelecer sesmarias aéreas" de sociedade com ele. Tom sabe voar sobre miudezas e convencionalismos que atrapalham a verdadeira comunicação, sob aparência de estimulá-la.

Se vai aos Estados Unidos, para gravar sua música em nível técnico mais apurado, até nisto segue política de pássaro, que emigra na hora sazonal e volta religiosamente ao habitat na hora certa. E ao voltar, continua tão brasileiro quanto era ao sair, que isso é raiz e sobrenome dele: Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, nos papéis civis. De resto, incriminá-lo de americanização, a mim parece inverter o sentido das coisas. Tom leva para a América do Norte uma límpida, sensível imagem brasileira, que lá nos faz menos desconhecidos e até amados por quem distingue, através da música, o temperamento nacional de que ela resulta. (Exportação cultural, que corresponde ao nosso interesse econômico.)

Esse generoso, espontaneo ser urbano-silvestre que é o maestro Jobim representa muita coisa mais do que uma sensibilidade pequeno-burguesa que modula crônicas de amor para consumo da classe média, a que logo adere uma suposta classe alta. É antes um criador musical que concentra o espírito do Brasil antigo, situando-o na atualidade sob condições novas. Estabelece uma continuidade emocional em formas tão cristalinas que sentimos, graças ao seu talento, a novidade dos estados permanentes de alegria, tristeza e cisma, vividos pela nossa gente, à margem de estilos e modas. Um Nazaré e um Tom dispensam colocação didática na história da música brasileira. E em Tom esse sentir brasileiro é também um sentir dos ventos, das ramagens, dos seixos, das vozes de passarinhos, que não são cariocas nem fluminenses, é a "geologia moral" do Brasil, que procuramos esquecer mas subsiste como explicação maior da gente.

Tom Jobim, deputado eleito pelos sabiás, canários e curiós para falar, não aos povos da Zona Sul, mas a toda criatura capaz de ouvir e de entender pássaros, trazendo-nos uma interpretação melódica da vida. Isso que ele faz tão bem, cativando a todos. Ou a quase todos, pois seria vão esperar que os amantes do barulho erguido à categoria de música estimassem o antibarulho, o refinamento do som organizado em fonte de prazer estético e explicação do homem por si mesmo. O som de Tom, o som que uma fada (iara, sereia, camena?) lhe deu há 50 anos, presente das matas da Tijuca ao futuro morador do Leblon, ao mais despreocupado dos mestres, e por isso também o mestre que é mais agradável reverenciar.

Salve, Tom, em claro e meigo Tom!

Luiza - Edu Lobo & Tom Jobim

3.17.2009

Caminhos Cruzados

Composição: Tom Jobim / Newton Mendonça

Quando um coração que está cansado de sofrer,
Encontra um coração também cansado de sofrer,
É tempo de se pensar,
Que o amor pode de repente chegar.

Quando existe alguém que tem saudade de outro alguém
E esse outro alguém não entender,
Deixa esse novo amor chegar,
Mesmo que depois seja imprescindível chorar.

Que tolo fui eu que em vão tentei raciocinar
Nas coisas do amor que ninguém pode explicar!
Vem, nós dois vamos tentar...
Só um novo amor pode a saudade apagar.


Black Rio em Movimento


Gosto é uma coisa inexplicável. Pode ser moldado, lapidado, mas sempre tem algo muito pessoal. Baseado nisso e ouvindo novamente o disco Movimento, último lançamento da Banda Black Rio, é que percebi dois extremos: tem coisas maravilhosas e outras equivocadas. O trabalho da banda com a formação original, mesmo quando gravou músicas com arranjos mais simples era mais consistente. Músicas como Carrossel, Magia do Prazer, Tomorrow e Aquarius são lamentáveis enquanto Nova Guanabara, Mistérios da Raça, Sexta-Feira Carioca, Deixa-me Sonhar e Candeia seguem no padrão da Black Rio original. A levada do baixo de Cláudio Rosa em Deixa-me Sonhar é top e os arranjos voltados para o funk, mas com uma pegada brazuca são do mais alto nível. Produzido por William Magalhães, tecladista e filho do maestro Oberdan Magalhães, saxofonista e mentor da Black Rio, o disco conta com músicos do mais alto nível além da participação do trombonista Lúcio, integrante da formação original. Pesquisando com o jornalista Marcus Modesto sobre a discografia da banda, encontramos um vídeo raro que tem como surpresa a participação do grande tecladista barramansense, Reginaldo Francisco, o Dom Pi. O filme é de 1982 com a música Central do Brasil e a Black Rio em grande performance.Assistam!

Biffe é músico,jornalista,professor de bateria
e proprietário do Instituto Musical Marcelo Biffe
Contatos: 24 9945-1131


LEITE MATERNO


O aleitamento materno é considerado um dos pilares fundamentais para a saúde das crianças em todo o mundo. A superioridade do leite humano como fonte de alimento, de proteção contra doenças como: otite, alergia, vômito, diarréia, pneumonia, bronquite, meningite entre outras. Especialistas do mundo inteiro recomendam a amamentação exclusiva por 6 meses de vida do bebê e complementado até o final do segundo ano de vida. Apesar das abundantes evidências científicas da superioridade do leite materno sobre outros tipos de leite, ainda é baixo o número de mulheres que não amamentam seus filhos de acordo com as recomendações.

Por ser um alimento completo, promove a hidratação por possuir água e desenvolve a inumo proteção por ser rico em anticorpos, enzimas, gorduras, vitaminas, sais minerais, proteínas e carboidratos tão necessários para o desenvolvimento da criança.


Composição do leite materno por 100 mL


Calorias: 70 Kcal
Proteína: 1,1g
Lipídios: 4,2g
Carboidrato: 7,0 g
Vitamina A: 190 mcg
Vitamina D: 2,2 mcg
Vitamina E: 0,18 mg
Vitamina K: 1,5 mcg
Vitamina C: 4,3 mg
Tiamina ou vitamina B1: 16 mcg
Riboflavina ou vitamina B2: 36 mcg
Niacina ou vitamina B3: 147 mcg
Piridoxina ou vitamina B6: 10 mcg
Folato: 5,2 mcg
Vitamina B12: 0,03 mcg
Cálcio: 34 mg
Fósforo: 14 mg
Ferro: 0,05 mg
Zinco: 0,3 mg
Cloro: 1,1 mEq
Sódio: 0,7 mEq
Potássio: 1,3 mEq
Água: 87,1 mL

O leite materno já vem pronto, não dá trabalho e na temperatura ideal.

Sandra Helena Mathias Motta
Nutricionista
Centro: 3322-3715
Vila Nova: 3326-5487
Celular: 8813-4072
sandranutti@yahoo.com.br

Segredos do Batom Vermelho

Vermelho I

Agora, o que mais desejo
Desejo em vermelho
Do beijar tua boca vermelhaça
E bela... como um mar de rosas
Rosas vermelhas...
De um vermelho-sangue ardente
Molhado... e quente
Não um molhado de mar
Mas um molhado de gente... da gente.

Bruno Bezerra


Segredos do Batom Vermelho:

Numa variedade enorme de cores vermelhas, você pega o mostruário de batons e vem a dúvida: Qual deles você deve comprar?... Acha difícil escolher, não é? Mas algumas dicas podem ajudá-la:

O batom vermelho é sensual, elegante e um clássico da beleza. Alguns dizem que você precisa saber usar para não parecer vulgar. Outros dizem que vulgar é um certo comportamento, que pode vir acompanhado de batom vermelho ou sem batom nenhum... Portanto, o que vulgariza não é o batom.

São basicamente três fatores importantes que definem a escolha do batom vermelho: Seu tom de pele, sua idade e o formato de seus lábios.

A recomendação é testar as cores numa loja, sem pressa nenhuma... Passe o dedo no batom e dê batidinhas nos lábios.

Na faixa dos 20 anos: O vermelho vivo é ótimo para dar um efeito moderno e divertido. É só passar o bastão normalmente.

Na faixa dos 30 anos: Pode usar vermelho em todos os tons. Preferencialmente preencha os lábios com um pincel.

Na faixa dos 40 anos: Normalmente nesta fase de vida os lábios estão mais finos, por isso use os tons mais claros de vermelho, e com brilhos. (Para dar ilusão de volume.) Já para usar à noite, os tons vibrantes e mais para o vinho.

Na faixa dos 50 anos: Tons vermelhos alaranjados e puxados para o marrom ficarão incríveis! Defina os lábios com um lápis na mesma cor do batom. (Não use o contorno com lápis mais escuros que o batom pois isto envelhece.)

Quanto a espessura dos lábios:
  • Finos: Não use tons escuros como o vinho, por darem ilusão de menores. Portanto os vermelhos claros como vermelho-maravilha são ideais.
  • Médios: Use todos os tons de vermelho; dos claros ao escuros.
  • Grossos: Use os mais discretos como vermelho-rosado.
O vermelho ideal para cada tom de pele:
  • Branca: vermelho puro.
  • Oriental: vermelhos vivos.
  • Morena: os cerejas.
  • Negra: acastanhados.
Make para mulheres de personalidades discretas: Batom vermelho-laranja, com blush em tons terra e sombras neutras e opacas (sem brilho). Não use blush rosa nesta produção para ficar mais sofisticada!

Make para mulheres sensuais: Para as noites de festa onde é permitido o uso de decotes e saltos altos, use os tons de vinho, acompanhe de delineador e blush em tons terra, e nos olhos em sombra grafite.

Make para mulheres modernas: Para ficar mais leve, durante o dia use batom vermelho-vivo e apenas rímel preto. Já para a noite, use o mesmo batom com delineador e sombras escuras esfumaçadas.

Mais truques mágicos:

  • Use sempre lápis na mesma cor do batom para contornar os lábios, antes da aplicação. Evita que o batom escorra.
  • Espalhe o batom com pincel seguindo o desenho da boca. Evita manchas.
  • Para resultados suaves e discretos aplique o batom com os dedos.
  • Excessos são retirados com uma leve pressão de um lenço de papel.
  • Não esqueça de levar o batom na bolsa, para retoques.
  • Os batons vermelhos mais fáceis de usar são os sem brilho.
  • Para os lábios muito finos, finalizar com gloss avermelhado, retirando o excesso com lenço papel ou guardanapo.
Fonte: M de Mulher - mdemulher.abril.com.br

Limara Lis

Editora: V Vitrine - www.vvitrine.blogspot.com

V Vitrine Literária - www.vvitrineliteraria.blogspot.com

3.16.2009

‘Vem Andar Comigo’

(Jota Quest)

Basta olhar no fundo dos meus olhos
Pra ver que já não sou como era antes
Tudo que eu preciso é de uma chance
De alguns instantes

Sinceramente ainda acredito
Em um destino forte e implacável
Em tudo que nós temos pra viver
É muito mais do que sonhamos

Será que é difícil entender
Porque eu ainda insisto em nós
Será que é difícil entender
Vem andar comigo…

Vem, vem meu amor
As flores estão no caminho
Vem meu amor
Vem andar comigo


Márcia,
Estou com 37 anos, sou solteira, tenho meu apartamento e vivo só.
Moro no Rio de Janeiro, tenho estabilidade financeira e me sinto realizada no trabalho, enfim, uma vida boa.
Acontece que estou muito aflita, me apaixonei por um “garoto” de 20 anos, estagiário da empresa que trabalho, estou em pânico. Não sei se encaro ou se saio correndo.
Uma relação assim tem chance de dar certo? Me ajuda! Obrigada pela oportunidade.

Nome fictício: Suely

Suely,
Você não é a única que se apavora diante de uma situação assim. Vários fatores, principalmente os culturais e sociais, levam as pessoas a desistirem de viver este tipo de relação.
De fato, não é fácil ir contra padrões estabelecidos, além do que vocês vivem etapas de vidas diferentes, o que estabelece diferenças nas expectativas e demandas de cada um.
Tudo isso complica, mas não invalida e impossibilita a relação.
O mais importante é que os dois se preparem para enfrentar críticas, olhares, cobranças, etc. O fato de vocês se fortalecerem para enfrentar a sociedade pode contribuir para o fortalecimento da relação.
Como não a conheço, não sei de sua história familiar, porém, com certeza este apaixonamento está dentro do seu script de vida, moldado por padrões conhecidos e aprendidos na sua família.
É necessário que faça uma reflexão e analise o motivo dessa paixão agora.
Será que você precisa de alegria, de movimento, de renovação, de reviver sentimentos do início da juventude?
Você quer ir contra algo ou alguém?
Se sente emocionalmente despreparada para uma relação madura?
Está faltando o que? Será que ele tem tudo isto para oferecer ou é só um reflexo do seu desejo?
Amar pode dar certo independente de toda e qualquer diferença, mas para tanto tem de ser AMOR com maiúscula, o resto é ilusão!
De qualquer forma, como diz o velho ditado popular: “O coração tem razões que a própria razão desconhece”.
Reflita, se no final se sentir segura para arriscar, ARRISQUE!Seja feliz!

Psicóloga, Psicanalista, Terapeuta de Casais e Famílias, Orientadora Vocacional e Profissional.
Estabelecida há 30 anos na cidade do Rio de Janeiro.

O objetivo deste espaço é gerar a possibilidade de reflexão em torno do tema proposto e de maneira nenhuma poderá substituir o processo psicoterápico.
· A identidade de quem pergunta será sempre preservada.

Zilda estreia sua coluna no "Botecos do Vale do Café"

O "Botecos do Vale do Café" tem o prazer de contar com a colaboração da jornalista e escritora Zilda Ferreira, que fará quinzenalmente uma coluna de entrevistas. Seus entrevistados serão grandes nomes da cultura atual brasileira.
O convidado para inaugurar esta seção de entrevistas é o jornalista e escritor Luiz André Alzer, editor-chefe do "Diário de S. Paulo". Alzer fala de aspectos ligados à tarefa de escrever livros e dá dicas importantes para quem deseja mergulhar nesse interessante universo.

5 Perguntas para...

Luiz André Alzer



Alzer na foto com Mariana Claudino

Carioca, 38 anos, ele é autor de "A vida até parece uma festa - Toda a história dos Titãs" (Editora Record, 2002), em parceira com Hérica Marmo; "Almanaque anos 80" (2004) "O jogo do Almanaque anos 80" (2005) e "Os 10 mais" (2008), todos pela Ediouro e em parceria com Mariana Claudino. Com uma intensa atividade profissional iniciada em 1989, no jornal "O Fluminense", Alzer já atuou nas revistas "Sétimo Céu" e "Ele Ela", da Editora Bloch, no Segundo Caderno de "O Globo" e no Caderno D, de "O Dia". Em 1998 foi um dos fundadores do "Extra". Convidado para inaugurar nossa seção de entrevistas, o jornalista e escritor, atualmente editor-chefe do "Diário de S. Paulo", fala de aspectos ligados à tarefa de escrever livros e dá dicas importantes para quem deseja mergulhar nesse interessante universo.


1. Escrever livros é resultado de talento ou de determinação?

É resultado principalmente de determinação. Escrever um livro não é como sentar no computador, bater um texto e fim de papo. É preciso concentração, dedicação de algumas horas por dia e paciência para ir fazendo um pouquinho a cada dia. Se o livro necessitar de entrevistas ou pesquisa, aí então a determinação é ainda mais fundamental, por envolver várias etapas e afinco para buscar uma informação que muitas vezes custa tempo para se conseguir. O talento, claro, é sempre importante, mas num livro baseado em pesquisas e entrevistas, talvez fique em segundo plano. Numa ficção, o talento é essencial para um bom livro.


2. Como e quando você decidiu que seria escritor?

Nunca achei que escreveria um livro, justamente por não ter paciência de ficar longos meses ou até anos em cima de um único texto. Sou um pouco imediatista, gosto de ver o resultado das minhas ideias logo em prática e um livro não permite isso. Por conta dessa minha "impaciência", todos os livros que fiz foram finalizados em no máximo dez meses (da ideia inicial à entrega dos originais para a editora). O alento é que eu sempre os dividi com outras autoras, no caso a Hérica e a Mariana, o que foi determinante para que fossem entregues no prazo - coisa rara no mercado editorial! Não sei dizer, portanto, quando resolvi ser escritor, até porque não me sinto exatamente um escritor e sim um jornalista que escreve livros. Meus quatro livros são, no fundo, reportagens, porém extensas e bem detalhistas. Para mim, escrever é uma espécie de hobby, quase uma terapia.


3. De que forma se inspira para cada novo trabalho?

Os livros em geral nascem de um "clique", uma idéia que surge repentinamente. Como o "Almanaque", que começou numa mesa de bar e evoluiu para a forma final nos dias seguintes. Na verdade, tenho ideias para pelo menos mais uns 20 livros, e acho que quase todos com potencial de venda. Penso que, se bem feitos, fariam sucesso, mas não tenho disposição de escrevê-los. Talvez minha verdadeira vocação seja a de editor, e não de autor!


4. O que destaca entre as alegrias e decepções na carreira autoral?

A principal alegria é o elogio de quem leu. Saber que alguém teve disposição de encarar tudo aquilo que você passou meses escrevendo e ainda por cima gostou, é a maior recompensa. Claro que a repercussão de um livro na imprensa, os pedidos de entrevista e entrar na lista dos mais vendidos também deixam qualquer autor nas nuvens. Mas o prazer de arrancar uma emoção, uma gargalhada, uma reação de espanto do leitor, isso já vale a trabalheira toda.


A grande decepção é o descaso da editora que produziu o livro. Poucos livros, e aí falo da grande maioria das editoras, merecem por parte delas uma atenção na pós-produção. A divulgação quase sempre é burocrática, a distribuição é pífia e há uma lentidão enorme nas tomadas de ações. As editoras costumam ir bem até o livro ficar pronto. A partir dali, com raríssimas exceções, não sabem trabalhar seus títulos. Há livros ótimos, tanto editorial quanto graficamente e com potencial de vendas, que acabam sendo lançados quase na clandestinidade. O que é uma estupidez, porque se a editora se propõe a lançar um livro, imagina-se que ela quer vendê-lo e na maior quantidade possível. Mas muitas vezes elas preferem lançar uma infinidade de títulos, em vez de apostar em um número menor e fazer um trabalho mais afiado, que garantiria, no total de vendas, um volume maior de exemplares.


5. Você tem alguma dica para aqueles que pretendem escrever livros?

Vamos por partes. Para editá-lo, depende da pretensão do livro. Se for um projeto pessoal - um livro para satisfazer um desejo próprio e sem a ambição de estar em todas as livrarias - sugiro procurar uma editora pequena, que tenha títulos próximos do tema em questão. Ou mesmo sugiro bancar a produção do livro do próprio bolso, já que o custo não é tão alto assim para uma tiragem pequena. Agora, se o livro tem "cheiro de venda", tem potencial comercial, a dica é procurar uma editora mais afiada, falar pessoalmente com o editor e apresentar o projeto. O ideal, inclusive, é já escrever um "aperitivo" do trabalho: algumas páginas, para terem uma noção de texto, do conceito do livro, do ritmo... Já para escrever, é preciso, antes de mais nada, fazer uma espécie de sinopse para ter um encadeamento de ideias, ainda que isso mude ao longo do processo do livro. E, acima de tudo, não adianta forçar a barra para escrever, caso o texto não esteja fluindo bem. Há dias em que ele sai com facilidade, em outros não. Se a coisa está difícil, desligue o computador, vá caminhar ou vá para um cinema. Deixe para continuar no dia seguinte. Forçar a barra para escrever pode comprometer o trabalho e contaminar todo um capítulo ou trecho.
******

Caetano e as histórias do Leãozinho

Paquito: A musicalidade de Caetano, nada virtuosística, chega de maneira simples ao âmago de uma canção

Paquito
De Salvador (BA)

Em um dia qualquer da semana de um ano na década de 90, Caetano Veloso assistia distraidamente, em sua casa, à Escolinha do Professor Raimundo, que passava sempre no final da tarde na TV Globo. No momento em que o professor, encarnado por Chico Anysio, começou a arguir o popular Rolando Lero, feito pelo saudoso e grande Rogério Cardoso, a atenção do compositor foi atraída por uma menção ao seu nome contida na fala de Rolando. A pergunta do professor era:
- De que morreu Leon Trotski?
A resposta, sempre entremeada por elogios desmedidos ao mestre, o que fazia a graça do personagem, veio em forma de outra pergunta, em tom exageradamente surpreso:
- O Caetano Veloso já sabe disso? Ao que o professor disse:
- O que tem Caetano Veloso com Leon Trotski, seu Rolando Lero?
E Rolando:
- Foi pra ele que foi feita aquela música que diz "gosto muito de te ver, Leãozinho, caminhando sob o sol"!
Ouvi esse relato da voz do próprio Caetano, que se divertiu à beça com a relação feita entre o seu leãozinho e o "Leozinho", referente a um personagem histórico da Revolução Russa. A canção propriamente dita foi lançada no disco Bicho, de 1977, período em que o Brasil vivia ainda sob um regime ditatorial, no qual, entretanto, já começavam a soprar os ventos da abertura política. Nesse contexto, uma música como O leãozinho acirrava os ânimos, só por ser simples e doce, e não possuir referências à tensão social reinante no país, onde voltavam a ocorrer manifestações de revolta por parte da sociedade civil, incluindo os estudantes universitários.
No período, Cacá Diegues cunhou a expressão "patrulha ideológica" pra definir a atitude de pessoas ou grupos que não admitiam obras de arte que não fossem "engajadas" politicamente, e o que Caetano fazia, aparentemente, ia de encontro aos patrulheiros.
Ao disco Bicho, seguiu-se o espetáculo Bicho baile show, que tinha uma proposta dançante representada pela música Odara, cujos versos diziam: "deixa eu dançar- pro meu corpo ficar Odara".
Odara e O leãozinho se tornaram, para os que se diziam engajados, um símbolo de alienação. Não atentaram para o fato de que, no mesmo Bicho, havia uma canção como Um índio, que concentrava no "índio preservado em pleno corpo físico" as minorias como os negros (o axé do afoxé Filhos de Gandhi e o boxeador Mohamed Alli) e os amarelos (Bruce Lee e o índio Peri).
Em um show beneficente onde havia estudantes, em que Caetano foi se apresentar, ele chegou a receber um bilhete anônimo em que se lia: "se cantar O leãozinho, vai tomar porrada!".
A música, no entanto, fez sucesso, integrou a trilha de uma novela da Globo, Sem lenço sem documento, de Mário Prata, cujas protagonistas eram quatro empregadas domésticas, algo incomum em se tratando de telenovelas, e tinha ainda Alegria, alegria, de Caetano, como tema de abertura.
Passados trinta anos, assentada a poeira do tempo, a gravação original dessa música é uma das que mais gosto da longa carreira de Caetano. É simples, com o artista tocando um violão de cordas de aço, ao contrário dos usuais, na música brasileira pós-bossa-nova, de cordas de nylon, acrescido de um assovio, que faz um contraponto à melodia principal. Em momentos como esse é que se percebe a musicalidade de Caetano, nada virtuosística, chegando de maneira simples ao âmago de uma canção.
Quanto à composição, é uma daquelas na qual Caetano se aproxima de Caymmi, confessadamente um de seus mestres, pela aparente despretensão dos versos e da melodia. Os versos "um filhote de leão, raio da manhã/ arrastando meu olhar como um imã/ o meu coração é o sol, pai de toda cor/ quando ele lhe doura a pele ao léu", vistos em separado, soam sofisticados, mas se seguem, no corpo da música, ao refrão quase banal - a despeito das rimas "sol" e "só" - que diz "gosto muito de te ver, leãozinho/ caminhando sob o sol/ gosto muito de você, leãozinho/ para desintristecer, leãozinho, o meu coração tão só/ basta eu encontrar você no caminho".
Pela junção das duas partes, o equilíbrio se estabelece, portanto, nesta música enganosamente tola e espantosamente simples, como são as grandes pequenas canções, exemplo do que faz ser a canção popular ser o que é, "arte de parâmetros próprios, mais próxima da conversa que do verso", no dizer do poeta Augusto de Campos.

Paquito é músico e produtor.

O Leãozinho - Caetano Veloso - Jazz Madrid 2002

Histórias de uma canção brasileira

Paquito
De Salvador (BA)

Um conhecido compositor brasileiro procurou um dos seus parceiros com uma melodia nova, para que este a letrasse, como se diz no jargão. O parceiro, enquanto ouvia a música, ia escrevendo o que lhe vinha à mente, até que entregou o papel ao compositor, não sem antes avisá-lo: "é ainda um monstro, fiz de primeira, mas tem muita coisa pra mexer". O amigo, no entanto, gostou do resultado e disse que iria gravar a canção com aquela letra mesmo, ao que o parceiro retrucou: "Se a música for gravada com a letra do jeito que está, eu não assino de maneira alguma, pode assinar sozinho".
O conhecido compositor deixou que a música fosse gravada e assinou letra e música, fazendo a vontade do letrista. A canção, que se tornou um sucesso, era Aquarela do Brasil, o compositor era Ary Barroso, e o letrista era Luís Peixoto, com quem Ary compôs pérolas como Na batucada da vida, Maria e Por causa dessa cabocla.
A historinha acima me foi contada por um amigo, durante a semana que passei no Rio de Janeiro, como se fora verdadeira. Ary Barroso, no entanto, ao que eu saiba, contava que compôs Aquarela do Brasil sozinho mesmo, durante uma noite chuvosa em sua própria casa. Não me interessa aqui conferir a veracidade dos fatos. Se algo parecido ocorreu, já deve ter sido tão aumentado e acrescido de detalhes a cada vez que foi narrado, que fica difícil se chegar a um termo. Os dois autores envolvidos já morreram, e a música em questão é sucesso tão grande até hoje, conhecida não só no Brasil, que pode ser considerada até o nosso hino nacional afetivo.
O que importa mesmo ressaltar é que a história é saborosa, e sua existência talvez deva-se ao fato de a letra ter sido alvo de críticas, por conta de trechos considerados redundantes como o famoso "esse coqueiro que dá côco" ou "meu Brasil brasileiro". Ora, versos como esses, com um quê de filosófico - "só os profetas enxergam o óbvio" (*) - é que dão um charme todo especial a uma música feita com intenções tão solenes quanto patrióticas, pois conferem coloquialidade e frescor a algo empolado por si só, no caso, o gênero samba-exaltação.
O que nunca me agradou em Aquarela do Brasil foi o número excessivo de vezes em se repete "Brasil, pra mim, Brasil, pra mim", em várias partes da música, o que foi minimizado por João Gilberto quando a gravou. Ele simplesmente deixa de cantar estes versos. O próprio João gravou outro samba-exaltação, Canta Brasil, de Alcyr Pires Vermelho e David Nasser, gravado originalmente por Francisco Alves em 1941, dois anos após a Aquarela de Ary, que ficou uma fera por considerar Canta Brasil um plágio da sua música.
As duas realmente se parecem, não o bastante para ser caracterizado o plágio, mas o tema é o mesmo e os caminhos harmônico-melódicos se assemelham. Além do que, na letra de David Nasser, é citado o título da de Ary. Ou seja, Alcyr e David assumem mesmo que se inspiraram em Ary Barroso.
No entanto, considero Canta Brasil mais bem acabada e condensada, pois a canção vai num crescendo vertiginoso, para finalizar com "esse rio turbilhão/ entre selvas e rojão/ continente a caminhar/ no céu, no mar, na terra: canta Brasil." A imagem do "continente a caminhar" traduz-se em grandeza, condizendo com a exaltação da nacionalidade, e até com o fato científico de que os continentes realmente se movem.
Sei que é mera especulação, mas talvez tenha doído em Ary perceber que, ao pongar em sua idéia, Alcyr e David tenham ido além de onde ele foi. No entanto, Aquarela do Brasil, a despeito de meus argumentos favoráveis à estética em Canta Brasil, tem o seu lugar, como representante máxima do samba-exaltação, intocado.
Será que a "quase-displicência" e malemolência da letra de Ary contribuíram para esta supremacia, bem ao modo das musas em Morena boca de ouro, só dele, e É luxo só, dele e de Peixoto, dotadas de "um não-sei-quê que faz a confusão", significando o imponderável que rege a criação na canção popular, aquilo que não se explica, mas simplesmente se efetiva, como por encanto e graça?
(*) A frase é de Nelson Rodrigues.

Paquito é músico e produtor.




3.14.2009

O cravo e a canela de Gabriela

Lecticia Cavalcanti
Do Recife (PE)

No ano que celebrou {2008} os 200 anos do pão francês e da chegada, ao Brasil, da família real. Os 100 anos da morte de Machado de Assis e do nascimento de Guimarães Rosa. E, também, os 50 anos do livro mais famoso de Jorge Amado: "Gabriela Cravo e Canela". Nele se conta a história de Nacib - um "brasileiro nascido na Síria, que sentia-se estrangeiro ante qualquer prato não baiano, à exceção de quibe". Dono do bar Vesúvio, procurava "uma boa cozinheira que entendesse de temperos e de pontos de doces". "Sabe cozinhar?", perguntou à moça, recém chegada do sertão. "O moço me leva e vai ver", respondeu ela. E foi assim que, "na pobre cozinha, Gabriela fabricava riquezas: acarajés de cobre, abarás de prata, o mistério de ouro do vatapá".
Mais bolinhos (de bacalhau e de carne), carne-seca, caruru, efó, feijoada, frigideira (de bacalhau, camarão, siri-mole), galinha de cabidela (o primeiro almoço que preparou para Nacib), molhos de pimenta, moqueca de peixe, sarapatel. Também banana frita, batata doce cozida, beiju de tapioca, bolo (de tapioca, de aipim, de milho), cuscuz (de milho, de puba), doce de banana de rodinha, macaxeira cozida, mingau de puba, inhame e milho cozido. Só que, além de boa cozinheira, Gabriela tinha "o cheiro do cravo e a cor de canela".
Só para lembrar, Cravo (Syzygium aromaticum) é natural das Ilhas Molucas (Indonésia) e de Zanzibar (costa leste da África). Já falava nele Plínio, O Velho, em seu Naturalis Historia - um vasto compêndio das ciências antigas, em 37 volumes, dedicado a Tito Flavio, futuro Imperador de Roma. Para ele, esse cravo-da-Índia era "semelhante a grão de pimenta, só que mais comprido". Dos caminhos dessa especiaria nos dá conta a historiadora francesa Catherine Clément, em Por Amor à Índia: "Na Idade Média, apreciadíssimo pelo Ocidente, o cravo navegou das Molucas a Java, de Java à Índia, e da Índia a Veneza". Acabou consagrado, pelos portugueses, como se fosse da Índia mesmo. O botão de sua flor, bem seco, desde a antiguidade tem muitos usos. Como remédio - por ser analgésico, anti-séptico e digestivo. Na fabricação de fumo e perfumes. Também, mais recentemente, como ingrediente de repelente caseiro contra a dengue - numa infusão que mistura 1 litro de álcool (92º) mais um pacote desse cravo-da-Índia. E, sobretudo, na culinária - em doces (compotas, bolos, pães, pudins) e salgados (presunto, porco, cozidos, sopas).
Já Canela (Cinnamomum zeylanicum, por conta da forma que toma a casca depois de seca, deve o nome a canne (cana) - assim era conhecida em francês antigo. Seus primeiros registros remontam à China (canela-da-China) e ao Sri Lanka (canela-do-Ceilão) - as duas espécies que se cultivam hoje no Brasil. E tanto foi seu prestígio, nos tempos antigos, que até chegou a merecer citação na Bíblia: "Teus rebentos são como um bosque de romãs com frutos deliciosos: com ligústica e nardo, nardo e açafrão, canela e cinamomo com todas as árvores de incenso, mirra e aloés, com os bálsamos mais preciosos" (Cântico dos Cânticos 4, 13-14). Em 1505, os portugueses tomaram o Ceilão e ganharam, de presente, o monopólio da canela - então revendida, na Europa, a preço de ouro. A casca da árvore, depois de seca, é tratada e usada em pedaços inteiros (para aromatizar caldos) ou triturada e transformada em pó; sendo assim, usada como ingrediente do arroz doce, bolos, canjica, cartola, doces em calda, mingau, papa, pão, picles e pratos salgados.
O resto dessa história todo mundo conhece. Nacib se apaixona por Gabriela, e faz "o casamento mais animado de Ilhéus". Ele de azul marinho, ela de azul celeste. Mas infeliz com a nova vida, trai o marido, o casamento é anulado e deixa a casa. Só que o pobre Nacib "não sabia mais viver sem o almoço e o jantar de Gabriela". Razão por que aquela morena, com cheiro de cravo e cor de canela, volta a ser sua cozinheira e
sua amante. E assim "termina a história de Nacib e Gabriela quando renasce a chama do amor de uma brasa dormida nas cinzas do peito".
RECEITA: ACARAJÉ
Ingredientes:
1 kg de feijão fradinho
1 kg de cebola
1 cebola para fritar
Sal e Azeite de dendê
Preparo
- Bata o feijão seco no liquidificador (para quebrar os grãos) e deixe de molho. Escorra e lave o feijão, retirando toda a casca. Passe então novamente no liquidificador. Rale 1 kg de cebola e reserve;
- Coloque a massa de feijão em um caldeirão, junte cebola ralada e sal. Bata bem;
Em frigideira, esquente bastante azeite de dendê. Coloque uma cebola inteira. Com duas colheres de sopa (molhadas em água), molde os acarajés e jogue no azeite quente. Depois de fritar um lado, vire e frite o outro;
- Pode ser servido puro ou cortado ao meio, recheado com vatapá ou molho de camarão seco.

Lecticia Cavalcanti coordena o caderno Sabores da Folha de Pernambuco, escreve na Revista Continente Multicultural e no site pe.360graus.

Tereza da Praia

Composição: Antonio Carlos Jobim / Billy Blanco

Tereza da Praia

Arranjei novo amor
No Leblon
Que corpo bonito
Que pele morena
Que amor de pequena
Amar é tão bom

Ela tem
Um nariz levantado
Os olhos verdinhos
Bastante puxados
Cabelo castanho
E uma pinta
So lado
É a minha Tereza
Da praia

Se ela é tua
É minha também
O verão passou
Todo comigo
O inverno pergunta
Com quem
Então vamos
A Tereza
Na praia deixar
Aos beijos do sol
E abraços do mar
Tereza

É da praia
Não é de ninguém
Não pode ser tua
Nem minha também
Tereza
É da praia

Veja o vídeo Bossa Nova 50 Anos - Roberto Carlos e Caetano cantam Tereza da Praia

3.09.2009

Conversando com você


Márcia,

Gostei muito da resposta da semana passada sobre pessoas e relações estressantes. Sua resposta me fez pensar sobre o porquê nos apaixonamos e escolhemos alguém? Tantas vezes sofremos nas relações amorosas e mesmo assim não conseguimos nos separar. Por que isto acontece?

Nome fictício: Flávio

Flávio,

Este seu questionamento intriga a maioria das pessoas. É comum em meu consultório receber pessoas em profundo sofrimento por causa de humilhações e maus tratos numa relação. Ficam paralisadas e impotentes, não conseguem reagir.
Existem diversas teorias para o fato de escolhermos uma e não outra pessoa para nos apaixonarmos, desde as explicações dadas pela neurociência até as espirituais.
Do ponto de vista psicológico considera-se que fazemos as escolhas amorosas baseadas nos modos das nossas relações familiares.

Aprendemos a amar com quem nos ama.

Se recebermos carinho, aprovação e apoio nossa tendência é buscar um amor deste tipo na vida adulta. Se ao contrário, formos criticados, abandonados, rejeitados, naturalmente reproduziremos este padrão. Mesmo sendo o outro ainda um desconhecido quando o encontramos pelas primeiras vezes há uma sintonia inconsciente que nos aproxima. Procuramos, muitas vezes, aquele que nos proteja, nos cuide, nos ampare ou alguém como sou ou como gostaria de ser.
Sei que não é fácil perceber e não cair na armadilha, mas é importante analisar sobre o padrão relacional familiar.
Como seus pais, avós, as gerações anteriores se relacionavam e cuidavam uns dos outros?Como e com quem você aprendeu sobre o amor e amar?
Muitas pessoas dizem: não dou sorte, sempre aparece o mesmo tipo de relação na minha vida! É a hora de prestar atenção, aquilo que se repete mostra, de alguma maneira, onde estamos presos.
É um grande desafio não cair na repetição, porém é possível. A psicoterapia como instrumento para o autoconhecimento pode ajudar bastante.
O tema é muito instigante, em outra ocasião poderemos falar um pouco mais sobre o assunto.
Boa escolha! Seja feliz!

O objetivo deste espaço é gerar a possibilidade de reflexão em torno do tema proposto e de maneira nenhuma poderá substituir o processo psicoterápico.
A identidade de quem pergunta será sempre preservada.

Psicóloga, Psicanalista, Terapeuta de Casais e Famílias, Orientadora Vocacional e Profissional.
Estabelecida há 30 anos na cidade do Rio de Janeiro.

Poema de Mulher



Poema de Mulher

Que mulher nunca apertou
O pé no sapato para caber,
a barriga para emagrecer
Ou um ursinho para não enlouquecer?

(Trecho do "Poema de Mulher" - Autor desconhecido)


Só no Salto...

Um ítem fundamental no quesito feminilidade, sensualidade e elegância - o salto alto - gera controvérsias:

Segundo um estudo realizado pela Unifesp, o salto mais recomendado para uso diário tem até 4 cm”, diz a reumatologista Evelin Goldenberg. A altura pode até ser boa, mas o formato ideal dos calçados nada tem de fashion: o sapato perfeito deve ser largo nos dedos e de preferência com bico quadrado. O salto também deve ser quadrado, pois esse formato garante mais estabilidade.

Na falta do modelo descrito acima, o modelo plataforma também é indicado. “As plataformas, por terem o salto alto por toda a extensão da sola, conseguem fazer uma distribuição mais uniforme do peso corporal”, conta Evelin.

Porém, cientistas da Unicamp descobriram a exceção da regra usar-salto-alto-faz-mal-à-saúde. Segundo pesquisa desenvolvida pelo cirurgião vascular João Potério Filho, o salto alto beneficia a circulação. A tese foi comprovada graças a um novo exame para medir pressão das veias das pernas.

Através do exame – feito com mulheres usando saltos de 7 cm e 10 cm -, foi constatado que o uso de salto alto diminui a pressão nas veias, o que provoca uma melhor circulação do sangue.

Parece que, além de deixar suas pernas mais sensuais o salto alto impede que elas fiquem inchadas...

O fato é que para equilibrar-se no salto com elegância uma boa postura é fundamental!




Zappa Plays Zappa


Zappa Plays Zappa


Com certeza, se Frank Zappa tivesse acesso a esse projeto ousado e incrivelmente fiel aos arranjos originais, ficaria orgulhoso de seu filho Dweezil. O trabalho foi registrado em vídeo com shows nas cidades de Seattle e Portland em 2006,com Dweezil na guitarra comandando uma superbanda que ainda contava com as participações especialíssimas de Napoleon Murphy Brook, do guitarrista Steve Vai e do baterista Terry Bozzio. A dimensão do legado de Zappa pode ser sentido como algo atemporal, não importando se os timbres e efeitos soem atuais ou vintage e os músicos a tratam com dedicação e respeito tal a complexidade da obra. Como baterista que sou, não poderia deixar de enfatizar a performance de Bozzio em The Black Page e chamar a atenção para um ponto: Jim Keltner, Ansley Dunbar, Ralph Humprey, Chester Tompson, Terry Bozzio, Chad Wackerman e Vinnie Colaiuta tiveram como parte importante em sua formação a ‘escola’ de Mr. Zappa. No mais, confiram pois é muito difícil traduzir em palavras o conteúdo desse vídeo.

Biffe é músico,jornalista,professor de bateria
e proprietário do Instituto Musical Marcelo Biffe
Contatos: 24 9945-1131