6.18.2009
Figurótico no inferno
No próximo dia 20, o grande guitarrista e vocalista Figurótico estará com seu trio na quarta edição da festa Inferno no Hotel Embaixador em Volta Redonda.
Confira abaixo sua agenda
Dia 19
Local: V8 Motor Bier
Rua 29 de setembro, n. 68
Bairro Comercial, Resende (RJ)
Horário: 21:00 hs
Dia 20
Festa Inferno (Quarta Edição)
Local: Piano's Bar - Hotel Embaixador
Travessa Luis Antônio Félix, 36 - Centro
Volat Redonda (RJ)
Horário: 22:00 hs (ingressos limitados)
Shows: Figurótico e Duques (RJ)
Discotecagem: Xan, Minha Garota, Beatbass High Tech
Vídeos: Ramones + Clássicos do Terror
A comédia infantil Em Busca dos 5 Elementos é a próxima atração do Sesc Barra Mansa. O espetáculo será nos dias 25 e 26 (quinta e sexta-feira), às 20h, e no dia 27 (sábado), às 16h. Os ingressos custam R$ 2,50 (sócios do Sesc), R$ 5 (meia entrada) e R$ 10 (inteira). A classificação é livre. Mais informações pelo telefone 3323-0810.
O Sesc fica na Rua Tenente José Eduardo, nº 560, Ano Bom.
Sinopse: a Terra está em perigo! Afrodite (Deusa do Amor) perde o anel mágico para Tanatos (Deus da Destruição), este anel lhe dá forças para manter a chama do amor acesa. Atenas (Deusa da Sabedoria) pede ajuda a dois irmãos palhaços (Sorriso e Risada) para conseguirem reunir os 4 elementos: Terra, Fogo, Ar e Água, formando assim o punhal dourado que é única arma capaz de destruir Tanatos. Para conseguir os elementos os irmãos terão que viajar por 4 reinos distantes: Arval – Subterrâneo (Elemento Terra); Adurir – Vulcão (Elemento Fogo); Ariano – Nuvens (Elemento Ar) e Águas Profundas – Mar (Elemento Água).
achada no palco do Cotton Club, NY, anos 20
É quase certo que tenha sido lá, no Cotton, a primeira audição de "Black and tan fantasy", em meados dos anos 20, apenas para brancos (ricos, artistas do show business, gangsters), já que os negros, ironica e perversamete, eram proibidos de entrar. Duke Ellington a gravou pela primeira vez em 1927. Apesar de ser um homem de classe média alta, Duke sempre se identificou com as causas de seu povo. Rejeitou, por exemplo, a ópera de George Gershwin "Porgy and Bess", por considerá-la inautêntica e oportunista."Black and tan fantasy" é uma das primeiras obras em que Duke utiliza o que ficou conhecido como jungle style, caracterizado pelo emprego expressionista de instrumentos de sopro como o trompete e o trombone, que procuram, coadjuvados pelo mute (surdina) traduzir o sofrimento dos negros, arrancados de seu ambiente para serem explorados e humilhados pelos brancos. Neste registro ao vivo, no Festival de Newport, em 1956, destacam-se, pela ordem, Russel Procope (sax-alto), Cat Anderson (trompete), o próprio Duke (piano), Butter Jackson (trombone) e de novo Russel (clarinete) e Cat, trompete.
(Arquimedes Luiz)
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Achados
Disco mistura Gillespie com Mocotó
Gravações do jazzista americano com o trio de sambistas, perdidas desde os anos 70, são redescobertas e sairão em CD Álbum foi feito em estúdio de São Paulo, em 1974, durante turnê de Dizzy Gillespie pelo Brasil, e ficou sumido até o início de 2009
CARLOS CALADO
Um inédito encontro da música brasileira com o jazz está prestes a chegar ao público. Em 1974, durante uma turnê pela América do Sul, o trompetista norte-americano Dizzy Gillespie (1917-1993), um dos fundadores do jazz moderno, fez gravações com o Trio Mocotó e outros músicos brasileiros, material até hoje nunca lançado.
"Esse disco já tinha virado lenda", diz João Parahyba, 57, percussionista do trio que divide com Jorge Ben os méritos pela criação e difusão do samba-rock. "Tocamos com o Dizzy, mas até hoje não tínhamos prova alguma. Com o lançamento deste disco, o Trio Mocotó passa a fazer parte da história do jazz norte-americano", festeja o músico paulista.
Parahyba conta que o próprio Gillespie já havia se esquecido dessas gravações, quando o reencontrou, em 1987, num festival de jazz, em Estocolmo. "Ele me disse que só se lembrava da empatia que sentiu ao tocar com o Mocotó. O Dizzy gostava de músicos que tocavam mais à vontade, tinha pouco a ver com catedráticos".
De lá para cá, Parahyba fez o que pôde para localizar a fita master que o jazzista teria levado para os Estados Unidos. Só em janeiro último teve acesso a trechos do álbum, depois de receber um e-mail do produtor suíço Jacques Muyal, pedindo que o ajudasse a encontrar os músicos que participaram das sessões de gravação, no estúdio Eldorado, em São Paulo.
Amigo de Gillespie e diretor do selo Laser Swing, Muyal disse ao percussionista que virá ao Brasil, em julho, para tomar as providências necessárias para que o disco possa enfim chegar ao mercado.
"Quase chorei", diz Parahyba, lembrando de sua emoção ao ouvir trechos do disco perdido, 35 anos depois. "Acho que conseguimos juntar a essência do jazz do Dizzy com a essência da música brasileira", avalia, ressaltando a participação do pianista Amilson Godoy, como regente das gravações.
Blues e cuíca
A Folha teve acesso a trechos de seis faixas do disco, todas sem título. Na primeira, Gillespie improvisa com humor sobre o batuque descontraído dos ritmistas brasileiros. "S'imbora, Joao" (sem acento mesmo), brinca Nereu Gargalo, pandeirista do Mocotó, imitando a pronúncia do americano, na introdução da faixa seguinte, mais próxima do blues.
Outro blues, em estilo tradicional, destaca a ótima cantora Mary Stallings, nos vocais. Ela também já não se lembrava mais dessas gravações, quando falou à Folha, em 2003, pouco antes de se apresentar no festival Chivas Jazz, em São Paulo.
O disco inclui ainda um romântico bolero, com um solo delicado de Gillespie, que cresce com a entrada dos ritmistas. Já na faixa final, a cuíca de Fritz Escovão se destaca do batuque, misturando-se com as frases curtas do trompetista.
"A gravação foi dificílima porque o Dizzy trouxe um trio de jazz puro. O Mickey Roker era um baterista maravilhoso, mas não conseguia tocar samba. O jazz que o Dizzy estava fazendo na época ainda não era "fusion", era puro jazz tocado em 4 por 4", lembra Parahyba.
O percussionista ainda desconhece a explicação oficial para o disco ter ficado tanto tempo engavetado, mas arrisca uma hipótese. "É bem provável que a gravadora tenha decidido que não era o caso de lançar um disco como este naquele momento. Diferentemente do que acontece hoje, quem mandava era o produtor, não o artista".
CARLOS CALADO
Um inédito encontro da música brasileira com o jazz está prestes a chegar ao público. Em 1974, durante uma turnê pela América do Sul, o trompetista norte-americano Dizzy Gillespie (1917-1993), um dos fundadores do jazz moderno, fez gravações com o Trio Mocotó e outros músicos brasileiros, material até hoje nunca lançado.
"Esse disco já tinha virado lenda", diz João Parahyba, 57, percussionista do trio que divide com Jorge Ben os méritos pela criação e difusão do samba-rock. "Tocamos com o Dizzy, mas até hoje não tínhamos prova alguma. Com o lançamento deste disco, o Trio Mocotó passa a fazer parte da história do jazz norte-americano", festeja o músico paulista.
Parahyba conta que o próprio Gillespie já havia se esquecido dessas gravações, quando o reencontrou, em 1987, num festival de jazz, em Estocolmo. "Ele me disse que só se lembrava da empatia que sentiu ao tocar com o Mocotó. O Dizzy gostava de músicos que tocavam mais à vontade, tinha pouco a ver com catedráticos".
De lá para cá, Parahyba fez o que pôde para localizar a fita master que o jazzista teria levado para os Estados Unidos. Só em janeiro último teve acesso a trechos do álbum, depois de receber um e-mail do produtor suíço Jacques Muyal, pedindo que o ajudasse a encontrar os músicos que participaram das sessões de gravação, no estúdio Eldorado, em São Paulo.
Amigo de Gillespie e diretor do selo Laser Swing, Muyal disse ao percussionista que virá ao Brasil, em julho, para tomar as providências necessárias para que o disco possa enfim chegar ao mercado.
"Quase chorei", diz Parahyba, lembrando de sua emoção ao ouvir trechos do disco perdido, 35 anos depois. "Acho que conseguimos juntar a essência do jazz do Dizzy com a essência da música brasileira", avalia, ressaltando a participação do pianista Amilson Godoy, como regente das gravações.
Blues e cuíca
A Folha teve acesso a trechos de seis faixas do disco, todas sem título. Na primeira, Gillespie improvisa com humor sobre o batuque descontraído dos ritmistas brasileiros. "S'imbora, Joao" (sem acento mesmo), brinca Nereu Gargalo, pandeirista do Mocotó, imitando a pronúncia do americano, na introdução da faixa seguinte, mais próxima do blues.
Outro blues, em estilo tradicional, destaca a ótima cantora Mary Stallings, nos vocais. Ela também já não se lembrava mais dessas gravações, quando falou à Folha, em 2003, pouco antes de se apresentar no festival Chivas Jazz, em São Paulo.
O disco inclui ainda um romântico bolero, com um solo delicado de Gillespie, que cresce com a entrada dos ritmistas. Já na faixa final, a cuíca de Fritz Escovão se destaca do batuque, misturando-se com as frases curtas do trompetista.
"A gravação foi dificílima porque o Dizzy trouxe um trio de jazz puro. O Mickey Roker era um baterista maravilhoso, mas não conseguia tocar samba. O jazz que o Dizzy estava fazendo na época ainda não era "fusion", era puro jazz tocado em 4 por 4", lembra Parahyba.
O percussionista ainda desconhece a explicação oficial para o disco ter ficado tanto tempo engavetado, mas arrisca uma hipótese. "É bem provável que a gravadora tenha decidido que não era o caso de lançar um disco como este naquele momento. Diferentemente do que acontece hoje, quem mandava era o produtor, não o artista".
Twitter no meu nome é mentira, diz Wagner Moura
Enviado por William Helal Filho -
Na Megazine desta terça saiu uma entrevista ótima do nosso Conselho Jovem com o baianíssimo Wagner Moura, superator de 32 anos que, atualmente, estrela e produz o espetáculo "Hamlet" (a peça entra em cartaz na quinta-feira agora no Teatro da Uerj). Publicamos vários trechos da conversa na versão impressa da revista, mas muita coisa legal (muita mesmo) ficou de fora, por questões de espaço. Segue aqui, então, o bate-papo completo. Ah, quem não conseguiu ver o "Hamlet" do Wagner no Teatro Casa Grande porque o ingresso estava muito caro, aproveite agora. As entradas na Uerj custarão R$ 30 (inteira), mas não vai comer mosca... o espetáculo fica lá só de quinta a sábado desta semana.
MAYÃ FURTADO: Por que a preocupação em fazer algo poético, sem ser rebuscado?
WAGNER MOURA: Sempre se falou de Shakespeare como um autor para intelectuais. Muito por causa dos diálogos rebuscados. Mas ele foi um autor do povo, um gênio popular. E a nossa peça tem texto direto. Não traduzimos “go” por “ide”. “Go” é “vá”. Isso aproxima. É despojado sem abrir mão da poesia. Porra, “Hamlet” é novela. O fantasma chega para o garoto e diz: “Mermão, seu tio me matou. Vinga”.
LUCAS DE TOMMASO: Por que levar a peça à Uerj?
WAGNER: Serão só três dias, então não vai ser algo transformador. Mas no Teatro Casa Grande eu cobrava 80 pratas, e muitos não podem pagar. Teatro não é arte popular como show na praia. O Casa Grande cobra percentual altíssimo por peça, e, se não cobrasse aquele preço, eu teria prejuízo.
LUCAS: Você apoia a cotização da meia?
WAGNER: Sou a favor como medida de choque. Na minha peça, 75% das pessoas pagam meia. É outro motivo para o valor do ingresso. Chega o cara barbudão de carteirinha, e você vai falar o quê? Até rádio distribui carteira. Tem que moralizar. E tem mais: quando o governo diz que o estudante tem que pagar meia está onerando o setor cultural. Quem paga por isso? O artista. Ora, eu também acho que todo jovem deveria pagar meia no ônibus, por exemplo.
LUCAS: Como explicar o sucesso de figuras controversas como Olavo (“Paraíso Tropical”) e Capitão Nascimento?
WAGNER: Fiquei assustado com a reação das pessoas ao “Tropa de elite”. A falência da segurança pública fez a sociedade ver um torturador como herói. Tem algo errado com a gente, não com o filme. A mesma coisa com o Olavo. Ele era divertido, claro. Mas, se houve uma aceitação à conduta corrupta
dele, o erro foi das pessoas.
LUCAS: Você é a favor da legalização da maconha? O consumidor financia o tráfico?
WAGNER: Sou a favor, mas não é solução. Tem que discutir. Acho grave não debater um assunto social por uma questão moral. E, evidente, se não tivesse consumo, não teria venda de drogas. Mas o consumidor é o lado mais fraco, e a sociedade sempre consumiu drogas. É questão de saúde pública, não de segurança. Tem que dar opções. Se tivesse emprego, cultura, saúde e dignidade, a juventude não iria para o tráfico.
ROBERTA ABREU: No personagem de “Ó paí, ó” tem mais Wagner que no "Hamlet"?
WAGNER: Tudo sou eu. O ator é o cara que mais tira as máscaras. Se o personagem não estiver em você, você não faz. Todo personagem sou eu.
DANIEL: O Nascimento o deixou mais agressivo?
WAGNER: Não é algo psicótico, mas fica uma coisa no ar. O “Tropa” foi uma parada louca. A gente foi treinado pelo Bope. Não tinha essa de ator. É muita loucura... Na preparação, eu não queria saber de fil-
me. Só queria sobreviver àquilo tudo.
LUCAS: Como vai ser a continuação do “Tropa”?
WAGNER: O primeiro fala da corrupção da polícia e de como afeta a sociedade. O segundo filme vai por caminho muito mais assustador, que mostra a promiscuidade da polícia com a política. Como um deputado influencia na indicação do comandante de um batalhão, por exemplo. E o filme vai falar ainda sobre o surgimento das milícias, que são um crime organizado. Eles elegem vereadores e têm bancada. É punk.
LUCAS: Contra o que você luta na vida? O judô o ajuda?
WAGNER: Minha luta básica é contra o medo e a calvície (risos). Muita gente deixa de ir adiante por um medo inexplicável de correr atrás. E um meio de combater isso é olhar dentro de você. Pratico artes
marciais, e isso dá autoestima. O judô ensina a cair e levantar e a derrubar com respeito. Também medito. Qualquer exercício de autoconhecimento é válido.
ROBERTA: Como você concilia as necessidades do seu filho com o trabalho?
WAGNER: Quero ser presente na vida dele. Um dos grandes problemas de segurança pública é falta de pai. Eu quero que meu filho tenha um pai, e represento bem esse papel.
LUCAS: Você acha que a fama tem preço?
WAGNER: Parece que todo mundo que fica famoso tem que fazer parte de uma brincadeira. Não suporto essa coisa de “preço da fama”. Estou trabalhando e gosto de ser reconhecido. Mas nunca quis ser celebridade. Essa coisa armada para você ser diferente, posar na revista mostrando o seu labrador... Não venha me forçar a fazer parte desse mundo.
ROBERTA: A sua montagem da peça "Hamlet" ajuda a quebrar essa coisa de o público sempre ver Shakespeare como um autor só pra intelectuais?
WAGNER: Estamos contribuindo para isso. "Hamlet" não é peça pra iniciados em Shakespeare. Até porque, na época, ele fazia peças pra galera mesmo, pensando no grande público. Era um gênio, mas um gênio popular. O nome "merda" (que no teatro quer dizer "boa sorte") tem origem nesse tempo. Veio da quantidade de bosta de cavalo na frente do teatro. Quando alguém desejava "merda" para um autor ou ator era porque queria ver o teatro lotado, com muitos cavalos parados na porta.
LUCAS DE TOMMASO: Você teve muitas criticas poisitivas mas algumas negativas também...
WAGNER: As criticas para nossa peça foram maravilhosas, com exceção de algumas. Mas, de uma maneira geral, tenho a impressão de que qualquer pessoa escreve sobre teatro. Faltam profissionais qualificados e qualquer opiniao é aceita. Não posso dizer isso sobre a Bárbara Heliodora, claro, que é uma especialista em Shakespeare (a crítica do GLOBO "detonou" o espetáculo de Wagner). E também não esperava que ela fosse gostar da nossa peça, até porque não usamos a tradução da mãe dela. Respeito a opinião da Barbara, mas, de resto, 80% do que leio sobre teatro é bobagem.
LUCAS: Versatilidade é fundamental pro ator?
WAGNER: Não acho. Gosto de fazer coisas diferentes, porque me instiga. Mas um ator que amo e que não é exatamente versátil é o Pedro Cardoso. É um dos maiores do Brasil, um gênio. Mas não se preocupa em fazer coisas diferentes. Ele tem uma persona muito forte. Assim como tinham Grande Otelo e Oscarito.
DANIEL FRAIHA: O que você acha dessse culto à futilidade na mídia de hoje?
WAGNER: Nós vivemos tempos futeis. É muita informação, então a chance de metade disso ser bobagem é grande. Acho que está faltando a gente se olhar mais. Todo mundo perde tempo na TV ou na internet, e essas coisas mais leves oferecem um relaxamento. Não sou contra. Mas tem que dosar. É foda quando a oferta de bobagem é grande e você se afoga. Bobagem é ótimo, mas você vai, dá uma risada e volta para questões reais. O mundo virtual afastou as pessoas. Aliás, sei que tem gente no Twitter se fazendo passar por mim. Mas por favor diga que isso é mentira. Não faz sentido isso.
DANIEL - O Capitão Nascimento te influenciou? Você ficou mais agressivo?
WAGNER: Não é algo psicótico. Mas fica uma coisa no ar que influencia, sim. A preparação do "Tropa" foi uma parada muito louca. A gente era treinado pelo Bope o tempo todo. E como soldado, não tinha essa de ator. Então, pense numa coisa louca... Nenhum ator americano se submeteria àquilo. Não queria saber de filme, só queria sobreviver.
LUCAS - Você se inspirou no seu pai para interpretar o Capitão?
WAGNER: Não, meu pai era um doce (risos). Perto do Capitão meu pai era uma moça (risos).
DANIEL - Você tem vontade de voltar para a Bahia?
WAGNER: Eu quero comprar uma casa na Bahia, porque meu filho nasceu no Rio e não quero que ele perca o contato com a terra. Porque a Bahia é massa (risos)!
DANIEL - Eu soube que você voltou a tocar com a sua banda?
WAGNER: É uma banda que eu tinha com 15 anos. A gente sempre tocou em Salvador, entre a gente mesmo. Fizemos shows memoráveis (risos). Mas o Edgard do Multishow me chamou pra uma entrevista e pediu pra chamar a banda. Aí veio todo mundo. A partir desse lance a gente recebeu muitos convite para tocar. São três jornalistas, um contador e eu. Vamos gravar em outubro. Mas eu nunca vou deixar de ser ator. Sou ator que canta, ou que já cantou, sei lá.... Eu sou baiano (risos).
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Entrevistas
Afro-sambas de Baden juntam Philippe e Adnet
Os antológicos afro-sambas de Baden Powell (1937 - 2000) e Vinicius de Moraes (1913 - 1980) rendem mais um disco, de tonalidade jazzística - como já anuncia, aliás, o título Afro Samba Jazz. Editado pela gravadora Biscoito Fino neste mês de junho de 2009, o CD junta o pianista Philippe Baden Powell - filho do autor de Canto de Ossanha - ao violonista e arranjador Mario Adnet. Gravado sob a direção musical dos dois instrumentistas, o álbum procura outras soluções harmônicas paras os afro-sambas de Baden. Basicamente instrumental, o disco traz a voz cálida de Mônica Salmaso - cantora que despontou no mercado fonográfico com trabalho dedicado aos afro-sambas e dividido com o violonista Paulo Belinatti - no Canto de Yemanjá e na Ladainha de Yansan (o segundo tema é parte integrante da Suite Yansan). O repertório apresenta temas raros de Baden, caso de Alodê. Em texto escrito para o encarte do CD, Philippe Baden Powell lembra que seu pai considerava Adnet "um cara da pesada".