10.24.2009
Depois do incêndio que destruiu maior parte de sua obra, saiba onde ver o acervo de Oiticica
Cláudia Amorim
RIO - Parangolés, penetráveis e outras criações com nomes interessantes - o assunto (cultural) da semana foi a obra de um dos artistas mais importantes do Brasil, Hélio Oiticica (1937-1980), ainda que por razões lamentáveis. Depois do incêndio que destruiu na sexta-feira (16.10) passada a maior parte do acervo de Oiticica, guardado na casa da família, no Jardim Botânico, o Rio Show dá um roteiro de museus onde ainda é possível ver de perto um penetrável, um bólide, um metaesquema...
O penetrável à disposição dos cariocas fica no Museu do Açude, no Alto da Boa Vista. Em meio ao cenário verde inspirador da Floresta da Tijuca, nove paredes em alvenaria pintadas em cinco cores diferentes - além de uma tela de arame e de uma cobertura de acrílico - formam a instalação permanente "Magic square n 5 - De luxe".
Outra: no Museu de Arte Moderna (MAM), no Aterro do Flamengo, a Coleção Gilberto Chateaubriand e a do próprio espaço totalizam um acervo - o maior entre os museus do Rio (leia mais no box à direita) - de 18 peças de Oiticica.
Do outro lado da ponte, em Niterói, no Museu de Arte Contemporânea (MAC), também há trabalhos de Oiticica para serem vistos. Atualmente, estão em exposição duas obras que pertencem à Coleção João Sattamini. Uma delas é "Voo alto pra cima, pra dentro e pra fora", de 1958, um trabalho em guache sobre papel cartão duplex. Trata-se de um metaesquema (pinturas da primeira fase do trabalho de Hélio Oiticica).
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Museu de Arte Moderna:
Av. Infante Dom Henrique 85, Aterro do Flamengo - 2240-4944.
Ter a sex, do meio-dia às 18h. Sáb, dom e feriados, do meio-dia às 19h. Grátis (até 12 anos) e R$ 8. Aos domingos, ingresso-família, para até cinco pessoas, a R$ 8.
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Museu do Açude: Estrada do Açude 764, Alto da Boa Vista - 2492-5443. Qua a seg, das 11h às 17h. Grátis (às quintas-feiras e para menores de 12 anos) e R$ 2.
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Museu de Arte Contemporânea de Niterói:
Mirante da Boa Viagem s/n, Niterói - 2620-2400. Ter a dom, das 10h às 18h. Sáb e dom, das 10h às 19h. Grátis (às quartas-feiras e para menores de 7 anos) e R$ 4.
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Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica: "Ecos de Hélio".
Rua Luís de Camões 68, Centro - 2242-1012. Ter a sex, das 11h às 18h. Sáb e dom, das 11h às 17h. "Life [in progress]": Não recomendado para menores de 18 anos.
Ingressos extra para show do AC/DC em São Paulo
A Time For Fun disponibilizou um novo lote de ingressos para o show "Black Ice World Tour" do AC/DC em São Paulo. De acordo com a produtora, são cerca de 3.000 novos ingressos em diversos setores.As vendas serão iniciadas ao meio-dia de 24 de outubro (sábado) em todos os canais de venda Ticketmaster. Os ingressos estarão disponíveis na bilheteria oficial do show, localizada no estacionamento anexo do Credicard Hall (Av. das Nações Unidas, 17.981 - Santo Amaro), pelo telefone 4004-2060 (válido para todo o país) e nos demais pontos de vendas
27/11/2009 - São Paulo/SP
Estádio do Morumbi - Praça Roberto Gomes Pedrosa, 1
Classificação etária: Não será permitida a entrada de menores de 12 anos; 12 anos a 15 anos: permitida a entrada (acompanhados dos pais ou responsáveis legais); 16 anos em diante: permitida a entrada (desacompanhados)
Capacidade: 65.000 lugares
Ingressos: de R$ 150,00 (arquibancada laranja, inteira) a R$ 300,00 (cadeira superior, inteira)
Vendas online: www.ticketmaster.com.br
Bilheteria Oficial: Credicard Hall - Av. das Nações Unidas, 17.955
Arturo Sandoval: Vivo Rio - Rio de Janeiro/RJ
O versátil trompetista cubano Arturo Sandoval trouxe ao palco do Vivo Rio a turnê mundial “Afro Cuban Jazz”, no encerramento da temporada da Série All Night Jazz, onde o simpático músico passeia pelos ritmos de sua terra natal (Cuba), da terra de adoção (EUA) e por baladas que podem soar pop aos ouvidos mais apurados.
O artista vem acompanhado de um quinteto instrumentalmente apurado: Manuel Valera (piano), Dewaine Pate (baixo), Philbert Armenteros (percussão), Alexis Arce (bateria) e Charles Mcneil (saxofone). Nesta banda tão coesa e primorosa, Alexis e Mcneil destacam-se pela proximidade com Arturo e enriquecem com o suingue da bateria (Alexis) e a sutileza do sax (Mcneil) aquilo que já se destaca naturalmente: o caldeirão sonoro de Arturo.
O bolero “La gloria es tu”, do conterrâneo José Antonio Mendez, foi o pretexto perfeito para os devaneios estilizados tão comuns ao jazz; “Mambo caliente” e “Eso es lo que hay” aproximam Arturo da música cubana e com muito suingue coloca todos pra dançar no ritmo deliciosa da música caribenha e já no final, ao pegar uma garrafinha plástica de água, Aturo entoa: ‘Água de beber...’, bebe, a banda ainda na base da música, e como um Hermeto começa a tirar sons do bica da garrafa. Impagável.
Já no bis, um momento de introspecção quando ele, acompanhado apenas do piano de Valera, entoa “Smile”, de Charles Chaplin e que o recentemente falecido Michael Jackson amava; Arturo esbanjou emoção e mostrou um domínio da interpretação que encantou a platéia, que idolatra o trompetista, desacostumada com o Arturo intérprete.
A homenagem ao seu mestre, o maestro Dizzy Gilliespie, foi com a mágica “Night in Tunisia”, que foi ovacionada já nos primeiros acordes. Arturo faz a ponte perfeita entre as várias influências que resultam no seu som tão vibrante, harmonioso e repleto de qualidade. Um dos grandes nomes do jazz em todos os tempos.