3.30.2009
Oi Márcia,
Tenho acompanhado sua coluna e hoje tomei coragem para escrever. Tenho 35 anos, casada há 7 anos e com duas meninas, uma de 7 e a outra de 4 anos. Estou muito infeliz no casamento, acho que fiz a escolha errada, fico com medo de me separar por causa de minhas filhas. Qual será a melhor saída para resolver este conflito?
Nome fictício: Simone
Simone
Que bom que você decidiu compartilhar sua dúvida, com certeza quando dividimos nossos receios sempre um pouco de luz aparece no caminho.
Pelas poucas informações que enviou suponho que casou grávida, o que muitas vezes, pelo inesperado da situação, gera muita tensão no início da vida a dois. A chegada do primeiro filho inaugura a família, vocês passaram rapidamente da condição de casal à de família.
O casal precisa de um tempo para se estruturar e se organizar e no seu caso parece que esse tempo foi muito pequeno, já marcado pelo compromisso de um filho.
Além disso, quando casamos levamos na bagagem diversas influências que podem ajudar ou complicar a relação conjugal.
Costumo dizer aos casais que me procuram que um fator de dificuldade é conciliar as diferenças já que um vem da família A, o outro da família B, então o desafio é criar um novo sistema C, onde os valores, projetos, afinidades, interesses deverão ser trabalhados a dois para a constituição dessa nova família.
Vocês conversam sobre a relação? Conseguem discutir as diferenças e caminhar para o consenso? Mantêm um espaço para o casal, com saídas a dois?
Existem alguns aspectos no casamento que são extremamente sensíveis ao stress, tais como:
· A sexualidade do casal
· Interferência das famílias de origem
· Divergências na educação dos filhos
· Diferenças culturais, sociais e econômicas
· Projetos comuns
· Planejamento financeiro
Avalie, junto com ele, estes pontos. Com certeza a principal causa da dificuldade da separação não é as filhas, mas sim tudo o que os uniu e precisa ser revisto e renovado.
Se puder, busque uma terapia de casal.
Muita paz e harmonia para vocês!
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Conversando com você
Caetano Veloso fala de CAJUÍNA
Numa excursão pelo Brasil com o show Muito, creio, no final dos anos 70, recebi, no hotel em Teresina, a visita de Dr. Eli, o pai de Torquato. Eu já o conhecia pois ele tinha vindo ao Rio umas duas vezes. Mas era a primeira vez que eu o via depois do suicídio de Torquato. Torquato estava, de certa forma , afastado das pessoas todas. Mas eu não o via desde minha chegada de Londres: Dedé e eu morávamos na Bahia e ele, no Rio (com temporadas em Teresina, onde descansava das internações a que se submeteu por instabilidade mental agravada, ao que se diz, pelo álcool). Eu não o vira em Londres: ele estivera na Europa mas voltara ao Brasil justo antes de minha chegada a Londres. Assim, estávamos de fato bastante afastados, embora sem ressentimentos ou hostilidades. Eu queria muito bem a ele. Discordava da atitude agressiva que ele adotou contra o Cinema Novo na coluna que escrevia, mas nunca cheguei sequer a dizer-lhe isso. No dia em que ele se matou, eu estava recebendo Chico Buarque em Salvador para fazermos aquele show que virou disco famoso. Torquato tinha se aproximado muito de Chico, logo antes do tropicalismo: entre 1966 e 1967. A ponto de estar mais freqüentemente com Chico do que comigo. Chico eu eu recebemos a notícia quando íamos sair para o Teatro Castro Alves. Ficamos abalados e falamos sobre isso. E sobre Torquato ter estado longe e mal. Mas eu não chorei. Senti uma dureza de ânimo dentro de mim. Me senti um tanto amargo e triste mas pouco sentimental. Qaundo, anos depois, encontrei Dr. Eli, que sempre foi uma pessoa adorável, parecidíssimo com Torquato, e a quem Torquato amava com grande ternura, essa dureza amarga se desfez. E eu chorei durantes horas, sem parar. Dr. Eli me consolava, carinhosamente. Levou-me à sua casa.D. Salomé, a mãe de Torquato, estava hospitalizada. Então ficamos só ele e eu na casa. Ele não dizia quase nada. Tirou uma rosa-menina do jardim e me deu.Me mostrou as muitas fotografias de Torquato distribuídas pelas paredes da casa.Serviu cajuína para nós dois. E bebemos lentamente.
Durante todo o tempo eu chorava. Diferentemente do dia da morte de Torquato, eu não estava triste nem amargo. Era um sentimento terno e bom, amoroso, dirigido a Dr. Eli e a Torquato, à vida. Mas era intenso demais e eu chorei. No dia seguinte, já na próxima cidade da excursão, escrevi Cajuína.
A letra Cajuína
Existirmos a que será que se destina
Pois quando tu me deste a rosa pequenina
Vi que és um homem lindo e que se acaso a sina
Do menino infeliz não se nos ilumina
Tampouco turva-se a lágrima nordestina
Apenas a matéria vida era tão fina
E éramos olharmo-nos intacta retina
A cajuína cristalina em Teresina
Durante todo o tempo eu chorava. Diferentemente do dia da morte de Torquato, eu não estava triste nem amargo. Era um sentimento terno e bom, amoroso, dirigido a Dr. Eli e a Torquato, à vida. Mas era intenso demais e eu chorei. No dia seguinte, já na próxima cidade da excursão, escrevi Cajuína.
A letra Cajuína
Existirmos a que será que se destina
Pois quando tu me deste a rosa pequenina
Vi que és um homem lindo e que se acaso a sina
Do menino infeliz não se nos ilumina
Tampouco turva-se a lágrima nordestina
Apenas a matéria vida era tão fina
E éramos olharmo-nos intacta retina
A cajuína cristalina em Teresina
PIRÂMIDE ALIMENTAR
Alimentar é dar ao organismo os nutrientes necessários a sua manutenção. Os nutrientes são encontrados nos alimentos, que podem ser tanto de origem vegetal como animal. Os alimentos são partidos em pequenas porções pelos processos de digestão e absorção, que começa na boca, através da mastigação, e termina nos intestinos, onde os nutrientes são absorvidos, para serem usados nas células, tecidos, músculos, órgãos, enfim por todo organismo.
"Pirâmide Alimentar é um instrumento, de orientação para uma alimentação mais saudável". Ela constitui um guia para uma alimentação saudável, onde você pode escolher os alimentos a consumir, dos quais pode obter todos os nutrientes necessários, e ao mesmo tempo, a quantidade certa de calorias para manter um peso adequado.
A pirâmide possui 4 níveis com 8 grandes grupos de produtos, de acordo com a sua participação relativa no total de calorias de uma dieta saudável. Os alimentos dispostos na base da pirâmide devem ter uma participação maior no total de calorias da sua alimentação, ao contrário dos alimentos dispostos no topo da pirâmide, que devem contribuir com a menor parte das calorias de toda a sua alimentação. Cada grupo de alimentos é fonte de nutrientes específicos e essenciais a uma boa manutenção do organismo.
Grupo de pães, massas, tubérculos: Fonte de carboidratos, nutriente fornecedor de energia. Pães, massas e biscoitos integrais são ainda boa fonte de fibras, que ajudam no bom funcionamento do intestino.
Grupo das frutas e hortaliças: Ótimas fontes de vitaminas e sais minerais, dentre eles, antioxidantes que diminuem o efeito deletério do estresse oxidativo e dos radicais livres. Também possuem boa quantidade de fibras.
Grupo das carnes: São alimentos compostos basicamente de proteína, muito bem utilizada por nosso organismo para produção de tecidos, enzimas e compostos do sistema de defesa. Além disso, são ricas em ferro e vitaminas B6 (pirixodina) e B12 (cianocobalamina), tendo sua ingestão (nas quantidades adequadas) efeito preventivo nas anemias ferropriva e megaloblástica.
Grupo do leite e derivados: São os maiores fornecedores de cálcio, mineral envolvido na formação de ossos e dentes, na contração muscular e na ação do sistema nervoso. Além disso, possuem uma boa quantidade de proteína de boa qualidade.
Açúcares e óleos: são pobres em relação ao valor nutritivo, sendo considerados, por isso, calorias vazias.
Ingerir no mínimo 2 litros de água por dia é importante para manter o organismo equilibrado e hidratado.
Fontes: SBD e Dra. Sonia Philippi
Sandra Helena Mathias Motta
Nutricionista
Centro – 3323-3715
Vila Nova – 3326-5487
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Nutrição