9.27.2009

Exposição "Arquitetura do Medo" de André Gardenberg no MAM-BA

André Gardenberg
Nascido em 1956, em Salvador ,BA, mudou-se para o Rio de Janeiro em 1975, cursando a Faculdade de Jornalismo na Universidade Estácio de Sá (RJ), de 1974 a 1978. Durante os anos do curso superior, começou a interessar-se pela fotografia, realizando alguns trabalhos documentais. Especializou-se em fotos de imagens em movimento, trabalhando por alguns anos com esporte, para, em seguida, se dedicar a trabalhos ligados a dança, teatro, cinema, música. Em 2001, cria o conceito de sua primeira exposição, ‘Arquitetura do Tempo’, na qual busca subverter o código da moda e da indústria de beleza, que tratam as rugas como restos de vida que devem ser extirpados, escondidos ou transformados. Essa Exposição "Arquitetura do Medo"é a segunda parte da trilogia iniciada com ‘Arquitetura do Tempo’, com livro da Editora Cosac Naify com foco no homem contemporâneo. A violência urbana criou uma nova estética nas cidades. Modernidade e barbárie coabitam o mesmo espaço, com a incorporação de elementos semelhantes aos hábitos medievais de defesa. Mudou não apenas a estética. O homem também se modificou. Ciente da nova realidade, o fotógrafo André Gardenberg voltou suas lentes para essa questão urbano-humanística e, com ‘Arquitetura do Medo’, dá continuidade à sua investigação sobre temas que envolvem a existência humana no mundo contemporâneo.
O Museu de Arte Moderna da Bahia recebe de 29 de setembro a 25 de outubro, na Galeria Subsolo, a exposição Arquitetura do Medo, do baiano radicado no Rio de Janeiro, André Gardenberg. A mostra que tem abertura no dia 28 de setembro, às 19h, já passou pelo Centro Cultural dos Correios, no Rio de Janeiro e pela Pinacoteca de São Paulo e pelo SESC de Campinas e traz, através de fotos coloridas, uma reflexão sobre a nova arquitetura urbana, pautada pelo medo da violência.

Com curadoria de Diógenes Moura, ‘Arquitetura do Medo’ é a segunda exposição da trilogia de André Gardenberg em sua investigação sobre temas que envolvem a existência humana no mundo contemporâneo. Na primeira, Arquitetura do Tempo, ele mostrou ao público sua visão sobre o envelhecimento nos dias de hoje, trazendo à tona o eterno conflito da vida x morte e a inútil tentativa de parar o tempo.

No MAM – BA a exposição reúne 80 fotos coloridas de André Gardenberg realizadas em São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Recife. Através delas, o artista traça um painel da estética das grades, misto de adorno e proteção que a partir das últimas décadas do século passado foi se incorporando à paisagem da arquitetura brasileira.

“As imagens selecionadas nos dão a sensação de vermos o mapa do Brasil de cima e percebermos que ele está enjaulado”, define Diógenes. “Tento retratar todas essas barreiras, grades e cercas que, ao invés de proteger a sociedade, acaba por aprisioná-la atrás de si. Por meio desse recorte da realidade é possível enxergar uma nova cidade,
aflita e aprisionada pelo medo”, resume André Garenberg.

ABERTURA
28.09.09 SEGUNDA, 19H
EXPOSIÇÃO
29.09 À 25.10.09
TERÇA À DOMINGO, DAS 13 ÀS 19H
SÁBADO DAS 13 ÀS 21H

Muito prazer?

Luiz Caversan

Nunca entendi direito, desde criança, a finalidade da expressão "muito prazer" dita quando a gente acaba de conhecer alguém. Como assim, muito prazer, se você, em geral, não sabe nada da pessoa que se encontra à sua frente?

Não se trata, é claro, de uma prerrogativa brasileira, porque o "nice to meet you" obriga o anglófono a gostar de cara que está conhecendo, da mesma forma que o italiano é obrigado a sentir "piacere"...

Hipocrisia das formalidades sociais, porque prazer prazer mesmo a gente sente nas internas, nos cantinhos reservados ao que em geral não queremos compartilhar, egoístas que somos todos, menos os mentirosos.

Esse prolegômeno todo serve apenas de intróito (prolegômeno, intróito? Socorro, Aurélio!) para uma enquete deliciosa que está rolando na internet. Trata-se de uma campanha de uma marca internacional de sorvete, que está a medir o quanto as pessoas sentem de prazer com as coisas que verdadeiramente gostam de fazer, numa tentativa de estabelecer uma espécie de "prazeirômetro" internacional, que permitirá a criação de um ranking, do que mais goza a vida ao que mais se aporrinha com sua reles existência.

Sabe-se que já foram ouvidas mais de 100 mil pessoas e que latino-americanos estão à frente de europeus e americanos do norte, mas agora é que a coisa vai pegar, porque o teste está no ar em português para aferir o prazer dos brasileiros em www.meumagnum.com.br.

Eu fiz o teste mas não vou contar para ninguém o resultado, que obviamente foi muito bom, uma vez que a depressão tornou-se ultimamente (toc, toc, toc) apenas uma lembrança ruim.

Mas adianto que é bem divertido e tenho certeza de que colocará os brasileiros, esses gozadores (em todos os sentidos) em primeiro lugar.

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