André Gardenberg
Nascido em 1956, em Salvador ,BA, mudou-se para o Rio de Janeiro em 1975, cursando a Faculdade de Jornalismo na Universidade Estácio de Sá (RJ), de 1974 a 1978. Durante os anos do curso superior, começou a interessar-se pela fotografia, realizando alguns trabalhos documentais. Especializou-se em fotos de imagens em movimento, trabalhando por alguns anos com esporte, para, em seguida, se dedicar a trabalhos ligados a dança, teatro, cinema, música. Em 2001, cria o conceito de sua primeira exposição, ‘Arquitetura do Tempo’, na qual busca subverter o código da moda e da indústria de beleza, que tratam as rugas como restos de vida que devem ser extirpados, escondidos ou transformados. Essa Exposição "Arquitetura do Medo"é a segunda parte da trilogia iniciada com ‘Arquitetura do Tempo’, com livro da Editora Cosac Naify com foco no homem contemporâneo. A violência urbana criou uma nova estética nas cidades. Modernidade e barbárie coabitam o mesmo espaço, com a incorporação de elementos semelhantes aos hábitos medievais de defesa. Mudou não apenas a estética. O homem também se modificou. Ciente da nova realidade, o fotógrafo André Gardenberg voltou suas lentes para essa questão urbano-humanística e, com ‘Arquitetura do Medo’, dá continuidade à sua investigação sobre temas que envolvem a existência humana no mundo contemporâneo.
O Museu de Arte Moderna da Bahia recebe de 29 de setembro a 25 de outubro, na Galeria Subsolo, a exposição Arquitetura do Medo, do baiano radicado no Rio de Janeiro, André Gardenberg. A mostra que tem abertura no dia 28 de setembro, às 19h, já passou pelo Centro Cultural dos Correios, no Rio de Janeiro e pela Pinacoteca de São Paulo e pelo SESC de Campinas e traz, através de fotos coloridas, uma reflexão sobre a nova arquitetura urbana, pautada pelo medo da violência.
Com curadoria de Diógenes Moura, ‘Arquitetura do Medo’ é a segunda exposição da trilogia de André Gardenberg em sua investigação sobre temas que envolvem a existência humana no mundo contemporâneo. Na primeira, Arquitetura do Tempo, ele mostrou ao público sua visão sobre o envelhecimento nos dias de hoje, trazendo à tona o eterno conflito da vida x morte e a inútil tentativa de parar o tempo.
No MAM – BA a exposição reúne 80 fotos coloridas de André Gardenberg realizadas em São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Recife. Através delas, o artista traça um painel da estética das grades, misto de adorno e proteção que a partir das últimas décadas do século passado foi se incorporando à paisagem da arquitetura brasileira.
“As imagens selecionadas nos dão a sensação de vermos o mapa do Brasil de cima e percebermos que ele está enjaulado”, define Diógenes. “Tento retratar todas essas barreiras, grades e cercas que, ao invés de proteger a sociedade, acaba por aprisioná-la atrás de si. Por meio desse recorte da realidade é possível enxergar uma nova cidade,
aflita e aprisionada pelo medo”, resume André Garenberg.
ABERTURA
28.09.09 SEGUNDA, 19H
EXPOSIÇÃO
29.09 À 25.10.09
TERÇA À DOMINGO, DAS 13 ÀS 19H
SÁBADO DAS 13 ÀS 21H
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