9.09.2009

Centro Cultural Carioca recebe as Mulheres de Hollanda para duas últimas apresentações

RIO - Depois de quatro anos na estrada com o show de estreia do grupo, as Mulheres de Hollanda fazem, nesta e nas próximas quarta-feiras (9 e 16.09), duas últimas apresentações antes de se concentrarem em um novo trabalho. O quinteto feminino que faz releituras do repertório de Chico Buarque se despede temporariamente dos palcos no Centro Cultural Carioca, a partir das 21h.

Karla Boechat assina a direção e é uma das integrantes do grupo vocal, que conta ainda com as talentosas Eliza Lacerda, Malu Von Kruger, Ana Cuba e Marcela Mangabeira.

O show é praticamente o mesmo que fez sucesso na gravação do DVD ao vivo, no Teatro Municipal de Niterói, em 2007. No repertório, " Las muchachas de Copacabana", "Mar e lua", "Não sonho mais", "Ela desastinou", "A Rita", "João e Maria", "Baioque" e "O meu guri", entre muitas outras.

Mulheres de Hollanda
@ Centro Cultural Carioca.
Rua do Teatro 37, Praça Tiradentes - 2252-6468.
Qua, às 20h30m. R$ 30.
Não recomendado para menores de 18 anos.

Orquestras Voadora e do bloco Céu na Terra inauguram projeto de bandas populares no Rival

José Raphael Berrêdo

RIO - Começa nesta quarta-feira (09.09) o projeto Orquestras Populares Cariocas, a partir das 21h, no Teatro Rival. A ideia, do produtor Felipe Falcão, é reunir bandas que animam as ruas do Rio e mostrar que elas podem ir além do carnaval, dos sambas e das marchinhas. As orquestras Voadora e do bloco Céu na Terra são as primeiras a se apresentarem.

O roteiro mistura músicas habituais do repertório dos grupos. Vai de sambas, frevos, marchinhas, maxixes, cirandas, maracatus, afoxés, baiões e xaxados, da Orquestra Popular Céu na Terra, a Jimi Hendrix, Tim Maia e Michael Jackson em animadas releituras da Orquestra Voadora.
Duas próximas edições já têm datas reservadas (14.10 e 11.11), faltando confirmar as atrações. Songorocosongo, Quizomba, Macumbia, Funk'n'Lata e Cordão do Boitatá são os mais cotados. No que depender dos objetivos de Felipe Falcão, no entanto, o projeto está apenas começando:
- A ideia é mostrar que as misturas estão muito próximas da gente. Está na hora de não ficar só focado no carnaval até porque o Rio tem potencial para apresentar outros tipos de trabalho - explica o produtor, que diz ter sido criado na escola de samba União da Ilha e já produziu shows do Cordão do Boitatá e do Quizomba. - Seria legal criar um espaço fixo para expor os trabalhos de diferentes tipos de orquestras.
Nesta quarta, a previsão é de que 15 integrantes na Orquestra Voadora e 12 na Céu na Terra estejam presentes. Cada banda faz um show de uma hora e, no fim, tocam juntas por cerca de 15 minutos.

Orquestra Voadora e Orquestra Popular Céu na Terra
@ Teatro Rival.
Rua Álvaro Alvim 33, Cinelândia - 2524-1666.
Qua (09.09), às 21h. R$ 20 (os cem primeiros espectadores) e R$ 40. Não recomendado para menores de 16 anos.


Uma breve análise do caso Battisti

O caso Battisti tem movido numerosas paixões radicais que não podem ser analisados num breve espaço. A animosidade ou, então, a objetividade duvidosa de grande parte da mídia possui um alvo preciso: o leitor de classe média e alta, aquele que se identifica com a repressão, sob os efeitos do que Wilhelm Reich chamava praga emocional, com a qual explicava o apoio deste setor ao nazismo.
As motivações do governo da Itália, embora muito evidentes, não podem tampouco ser analisadas sem um considerável desvio do assunto principal. A posição do TSF, que tem aparecido publicamente contrário ao asilo do perseguido italiano, deve ter motivações muito complexas, de tipo social, político e psicológico, mas não poderíamos estudá-las de maneira totalmente objetiva com base em simples conjeturas.

O que faremos nesta breve análise é um exame objetivo dos fatos, colocando ênfase nas contradições, omissões, imprecisões e afirmações falsas dos setores sociais que se opõem ao refúgio dado a Battisti, ou criticam a forma em que ele foi concedido pelo ministro Tarso Genro. Para tanto, vou evitar qualquer comentário ideológico e qualquer manifestação sobre o caráter ético dos movimentos revolucionários da década de 70 na Europa. Desejo me cingir a fatos provados por fontes mediáticas, documentais ou declarações de domínio público, nos aspectos seguintes:

1) Analisar os argumentos de alguns membros do STF contra a concessão de asilo, mostrando as contradições internas dos mesmos, a inconsistência com a jurisprudência anterior, sua incompatibilidade com a tradição brasileira, e com princípios e acordos internacionais e regionais.

2) Mostrar o caráter duvidoso de que a autoria dos crimes que provocaram a condena de Battisti seja realmente sua, como, por exemplo, no caso de duas mortes, cometidas em duas cidades diferentes, em horários muito próximos.

3) Mostrar os desvios da Convenção Americana de Direitos Humanos e toda a legislação humanitária atual, bem como dos princípios básicos de ética jurídica, dos quais um exemplo importante é a forma em que o STF deixou transparecer que sua intenção era condenar ao réu, já nos começos de 2009.

4) Analisar a violação à divisão de poderes, ao direito de ampla defesa, à garantia de julgamento isento, ao direito de resposta, e assim em diante.

Carlos Alberto Lungarzo

Situação de Dilma preocupa

Enviado por Lucia Hippolito -

pesquisa CNT/Sensus

A última pesquisa CNT/Sensus aponta ligeiríssima queda na popularidade do presidente Lula (81,5% em junho e 76,8% em setembro) e na avaliação positiva de seu governo (69,8% em junho e 65,4% em setembro).
Nada que faça o presidente Lula perder um minuto sequer de sono.
A queda é natural e esperada. Afinal, o presidente vem tomando algumas atitudes bastante arriscadas, como estender o manto protetor de sua popularidade sobre figuras e atos muito controvertidos, como a defesa intransigente do presidente do Senado, José Sarney.
Ou mesmo a defesa da ministra Dilma no caso do encontro que houve-não-houve com a ex-secretária da Receita Federal.
O presidente pode muito mas não pode tudo. A pesquisa apontou que, entre os que acompanharam o assunto, a maioria (35,9%) acredita que Lina Vieira estava falando a verdade, enquanto 23,6% acreditam na ministra Dilma.
E é justamente a situação da ministra Dilma que inspira cuidados, segundo a pesquisa.
Em todas as simulações para a eleição presidencial do ano que vem, Dilma não passa dos 20%. Os especialistas em pesquisas afirmam que Lula consegue transferir 20% de intenções de voto para qualquer candidato.
Como a ministra não sai dos 20%, é legítimo concluir que ela não ainda não tem voto próprio.
Para piorar ainda mais as coisas, Dilma obteve altíssimo índice de rejeição na pesquisa: 38%. Perigosamente perto do teto de 40% de rejeição, índice a partir do qual nenhum candidato se elege.
Assim, Dilma Rousseff combina, por enquanto, o pior dos dois mundos: baixo índice de intenção de voto com alto índice de rejeição.
Do outro lado do espectro da pesquisa, o governador José Serra segue na liderança de todas as simulações, com intenções de voto perto de 40%.
Quanto à rejeição, a de Serra é das mais baixas (28%), acima apenas da rejeição ao governador Aécio Neves (26%).
Assim, ao contrário de Dilma Rousseff, José Serra combina, por enquanto, o melhor dos dois mundos: alto índice de intenção de voto com baixo índice de rejeição.
Agora, é acompanhar as próximas pesquisas, comparar com as anteriores, para ver se é possível extrair uma tendência, a praticamente um ano da eleição.
Sabendo-se que ninguém ganha ou perde eleição de véspera.



Veneza: George Clooney é soldado hippie em comédia ambientada no Iraque

VENEZA - Exibido nesta terça-feira no Festival de Veneza, a comédia "The men who stares the goat" (os homens que encaram cabras, em tradução livre) traz o galã George Clooney no papel de um soldado hippie treinado para travar combates psíquicos pacíficos durante a guerra do Iraque.
"The Men Who Stare at Goats" é baseado num livro de Jon Ronson sobre uma unidade secreta criada pelo exército dos EUA em 1979 e que, segundo o autor, acreditava que soldados poderiam ficar invisíveis, atravessar muros e matar cabras simplesmente olhando fixamente para elas.

'Simplesmente eu. Clarice Lispector': Um dos melhores espetáculos dos últimos tempos


RIO - A obra de Clarice Lispector tem sido motivo para vários espetáculos (quase todos monólogos), mas "Simplesmente eu. Clarice Lispector", de Beth Goulart, em cartaz no Teatro I do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), encontrou um caminho que o distingue de seus antecessores: trabalhando tanto com a obra da escritora quanto com sua biografia e informações obtidas daqueles que de perto a conheceram, a atriz (agora também autora e diretora) criou um texto que - cenicamente, é claro - é dito pela própria Clarice, seja em sua própria pessoa, em entrevistas e cartas, seja como intérprete pessoal dos personagens que criou.
A fim de alcançar seu objetivo, Beth Goulart não só costurou com muita habilidade os depoimentos e as citações, compondo uma espécie de ampla revelação de vida e processo criativo, como trabalhou, com visagismo e figurinos, a figura da escritora, seu porte e seu gestual (elaborados por Márcia Rubin). Mais ainda, foi adotado o pessoal modo de falar de Clarice, justificando plenamente assim o título do espetáculo.
A seleção dos textos literários foi cuidadosa, toda ela pensada em termos desse objetivo de dar vida à imagem da escritora, com atenção para aqueles que melhor parecem ilustrar o que ela diz de sua obra quando fala em sua própria pessoa. Um trabalho exemplar.
"Simplesmente eu. Clarice Lispector" é um espetáculo e uma atuação dos melhores que a cidade tem visto nos últimos tempos.
'Simplesmente eu. Clarice Lispector'
@ Centro Cultural Banco do Brasil (Teatro 1).
Textos: Clarice Lispector. Adaptação, direção e interpretação: Beth Goulart. Supervisão: Amir Hadad. Rua Primeiro de Março 66, Centro - 3808-2007.
Qua a dom, às 19h. 60 minutos. R$ 10. Até 4 de outubro. Não recomendado para menores de 12 anos.

Fórum Municipal de Cultura acontece neste sábado

A Prefeitura, por meio da Fundação Casa da Cultura Macedo Miranda, realiza neste sábado, dia 12, das 9 às 17 horas, no auditório do Sindicato Rural, o VIII Fórum Municipal de Cultura. O evento contará com a participação de representantes dos diversos segmentos artísticos do município, com objetivo de debater ações e as políticas de governo voltadas ao desenvolvimento cultural no município. O Sindicato Rural se localiza na Avenida Saturnino Braga, em frente ao Resende Shopping. O presidente da Casa da Cultura, Laís Amaral (foto), informa que ainda durante o Fórum serão escolhidos os 14 membros do Conselho Municipal de Cultura para o biênio 2009-2011, sendo sete deles representantes da comunidade artística local e os outros sete nomeados pelo poder público municipal. – Promovemos seis ‘Pré-Fóruns’ ao longo do mês de agosto com representantes de grupos ligados ao teatro, música, dança e artes plásticas, entre outros, durante os quais foram levantadas diversas questões que serão debatidas no Fórum visando traçar diretrizes para a cultura no Município – explicou Laís. Ele revela também que durante o Fórum serão anunciadas as linhas temáticas a serem tratadas na I Conferência Municipal de Cultura, prevista para o final de outubro. Na conferência, vão ser escolhidos os delegados de Resende para o evento nos âmbitos estadual e nacional, que serão promovidos, respectivamente, nos próximos meses de dezembro e março. CULTURA POPULAR – Falando da importância do Fórum Municipal de Cultura deste sábado, o prefeito José Rechuan (DEM) salientou que o evento vai representar outra iniciativa da administração municipal no sentido de garantir a participação da população de Resende na definição das ações implementadas em diversas áreas da administração pública municipal. Ele destacou algumas das realizações da Prefeitura este ano no segmento cultural, entre eles o carnaval na Avenida Gustavo Jardim e o IX FESTER (Festival de Teatro de Resende), realizado recentemente no Cinema Vitória (Praça Oliveira Botelho). - A nossa administração tem a proposta de valorizar a cultura popular, motivo pelo qual podemos enumerar alguns resultados positivos nesta direção, apesar do nosso governo ter completado apenas oito meses de trabalho. Com a participação dos segmentos organizados e do cidadão no Fórum Municipal de Cultura deste sábado poderemos definir outras ações que garantam este direito básico do nosso povo: o direito à cultura e ao lazer – disse Rechuan.

Fonte PMR
Foto Wagner Alves
e-mail para esta coluna botecosdovaledocafe@gmail.com

Aquarela do Brasil

Emocionante!
Principalmente por tratar-se de um coral de outro país, cantando um "hino" de amor ao nosso Brasil.

Esse maravilhoso coral não é de São Paulo, não é do Rio de Janeiro, nem de Salvador, nem do Recife, nem de Porto Alegre... é da ESLOVÊNIA, dá para acreditar?
Repare na perfeita dicção das palavras em português. Pode-se perceber leve pronúncia diferente da nossa, mas é muito legal!!
Parece um coral de brasileiros, mas os cantores são da Eslovênia.
Show de bola do Perpetuum Jazzile & BR6 ( este é brasileiro)!

'Cabaré Caruso' diverte os fins de semana de setembro no Café Pequeno

RIO - O chargista e dublê de cantor Chico Caruso apresenta espetáculos diferentes em setembro misturando música e humor, no Teatro Café Pequeno, no Leblon. As composições, em sua maioria, são assinadas por Chico e seu irmão, Paulo.
Nesta semana e na próxima, será a vez dos espetáculos "De D. João a Napoleão, 200 anos de esculhambação" e "Lupicínio, uma paixão", sempre com convidados diferentes. Os shows abordam temas sociais, políticos e românticos através da sátira e do drama expressado por artistas provenientes dos mais variados setores da cultura: música, teatro, dança, jornalismo, humorismo, mágica, marionetes e circo.
Entre os temas, estão o arremesso de sapatos pelo jornalista iraquiano no ex-presidente americano Bush, que origem à paródia musical "The shoes must go on" (Paulo Caruso). Lula, claro, não fica de fora das brincadeiras-críticas, bem ao estilo das charges de Chico:
- Lula fez questão de tirar a língua inglesa da formação necessária do Itamaraty, achou que era supérfluo. Então, a gente brinca com isso fazendo uma tradução verso a verso, do inglês para o "Lulês", da música "One for my baby and one for the road", de Frank Sinatra - conta o chargista.