9.06.2010

Músicos brasileiros regravam Beatles para celebrar 40 anos de 'Abbey Road'

           Projeto 'Beatles'69' contou com a participação de 63 artistas.

Milton Nascimento fez dueto póstumo com Elis Regina.

Henrique Porto
Em 2008, ele reuniu um time de mais de 90 artistas da música brasileira para comemorar os 40 anos de lançamento de "The Beatles", clássico da banda conhecido como “Álbum branco”. Agora, menos de um ano depois, o produtor e pesquisador musical Marcelo Fróes volta a escarafunchar o baú dos Fab Four para resgatar todas as canções de John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr nascidas em 1969 e produzir uma nova homenagem a outro quarentão, o disco “Abbey road”, o último e mais vendido do quarteto.

“Muita gente se queixou comigo por não ter participado da homenagem ao ‘Álbum branco’. Me perguntavam se iria fazer algo semelhante de novo. Isso acabou me motivando. Então, surgiu o projeto 'Beatles'69'", explica Fróes, jornalista e produtor musical, fazendo questão de ressaltar que não se trata de um tributo, mas, sim, de um “estudo de repertório”.

Ao todo, 63 artistas participaram da empreitada, que foi transformada em três CDs de 21 faixas cada um - todas gravadas em inglês. O elenco inclui Ivan Lins, João Donato, Paula Morelenbaum, Frejat, Detonautas, Capital Inicial, Jota Quest, Ultraje a Rigor e Wanderléa, entre outros.

“Lá do Lado de Cá – o país da Tropicália”,

                                  O NOVO LIVRO DE MARCELO RIBEIRO

No próximo dia 10 de setembro – uma sexta-feira, acontece lançamento do esperado livro “Lá do Lado de Cá – o país da Tropicália”, do médico Sergipano, pesquisador, poeta, biógrafo e crítico musical Marcelo da Silva Ribeiro, no Hotel Real Classic, orla de Atalaia em Aracaju a partir de 17h30.
O livro de Marcelo, que é membro da Academia Sergipana de Medicina e da Academia Sergipana de Letras, traz uma visão multifária, nas palavras do contista Paulo Morais, de um período da vida brasileira, a partir da década de sessenta, tendo como eixo a música popular brasileira e o que ela representou como desafogo de uma geração asfixiada pela ditadura militar de 64.
“Lá do Lado de Cá”, o décimo livro na vasta produção literária de Marcelo, tem prefácio de Adalberto Goulart e traz ainda, de forma inédita, relatos da passagem do inolvidável João Gilberto por Aracaju. João morou na cidade, foi aluno interno do Colégio Jackson de Figueiredo, aprendeu a tocar violão com Carnera e conviveu com Ezequiel Monteiro e Bissextino. Tá tudo lá no livro. Uma obra de inestimável valor, que deve ser lido por todos.
Quem não tiver paciência pra esperar, já pode adquirir o livro na Banca do Roberto (Praça Fausto Cardoso) ou no Centro Médico Luiz Cunha, ao preço de R$ 40,00. Foi o que fiz!
(Lúcio Antonio Prado Dias, da Editoria)
Abaixo publicamos o e-mal recebido do amigo Marcelo Ribeiro.

Prezado Marcus: o livro LÁ DO LADO DE CÁ – O PAÍS DA TROPICÁLIA tem 440 páginas e contextualiza o movimento tropicalista, fazendo uma (re)visita ao âmago brasileiro tendo como eixo a música popular brasileira e o que ela representou como desafogo de uma geração asfixiada pela ditadura militar de 64. Sou médico em Aracaju, Sergipe, mas estudei em Salvador na época da efervescência do movimento. Mostraremos ao Brasil que o meninote (chegou aqui com 11 de idade) João Gilberto, aluno interno do Colégio Jackson de Figueiredo nos anos 42, 43, 44 e 45, teve como professor de violão Carnera (e dele nunca esqueceria, ligando de Nova Iorque para conversar durante horas, madrugadas adentro).

Zé Geraldo grava novo DVD com convidados especiais

Com mais de 30 anos de estrada, o cantor e compositor Zé Geraldo prepara o lançamento de um novo DVD ao vivo, o segundo da carreira. A gravação do DVD será realizada no dia 12 de setembro, no palco do Auditório Ibirapuera, em São Paulo, e contará com convidados especiais.
Zé fará uma série de três apresentações nos dias 10, 11 e 12 de setembro. Nos três shows ele contará com a participação de Chico Teixeira. A filha do cantor, a também cantora Nô Stopa, divide o palco com o pai nos dias 10 e 12. No último show - dia da gravação do DVD - Zé Geraldo também receberá os parceiros Xangai , Landau e Geraldo Azevedo.
O DVD ainda não tem data exata para chegar às lojas, mas o título já foi escolhido: “Cidadão - Trinta e Poucos Anos”. O nome faz alusão à canção “Cidadão”, composição de Lucio Barbosa gravada por Zé em 1979. A música é, até hoje, uma das canções mais marcantes da carreira de Zé Geraldo.
O repertório dos shows resgata músicas consagradas nesses 30 anos, além de duas canções inéditas. Confira as informações sobre os shows:

10, 11 e 12/09/2010 - São Paulo/SP
Auditório Ibirapuera - Av. Pedro Álvares Cabral, s/n - portão 3
Horário: 21h00 (dias 10 e 11) e 19h00 (dia 12)
Ingressos: R$ 30,00 e R$ 15,00
Informações: 11 3629-1075 / www.auditorioibirapuera.com.br

Demônios da Garoa em novas homenagens a Adoniran

O grupo Demônios da Garoa, um dos mais tradicionais de São Paulo, fará três shows no projeto Canta São Paulo, na Caixa Cultural, homenageando o centenário de nascimento de Adoniran Barbosa. Os shows serão nos dias 10, 11 e 12 de setembro, na capital paulista.
Além de apresentarem clássicos imortalizados por Adoniran Barbosa, os Demônios da Garoa vão contar no show com a participação do ator Luis Maurício que vai animar um boneco caracterizado como Adoniran. O espetáculo também terá intervenções cênicas.
Entre as canções presentes no repertório dos shows estão “Tiro ao Álvaro”, “Apaga o Fogo Mané”, “Iracema”, “As Mariposa”, “Saudosa Maloca”, “Dia de Domingo” e “Trem das Onze”.

10, 11 e 12/09/2010 - São Paulo/SP
Caixa Cultural São Paulo - Praça da Sé, 111
Horário: 18h00 (dias 10 e 11) e 19h00 (dia 12)
Classificação etária: livre (menor de 12 anos acompanhado do responsável)

CÉU - No Circo Voador

                                     Show do novo CD "Vagarosa"

No próximo dia 11 de setembro (sábado), a cantora e compositora Céu está de volta ao Circo Voador com o show de seu novo CD "Vagarosa" (Urban Jungle/Universal). Uma noite imperdível que começa com o show de abertura da banda Tono.
Responsável pela direção musical, Céu é acompanhada no palco pelos músicos Guilherme Ribeiro (guitarra, teclados e acordeon), Lucas Martins (baixo), Bruno Buarque (bateria) e o DJ Marco (MPC e pick up).
No repertório estão músicas de seu novo disco "Vagarosa", como "Bubuia" (Céu/Anelis Assumpção/Thalma de Freitas), "Cangote" (Céu), "Comadi" (Céu/Beto Villares) e "Sonâmbulo" (Céu/Serginho Machado/Bruno Buarque/DJ Marco/Lucas Martins/Guilherme Ribeiro), além das canções de seu primeiro CD "Céu" (2005), como "Roda" (Céu/Beto Villares), "Malemolência" (Céu/Alec Haiat) e "Lenda" (Céu/Alec Haiat/Graziella Moretto).

SÁBADO, dia 11 de Setembro 2010 - Abertura dos portões: 22h
www.ingresso.com.br - R$ 25 Estudante
R$ 50 Inteiro
Classificação: 18 anos (12 a 17 anos somente acompanhados dos pais).
Bilheterias: Terça à Quinta, das 12h às 19h; Sexta, das 12h às 24h (exceto feriados). Sábado, 2h antes do evento. Pagamento somente em dinheiro.
Circo Voador - Rua dos Arcos, S/N – Lapa. Informações: 021. 2533-0354

SHOWS RIO DE JANEIRO

Amado Batista
Autor de hits como Amor Perfeito, Secretária e Princesa, o cantor, brega para uns e romântico para outros, celebra ao vivo 35 anos de carreira. Os fãs também vão encontrar algumas das inéditas que farão parte de seu próximo disco, em fase de finalização. 18 anos. Citibank Hall (8 430 pessoas). Avenida Ayrton Senna, 3000 (Shopping Via Parque), Barra. Informações, 0300 7896846 (9h/21h). X Sexta (10), 22h. R$ 40,00 (setor 3) a R$ 120,00 (camarote). Bilheteria: 12h/20h (seg. a qui.); a partir das 12h (sex.).

Ana Carolina
Em novo espetáculo, Ensaio de Cores, a cantora aproveita o embalo para mostrar seus dotes de pintora. Telas de sua autoria estarão à venda no foyer. No palco, Ana Carolina apresenta sucessos ao lado de Délia Fischer (piano), Gretel Paganini (violoncelo) e Lan Lan (percussão). 16 anos. Vivo Rio (5 000 pessoas). Avenida Infante Dom Henrique, 85, Aterro do Flamengo, 2272-2900. Sábado (11), 22h; sexta (12), 20h. R$ 70,00 (setor 3) a R$ 150,00 (camarote A). Bilheteria: 12h/20h (seg. a sex.); a partir das 12h (sáb.). Estac. c/manobr. (R$ 15,00). IR.

Barbara Mendes
Convidada pelo arranjador Eumir Deodato, a cantora gravou o tema de abertura do filme Bossa Nova. À frente do palco, a intérprete de voz forte volta ao cartaz para uma curta temporada dedicada ao repertório de Elis Regina. 14 anos. Modern Sound (120 lugares). Rua Barata Ribeiro, 502, loja D, Copacabana, 2548-5005, a Siqueira Campos. Sábado (11), 16h. Grátis. É necessário fazer reserva. Estac. c/manobr. (R$ 6,00 a primeira hora). www.modernsound.com.br.

Bruce Henri
Lançado no ano passado, Villa’s Voz é uma homenagem do contrabaixista nova-iorquino radicado no Rio ao maestro Villa-Lobos. Henri interpreta novos arranjos para composições como Floresta do Amazonas, Pequena Suíte para Violino e Piano, O Canto do Cisne Negro e Prelúdio das Bachianas Nº 3. 18 anos. Lapinha (100 lugares). Avenida Mem de Sá, 82, Lapa, 2507-3435. Quarta (8), 20h30. R$ 20,00.

Casuarina
Com participação da cantora Maria Rita, o vencedor do Prêmio de Música Brasileira na categoria melhor grupo de samba comanda a roda de samba. No programa, sucessos do disco MTV Apresenta, além de pérolas como É Isso Aí, de Sidney Miller, e Canto do Trabalhador, de Paulo César Pinheiro e João Nogueira. 18 anos. Fundição Progresso (4 000 pessoas). Rua dos Arcos, 24, Lapa, 2220-5070. Sexta (10), 23h45. R$ 40,00 (1º lote) a R$ 60,00 (3º lote). Bilheteria: 10h/13h30 e 14h/18h (seg. a qui.); a partir das 14h (sex.). www.fundicaoprogresso.com.br.

Claudette Soares
Cria da época de ouro do rádio, surgida na década de 40, a cantora seguiu em frente e abraçou a bossa nova vinte anos mais tarde. Ao lado do pianista Tibor Fittel, Claudette dedica-se a outra fase da música brasileira: a jovem guarda da dupla Roberto e Erasmo Carlos. Dos dois, ela interpreta, entre outras canções, De Tanto Amor. Livre. Teatro Municipal de Niterói (400 lugares). Rua XV de Novembro, 35, Centro, Niterói, 2620-1624. Sexta (10) e sábado (11), 21h. R$ 30,00. Bilheteria: 10h/18h (ter. a qui.); a partir das 17h (sex. e sáb.).

Claudia Telles
Acompanhada por Marcello Lessa (violão) e Cássio Acioli (percussão), a cantora, filha de Sylvia Telles (1934-1966), exibe sucessos da bossa nova, como A Felicidade. Completam o repertório canções de seu CD, Quem Sabe Você, a exemplo de Felicidade Vem Depois e Tamanco no Samba. Livre. Teatro Municipal de Niterói (400 lugares). Rua XV de Novembro, 35, Centro, Niterói, 2620-1624. Domingo (12), 20h. R$ 30,00. Bilheteria: 10h/18h (ter. a sáb.); a partir das 17h (dom.).

Céu
De volta ao palco da Lapa, a cantora mostra ao vivo as faixas do ótimo CD Vagarosa. Na companhia de Guilherme Ribeiro (guitarra, teclados e acordeom), Lucas Martins (baixo), Bruno Buarque (bateria) e o DJ Marco (MPC e pickup), Céu passeia por Bubuia, Comadi, Cangote e Sonâmbulo, além de Malemolência, do primeiro disco. Abertura da banda Tono. 18 anos. Circo Voador (2 600 pessoas). Arcos da Lapa, s/nº, Lapa, 2533-0354. Sábado (11), 23h. R$ 50,00. Bilheteria: 12h/18h (seg. a sex.); a partir das 20h (sáb.). www.circovoador.com.br.

Eliana Printes
Ao lado dos violonistas Adonay Pereira e Israel Dantas, a cantora faz uma espécie de aquecimento para o lançamento do seu primeiro DVD, que tem inéditas de Lula Queiroga e Kleber Albuquerque. Participação de João Pinheiro. Livre. Sala Funarte Sidney Miller (125 lugares). Rua da Imprensa, 16, térreo, Centro, 2279-8104, a Cinelândia. Sexta (10), 19h. R$ 10,00. Bilheteria: a partir das 15h30 (sex.).

Farofa Carioca
Atualmente liderada pelo cantor Mario Bróder, a banda de samba-funk grava seu primeiro DVD. A apresentação conta com participação de seu primeiro vocalista, o incensado Seu Jorge, e outros dois integrantes da primeira formação: Gabriel Moura e Bertrand. Não vão faltar os hits Moro no Brasil e São Gonça. 18 anos. Circo Voador (2 600 pessoas). Arcos da Lapa, s/nº, Lapa, 2533-0354. Sexta (10), 23h.
R$ 50,00. Bilheteria:12h/18h (seg. a qui.); a partir de 12h (sex.). Galocantô e Nei Lopes. Um dos bons grupos surgidos na Lapa e o bamba Nei Lopes recebem convidados no projeto No Princípio Era a Roda. Desta vez, eles dividem o palco com os craques do partido alto Serginho Meriti e Claudinho Guimarães. Livre. Teatro II do CCBB (155 lugares). Rua Primeiro de Março, 66, Centro, 3808-2020. Terça (7), 12h30 e 19h. R$ 6,00. Bilheteria: a partir das 10h (ter). www.bb.com.br/cultura.

Léo Amuedo
Uruguaio radicado no Rio, o guitarrista e arranjador já acompanhou Ivan Lins e tem grande intimidade com a música popular brasileira. Ele apresenta composições de Tom Jobim, Caetano Veloso e Toninho Horta. 18 anos. Lapinha (100 lugares). Avenida Mem de Sá, 82, Lapa, 2507-3435. Quinta (9), 20h30. R$ 20,00.

Marcos Ozzellin
Figura conhecida nas rodas da Lapa, o cantor visita Copacabana para lançar O Samba Transcendental. No palco, mostra Preciso Me Encontrar (Candeia), Bocochê (Baden Powell e Vinicius de Moraes), Samba Rasgado (Portello Juno e Wilson Falcão), entre outras, à frente de um quinteto. 14 anos. Modern Sound (120 lugares). Rua Barata Ribeiro, 502, loja D, Copacabana, 2548-5005, a Siqueira Campos. Segunda (6), 19h. Grátis. É necessário fazer reserva. Estac. c/manobr. (R$ 7,00 a primeira hora).

Mario Adnet
Maestro e arranjador de competência reconhecida, Adnet já enveredou por projetos complexos como a recuperação dos arranjos originais do disco Coisas, de Moacir Santos, e a criação de novos arranjos para composições de Tom Jobim e Baden Powell. Saiu-se bem em todas as ocasiões. Desta vez, o violonista apresenta O Samba Vai, disco-solo com canções próprias e inéditas. Ao vivo, ele conta com a participação de seus irmãos, Muiza e Chico, além de Pedro Miranda, e uma orquestra da qual faz parte o craque do baixo Jorge Helder. Livre. Espaço Tom Jobim (500 lugares). Rua Jardim Botânico, 1008, Jardim Botânico, 2274-7012. X Quarta (8), 20h30. R$ 50,00. Bilheteria: a partir das 15h (qua.). Estac. grátis a partir de 17h.

Moraes Moreira
Acompanhado apenas do violão, o baiano fez uma seleção especial das canções mais representativas dos seus quarenta anos de carreira. De quase 500 músicas gravadas, escolheu Canta Brasil, Gente Humilde e Bloco do Prazer. Dos tempos dos Novos Baianos, tem Preta Pretinha, Brasil Pandeiro e Acabou Chorare. Completam o programa quatro inéditas. Lapinha (100 lugares). Avenida Mem de Sá, 82, Lapa, 2507-3435. Sexta (10) e sábado (11), 22h30. R$ 30,00.

Mu Chebabi
Conhecido pelo trabalho de diretor musical com os humoristas do grupo Casseta & Planeta, o cantor e compositor apresenta o disco-solo Uma Coisa É uma Coisa, Outra Coisa É Outra Coisa. Livre. Sala Funarte Sidney Miller (125 lugares). Rua da Imprensa, 16, térreo, Centro, 2279-8104, a Cinelândia. Quarta (8), 19h. R$ 10,00. Bilheteria: a partir de 15h30 (qua.).

Pery Ribeiro
Filho do compositor Herivelto Martins e da cantora Dalva de Oliveira, o cantor, um dos pioneiros da bossa nova, é a próxima atração do projeto Samba & Outras Coisas. Livre. Teatro Sesi (350 lugares). Avenida Graça Aranha, 1, Centro, 2563-4163, a Cinelândia. Sexta (10), 12h30. Grátis. Distribuição de senhas uma hora antes.

Ponto de Equilíbrio
Um dos grandes nomes do reggae brasileiro na atualidade, o grupo surgido do encontro de amigos de Vila Isabel volta à Lapa para lançar o terceiro disco, Dia Após Dia Lutando. Participação do InNatura, projeto dos cantores Izabella, Bruno e Kiko, egressos do Natiruts. 18 anos. Fundição Progresso (4 000 pessoas). Rua dos Arcos, 24, Lapa, 2220-5070. Sábado (11), 23h45. R$ 40,00 (1º lote) a R$ 60,00 (3º lote). Bilheteria: 10h/13h30 e 14h/18h (seg. a sex.); a partir das 12h (sáb.). www.fundicaoprogresso.com.br.

Ricardo Vilas
Ex-integrante do grupo Momento Quatro ao lado de Zé Rodrix, Maurício Maestro e David Tygel, o violonista passeia por momentos diversos de sua carreira e mostra algumas inéditas. Livre. Centro Municipal de Referência da Música Carioca (156 lugares). Rua Conde de Bonfim, 824, Tijuca, 3238-3880. Sexta (10) e sábado (11), 19h. R$ 16,00. Bilheteria: 10h/18h (ter. a qui.); a partir das 10h (sex. e sáb.).

Sandra de Sá
A cantora abre uma brecha na turnê de AfricaNatividade para comemorar trinta anos de carreira em grande estilo. Na apresentação ao ar livre, que vai ser registrada em DVD, Sandra recebe como convidados Alcione, Caetano Veloso, Elba Ramalho, João Donato, Maria Gadú e MC Marcinho. Integrantes das baterias da Mangueira e da Caprichosos de Pilares completam a festa. Quinta da Boa Vista. Sábado (11), 17h. Grátis.

Swingueira 4
Do time de boas atrações fixas da casa, o grupo tem Zé Luiz Maia no baixo, Fernando Merlino no piano, Ricardo Costa na bateria e Tino Jr. no sax e na flauta. Juntos, eles enveredam por petardos do samba-jazz, a exemplo de Coisa N° 5 (Nana), de Moacyr Santos, Serelepe, de J. T. Meirelles, e Noa Noa, de Sérgio Mendes. 14 anos. Modern Sound (120 lugares). Rua Barata Ribeiro, 502, loja D, Copacabana, 2548-5005, a Siqueira Campos. Sexta (10), 17h. Grátis. É necessário fazer reserva.

Teresa Cristina
Dona Hilda, principal incentivadora da carreira artística da filha, divide o palco e os microfones com Teresa Cristina. Em uma apresentação que promete momentos de comoção, o repertório vai ser dedicado a grandes estrelas do rádio. Acompanhadas apenas por dois violonistas, as duas vão soltar a voz por sucessos de Ângela Maria, Dalva de Oliveira, Nelson Gonçalves, Elizeth Cardoso e Sílvio Caldas. 16 anos. Sesc Rio Casa da Gávea (80 lugares). Praça Santos Dumont, 116, Gávea, 2239-3511. Quarta (8), 21h. R$ 20,00.

Trilogia
Formado por Bruno Ventura (voz e violão), Alexandre Pessoal (voz e efeitos) e Maninho Lima (voz, violão, cavaquinho e percussão), o trio mostra as canções de Jogatina, produzido por Marco Mazzola, com claras influências de Jorge Ben Jor e Bebeto. Em ritmo de samba-rock e sambalanço, serão apresentadas criações do trio, além de versões para Vai de Madureira, de Zeca Baleiro, Se Você Pensa, de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, e Essa Menina, de Bebeto. 18 anos. Casa Rosa (800 pessoas). Rua Alice, 550, Laranjeiras, 2557-2562. Sexta (10), 23h. Mulheres: R$ 20,00. Homens: R$ 30,00. Cc: M e V. www.casarosa.com.br.

Vanguart
Formada por Helio Flanders (vocais), Reginaldo Lincoln (baixo), David Dafré (guitarra), Douglas Godoy (bateria) e Luiz Lazzaroto (teclado), a banda cuiabana mostra um folk rock afiado. No Rio, eles exibem três inéditas e uma versão criativa para O Mar, de Dorival Caymmi. Livre. Oi Futuro Ipanema (120 lugares). Rua Visconde de Pirajá, 54, Ipanema, 3201-3000, a General Osório. Sexta (10) e sábado (11), 21h; domingo (12), 20h. R$ 15,00.

Wander Wildner
Figuraça da cena alternativa gaúcha, o músico e cantor apresenta seu rock de levada folk com toques de música tradicional dos pampas. Wildner traz na bagagem canções de seu próximo álbum, com previsão de lançamento em novembro. Terá ao seu lado o guitarrista Jimi Joe e, em algumas faixas, o baterista Rodrigo Barba. 18 anos. Rock’n Drinks (250 pessoas). Rua Aires Saldanha, 98, Copacabana, 3439-1978, a Cantagalo. Sábado (11), 21h. R$ 30,00.

Yamandu Costa
Na estreia da edição 2010 do projeto Rio Música InCena, o virtuose do violão, vencedor do Prêmio da Música Brasileira 2010 na categoria melhor solista, apresenta repertório autoral e clássicos do choro. Lidera um quarteto que tem Rogério Caetano (violão de sete cordas de aço), Alessandro Kramer (acordeom) e Luis Barcelos (bandolim). Livre. Teatro Clara Nunes (527 lugares). Rua Marquês de São Vicente, 52, loja 370 (Shopping da Gávea), Gávea, 2274-9696. Terça (7), 21h. R$ 60,00. www.riomusicaincena.com.br.

Homenagem a Paulo Vanzolini
A ideia para o espetáculo nasceu nas rodas de samba do Bip Bip, botequim de Copacabana frequentado por feras da música. Ali Marina Iris e o grupo Coisa & tal perceberam a importância da obra do compositor paulista, autor de Ronda e Volta por Cima, e decidiram mergulhar em seu repertório. O cantor Lucio Sanfilippo completa a formação. 18 anos. Bar do Tom (350 lugares). Rua Adalberto Ferreira, 32, Leblon, 2274-4022. X Quinta (9), 21h. R$ 30,00 (setores par e ímpar) a R$ 50,00 (palco). Bilheteria: 12h/22h (seg. a qua.); a partir das 12h (qui.). Cd: todos. Estac. c/manobr.

Orquestra Criola
Liderado pelo saxofonista Humberto Araújo, o grupo segue em cartaz na Praça Tiradentes para comandar uma gafieira contemporânea. O potente naipe de metais acrescenta toques latinos ao samba. 18 anos. Centro Cultural Carioca (200 lugares). Rua do Teatro, 37, Centro, 2252-6468, a Carioca. Domingo (12), 19h. R$ 20,00. Cd: R e V.

Zé Paulo Becker e Humberto Araújo
Com um repertório que vai de clássicos do choro a composições autorais, o violonista Becker e o saxofonista e flautista Araújo estão em cartaz às terças ao lado de Rui Alvim (clarinete), Rômulo Duart (baixo) e Bernardo Aguiar (pandeiro). 18 anos. Centro Cultural Carioca (200 lugares). Rua do Teatro, 37, Centro, 2252-6468, a Carioca. Terça (7), 20h. R$ 20,00.

A música de Hitchcock

O momento musical mais famoso da história do cinema esteve para ser mudo. No início da pós-produção de "Psycho", Alfred Hitchcock instruiu o seu compositor, Bernard Hermann,: "Faz o que quiseres, mas peço-te apenas uma coisa: por favor não escrevas nada para a cena do chuveiro. Isso tem de ser sem música.". Hermann ignorou o pedido e compôs a música. Depois de ver a cena com música, Hitchcock mudou de opinião e, quando Hermann lhe lembrou a instrução original, respondeu imperturbavelmente: "Improper sugestion, my boy, improper sugestion." Hitchcock, que tinha sido muito pessimista em relação ao filme, chegando mesmo a pensar em passá-lo apenas na televisão, percebeu naquele momento que tinha nas mãos uma coisa muito especial.
Esta anedota é reveladora de que, como o livro "Hitchcock's Music" de Jack Sullivan recentemente editado, Hitchcock tinha instintos musicais acima da média. Se ele não tivesse conseguido ver o que Hermann podia fazer com a música, ninguém o conseguiria. Naquelas cordas terríveis, gritantes mesmo, Sullivan diz que houve espectadores que tinham ouvido música electrónica, sintetizadores e "gritos de pássaros" onde nada disso existe. A extraordinária música de Hermann, composta apenas para cordas - como disse o compositor, "a black-and-white music for a black-and-white movie"- demonstrou que "o público gosta de música moderna desde que esteja num filme".
A decisão inicial de Hitchcock é compreensível, pois sempre mostrou ser um brilhante explorador dos silêncios. Teria sido por exemplo um achado ter feito a cena do avião que lança pesticidas em "North by Northwest" sem música, em vez da torrente de notas que é usada. Só quando o avião bate na camião e explode, Hitchcock liberta a tensão com uma mini fanfarra de Hermann. Como Sullivan diz, "para Hitchcock uma pausa pode ser tão significativa como uma nota".
Especialmente convincente é o argumento de Sullivan de o realizador ter começado no cinema mudo. Os seus últimos filmes aspiravam a essa condição. Não a condição do silêncio literal - porque os filmes mudos eram, é claro, a maioria das vezes projectados com acompanhamento musical - mas a condição de "cinema puro", de imagem e música trabalhando harmoniosamente juntas. Não é exagero Sullivan chamar a "O Homem que Sabia Demais"- nas duas versões, a inglesa e a americana - um " thriller sinfónico"; e Hermann descrever a sua abertura de "North by Northwest" em termos expressivamente de dança: "A dança louca que Cary Grant tem com o mundo".
Sullivan, um curioso sem limites do ouvido, não analisa apenas sete ou oito das bandas sonoras dos filmes favoritos de toda a gente de Hitchcock, mas sim de todos: desde a curiosidade "Waltzes of Vienna"- alguém conhecia este?- até à música atonal e quase subliminar de "Pássaros". No final, acaba por justificar a sua afirmação inicial: " Não se pode entender completamente os filmes de Hitchcock sem estudar a sua música. A música é uma linguagem alternativa em Hitchcock, quer dando som aos pensamentos inconscientes das suas personagens quer ocupando os nossos."
Hitchcock trabalhou com muitos compositores - Miklos Rosza, Franz Waxman, Arthur Benjamin, Henry Stafford, e um muito jovem John Williams - aos quais Sullivan dá uma atenção detalhada e subtil. Mas a estrela, é sem dúvida, e inevitavelmente, Herrmann, que fez a banda sonora de "Citizen Kane", analisado à exaustão desde os seus primórdios. Hermann começa a trabalhar com Hitchcock em 1955, numa colaboração que vai durar nove anos e que vai ter o seu auge no tríptico "Vertigo", "North by Northwest" e "Psycho". Uma das histórias contadas no livro é que Hermann sonhou durante uma parte da sua vida abrir e gerir um pub ao estilo inglês "até que alguém lhe disse que tinha de o abrir e fechar a horas certas".
A história triste do rompimento da relação dos dois homens é relatada por Sullivan de forma muito detalhada e simpática para ambos. Para " Torn Courtain" Hitchcock estava a ser pressionado pelo estúdio para uma banda sonora leve "popy", 60's. Hermann escreveu-lhe dizendo-lhe que ficaria "encantado por compor uma banda sonora "vigorosa" para o filme, mas posteriormente começou a escrever uma música para um conjunto surreal que incluía 12 flautas "aterradoras" e um massacre de cordas. Depois do anterior sucesso de "Psycho", Hermann pensou talvez pensasse que empurraria Hichcock na direcção certa novamente. Hitchcock, por outro lado, já não tinha auto-confiança suficiente para resistir aos patrões do estúdio e...despediu - o.
Sullivan especula, com alguma razão, que haveria algum ciúme e rivalidade na relação entre os dois homens. Hitchcock, no entanto, tinha dito que "Psycho" devia "33% do seu poder à música".
Como Sullivan demonstra, as relações de Hitchcock com os seus compositores foram sempre apaixonadas - e muitas vezes tempestuosas - porque o realizador era ele próprio um melómano. Também por isso, muitas das suas personagens eram obcecadas por peças de música e muitas vezes esta era a chave do drama. O fantasma da decadência de "Vertigo", assim como a música de "Psycho", onde as sirenes se tornam num coro de Fúrias, são exemplares. Estas vozes celestiais têm alguma coisa para nos dizer, se estivermos atentos e as ouvirmos

Saiba como o jazz influencia a obra de Woody Allen

Hannah e Suas Irmãs (1968): Mia Farrow (à esq.), Barbara Hershey e Dianne Wiest.
               
                    "You don't deserve Cole Porter!"
                                    (Você não merece Cole Porter)

por Malu Porto -

Pela frase proferida por Woody Allen à personagem de Dianne Wiest no filme "Hannah e Suas Irmãs", já conseguimos vislumbrar a dimensão da paixão do diretor pelo gênero jazz.
A cena em questão se passa durante o desastroso encontro de Mickey Sachs (Allen) e Holly (Wiest), logo após os dois terem saído de um bar onde Bobby Short fazia uma pequena participação cantando "I'm in Love Again".
Entre os fãs dos filmes de Allen é sabido que uma das características mais emblemáticas de suas produções é uma trilha sonora caprichada e recheada de standards – salvo algumas exceções, como, por exemplo, os "estrangeiros" "Match Point", em que o foco foi a ópera, e "O Sonho de Cassandra", musicado pelo célebre Philip Glass. No entanto, a paixão deste jazzófilo assumido não é platônica. O cineasta é também clarinetista e faz recorrentes apresentações em Nova York com sua banda, a New Orleans.

Woody com sua banda, a New Orleans

Um "causo" curioso, e sempre lembrado pela imprensa, aconteceu no ano de 1978, em que Allen ganhou o Oscar de melhor direção e roteiro por "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa", e deixou de comparecer à cerimônia para não perder a jam-session da qual participava semanalmente, em um bar da Big Apple.
Notório pelo seu preciosismo ao escolher as canções, que costumam pertencer à corrente do jazz mais tradicional, Woody conta, em entrevista à revista "The Perfect Vision", em 2003, que, além de ser uma de suas partes preferidas, o orçamento musical de seus filmes gira em torno de um milhão de dólares. Isso porque o diretor não abre mão de seus compositores prediletos, como o já citado Porter, além de George Gershwin e da dupla Rodgers & Hart (famosa por clássicos como “Blue Moon” e “My Funny Valentine”).
"O problema é que os caras que coloco em meus filmes são os mais caros de se conseguir os direitos. Aconteceu muitas vezes de o produtor me ligar dizendo: 'Você poderia usar alguma música diferente para aquela cena? Porque os direitos dela me custam 150 mil dólares e temos somente 40 mil em caixa para isso'" -- falou à publicação.

A bela fotografia em pb de Manhattan

Uma de suas maiores extravagâncias nesse quesito foi no filme “Manhattan” (1979), em que contratou a Orquestra Filarmônica de Nova York especialmente para interpretar canções de Gershwin, pinçadas a dedo, e prestar uma das mais belas homenagens à sua cidade-cenário favorita.
O início do filme, embalado pelo desabrochar da melodia de "Rhapsody in Blue", enquanto escuta-se a narração de Allen, é de um encantamento indescritível. Pérolas como “’S Wonderful”, “Embraceable You” e “I’ve Got a Crush on You” ajudam a compor o mosaico da trilha exclusiva do também nova-iorquino Gershwin.
No entanto, a maioria das músicas utilizadas por Woody é de sua própria coleção de discos. Apesar de já ter trabalhado com compositores fixos, como Dick Hyman e Marvin Hamlisch, o cineasta diz não gostar do processo: "Você sabe, o cara tem que esperar até o filme estar terminado. Ele tem que ver o filme. E então ele tem que ir lá e compor a música, voltar e tocá-la e, com alguma esperança, posso gostar. E, se não gostar, tenho que dizer a ele que não gostei e ele vai ficar desapontado e zangado comigo” – desabafou ao jornalista da "The Perfect Vision".

Cartaz de Simplesmente Alice (1990)

Apesar de sua predileção ser pelos arranjos mais antigos e melódicos, o cineasta já abriu exceções para músicos modernos, como o pianista Thelonious Monk, no adorável “Simplesmente Alice”, em que a bela "Darn That Dream" entrou como pano de fundo para a cena de amor entre os personagens de Mia Farrow e John Mantegna.
O jazz, juntamente com a cidade de NY e a neurose de Allen (sempre presente em algum personagem), torna-se um elemento indissociável para compor uma espécie de "santa trindade", permitindo ao espectador reconhecer a patente "woodyana" em questão de segundos de exposição.
Seja nos seus alteregos jazzófilos das telas, servindo de mote para diálogos amorosos ou mesmo ditando o tom de cenas corriqueiras, Woody Allen consegue usar o gênero de forma a renová-lo sempre, sem nunca deixá-lo com ares empoeirados ou roupagem antiquada.

Veja, no video abaixo (link), uma das maneiras mais criativas que o cineasta encontrou para revisitar clássicos, como "You Do Something to Me", de Cole Porter (quem mais?). Nesta cena do filme "Poderosa Afrodite", a música é interpretada pelo coro do teatro grego, composto pela Dick Hyman Chorus & Orchestra.

http://www.youtube.com/watch?v=93paEmldjqE&feature=player_embedded