7.06.2009


ARTE NA INTIMIDADE COM FIGURÓTICO

É com o maior prazer que faço a minha primeira entrevista , ou melhor dizendo, um bate papo descontraído com um dos maiores guitarristas não só da nossa , região mas eu amplio , pois o que esse cara toca é a nível de Brasil .
A idéia desse encontro é vocês conhecerem um pouco da intimidade do artista, por isso o nome da coluna. Estou falando do guitarrista e compositor Figurótico.

Tudo bem irmão, preparado p/ um bate papo na intimidade ?
Figurótico – Claro, Kiba... Perdão, Marco! Na minha vida não tenho muitos segredos não... mas alguns a gente pode revelar aqui.

Arte na Intimidade - Figura , eu garanto que muita gente não saiba o seu nome ou se vc já teve outros apelidos quando era criança , estou errado ?
Figurótico - Você está certo. Meu nome é Edson Flávio e já que você mencionou, eu tive sim apelidos anteriores na época do Colégio Verbo Divino, em que os meus amigos me chamavam de Pimenta, de tento rir da cara dos outros e ficar vermelho. Depois me apelidaram de Ultraje, por causa da banda. A galera sabia que eu era fanático e chegava ao ponto de ligar umas trinta vezes pra rádio pra que eles ficassem no primeiro lugar. Coisa de criança mesmo.

Arte na Intimidade - Como foi uma parte da sua juventude e do que vc fazia e o que vc gosta de fazer hoje alem de ser um músico ?
Figurótico – Como a maioria dos jovens, quis ser jogador de futebol, só que era goleiro. Sonhava em defender o Flamengo, gostava na época do Dasayev (União Soviética, seleção de 82) e do Fillol, argentino que veio defender o Mengão. Joguei futebol de campo no Barra Mansa e salão pelo Municipal. Agarrei bem, acredite. Foi nessa época que comecei a conhecer o rock’n roll. Nessa época já estudava violão, e quando assisti ao show do Ultraje no canecão, em 87 e coisa começou a mudar. Em 2002 fui para o Rio cursar jornalismo. Aqui em Barra Mansa escrevi algum tempo no Folha do Interior. Gosto de dar umas caminhadas por BM, que é um tempo bom para se pensar em composição, principalmente as inacabadas no computador. E claro, ler sobre esse universo literário musical, biografias... A última a ser lida foi do Sting, agora tem a do Clapton que estou ansioso para lê-la. Gosto também do “On the Road”, do Kerouac. Livro que mudou a vida de muita gente; fez Bob Dylan sair de casa, Jim Morrison fundar o The Doors... Ah, e leitura de jornal também é obrigatória.

Arte na Intimidade - E ai vc é um bom garfo e do que vc gosta ?
Figurótico - Pelas tradições da minha família que é descendente de italiano, gosto de massa. Não troco por nada, nem por churrasco, nem por doce, nada! Pizza tradicional é o suficiente.

Arte na Intimidade - Mudando de assunto , vc tem medo de alguma coisa ?
Figurótico - Tenho medo de altura, pode ser até de pára-peito de edifico muito grande já fico tonto.

Arte na Intimidade - Já pensou em fazer sucesso nacional e ja´pensou como deve ser do outro lado?
Figurótico - Sim, claro! Seria hipócrita se dissesse o contrário. Mas são fatores demais para serem conjugados e a coisa acontecer. Nos que abrangem trabalho, competência, auto-avaliação, autocrítica, não estou mal. Mas existem outros como: sorte, pessoas certas – e dispostas a dar um empurrão – dinheiro, e blá-blá-blá...
O mercado esta cada vez mais difícil, principalmente no âmbito do rock’n roll. Acho que a web ajuda e atrapalha ao mesmo tempo. As gravadoras estão pessimistas, não sabem o que virá, que modelo irá (se é que existirá) substituir o antigo. Ainda vai ser possível vender música? O governo daqui a algum um tempo poderá impor um controle na disposição de vídeos, por exemplo, que estão na net? Andei participando de palestras e cursos no Rio, com dono de gravadora, empresários, onde esse tema é constantemente abordado. E o que está se dizendo, não é nada animador. Lembra da música da Plebe, “Contrato milionário, grana, fama e mulheres...”? Pois é, não sei se ainda vão existir contratos milionários com bandas de rock.

Arte na Intimidade - Vc teve um tempo no Rio de Janeiro , como foi sua passagem neste período ?
Figurótico – Foi uma grande fase minha, acho que a melhor. Culturalmente, musicalmente, foi a época que mais compus, mais estudei, li, vi shows. Vibrei morando lá. Sempre tive aquela visão espetacular nas voltas de Cabo Frio, quando passamos pela ponte Rio-Niterói e avistamos o Rio brilhando na noite escura. Toquei em barzinhos de Copacabana, Barra. Até sem microfone toquei, na base do gogó e o violão desligado, pois o lugar não permitia som devido ao baixo volume exigido, que se chamava Ponto da Bossa Nova. E eu não toquei nenhuma bossa lá... Curti muito o Maracanã e no roteiro etílico/gastronômico ia muito ao Cervantes, tomar chope, comer sanduíche de pernil com abacaxi, alugar o Fausto Fawcett; batia cartão na Pizzaria Guanabara, vendo as mulheres da noite carioca às 4, 5 da manhã; e tomava minha dose semanal de rock’n roll no Empório.

Arte na Intimidade - Alguma desilusão ?
Figurótico – Ter chegado pra morar lá nos anos 2000, só não foi 100% porque já não era o Rio dos 80. O fechamento de rádios de rock como Cidade e Fluminense, ajudou o Rio a ficar bem distante de São Paulo e Brasília, que ganham de lavada da cidade maravilhosa nesse aspecto.

Arte na Intimidade - Um desejo atual ?
Figurótico - Tocar em São Paulo e Brasília.

Arte na Intimidade - Lembranças musicais que vc curtiu aqui na cidade ?
Figurótico – Rock in Rua, em 86; Lobão, em 87 com “Vida Bandida” no Ilha Clube; Titãs com “Go Back”, em 1988, e em meados de 90 a Caravana Subindo Prá Maromba, no Gaia Grill, com mais de quarenta músicos dando canja.

Arte na Intimidade - Religião ?
Figurótico - Católico Apostólico Romano e acredito demais em Deus.

Arte na Intimidade - Conselho pra quem quer fazer Rock ?
Figurótico - Não escute rádio, leia a “História do Rock Brasileiro” do Dapieve e escute Deep Purple e Eric Clapton.

Arte na Intimidade - Você já fez alguma musica p/ alguém e esse alguém até hoje não sabe ?
Figurótico - Já, mais vai chegar o dia pra revelar.

Arte na Intimidade Futuro da musica na Região ?
Figurótico - Visão pessimista, os espaços estão ficando todos iguais tocando a mesma música! A luz do túnel está longe ainda, principalmente para o Rock.

Arte na Intimidade - Uma casa aberta p/ musica boa ?
Figurótico – Piano’s Bar do Hotel Embaixador, que abriu as portas para o rock’n roll de vez!!!

Arte na Intimidade - Quem é a sua Tropa Fiel ?
Figurótico - Magoo, Prado, Vitão, Leibnitz e uma porrada de gente de Volta Redonda.

Arte na Intimidade - E no Domingo , qual é ?
Figurótico - Depois de tocar quinta, sexta e sábado, costumo fazer uma Via Crucis pelo bairro do Ano Bom indo da Estação do Bacalhau, passando pelo Gaia, Amarelinho, Papabru, Sensei e futuramente, quando abrir, o Fronteira, dos meus amigos Maninho e Teco. Vale dizer que do lado de cá do Rio também está bem servido de boteco: Bistrô do Serrate, Jorginho, Colarinho e Borracha.

Arte na Intimidade - Figura , antes de mais nada muito obrigado pelo bate papo aqui no " Arte na Intimidade " e vc quer deixar algum recado ?
Figurótico – Pra quem não conhece ainda , o meu site é www.figurotico.com , um abraço p/ todos que navegam no site botecos do vale do café .

Zélia faz show leve com sons e gestos saborosos



Resenha de Show
Título: Pelo Sabor do Gesto
Artista: Zélia Duncan
(em foto de Mauro Ferreira)
Local: Teatro Municipal de Niterói (RJ)
Data: 4 de julho de 2009



Zélia Duncan reedita no show Pelo Sabor do Gesto a delicadeza elegante do álbum que o inspirou. O show - que estreou na noite de sábado, 4 de julho de 2009, no principal teatro de Niterói, cidade natal da artista - confirma o excelente momento de Zélia. Talvez pelo fato de ser dirigida em cena por uma atriz, Ana Beatriz Nogueira, a cantora nunca esteve tão leve, linda e solta no palco. Escorada na direção musical do baixista Ézio Filho, quase sempre hábil na intenção de tranpor para o show a sonoridade suave do disco (urdida pelos produtores Beto Villares e John Ulhoa), Zélia seduz o espectador com espetáculo moldado com sons e gestos saborosos. É emocionante, por exemplo, a iniciativa de traduzir a letra de Todos os Verbos (parceria de Zélia com Marcelo Jeneci) para a linguagem dos deficientes auditivos em singela homenagem a uma fã portuguesa, Marta Morgado, que driblou problemas de audição ao tomar contato com a música de Zélia. Tocou o público.

Iluminada com sensibilidade por Aurélio de Simoni, Zélia Duncan apresenta no show todas as 14 músicas do CD Pelo Sabor do Gesto. É ato de coragem que expressa a confiança da artista neste trabalho tão renovador. A faixa-título, que Zélia canta sentada enquanto toca violão, é o número que traduz com perfeição o espírito leve e poético do disco. Mas as demais canções também chegam envolventes ao palco. Boas Razões, Ambição (a obscura canção de Rita Lee que soa ainda mais sedutora em cena), Telhados de Paris, Se Um Dia me Quiseres... As novas músicas vão sendo apresentadas em roteiro redondo - veja post abaixo - e nem parece que elas são novas para o público da artista. Intimidade, parceria de Zélia com Christiaan Oyens que em 1996 deu título ao terceiro álbum da cantora, é a primeira música fora do disco a ser apresentada. E, nela, fica especialmente perceptível a graciosa movimentação de Zélia em cena. E o que dizer de Tudo Sobre Você? Seu acabamento pop é tão perfeito que a platéia interage imediata e espontaneamente com a cantora no número (repetido no bis após Benditas), acompanhando a letra e marcando com palmas o ritmo dessa primeira parceria de Zélia com John Ulhoa.

Zélia enfatiza no roteiro as músicas de Pelo Sabor do Gesto, mas extrapola o repertório do disco com boas sacadas que ratificam sua capacidade de incursionar por repertório alheio sem nunca cair no óbvio. Quem se lembraria de I Love You?, fox maroto e irônico, perdido entre tantos clássicos lançados por Roberto Carlos em seu álbum de 1971? Pois Zélia lembrou e presta seu tributo aos 50 anos de carreira do Rei com abordagem lúdica do tema, ao fim do qual simula um instrumento de sopro com a boca. Permeia I Love You a mesma fina ironia que pontua Felicidade, outro número off-disco. Envolta em barulhinhos bons feitos pela banda, Zélia quase recita os versos de Luiz Tatit. Esse tom meio confessional seria bisado em Duas Namoradas, a inédita de Itamar Assumpção (1949 - 2003) - feita em parceria com Alice Ruiz - que Zélia desvenda em seu oitavo álbum solo. Ainda dentro do universo indie, Defeito 10: Cedotardar expõe a verve de Tom Zé, parceiro de Moacyr Albuquerque neste tema já lapidado por Thaís Gullin, cantora emergente, em seu primeiro álbum, de 2006.

Enfim, um show lindo e redondo. Coesão perceptível nos vocais harmoniosos de Os Dentes Brancos do Mundo (a jóia que Zélia encontrou no baú dos irmãos Marcos e Paulo Sérgio Valle), na economia quase silenciosa de Sinto Encanto (pérola atual de Zélia com Moska) e no suingue bailante que desabrocha em Flores. No fim, há sensível homenagem a Michael Jackson (1958 - 2009) - "Uma pessoa tão revolucionária quanto solitária" - com Nem Tudo, uma das duas parcerias de Zélia com Edu Tedeschi (a outra, Aberto, cresce no show). E é com o último apropriado verso dessa música, "Nem tudo que acaba aqui deixa de ser infinito", que Zélia encerra o show, então já certa de que sua saída de cena não tira do espectador a sensação de leveza deixada por esse espetáculo de sons e gestos saborosos que, a partir de julho, percorrerá o Brasil.

VEJA O VÍDEO DO SHOW DE ZÉLIA DUNCAN NO TEATRO MUNICIPAL DE NITERÓI


Moonwalker em DVD

Moonwalker é um dos filmes “nonsense” mais divertidos da história. Lembro-me da minha infância assistindo a esse filme em looping em fita VHS, claro, sempre adiantando a cena dos bonecos de massa que sempre me deram medo.
Com a morte do Rei do Pop, seu nome estourou na mídia mais uma vez, algo que não acontecia há anos. Sempre é bom lembrar esse ídolo pelo seu talento e não pelas suas polêmicas e qual melhor maneira de se fazer isso? Adquirindo o DVD de Moonwalker que será relançado esse mês no Brasil!
Apesar de eu acreditar que todos conhecem a história, vale relembrar que o filme que mais parece um longo videoclipe conta a história de um extra-terrestre que auxilia três crianças a combater um grupo de traficantes. O filme é um espetáculo com toques de humor e momentos parodiando a própria carreira do cantor.
Se você se interessou, saiba que em algumas lojas o DVD já está em pré-venda com preço sugerido de R$ 29,90 e previsão de lançamento para o dia 16 de julho. Na boa, eu recomendo com muita força, vale cada centavo gasto principalmente pelo momento épico do clipe Smooth Criminal.( enviado por César Diego Calixto )


ÁUREA MARTINS NA CAIXA CULTURAL

Quarta (8) e quinta (9), 19h30. R$ 15,00.

A vencedora do Prêmio da Música Brasileira na categoria melhor cantora de MPB pelo trabalho com Até Sangrar faz duas apresentações. Apesar dos 46 anos de carreira, o disco é o segundo lançado pela intérprete. Nas apresentações, que terão participação de Emílio Santiago, Áurea apresenta músicas dos dois álbuns. Entre outras, a dupla canta Valsa Dueto, de Carlos Lyra e Vinicius de Moraes. No segundo dia, a cantora recebe a saxofonista Daniela Szpilman para Retrato em Branco e Preto, de Tom Jobim e Chico Buarque. A voz segura da intérprete também mostra ao público Há um Adeus e Flor da Rua. 18 anos.
Caixa Cultural (226 lugares). Avenida Almirante Barroso, 25, Centro, 2544-4080. Quarta (8) e quinta (9), 19h30. R$ 15,00. www.caixa.gov.br/caixacultural.

ALCIONE NO CANECÃO

A cantora mostra um pouco do disco Acesa, a ser lançado no fim do mês, no show beneficente em prol das vítimas das enchentes no Maranhão. A Marrom também cantará sucessos da carreira ao lado dos artistas convidados Emílio Santiago, Mart'nália e Nana Caymmi. 14 anos. Canecão (2 000 lugares). Avenida Venceslau Brás, 215, Botafogo, 2105-2000. Quarta (8), 21h30. R$ 50,00 a R$ 200,00. Bilheteria: 12h/21h20. Cd.: todos. IC e TT. www.canecao.com.br.

BETO GUEDES NO TEATRO RIVAL

A turnê do disco Em Algum Lugar volta ao Rio. O mineiro apresenta seu rock alto-astral, com sucessos como Sonhando o Futuro, da trilha sonora da novela Como uma Onda. Os fãs também poderão ouvir Sol de Primavera, Amor de Indio, O Sal da Terra e Feira Moderna. 16 anos. Teatro Rival Petrobras (450 lugares). Rua Álvaro Alvim, 33, Cinelândia, 2240-4469, Metrô Cinelândia. Quarta (8), 19h30. R$ 40,00 e R$ 50,00. Bilheteria: 13h30/19h30 (seg. a sex.); a partir das 15h (sáb.). TT. www.rivalbr.com.br

DÉO RIAN NO RIO SCENARIUM

Discípulo do mestre Jacob do Bandolim, o instrumentista revisita dois importantes discos do gênero em curta temporada no Rio Scenarium. Os dois volumes de Inéditos de Jacob do Bandolim têm entre as preciosidades Sapeca Iaiá, Adylia e Saltitante. Não ficam de fora composições mais conhecidas como Noites Cariocas, Doce de Coco, Assanhado e Santa Morena. Rian sobe ao palco ao lado do violão de sete cordas de André Bellieny, do cavaquinho de Ubiratan e de seu filho, o pandeirista Bruno Rian, 18 anos. Rio Scenarium (1 000 pessoas). Rua do Lavradio, 20, Centro, 3147-9000. Terça (7) a quinta (9), 19h. R$ 15,00. www.rioscenarium.com.br.

JOÃO BOSCO E NOSSO TRIO

A atração do projeto Sete em Ponto é o músico e compositor João Bosco, que sobe ao palco para mostrar sucessos dos trinta anos de carreira. Estão programadas Desenho de Giz, Papel Maché e Memória da Pele. A noite será aberta pelo Nosso Trio, formado pelo guitarrista Nelson Faria, o contrabaixista Ney Conceição e o percussionista Kiko Freitas. Com dois discos gravados, os rapazes apresentam um jazz autoral com direito a muita improvisação. 14 anos. Teatro Carlos Gomes (685 lugares). Praça Tiradentes, 19, Centro, 2224-3602, Metrô Carioca. Terça (7), 19h. R$ 10,00. Bilheteria: 14h/18h (seg. a dom.).

MÔNICA MONTONE

A cantora e compositora faz um trabalho que mistura solos de guitarra a poesia. Autora de um livro de poemas, Mônica mostra suas composições próprias, que fazem referências a Bob Dylan, Raul Seixas e Sérgio Sampaio. No repertório do show estão Marinheiros, Te Amo de Amor, Mulher de Minutos e Sartre de Banda. 18 anos. Cinematheque Música Contemporânea (240 lugares). Rua Voluntários da Pátria, 53, Botafogo, 2286-5731, EMetrô Botafogo. Quarta (8), 22h. R$ 25,00. Cc.: todos. Cd.: todos. www.matrizonline.com.br

e-mail para esta coluna botecosdovaledocafe@gmail.com

ALÉM DO NARIZ

VERISSIMO

Certa vez fizeram uma homenagem ao boxeador Joe Louis, na época o negro mais famoso do mundo, e alguém terminou um discurso dizendo que ele era um orgulho para sua raça — a raça humana. Muitos anos depois um cômico diria a mesma coisa de Michael Jackson, mas com uma maldade final. Ele era um orgulho para sua raça — fosse ela qual fosse!
Michael apagara todos os traços da sua raça original do rosto e o resultado não se parecia com nenhum grupo étnico conhecido. Nunca ficou muito claro, sem trocadilho, que rosto ele queria ter. Diziam que seu ideal de beleza era a Diana Ross, uma prototípica negra com feições brancas, mas ele não se contentou em ter seu nariz afilado e seus lábios finos. Continuou branqueando e esculpindo o próprio rosto até transformá-lo na máscara grotesca de um ser indefinível. Talvez procurasse ser de uma raça além da humana.
O dinheiro não traz a felicidade (manda buscar, disse um cínico). Mas há séculos se usa a riqueza para tentar vencer tudo que traz a infelicidade: a feiura, a raça indesejada e outras consequências da fatalidade genética, e o maior inimigo da nossa vaidade, a passagem do tempo. As múmias e todos os elaborados arranjos fúnebres para garantir a eternidade dos faraós existiam para combater esta grande injustiça: de nada adiantavam seu poder e sua fortuna se os faraós se degradavam e acabavam como qualquer servo. Não houve rei ou rico da Idade Média que não investisse na alquimia, que era a ciência de alterar a Natureza das pedras e dos homens, ou pelo menos dos homens que podiam pagar. Hoje existe uma indústria de cosméticos e mágicas rejuvenescedoras que movimenta bilhões e cujo objetivo final é o mesmo dos sacerdotes do Antigo Egito, nos embalsamar contra os estragos do tempo e nos garantir a vida eterna — enquanto dure. Michael Jackson também não achou justo ser rico e poderoso como um faraó e não poder alterar não apenas seu nariz como seu destino.
Martin Luther King resgatou a autoestima dos negros americanos com uma frase, mas Michael Jackson não concordou que black era beautiful. No fim nem se contentou em ser branco, como não se conformou em envelhecer como qualquer um. Foi um grande artista e a comoção causada pela sua morte prematura é compreensível. Mas Michael Jackson foi, antes de mais nada, um trágico herói da insubmissão à vida

ALHO

O alho é uma planta de cultivo milenar oriunda do Oriente e da Europa pertence à família das "Liláceas” seu nome científico é “allium sativum”, segundo historiadores os egípcios consumiam alho em abundância.
Seu uso é empregado largamente como tempero em todas as cozinhas, seus “dentes” tem gosto característico e ativo, se comporta como um excitante do apetite.
O alho apresenta propriedades bactericidas, preventivo de doenças cardiovasculares é ótimo contra a hipertensão, seus efeitos são potencializados quando o alho é triturado ou cortado. Pelo seu efeito bactericida extermina bactérias malignas do intestino, combate o câncer grastrointestinal por impedir o crescimento das células cancerígenas.
Fortalece o sistema imunológico como um todo, aumentando a resistência orgânica a infecções, fluidifica e desodoriza as secreções no caso de bronquite, tuberculose, diminui a tosse, provoca a expectoração. Pode ser utilizado também em ferimentos e cortes de prego enferrujado, espinhos, espetos de madeira e cacos de vidro, mordedura de animais peçonhentos, promove a desintoxicação do sangue.
O uso regular do alho aumenta a longevidade reduz os riscos de infarto, reduz o colesterol LDL (ruim), aumenta o colesterol HDL (bom) combate bactérias e vírus, previne a aterosclerose, o câncer. Ativa o funcionamento do fígado, cura hemorróidas e varizes, elimina prisão de ventre, combate o ácido úrico, aliviando dores musculares e articulares como reumatismo, gota e ciática.
Elimina o cansaço, melhora visão, é indicado contra dores de cabeça, insônias e nevralgias, elimina vermes como: Ascaris lumbricoides (popularmente conhecida como lumbriga) e Taenia solium (solitária), auxilia no emagrecimento, bom para os rins e herpes. Alivia o diabetes tipo 1 e proporciona uma qualidade de vida mais saudável como um todo.

COMPOSIÇÃO EM CADA 100 GRAMAS

Energia 140,00 kcal
Carboidratos 29,30 g
Proteínas 5,30 g
Lipídios 0,20 g
Fibras 1,66 g
Potássio 4 00,00 mg
Vitamina B1 (Tiamina) 02,00 mcg
Vitamina C (Ácido ascórbico) 31,10mg
Ácido Fólico 3,10 mg
Fósforo 150,00 mg
Cobre 0,26 mg
Cálcio 181,00 mg
Selênio 24,90 mg
Ferro 1,70 mg
Zinco 8,83 mg

Podemos observar a presença de altos teores dos elementos zinco e selênio, minerais esses que combatem os radicais livres por serem minerais antioxidante.

O zinco intervém em várias reações químicas do organismo, tendo a função de manter a pele, cabelo e unhas saudáveis, e também no desenvolvimento e funcionamento dos órgãos reprodutores.

Frutos secos, leguminosas, gérmen de trigo, carnes, frutos do mar (principalmente ostras) e queijos curados são importantes fontes de zinco.

Selênio é um mineral essencial no corpo humano. Protege as células contra os efeitos dos radicais livres.

O selênio é obtido na dieta com a ingestão de cereais, carne, peixe e ovos. Castanha do Pará é uma fonte particularmente rica de selênio.

Sandra Helena Mathias Motta
Nutricionista
Centro - (24) 3322-3715
Vila Nova - (24) 3326-5487
Celular - (24) 8813-4072
sandranutti@yahoo.com.br


As mulheres e suas expectativas amorosas.
Na vingança e no amor a mulher é mais bárbara do que o homem.

Friedrich Nietzsche

Nós mulheres nos expandimos, nos desenvolvemos em praticamente todas as áreas, desbravamos muitos caminhos, abrimos espaço na sociedade, passamos a ocupar novas funções e cargos, fizemos uma grande revolução nas nossas vidas. Porém, apesar destas conquistas o desejo do casamento, dos filhos, da família, não se modificou, ainda sonhamos com o “príncipe” e com a felicidade para sempre.
Desde pequena ouvimos através das histórias que um príncipe vai chegar. Vai despertar-nos com um beijo ou vai nos calçar um sapatinho de cristal. E assim viveremos em um castelo e seremos felizes para sempre. E se ele é um príncipe podemos esperar tudo dele. Ele vai atender todas as nossas expectativas e demandas de amor, atenção, cuidados, carinho e afeto.
Só que estas necessidades começaram lá trás, mas acreditamos que ele vai dar conta de todas elas, que será capaz de resolver tudo nas nossas vidas.
Porém ele não tem todos os recursos disponíveis para atender tantas expectativas, afinal, também tem as dele (é apenas outro ser humano), mas quando o escolhemos não percebemos isto, acreditamos que é muito forte, é quase um super-homem.
E porque nos frustramos o transformamos em um sapo, e como tal ele perde as qualidades, se torna safado, insensível, sacana, o que só nos iludiu, nos enganou.
Será mesmo? Ou fomos nós que nos iludimos e nos enganamos, projetando nele, como num espelho, tudo o que precisávamos?
Vejo este drama diariamente em meu consultório, tantas mulheres bonitas, bem sucedidas e infelizes porque só se sentem inteiras com o olhar e o amor do outro.
Tanto sofrimento por causa desta velha crença de que eles podem tudo, não sofrem por nada e que têm tudo à sua disposição. Quanto engano!
Como eles sofrem, choram, se fragilizam e se deprimem diante das perdas, das separações e diante de tantos outros motivos.
Aqui cabe um alerta: é preciso estar mais consciente de como você se lança nas águas do amor. Para usufruir ou para se afogar? Como seduz os homens? Você sabe? Já se apropriou de seus recursos? Os conhece bem? Sabe manejá-los?
É imprescindível que você se conheça para que possa encontrar um ponto de satisfação nas relações, não mais como a princesa, mas como a mulher que tem competência para cuidar de si, de seu trabalho, de seu prazer, compartilhando, interagindo, trocando, não mais como um ser deficiente, sem um ponto de apoio próprio.

Encontrar um bom parceiro e companheiro de percurso é completamente possível desde que possamos olhar e aceitar a limitação do outro.

Fiz uma pequena pesquisa com 100 mulheres do Rio de Janeiro para saber:

o que é mais importante para ela,
o que ela espera de um homem,
o que ela pensa que um homem espera dela.

As faixas de idade variaram de 20 até mais de 70 anos. Na próxima coluna comentarei os resultados desta pesquisa.