5.04.2009


A coragem é considerada a virtude dos heróis – e quem não admira os heróis?

"Quando você não está feliz, é preciso ser forte para mudar, resistir à tentação do retorno. O fraco não vai a lugar algum." Ayrton Senna

Tive a idéia de escrever sobre a coragem quando recordei, através da TV, da morte de Ayrton Senna, em um dia primeiro de maio, há 15 anos. Ele é ainda hoje considerado pelo povo brasileiro, e até de outros países, um verdadeiro herói.
Que falta ele nos faz nas manhãs de domingo! Trazia alegria e esperança com sua postura corajosa na busca da vitória, e como precisamos destes sentimentos!
Nossa vida é marcada por pontos críticos, previsíveis ou não.
Nestas horas, em que chegamos a sentir-nos no olho do furacão, precisamos de boas doses de coragem para enfrentar e conseguir superar o sofrimento, a dor e as crises.
A coragem é um dos sentimentos mais reconhecidos e admirados em todas as civilizações porque nos ajuda a reagir diante dos perigos que nos ameaçam. Enfrentar situações desafiadoras sempre requer uma atitude corajosa.
Nem sempre as pessoas percebem o quanto são corajosas para cumprir a rotina do viver, algumas pessoas costumam dizer: ”Preciso matar um leão por dia”. E é certo que todos nós precisamos encarar nossos leões, entretanto, não sei se precisamos exatamente matá-los, mas com certeza precisamos apaziguá-los e/ou amansá-los.

Quero nomear algumas situações que exigem coragem

Doenças graves
Mortes
Separações
Assumir uma posição ou ponto de vista
Lutar por um objetivo
Mudar padrões de comportamento
Mudar de estilo de vida (profissão, país, cidade, etc.)
Falar verdades (às vezes dói para quem fala e para quem ouve)
Reconhecer um erro
Buscar o autoconhecimento
Fazer escolhas
Socorrer uma vítima
Doação pessoal em prol de uma causa social
Perdoar uma traição, e muitas outras.
São tantas as situações que esta lista poderia não ter fim, o importante é que tenhamos a percepção do quanto precisamos ser resilientes para viver.
Ser resiliente é ter a capacidade de reagir e recuperar o equilíbrio mesmo diante de situações difíceis. Algumas pessoas desenvolvem mais esta aptidão do que outras e reagem melhor diante dos desafios. O resiliente é como uma árvore no meio de um vendaval, seus galhos flexíveis se dobram, mas não quebram.
O corajoso aprende com as crises e tem interesse por si mesmo. Sua principal característica é a capacidade de superação, que torna possível o enfrentamento dos medos e das limitações, muitas vezes à custa de sacrifícios e sofrimentos. Essa capacidade, aperfeiçoada no transcorrer da vida- especialmente durante a infância e a adolescência, é estreitamente ligada ao quanto de amor próprio cada um de nós desenvolve.
Situações do nosso cotidiano demonstram que a coragem pode ser uma grande companheira quando o destino, os preconceitos e outros elementos parecem torcer contra nós. Não são raros os casos de pessoas com os mais diferentes projetos de vida, que se viram diante de grandes obstáculos, cuja coragem foi fundamental.
Temos vários exemplos conhecidos – Herbert Viana, Lars Grael, Marcelo Yuka e outros.
Para suportar, superar e enfrentar os desafios é preciso fortalecer alguns aspectos de nossa personalidade:

·Auto - respeito – reconhecer os próprios limites. ”Até onde posso ir?”
·Autonomia – poder caminhar a seu modo, mesmo que este não seja o melhor aos olhos dos outros.
Flexibilidade – aceitar os próprios erros e acertos e os das demais pessoas.
Senso de humor – ajuda a aliviar o medo e a angústia, facilita a mudança de pontos de vista.
Empatia – desenvolver a capacidade de compreender, com respeito e tolerância, o sentimento e as vivências de outros.
Reflexão:
Você se sente corajoso (a)?
Você é visto (a) como corajoso (a)?
Que situação exige, ou exigiu, que você fosse corajoso (a)?

Fi fiu fi fiu

William Furneaux. Alguém aí se lembra do William Furneaux? Só um louco - e um velho louco - sabe de quem se trata. William Furneaux era um músico. Maestro. E assobiador. Sim, assobiador. Grande assobiador. Lembro-me de ouvi-lo assobiando (mas também podem chamar de assoviar) aos sábados de tarde no Programa César de Alencar, na Rádio Nacional, PRE-8. Idos dos anos 40 e 50.
Sou franco: considero-me um ser musical. Nunca suportei, no entanto, dois instrumentos, a gaita e o acordeão. Edu da Gaita, o Art Van Damme e o extraordinário cantor Joe Mooney (que além do mais, apesar de cego, tinha um danado de um swing no órgão) logo me reconciliaram com um e outro instrumento. Edu da Gaita, com a vantagem, de ser um excelente papo sobre coisas e graças do comunismo ortodoxo. Mas essa é outra conversa, são outras notas e acordes.
Em terceiro lugar, sempre detestei assobios. Daquele "fi fiu" que se dava para as pobres das moças que, na época, chamavam de "boazudas", ao indivíduo que se considerava um virtuoso e caprichava em sua versão boquinha redonda e sonzão trinado da Aquarela do Brasil, para ficar num exemplo.
Os assobiadores amadores, que nós os tínhamos às pencas, passavam, felizmente, mal dando tempo para uma irritação maior. À exceção daquele camaradinha que gostava de assobiar e assoviar na intimidade forçada e sem graça das pessoas estranhas reunidas pelo maldito acaso num elevador. Esse tipo, além do mais, se fazia acompanhar batucando na parede sonora de um Otis ou Schindler. Nós outros não tínhamos como assassiná-lo. Ou seria eu apenas que não tinha? Ao que parece, os brasileiros continuam assobiando alegres do Oiapoque ao Chuí. Aqui em Londres, quando alguém assobia, principalmente caprichando, recebe imediata ordem de prisão. Acho. E me parece justo.
No entanto... No entanto, havia William Furneaux. Fazia da prática - para mim odiosa, para a maior parte das pessoas inócua, quando muito - uma arte. Atenção que eu não emprego o termo "arte" a qualquer provocação estética. William Furneaux assobiando Stardust ainda ronda o elevador, aí sim, generoso de minha memória. Já procurei disco de William Furneaux. Não encontrei. Nem na época dos bolachões de 78rpm nem depois com o CD.
Ele assobia apenas na minha memória. Googlei, tuitei, tudo. Nada do Furneaux. Terá deixado escola, me pergunto? Se o Mário Mascarenhas, raios que o partam! deixou, por que não "O Trovador do Assobio", como, à maneira de um antigo animador de auditório, acabo de batizá-lo?
Desses mistérios, desses mergulhos com salto mortal no passado, sou feito e com eles passo meus dias bobocas e minhas noites sérias de insônia. Apraz-me pensar que, em alguma parte, William Furneaux continue assobiando Stardust logo depois da apresentação de Romário, o Homem-Dicionário, como nos programas do César de Alencar.
Colaboração Angela Chaloub

Edu Lobo e Marília Medalha cantam "Porta-Estandarte" no programa "Fantástico" (Globo) em 1978.


Porta-Estandarte

Composição: Geraldo Vandré

Olha que a vida tão linda se perde em tristezas assim

Desce o teu rancho cantando essa tua esperança sem fim

Deixa que a tua certeza se faça do povo a canção

Pra que teu povo cantando teu canto ele não seja em vão


Eu vou levando a minha vida enfim

Cantando e canto sim

E não cantava se não fosse assim

Levando pra quem me ouvir

Certezas e esperanças pra trocar

Por dores e tristezas que bem sei

Um dia ainda vão findar

Um dia que vem vindo

E que eu vivo pra cantar

Na avenida girando, estandarte na mão pra anunciar

Chico Buarque faz participação especial em versão de 'Budapeste' para o cinema

Chico Buarque faz participação especial em 'Budapeste', versão para os cinemas de seu livro homônimo, que chega aos cinemas em 22 de maio. Segundo o próprio Chico, o inusitado dessa participação foi o principal motivo de ele ter aceitado:
- Eu tenho o papel de mim mesmo, sou eu mesmo pedindo autógrafo ao protagonista do meu livro. A única dificuldade é que eu tenho que falar uma pequena frase em húngaro - explica.
O diretor Walter Carvalho relata a reação de Chico Buarque, ao receber o convite: "Queria que você desse uma de Hitchcock no filme", disse o diretor. O cantor prontamente respondeu: "Mas você não quer que eu cante, né?", Walter retrucou "Não, de forma alguma, mas você vai descobrir mais tarde o que é, só mais tarde.".
Chico conta ainda que só conheceu a cidade de Budapeste, na Hungria, depois de ter escrito o livro:
- Eu tinha uma idéia onírica da cidade. E quando eu vim, fiquei com medo de encontrar na realidade uma coisa que imaginei tanto, e foi engraçado porque muita coisa que eu tinha sonhado, realmente, correspondia à realidade, embora o livro nunca tenha tido essa intenção porque não é um livro realista. Mas tem muitas coisas que foi me surpreendendo nesse sentido. Parece que eu tinha adivinhado mais do que sonhado com a cidade.
No cinema, Chico Buarque já foi visto em "Quando o carnaval chegar" e "Vai trabalhar, vagabundo", entre outros filmes.



Fonte: O Globo

Coração Americano, 35 anos do Clube da Esquina


Julio Daio Borges

Depois de classificar três canções no 2º Festival Internacional da Canção (entre elas, "Travessia"), e depois de uma breve passagem por São Paulo, Milton Nascimento retornaria à sua cidade natal, o Rio de Janeiro, após uma vida inteira em Três Pontas e uma carreira meteórica de crooner, em Belo Horizonte. Mesmo estabelecido no Rio, nunca perderia o contato com a cena cultural da capital mineira e, para isso, teria sempre como guias os talentosos irmãos Borges, primeiro Márcio e depois Salomão, o "Lô". Como uma forma de reconhecimento, gravaria, por exemplo, "Para Lennon e McCartney" e "Clube da Esquina" (as duas com letra de Márcio e música de Lô), no disco Milton, de 1970. Mas Milton Nascimento enxergava, em Lô, mais que um adolescente que recém completara o segundo grau e, naquele início dos anos 70, resolveu convidá-lo para um álbum duplo, em que cada um comporia metade da obra. Era a centelha do Clube da Esquina (1972). Como "banda base", Milton convocaria o Som Imaginário, de Wagner Tiso, Tavito, Luíz Alves e Robertinho Silva; e, como exigência de Lô Borges, embarcaria também seu amigo, na mesma idade pré-vestibular, Beto Guedes. O apartamento de Milton no Rio, com sua agitação, atrapalharia o acesso às musas, logo, o núcleo de compositores decidiria buscar inspiração em Mar Azul, Niterói/RJ, onde comparecia ainda Ronaldo Bastos (que ficaria também encarregado da produção do disco) e para onde despachariam remotamente letras Fernando Brant e, claro, Márcio Borges. Depois de um ano na praia, os músicos seguiram, enfim, para os estúdios da Odeon, novamente no Rio, com o amparo dos guitarristas Toninho Horta e Nelson Ângelo e do técnico de gravação Nivaldo Duarte. Os arranjos de base ficariam a cargo de Wagner Tiso e os de orquestra, nas mãos de Eumir Deodato. Ah, fora a regência, em alguns momentos, de Paulo Moura, e a participação, em uma única faixa, de Alaíde Costa. Dessa coletividade, no mínimo, exuberante (e da qual é possível esquecer sempre algum nome), nasceria Clube da Esquina - Documento Secreto nº 5 (cujo subtítulo o artista gráfico Cafi cortaria fora da capa), um dos discos mais importantes da música popular brasileira, segundo gente como Tom Jobim, Edu Lobo e Caetano Veloso... Essa e outras histórias, de uma realização sem par, quem nos conta é Rodrigo James, na cronologia do livro comemorativo organizado por Andréa Estanislau, depois de mais de 30 anos do encontro, nas "esquinas da vida", entre Milton, Lô e todos os outros.

VALOR NUTRICIONAL DO PEIXE

Além do saboroso, o consumo de peixe é muito nutritivo e deveria estar sempre em nossa alimentação.

É excelente substituto da carne, sendo de mais fácil digestão por possuir pouca gordura. É rico em proteínas, sais minerais (como o cálcio, fósforo, iodo e cobalto) e vitaminas A, D e B, responsáveis pelo bom desenvolvimento do organismo. O cálcio e o fósforo são importantes para o cérebro, evitando assim o cansaço mental.

Para que não perca suas propriedades nutritivas, o peixe descongelado não pode ser novamente congelado. Ele deve ser descongelado na geladeira, podendo estragar se for descongelado na água corrente.

algumas espécies desse alimento são gordurosas, como o Salmão que é rico em Ômega 3, uma gordura saudável que eleva o bom colesterol (HDL) e diminui o mal colesterol (LDL), diminui o risco de doenças cardíacas, aterosclerose (endurecimento das artérias) e ajuda no combate das inflamações, no desenvolvimento cerebral e na regeneração das células nervosas. Mas, em geral, o peixe tem bem menos gordura do que carne vermelha e frango.

Por isso, o peixe é um excelente alimento para o desenvolvimento escolar de crianças e adolescentes, pode ser introduzido na alimentação da criança (juntamente com carne de boi e frango) assim que esta, começar a receber os alimentos complementares (em torno de 6 meses de idade), exceto se houver historia familiar de alergia a peixe. Neste caso, sua introdução pode esperar mais um pouco e, quando realizada, deve ser ofertado um tipo de peixe de cada vez e a criança deve ficar sob observação. Uma ótima alternativa é o cação, devido não ter espinhos. A introdução de peixe na alimentação da criança é importante, para garantir o suprimento de ferro e proteger-lhe do risco de anemia.
E não pode faltar na alimentação dos idosos, já que diminui o risco de desenvolvimento do mal de Alzheimer, demência e cansaço mental.

SALMÃO LIGHT

Por: Eliane Costa Cruz Cunha Peixoto

INGREDIENTES

1 kg de salmão em filés
Suco de um limão
Alecrim
100 g de manteiga light Itambé
Alcaparras
Sal a gosto
2 colheres de shoyo

MODO DE PREPARO

Tempere o salmão com limão e sal. Coloque em uma forma para ir ao forno. Jogue por cima o alecrim, as alcaparras e a manteiga em pedaços. Pré-aqueça o forno. Cubra o salmão temperado com papel alumínio e deixe no forno alto por 15 minutos. Retire o papel alumínio, regue com o shoyo e deixe no forno até terminar de dourar. Sirva com arroz branco e batatas sautée.

Sandra Helena Mathias Motta
Nutricionista

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