9.30.2009

Moacyr Scliar tem o melhor romance de 2009 segundo Prêmio Jabuti



RIO - A Companhia das Letras faturou os três primeiros lugares na categoria romance da 51ª edição do Prêmio Jabuti. O ouro ficou com Moacyr Scliar e seu "Manual da paixão solitária", a segunda colocação é de Milton Hatoum por "Orfãos do Eldorado" e "Cordilheira", de escritor gaúcho Daniel Galera, fecha o pódio. O trio desbancou títulos como "Heranças", de Silviano Santiago, finalista do prêmio Portugal Telecom. Os livros do ano nas categorias ficção e não-ficção só serão conhecidos no dia 4 de novembro, durante a cerimônia de premiação em São Paulo.
Também gaúcho, Fabrício Carpinejar ficou em primeiro na categoria Contos e crônicas por "Canalha!", lançado pela Bertrand Brasil. "Ostra feliz não faz pérola" (Planeta), de Rubem Alves e "Os comes e bebes nos velórios da Gerais e outras histórias" (Auana) de Déa Rodrigues da Cunha Rocha também levaram o troféu para casa pela segunda e terceira colocação, respectivamente.
Em Poesia, Alice Ruiz S. ganhou o prêmio máximo por "Dois em um" (Iluminuras). Em segundo lugar, "Antigos e soltos: poemas e prosas da pasta rosa", compilado pelo Instituto Moreira Salles. Em terceiro, um empate: Eucanaã Ferraz, de "Cinemateca" (Companhia das Letras) e Reynaldo Bessa, de "Outros barulhos" (Anome Livros), foram contemplados.
Na categoria reportagem, a jovem Vanessa Barbara, de 27 anos, levou a melhor pelo livro "O livro amarelo do terminal", lançado pela Cosac Naify. O segundo e o terceiro lugar ficaram com Luiz Cláudio Cunha, por "O sequestro dos Uruguaios - uma reportagem dos tempos da ditadura" (L&PM) e Zuenir Ventura, por "1968 - o que fizemos de nós".
Confira a lista dos ganhadores das principais categorias do prêmio Jabuti 2009:
Reportagem
1- "O livro amarelo do terminal" (Cosac Naify), de Vanessa Barbara
2- "O seqüestro dos Uruguaios - uma reportagem dos tempos da ditadura (L&PM), de Luiz Cláudio Cunha
3- "1968 - o que fizemos de nós" (Planeta), de Zuenir Ventura
Biografia
1- "O sol do Brasil" (Companhia das Letras), de Lilia Moritz Schwarcz
2- "José Olympio, o editor e sua casa" (G.M.T.), de José Mário Pereira
3- "O santo sujo: a vida de Jayme Ovalle" (Cosac Naify), de Humberto Werneck
Poesia
1- "Dois em um" (Iluminuras), de Alice Ruiz S.
2- "Antigos e soltos: poemas e prosas da pasta rosa" (Instituto Moreira Salles), do Instituto Moreira Salles
3- "Cinemateca" (Companhia das Letras), de Eucanaã Ferraz e "Outros barulhos" (Anome Livros), de Reynaldo Bessa
Contos e crônicas
1- "Canalha! - crônicas" (Bertrand), de Fabricio Carpinejar
2- "Ostra feliz não faz pérola" (Planeta), de Rubem Alves
3- "Os comes e bebes nos velórios das Gerais e outras histórias (Auana), de Déa Rodrigues da Cunha Rocha
Infantil
1- "A invenção do mundo pelo Deus-curumim" (34), de Braulio Tavares
2- "No risco do caracol" (Autêntica Editora), de Maria Valéria Rezende e Marlette Menezes
3- "Era outra vez um gato xadrez" (Record), de Letícia Wierzchowski
Juvenil
1- "O fazedor de velhos" (Cosac Naify), de Rodrigo Lacerda
2- "Cidade dos deitados" (Cosac Naify e Edições SESC-SP), de Heloisa Prieto
3- "A distância das coisas" (Edições SM), de Flávio Carneiro
Romance
1- "Manual da paixão solitária" (Companhia das Letras), de Moacyr Scliar
2- "Orfãos do eldorado" (Companhia das Letras), de Milton Hatoum
3- "Cordilheira" (Companhia das Letras), de Daniel Galera
Os outros vencedores estão no site oficial do prêmio Jabuti .
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Fã do Brasil, Werner Herzog ri da loucura em 'Bad lieutenant'
Rodrigo Fonseca
RIO - Cansaço é uma sensação desconhecida pelo diretor alemão Werner Herzog, que anda ansioso para saber como os cariocas vão reagir a "Bad lieutenant: Port of Call New Orleans", em exibição hoje, às 15h10m e às 21h50m, no Estação Vivo Gávea 5, no menu do Festival do Rio.
- Nos últimos 11 meses, eu finalizei os longas-metragens "Bad lieutenant", com Nicolas Cage, e "My son, my son, what have ye done", e o curta-metragem "La bohème", para exibi-los no Festival de Veneza, no início de setembro. Fiz ainda uma tradução para o inglês do livro "Conquest of the useless: reflections from the making of Fitzcarraldo" (um diário lançado na Alemanha em 2004 sobre o filme que rodou em 1982 na Amazônia) e trabalhei como narrador do curta "Plastic bag", de Ramin Bahrani. Ainda arrumei tempo de fundar uma curso de cinema (Rogue Film School, em Los Angeles) que está selecionando alunos - orgulha-se o cineasta de 67 anos. - Criando, eu não me canso. Filmo, às vezes, das 14h às 3h, mas não esgoto a equipe, porque resolvo tudo com eles de maneira concentrada. Em um set, eu só filmo o que é essencial.
referências ao "cult" de Ferrara
Ao telefone com O GLOBO, intercalando reflexões em inglês com frases em um português de tempero germânico, Herzog é gentileza pura.
- Não fique me falando muito do seu país porque meu coração dói de saudades dos meus amigos brasileiros. Estou procurando um argumento que me permita filmar aí. Ou mesmo encenar uma ópera - diz Herzog, que montou "Tannhäuser", de Wagner, no Teatro Municipal do Rio em 2001. Entre os amigos de que mais sente falta no Brasil, Herzog destaca o diretor Ruy Guerra, que trabalhou como ator em seu "Aguirre - A cólera dos deuses" (1972).
- Ruy é um grande diretor. Queria saber como ficou "Veneno da madrugada", o último filme dele.
Vencedor do Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes de 1974 por "O enigma de Kaspar Hauser", Herzog teve poucos dias para arrancar de Nicolas Cage a atuação mais perturbadora de sua carreira. Em "Bad lieutenant: Port of Call New Orleans", Cage é Terence McDonagh, um policial que anestesia suas fortíssimas dores de coluna viciando-se em drogas e jogo. Desde que iniciou o projeto, Herzog corrige quem diz que o filme é um remake do thriller "Vício frenético" (1992), de Abel Ferrara, também batizado de "Bad lieutenant" nos EUA.
- Nunca vi o longa de Ferrara. Quando as produtoras (Nu Image e Millennium Films) me convidaram para o projeto, eles compraram só os direitos para usar o título "Bad lieutenant" e a premissa do policial viciado. Desde o começo, eles não queriam um remake. O filme que eu fiz é avesso aos clichês de Nova Orleans no cinema, como o French Quarter >ita<(bairro de maior influência francesa na cidade), o vodu, o jazz. Preferi investir na tese de que Nova Orleans seria uma espécie de Sodoma e Gomorra dos EUA, por fugir das castrações morais habituais do país, com sua mistura cultural de tradições negras e francesas - diz Herzog, que concorreu ao Oscar de melhor documentário este ano com "Encounters at the end of the world".
Previsto para estrear em 2010, "Bad lieutenant: Port of Call New Orleans" já levanta apostas para uma possível indicação ao Oscar para Cage, que lava a plateia às gargalhadas mesmo na cena em que tortura uma velhinha ou delira com a visão de iguanas. A comparação entre Cage e Klaus Kinski (1926-1991), ator com quem Herzog tinha uma tortuosa relação, tem sido inevitável.
- Rodei "Bad lieutenant" correndo, em 22 dias, para aproveitar a janela de disponibilidade na agenda de Cage. Só topei o projeto porque era ele. Há quase 30 anos, eu acompanho a carreira de Cage. Ele faz meu longa parecer o filme americano mais engraçado desde "Um tira da pesada". "Bad lieutenant" faz rir mais do que comédias com Eddie Murphy porque seu protagonista é um homem mau. Mau não no sentido da perversidade, mas no da falta de limite. Há alegria na maldade. A maldade liberta.
Desde que lançou "O homem urso", em 2005, voltando a mobilizar a atenção dos críticos, Herzog passou a ser tratado como um cronista da loucura nos cinemas.
- Alguns dizem que a liberdade que busco na maldade é loucura. Aliás, há anos as pessoas me perguntam sobre o lugar da loucura em meus filmes. Mas não consigo criar a partir de abstrações como essas. Tudo o que eu sei de Terence McDonagh é que ele encarna a realidade de Nova Orleans, cidade talhada para filmes noir, um gênero que brota em tempos de incertezas. E não há incerteza maior do que uma crise financeira como a que enfrentamos hoje - diz Herzog. - Não é por acaso que o filme com mais cara de cinema noir dos últimos anos, por falar de ambiguidade e por mostrar uma visão sinistra dos EUA, foi "Batman - O Cavaleiro das Trevas". Mais do que um grande filme, Christopher Nolan nos deu um sinal de alerta. Três filmes alemães vistos em 20 anos
Desatualizado com o cinema da Alemanha - "Se eu vi dois ou três filmes alemães em 20 anos, foi muito", confessa -, Herzog, que trabalha em Los Angeles, vê com otimismo a troca presidencial dos EUA.
- A América se autorregenera. Quando o país sofria com a política de caça às bruxas de Joseph McCarthy, veio Kennedy trazendo a liberdade. Aí, Kennedy foi assassinado, a euforia baixou, e surgiu Nixon. São altos e baixos. Depois de oito anos de Bush, vem Obama com novas propostas, um novo olhar - diz. - Enfim, esta é uma terra capaz de regenerar suas feridas políticas.
Até o fim do Festival do Rio, "Bad lieutenant: Port of Call New Orleans" terá mais três sessões: amanhã, às 13h30m e às 18h, no Estação Ipanema; e no dia 1, às 22h15m, no Estação Barra Point.


Programação musical TV Brasil
Já estão no ar os novos programas musicais, desta vez privilegiando também os jovens, que há muito tempo esperavam por uma programação musical que falasse sua língua.
O programa Segue o Som, exibido as segundas às 18h, sextas às 19h e em reprise aos sábados, às 20h apresenta clipes de todos os estilos de música e promete inovar apostando na interatividade com o público. Os telespectadores poderão, por exemplo, enviar sugestões de artistas, clipes, blogs, além de seus próprios videoclipes para serem exibidos, ajudando assim na construção da identidade do programa.
O Alto Falante, produção da Rede Minas exibido as quartas, às 17h30 e aos sábados, às 20h é uma revista eletrônica musical voltada para a música pop, que apresenta notícias e reportagens sobre shows, artistas e novidades sobre o mercado fonográfico.
Já o Sinfonia Fina, em seus dez episódios, que exibimos quarta-feira à 00h e sexta às 23h45 é produzido pela TV Cultura de São Paulo em parceria com o Conservatório de Tatuí, apresenta uma mistura entre música erudita e popular, com uma linguagem jovem que promete agradar a todos os públicos.
Os já consagrados, A Grande Música, Samba na Gamboa, Cena Musical, Viola minha Viola e Som na Rural agora serão exibidos em novos horários.
Samba na Gamboa – Terça-feira, às 22h
Cena Musical – Quinta-feira, à 00h
A Grande Música – Sábado, às 15h e em reprise segunda-feira, à 00h10
Viola minha Viola – Domingo, às 09h
Som na Rural – Domingo, às 18h30

Deixe de lado os 10 mitos mais famosos sobre nutrição

Abandone idéias falsas para que sua dieta e seu treino rendam mais

Por Minha Vida
As especialistas em nutrição Wendy Repovich e Janet Peterson, membros do American College of Sports Medicine, expuseram durante a 11ª Conferência Anual de Saúde e Fitness da entidade, dez mitos relacionados à nutrição. Alguns são conselhos transmitidos de geração em geração.

1. Diabetes tipo 2 pode ser prevenido ingerindo alimentos de baixo índice glicêmico. Altos níveis de glicose não são o que causa diabetes. A doença é causada pela resistência do corpo à insulina. Alimentos com alto índice glicêmico podem causar picos no nível de glicose, mas isso é apenas um indicador da presença de diabetes, não a raiz do problema.
2. Comer imediatamente após o trabalho muscular irá impulsionar a recuperação. Atletas de resistência (endurance) precisam ingerir carboidratos imediatamente após o exercício para repor os níveis de glicogênio, e uma pequena quantidade de proteína para acentuar essa reposição. Isso pode ser feito bebendo um achocolatado desnatado ou um isotônico. A proteína nesse momento não irá ajudar a construir músculos, então, para atletas de força (trabalho anaeróbico), não é preciso comer imediatamente após seu treinamento.
3. Pessoas com síndrome do intestino irritável devem evitar comer fibras. Há dois tipos de fibras, solúveis e insolúveis. Apenas esta última pode ser fonte de problemas. As fibras solúveis, no entanto, encontradas na maioria dos grãos, são absorvidas mais facilmente pelo corpo e podem ajudar as pessoas com a síndrome a prevenir constipações.
4. Ingerir porções extras de proteína é necessário para ganhar massa muscular. A menos que o corredor faça um treino significativo com peso, a proteína extra não terá nenhum efeito. Mesmo uma exigência maior do nutriente em função do treino pode ser suprida facilmente pela alimentação.
5. Suplementos vitamínicos são necessários para todo mundo. Com uma alimentação variada em frutas, vegetais e grãos integrais, quantidades moderadas de proteína magra e quantidade adequada de calorias, não há por que tomar suplementação. Os suplementos vitamínicos são recomendados para gestantes e pessoas com distúrbios nutricionais.
6. Evitar álcool. Moderação é a chave. Todo álcool é um anticoagulante, e o vinho tinto contém antioxidantes benéficos para a saúde.
7. Comer ovos elevará o colesterol. O mito surgiu porque a gema tem a maior concentração de colesterol do que qualquer outro alimento. Porém, não é suficiente para colocar a saúde em risco se houver moderação no consumo. Estudos sugerem que um ovo por dia não elevará o colesterol e será uma grande fonte de nutrientes.
8. Grãos marrons são de produtos integrais. Corantes e aditivos marrons podem dar aos alimentos a aparência de serem integrais. Ler os rótulos é boa dica para se certificar. Ingerir cerca de 90 g por dia de grãos ajuda a reduzir o risco de doenças do coração e diabetes.
9. Beber oito copos de água por dia. É preciso repor o líquido perdido a cada dia, durante a respiração, a excreção e no suor, mas isso não significa beber dois litros de água diariamente. É difícil medir a quantidade exata de água ingerida em bebidas e na alimentação. Um indicativo é a urina, se estiver amarelo escuro, beba mais água.
10. Comer carboidrato engorda. Cortar os carboidratos da dieta pode ter um benefício de redução de peso no curto prazo, devido à perda de líquido; mas comer carboidrato com moderação não ocasiona um ganho de peso diretamente. O corpo usa carboidrato como fonte de energia e um período sem ele pode causar cansaço e letargia