1.27.2010

Cancelado show do The Original Wailers em São Paulo

The Original Wailers
O show da banda The Original Wailers em São Paulo foi cancelado. O grupo jamaicano se apresentaria nesta quarta-feira, 27, na Via Funchal. Segundo a organização do evento, o cancelamento foi motivado por ‘problemas técnicos’. Não foram divulgados detalhes sobre esses problemas.
A Via Funchal divulgou o procedimento sobre a evolução do valor do ingresso. O reembolso poderá ser feito a partir de hoje nas bilheterias da casa na Rua Funchal, 65, diariamente, entre 12h00 e 22h00. Esse procedimento é válido para ingressos comprados nas bilheterias, nos postos oficiais de venda, através do atendimento telefônico e pelo site da Via Funchal.
Quem comprou pelo site, mas ainda não retirou a entrada, terá a compra cancelada junto às administradoras de cartão de crédito. O prazo do cancelamento é de 10 dias úteis, em média.
Os fãs do estilo ainda têm a oportunidade de curtir clássicos do Reggae neste final de semana com a apresentação do ‘outro’ Wailers, liderado pelo baixista Aston ‘Familyman’ Barrett, integrante da formação original do grupo. A apresentação do Wailers de Barrett,junto com o Alpha Blondy, será no domingo, 31, no Credicard Hall, na capital paulista.

Metallica em Porto Alegre: informações e recomendações para o público


Nesta quinta-feira, 28, é o dia em que a capital do Rio Grande do Sul receberá uma das maiores bandas de Heavy Metal de todos os tempos, o Metallica. A produtora responsável pelo show em Porto Alegre emitiu uma nota com algumas informações e dicas para facilitar o acesso dos fãs ao local e ajudar todos a terem uma boa diversão.
O Metallica se apresenta no Brasil nesta quinta em Porto Alegre e depois desembarca em São Paulo para shows nos dias 30 e 31, no Estádio do Morumbi. A banda está em turnê divulgando o álbum “Death Magnetic”. Confira abaixo as informações da Opinião Produtora sobre o show na capital gaúcha:
28/01/2010 - Porto Alegre/RS
Parque Condor - Av. Severo Dullius, s/nº, em frente ao aeroporto.
Horário do show do Hibria: 20h00
Horário do show do Metallica: 21h30
Como chegar
Carris: T5 e T11
Conorte: 705 (Indústrias), B02 (Leopoldina/Aeroporto), B021 (Leopoldina/Aeroporto/Fapa), B022 (Fapa/Aeroporto/Leopoldina), B09 (Aeroporto/Iguatemi), B091 (Aeroporto/Iguatemi/Anchieta) e B56 (Passo das Pedras/Aeroporto).
Mais informações de itinerários e tabela horária: http://www.eptc.com.br/.
Àqueles que desembarcarem na rodoviária:
Valor de táxi: cerca de R$ 17,00 (fonte: http://www.taxi.com.br/).
Trensurb: desembarcar na Estação Aeroporto.
Onde estacionar
Aero Safe Park: ao lado do Pepsi On Stage.
N Park: dentro do Aeroporto Internacional Salgado Filho.
Estacionamento ao lado do Parque Condor: R$ 15,00.
Saída
- A Trensurb disponibilizará linhas extras para atender ao público. Serão sete linhas após a meia noite. Três delas sairão da estação Aeroporto em direção a São Leopoldo à 00h10min, à 01h10min e às 02h15min. No sentido Aeroporto-Centro, outros três carros partirão à 00h41min, à 01h41min e às 02h46min. A Trensurb ainda monitorará o movimento da estação do aeroporto e manterá dois trens com capacidade para 1.080 pessoas em alerta em caso de necessidades extras em qualquer sentido.
- A Carris também fornecerá carros em horários especiais. Um T11 articulado sairá do aeroporto às 00h30min e dois T5, também articulados sairão às 00h30min e às 00h45min, respectivamente. Além disso, quatro ônibus estarão de prontidão no aeroporto, caso sejam necessárias mais linhas.
Recomendações para o show
- Escolha roupas leves e confortáveis;
- Antes de sair de casa, alimente-se e hidrate-se bem. Os portões se abrirão às 17h; se você for ficar na fila, leve garrafas de água e protetor solar;
- Não consuma álcool em excesso antes do show;
- É proibida a entrada com objetos cortantes e grandes fivelas metálicas;
- Utilize transportes públicos para chegar ao evento como ônibus, táxi, lotação e trem.
- Chegue ao local com antecedência e localize sua entrada (Vip, Pista ou Arquibancadas Vip Cobertas); isso irá evitar confusões próximo ao início do evento;
- Colabore com a organização, evite tumultos dentro do recinto;
- Entre com cuidado no Parque Condor: evite correr e não empurre os demais;
- Ao entrar, localize as saídas de emergência, os banheiros, postos médicos e bares;
- Não atire objetos dentro do local;
- Seja paciente e compreensivo com os demais presentes;
- Em caso de emergência, acalme as pessoas ao seu redor, evite pânico e procure localizar saídas ou posto médico;
- Não será permitida a entrada com máquinas fotográficas semi-profissionais ou profissionais;
- Não será permitida a entrada com comidas, bebidas e garrafas;
- Se você tiver menos de 16 anos, não esqueça que precisa entrar acompanhado de um responsável. Não será permitida a entrada de menores de 12 anos.
Demais recomendações ao público
- Fique atendo às orientações dos agentes da EPTC. Eles estarão lá para organizar e orientar o trânsito, a fim de que todos possam circular com rapidez e segurança;
- Respeite a sinalização e o pedestre;
- Se beber, não dirija;
- Use o cinto de segurança;
- Não estacione em frente à entrada principal;
- Leve saquinhos plásticos para o lixo;
- Pedestre, atravesse sempre na faixa de segurança;
- Leve um único documento de identificação;
- Um celular pode ser muito útil nesta ocasião.
Deficientes físicos
Ao entrar no Parque Condor, identifique a sinalização para a área destinada aos deficientes físicos.

Adeus, Itaparica


A Ilha de Itaparica (BA) em dezembro de 1998, pela lente de Edu Simões. A fotografia integrou a exposição dos 10 anos dos "Cadernos de Literatura Brasileira", do Instituto Moreira Salles. Originalmente publicada no número dedicado à obra de João Ubaldo Ribeiro

João Ubaldo Ribeiro
Da Ilha de Itaparica (BA)
Como todos os anos, vim a Itaparica, para passar meu aniversário em minha terra, na casa onde nasci. Casa de meu avô, coronel Ubaldo Osório, que fez pouco mais na vida que amar e defender a ilha e seu povo. De lá para cá, muito se tem perpetrado para destruí-los física ou culturalmente e há nova tentativa em curso. Trata-se da anunciada construção de uma ponte de Salvador para cá. Isso é qualificado, por seus idealizadores, de progresso.
Conheço esse progresso. É o progresso que acabou com o comércio local; que extinguiu os saveiros que faziam cabotagem no Recôncavo; que ao fim dos saveiros juntou o desaparecimento dos marinheiros, dos carpinas, dos fabricantes de velas e toda a economia em torno deles; que vem transformando as cidades brasileiras, inclusive e marcadamente Salvador, em agregados modernosos de condomínios e shoppings acuados pela violência criminosa que se alastra por onde quer que estejamos enfurnados, ilhas das quais só se sai de automóvel, entre avenidas áridas e desertas de gente.
Também conheço os argumentos farisaicos dos proponentes da ponte, ávidos sacerdotes de Mamon, autoungidos como empresários socialmente responsáveis. Na verdade, sabem os menos ingênuos, eles se baseiam em premissas inaceitáveis, tais como uma visão imediatista, materialista e comprometida irrestritamente não só com o capital especulativo, que já está pondo as mangas de fora no Recôncavo, como aquele que investe aqui usando os mesmos padrões aplicados em Pago-Pago ou na Jamaica. A cultura e a especificidade locais são violentadas e prostituídas e o progresso chega através do abastardamento de toda a verdadeira riqueza das populações assim atingidas.
As estatísticas são outro instrumento desses filibusteiros do progresso que em nosso meio abundam, entre concorrências públicas fajutas, superfaturamentos, jogadas imobiliárias e desvios de verbas. Mas essas estatísticas, mesmo quando fiéis aos dados coligidos, também padecem de pressupostos questionáveis. Trazem à mente o que alguém já disse sobre a estatística, definindo-a como a arte de torturar números até que eles confessem qualquer coisa. E confessarão, é claro, pois Mamon é forte e sempre esteve na crista da onda.
Mas não mostrarão que esse progresso é na verdade uma face de nosso atraso. Atraso que transmutará Itaparica num ponto de autopista, entre resorts, campos de golfe e condomínios de veranistas, uma patética Miami de pobre. E que, em lugar de valorizar o nosso turismo, padroniza-o e esteriliza-o, matando ao mesmo tempo, por economicamente inviável, toda a riqueza de nossa cultura e nossa História. Quem não é atrasado sabe disso. Para não cometer esse tipo de atentado é que, em Paris, por exemplo, não se permite a abertura de shoppings onde isso possa ferir o comércio de rua tradicional.
Tampouco, em Veneza, as gôndolas foram substituídos por modernas lanchas. Num país não submetido a esse estupro sócio-econômico e cultural, os saveiros seriam subsidiados, as antigas profissões, o artesanato e o pequeno comércio também. Exercendo a vocação turística de toda a região, teríamos razão em nos mostrar com tanto orgulho quanto um europeu se mostra a nós. Mas nosso destino parece ser acentuar infinitamente a visão que enxerga em nós um país de drinques imitando jardins, danças primitivas, pouca roupa e nativas fáceis.
Adeus, Itaparica do meu coração, adeus, raízes que restarão somente num muro despencado ou outro, no gorgeio aflito de um sabiá sobrevivente, no adro de alguma igrejinha venerável por milagre preservada, na fala, daqui a pouco perdida, de meus conterrâneos da contracosta. Sei em que conta me terão os que querem a ponte e não têm como dizer que só estão mesmo é a fim de grana, venha ela de onde vier e como vier. Conheço os polissílabos altissonantes que empregam, sei da sintaxe americanalhada em que suas exposições são redigidas e provavelmente pensadas, como convém a bons colonizados, já ouvi todos os verbos terminados em "izar" com que julgam dar autoridade a seu discurso. É bem possível que a ponte seja mesmo construída, mas, pelo menos, não traio meu velho avô.

Paulo Ormindo Azevedo sobre a Ponte Salvador -Itaparica,em seu texto:"Salvemos Salvador, enquanto é tempo"

Não há planejamento nem qualificação dos projetos públicos, que são oferecidos pelas empreiteiras interessadas, vide a ponte de Itaparica e o parque da Vila Brandão. A Sedham funciona como uma Defesa Civil, mais que um órgão de planejamento. As licitações são feitas em função do menor preço, ou seja, do pior projeto e menor tempo.