6.11.2009


ORQUESTRA AFROJAZZSAMBA NA SALA CECILIA MEIRELES

Mario Adnet violão e voz Philippe Baden Powell piano e voz

Os afrosambas compostos por Baden Powell , entre meados dos anos 60 e início dos 80, formam um dos mais belos e impressionantes conjuntos de canções da música popular brasileira. Agora, quatro décadas depois da primeira gravação de alguns deles no clássico disco com Vinicius de Moraes, os arranjadores, instrumentistas e produtores Mario Adnet e Philippe Baden Powell retomam a série de composições do extraordinário músico, mesclando temas conhecidos e diversas obras inéditas. O resultado do trabalho de ambos é o CD Afrosambajazz (Biscoito Fino) que comprova que a música que saiu do violão e do talento de Baden Powell tem um inesgotável potencial de enovação.

Afrosambajazz (título criado por Philippe, filho mais velho de Baden) será interpretado no palco pela quase totalidade dos músicos que gravaram o cd. A banda, dirigida por Mario Adnet (violão e voz) e Philippe (piano e voz), é formada por: Marcos Nimrichter (piano elétrico e acordeom), Jorge Helder (baixo acústico), Jurim Moreira (bateria), Armando Marçal (percussão), Jessé Sadoc (trompete), Eduardo Prado (trompa), Everson Moraes (trombone), Joana Adnet (clarinete e voz), Henrique Band (sax alto e flautas), Edú Neves (sax tenor e flautas), Teco Cardoso (sax barítono e flautas) e a participação de Antonia Adnet (violão de 7 cordas).

O espetáculo no Rio, acontece em 16 de junho, terça-feira, às 20h30, na Sala Cecília Meireles com as participações especiais do violonista Marcel Powell (filho caçula de Baden) e da cantora Mônica Salmaso.

Programa
Canto de Xangô, Canto de Iemanjá, Canto de Ossanha, Berimbau, Lamento de Exú (Baden Powell e Vinícius de Moraes), Suíte Yansan (Baden Powell, Ildázio Tavares e Silvia Powell)), Pai, Sermão (B. Powell e Paulo C. Pinheiro), Alodé, Domingo de Ramos, Nhem Nhem Nhem, Lamento de Preto Velho (B. Powell)
Terça 16 jun Sala Cecilia Meireles (SCM) 20h30min
Preço: R$30,00 (platéia)
R$ 20,00 (platéia superior)
Sala Cecília Meireles - Largo da Lapa, 47 – Centro. CEP 20021-170 - Telefones: 2332-9160 / 2332-9176
www.salaceciliameireles.com.br
Fonte: SCM

Ricardo Rocha apresenta Elias, de Mendelssohn


Parceria inédita leva Cia Bachiana Brasileira e Orquestra Sinfônica Nacional à Sala Cecília Meireles, para a integral do oratório ELIAS, de Mendelssohn.

Num ano em que grandes montagens musicais ficam inviabilizadas por causa da reforma do Teatro Municipal, cabe à Cia. Bachiana Brasileira, em inédita parceria com a Orquestra Sinfônica Nacional e sob a direção do maestro Ricardo Rocha, a execução da obra de maior envergadura desta temporada no Rio de Janeiro: o grande e épico oratório Elias, a obra-prima do compositor Felix Mendelssohn Bartholdy.

A apresentação está marcada como ponto alto das comemorações em torno dos 200 anos de nascimento do compositor e dos 10 anos da própria Cia. Bachiana, que além de sua profícua produção de gravações em CDs, DVDs e programas para TV e rádio, teve montagens eleitas em 2007 e em 2008 entre as dez melhores destes anos pelo jornal O Globo, reconhecimento que a consagrou como um dos grupos mais importantes da cena musical carioca.

A Orquestra Sinfônica Nacional-UFF, por sua vez, inicia os preparativos para a comemoração, em 2011, do seu Jubileu de Ouro. São 50 anos de dedicação à difusão da música e cultura brasileiras e mais de 200 gravações (LPs, CDs e DVDs, Rádio e Televisão) que a colocam com destaque como uma das principais Orquestras do Brasil. Neste concerto, estréia sua nova fase no Rio de Janeiro, conduzida por uma Comissão Artística formada inteiramente por músicos que estão apostando numa reformulação total de seu antigo modelo de gestão, trabalhando no resgate de sua missão original e investindo na qualidade e na maior participação de seus músicos nos destinos do próprio conjunto.

Além da OSN, a montagem deste grande épico conta com as 42 vozes do coro da Cia. Bachiana, aí incluídas a participação especial das 9 vozes do Madrigal Vox in Vias (direção: Rigoberto Moraes) e nove solistas, sendo o quarteto principal formado pelo barítono Marcelo Coutinho no papel-título do Elias, Veruschka Mainhardt, soprano, Carolina Farias, contralto, e Ricardo Tuttmann, tenor. O quinteto solista do coro é formado por Ana Cecília Rebelo, soprano, Manuela Vieira, soprano, Rejane Ruas, contralto, Cyrano Sales, tenor, e Guido Rossmann, baixo.

Sem contar com patrocínio algum, a Cia. Bachiana Brasileira está confeccionando até os próprios figurinos para a montagem. A tradução do libreto original em alemão fica a cargo do próprio maestro, para que o público possa acompanhar a ação através das legendas projetadas em português.

Mais conhecido do grande público por obras como Sonho de uma Noite de verão, com a famosa marcha nupcial, ou a Sinfonia Escocesa, Mendelssohn já aos 27 anos de idade se deixou enlevar pela história do profeta que resistiu ao culto do ídolo Baal e às perseguições ordenadas pela rainha Jezabel. Foram necessários dez anos de trabalho para a realização deste seu Elias, sua mais importante composição. “Como o drama da vida humana se repete através das gerações, a temática é mais do que atual, se pensarmos no deus Baal dos mercadores fenícios, agora representado pelo deus "Mercado" de nossa contemporaneidade, impondo o modelo predatório das economias baseadas no consumo que devora o planeta, os valores do espírito e as relações pessoais, tornadas igualmente descartáveis”, reflete Ricardo Rocha.

Com suas quase duas horas e meia de duração divididas em duas partes, a obra é gigantesca também em termos de intensidade. O coro é exigido o tempo todo: participa da ação ora como povo de Israel, ora como a congregação de sacerdotes de Baal ou ainda como coro de anjos. Não é por menos que os cantores estão recebendo orientações de condicionamento físico para enfrentar os 140 minutos em pé nos estreitos praticáveis da Sala Cecília Meirelles.

Após algumas apresentações com enorme sucesso, a versão final da obra teve sua estréia em 16 de abril de 1847 em Londres, sob a regência do próprio Mendelssohn, que em 4 de novembro daquele mesmo ano veio a falecer de derrame aos 38 anos de idade.

Apesar de não se ter notícia de qualquer montagem completa desta monumental obra no Rio de Janeiro até hoje, sendo portanto inédita sua apresentação, haverá apenas uma única récita. “É uma pena que tenha de ser assim, mas quem estiver lá, entenderá porque é obra de tão rara montagem, no Brasil e no mundo”, finaliza Ricardo Rocha, alertando a todos para não perderem esta oportunidade.

SERVIÇO
Sala Cecília Meireles
Largo da Lapa, 47
Dia 27 de junho, às 19h30
Ingressos: R$ 40 (platéia) e R$ 30 (balcão)
(R$ 20 e R$ 15 para estudantes e pessoas acima de 60 anos)
Mais informações: 2245-0058 (Cia. Bachiana) e 2629-5259 (OSN)