1.28.2011

Samba Pra Gente lança primeiro disco e homenageia Roberto Carlos

O grupo Samba Pra Gente vê os esforços das noitadas tocando em bares dando resultado com o lançamento do primeiro disco da banda, homônimo, lançado pela EMI este mês. Além disso, o grupo recebeu o prêmio de “Música Mais Tocada”, pela canção “Batucada Boa”, na 25ª edição do Troféu Samba de Primeira.
O homenageado dessa edição da premiação foi o cantor Roberto Carlos e o Samba Pra Gente fez sua homenagem tocando “Nossa Senhora”, gravada no disco de estréia do grupo. O álbum traz ainda outras canções já conhecidas do público em outras vozes: “Ogum” e “Tá Escrito”, já gravadas por Zeca Pagodinho e Grupo Revelação, respectivamente.
A 25ª edição do Troféu Samba de Primeira contou com a presença de outros importantes nomes do Samba, como Diogo Nogueira, Zeca Pagodinho, Jorge Aragão, Beth Carvalho e Alcione, além da atriz Regina Casé.
O Samba Pra Gente é formado por Jorgynho Chinna (voz e cordas), Leleco (tantan), Junior Marreta (percussão), Márcio Sabugo (surdo) e Rogério Barrosno (repique e voz). As músicas do álbum de estréia da banda podem ser ouvidas no site oficial, www.gruposambapragente.com.br, ainda na versão do CD promocional.

Biografia não-autorizada de Lady Gaga chega às livrarias brasileiras

A editora Larousse lança no mercado nacional o livro “Poker Face: a Ascensão de Lady Gaga”, biografia não-autorizada escrita pela jornalista norte-americana Maureen Callahan. No livro a jornalista mergulha na figura que se tornou um dos maiores fenômenos do atual cenário da música Pop para desvendar quem está por trás de “Poker Face”.
Para escrever a história de vida da cantora, Maureen compilou mais de 50 entrevistas com amigos e colegas de Stefani Germanotta, mostrando “uma mulher que é tão verdadeira quanto fabricada, tão confiante quanto insegura, tão senhora de si quanto frágil”.
Com base em pesquisase análises, Maureen Callahan traça com independência e compromissada com a verdade a face não tão edificante de Lady Gaga, como seu lado autoritário com as pessoas ao seu redor. Alguns aspectos de sua sexualidade também são abordados, como o caso mantido com a mulher de um ex-empresário só para se vingar dele.

Pelo "tombamento" de João Gilberto

Por Luis Nassif

Ele é o símbolo maior do movimento musical que projetou no mundo a imagem de um país jovem, moderno, vibrante e criativo. É patrimônio nacional. Conseguiu internacionalizar de maneira nunca antes vista a música brasileira, sem nunca perder as raízes, a paixão por tudo o que significasse Brasil.
No momento atual, em que ventos fascistas cobriram de preconceito o povo, manifestações populares, tudo o que cheirasse Brasil, em nome de um falso internacionalismo, ele continua sendo a referência maior, o criador que definiu a síntese brasileira, colocou no mesmo pote Geraldo Pereira, Caymmi, Ary, Tom, Menescal e Lyra, o jazz e os conjuntos vocais brasileiros.
Não haverá exagero em considerá-lo como um dos formadores do Brasil moderno.
Pois João Gilberto, o instável João, o doce e intratável, o frágil, passa pelos momentos mais difíceis de sua vida. Perto dos 80 anos, com filha nova, de um casamento novo, está sendo despejado do seu apartamento. Não tem muitas condições mais para shows, os direitos autorais estão escasseando e ele parece cada vez mais introspectivo, mais fechado, mais triste.
No seu perfil no Facebook, lança apelos mudos, frases de auto-ajuda e Brasil, Brasil e Brasil. Dia desses postou um vídeo ilustrado com imagens de filmes de Mário Peixoto. Houve quem interpretasse como um SOS mudo para Waltinho Salles, que resgatou Peixoto e sua obra.
Sabe-se lá se foi ou não, mas muitos imaginaram que o Instituto Moreira Salles poderia "tombar" João.
Não é pouca coisa. Nas próximas semanas o Rio estará inundado de turistas do mundo inteiro, muitos atraídos pela bossa nova, pelo doce lirismo de João. O país que está se consolidando exige a convivência do moderno com a história, do internacional com o Brasil profundo.
João representa tudo isso, a síntese que coroou os tempos de JK, o símbolo a ser redescoberto para esses novos tempos em que a auto-estima voltou e não pode ser convertida em xenofobia ou intolerância.
Tenho a impressão que o IMS, que nasceu do mais internacional dos brasileiros, do mais brasileiro dos internacionais, se interessará em ouvir os apelos mudos de João Gilberto. Se não ele, empresas, ONGs, associações, governantes comprometidos com a construção de um Brasil moderno e eterno, tal qual as canções de João Gilberto.