7.28.2009

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Shows da semana

8VB
O 8VB (lê-se Oitava Abaixo) é o projeto autoral do baixista, compositor e arranjador Bruno Migliari e do guitarrista e compositor Chester Harlan

Entre os músicos, é a abreviação de "oitava abaixo". Este é o projeto autoral do baixista, compositor e arranjador Bruno Migliari, que acompanha Ana Carolina e Frejat e tem no currículo trabalhos com Lobão, Moska, Fernanda Abreu, Marcos Valle e Lulu Santos. Migliari sobe ao palco ao lado do baterista Xande Figueiredo, do saxofonista Henrique Band, do tecladista Vitor Gonçalves e do guitarrista Bernardo Bosisio para apresentar composições que estão no disco Amicizia. Faixas como Lusco Fusco, Miss Freyer, Amélia e Me Visite em Sonhos dosam lirismo e groove em arranjos sintonizados com o jazz contemporâneo. 18 anos. Cinematheque Música Contemporânea (240 lugares). Rua Voluntários da Pátria, 53, Botafogo, 2286-5731, Metrô Botafogo. Quarta (29), 21h. R$ 20,00. Cc.: todos. Cd.: todos. www.matrizonline.com.br




ARRANCO DE VARSÓVIA

Destacado pela dedicação ao samba, o grupo revisita a obra do grande compositor Angenor de Oliveira, o Cartola (1908- 1980), no espetáculo Samba de Cartola. Formado por Muri Costa, Paulo Malaguti, Andréa Dutra, Cacala e Elisa Queirós, o conjunto confere ricos arranjos vocais a clássicos do poeta mangueirense. Além de As Rosas Não Falam, Tive Sim e O Sol Nascerá, o Arranco vai exibir pérolas menos conhecidas como A Vila Emudeceu, em homenagem a Noel Rosa, e Ciência e Arte, samba-enredo em parceria com Carlos Cachaça. Bar do Tom (350 lugares). Rua Adalberto Ferreira, 32, Leblon, 2274-4022. Quinta (30), 21h30. R$ 30,00 a R$ 50,00. Bilheteria: 9h/22h (seg. a qua.); a partir das 9h (qui.). Cd.: todos. Estac. c/manobr. www.plataforma.com.


BRUCE HENRI

O contrabaixista nova-iorquino radicado no Rio desde a década de 70 está na estrada com o disco Villa's Voz, uma homenagem a Heitor Villa-Lobos. A apresentação segue o roteiro do CD. Obras como O Canto do Cisne Negro e Prelúdio nº 3 ganharam arranjos ousados com espaço de sobra para improvisos. Também estão garantidas no recital Floresta do Amazonas e Pequena Suíte para Violino e Piano. Henri recebe dois convidados especiais: Frejat e Ney Matogrosso. Livre. Espaço Tom Jobim (500 lugares). Rua Jardim Botânico, 1008, Jardim Botânico, 2274-7012. Quinta (30), 20h30. Bilheteria: 14h/18h (seg. a qua.) e 14h/20h30 (qui.). R$ 50,00. Estac. grátis a partir de 17h.wCINEBONDE. Sexteto instrumental, o Bondesom lançou um disco dançante e autoral no ano passado. Agora, empresta seu toque latino a trilhas sonoras clássicas do cinema. Eles vão tocar atrás de uma tela translúcida onde serão projetadas imagens dos filmes com intervenção do VJ Juliano Gomes. No repertório ganham destaque os temas do filme A Pantera Cor-de-Rosa, que virou um samba-jazz delicioso, e da série Star Wars, este interpretado no melhor estilo de Luiz Gonzaga, o rei do baião. Há ainda versões para a música de O Poderoso Chefão, Os Caça-Fantasmas e Amarcord. Cine Glória. Praça Luís de Camões, s/nº, subsolo, Glória, 2556-0781, Metrô Glória. Sexta (31), 23h. R$ 15,00.


DNA.

Carol Feghali, Beto Filho, Kikinho Neto e Bruno Galvão levam adiante o pop romântico difundido por seus pais, integrantes das bandas Roupa Nova, Golden Boys e Trio Esperança. A pegada teen das composições levou a música Casaco Marrom, de Renato Correa, Danilo Caymmi e G. Guarabyra, à trilha sonora da novela Amor e Intrigas, da Record. Outra que faz sucesso é Amando pra Valer. Não vão faltar homenagens aos progenitores, que participaram de perto da produção do disco. Teatro Rival Petrobras (450 lugares). Rua Álvaro Alvim, 33, Cinelândia, 2240-4469, Metrô Cinelândia. Quarta (29), 19h30. R$ 30,00. Bilheteria: 13h30/19h30 (seg. a qua.). TT. www.rivalbr.com.br.


DOIS EM UM
Luisão Pereira e Fernanda Monteiro são músicos e formam um casal. Além de juntar as escovas de dentes, dividem o projeto que rendeu o elogiado disco homônimo. Ele é ex-guitarrista da banda Penélope e produtor musical. Ela, violoncelista da Orquestra Sinfônica da Bahia. Ao vivo, eles desfiam canções do álbum, a exemplo de E Se Chover?, Deixa, Florália e Vai que de Repente. A presença do violoncelo confere ares eruditos ao som pop da dupla. Livre. Sala Funarte Sidney Miller (250 lugares). Rua da Imprensa, 16, térreo, Centro, 2240-5151, Metrô Cinelândia. Sexta (31), 19h. R$ 5,00.


GABRIEL IMPROTA E RODRIGO LESSA
O bandolinista que tocou no Pagode Jazz Sardinha's Club é o convidado do guitarrista Gabriel Improta para uma jam session com muita música instrumental brasileira. Com o baixista Rodrigo Villa e o baterista Victor Bertrami, a dupla apresenta clássicos de Baden Powel, Vinicius de Moraes e Milton Nascimento, além composições próprias. 18 anos. Semente (80 lugares). Rua Joaquim Silva, 138, Centro. Informações, 9781-2451. Quinta (30), 21h30. R$ 16,00.



HAMILTON DE HOLANDA QUINTETO

Virtuose do choro moderno, o bandolinista começou a tocar aos 6 anos e, ainda menino, conquistou a admiração de medalhões como Armandinho e Altamiro Carrilho. Desde 2000, seu instrumento oficial tem dez cordas – assim ele alcança tons graves que não são possíveis no bandolim convencional. Como quinteto, Hamilton apresenta o repertório de seu último disco, Brasilianos 2, com composições inspiradas em gente do porte de Hermeto Pascoal, Pixinguinha, Baden Powell e Raphael Rabello. Livre. Auditório do BNDES (300 lugares). Avenida Chile, 100, Centro, 2172-7757, Metrô Carioca. Quinta (30), 19h. Grátis. Distribuição de senhas uma hora antes.




KIKO CONTINENTINO

Pianista, arranjador e compositor mineiro, integrante da banda de Milton Nascimento há mais de doze anos, Continentino comemora 40 anos de idade com uma apresentação especial. Ao lado de Jefferson Lescowich (baixo) e Victor Bertrami (bateria), o músico recebe parceiros e amigos para canjas especiais. A apresentação retoma a sonoridade de órgãos que está voltando à baila: o fender rhodes e o hammond organ, muito usados no fusion jazz do Azymuth na década de 70. No repertório, Round About Midnight, Donna Lee, Blue Monk, Partido Alto e Nada Será como Antes. Santo Scenarium (120 lugares). Rua do Lavradio, 36, Centro, 3147-9007. Sexta (31), 20h30. R$ 8,00. Cc.: todos. Cd.: todos. santoscenarium.blogspot.com.



JORGE VERCILLO

O cantor volta ao Rio com a turnê de Trem da Minha Vida para debutar na Fundição. Da nova safra, Vercillo apresenta a faixa-título, uma mistura de reggae e xote, Toda Espera, Devaneio e Voo Cego. Também estão garantidos sucessos antigos, Fênix e Homem-Aranha, ao lado de duas músicas do bem-sucedido projeto Coisa de Jorge: São Jorges, em parceria com Jorge Aragão, e Líder dos Templários, com Aragão e Jorge Ben Jor. 18 anos. Fundição Progresso (5?000 pessoas). Rua dos Arcos, 24, Lapa, 2220-5070. Sábado (1º), 0h. R$ 40,00 a R$ 70,00. Bilheteria: 10h/13h30 e 14h/18h (seg. a sex.) e a partir das 12h (sáb.). www.fundicaoprogresso.com.br.




MARCELO D2

Rap e samba, a mistura que consagrou D2, ganham a companhia de outros gêneros no recém-lançado A Arte do Barulho. Depois que o rapper desfiar, entre outras, Desabafo/Deixa Eu Dizer e a balada romântica Vem Comigo que Eu Te Levo pro Céu, a noite continua, até as 2 horas, com a festa LUV. Canecão (2?000 lugares). Avenida Venceslau Brás, 215, Botafogo, 2105- 2000. Sexta (31) e sábado (1º), 22h. R$ 60,00 a R$ 120,00. Bilheteria: 12h/21h20 (seg. a qui.); a partir das 12h (sex. e sáb.). Cd.: todos. www.canecao.com.br.



MARIA GADÚ

Aposta da gravadora Som Livre, que lançou seu disco de estreia, a cantora e compositora paulistana de voz levemente rouca apresenta ao público o hit Shimbalaiê, sucesso nas rádios que ela criou aos 10 anos. Boa parte do programa é autoral, mas também estão previstas versões para Ne Me Quitte Pas, de Jacques Brel, e A História de Lily Braun, de Chico e Edu. Do disco, outra candidata a hit é a versão blues do pancadão Baba, Baby, de Kelly Key. 16 anos. Varanda do Vivo Rio (1?000 lugares). Rua Infante Dom Henrique, 85, Aterro do Flamengo, 2272-2900. Quinta (30), 20h30. R$ 25,00. Bilheteria: 12h/2h (seg. a qua.); a partir das 12h (qui.). Cc.: M e V. Cd.: R e V. Estac. c/manobr. (R$ 12,00). IR. www.vivorio.com.br.


ORA PRO NOBIS
O nome da banda, emprestado da folha típica da culinária mineira, entrega as origens do som que mistura elementos barrocos e sinfônicos à MPB. No palco, o grupo toca as treze canções do disco de estreia, Eclipse Total, além de versões para, entre outros, Mutantes, Secos & Molhados e Cássia Eller. Um violino elétrico integra a formação do quinteto. 12 anos. Rio Rock Blues (200 lugares). Rua do Riachuelo, 20, Lapa 3684-1091. Sábado (1º), 22h. R$ 20,00. Cc.: M e V. www.riorockebluesclub.com.br



TETÊ E ALZIRA ESPÍNDOLA E DAM FELIX

No projeto Nossa Língua, Nossa Música, uma atração brasileira e outra de algum dos países da comunidade de língua portuguesa dividem o palco. Nessa edição, as irmãs Tetê e Alzira partem da música regional e cabocla para exibir uma sonoridade mais contemporânea. Travando um dueto de vozes, craviola e violão, as duas cantoras exibem intimidade com suas raízes pantaneiras. Convidado da vez, o fadista da Ilha da Madeira Dam Felix tem trinta anos de carreira. Livre. Teatro II do CCBB (155 lugares). Rua Primeiro de Março, 66 (Centro Cultural Banco do Brasil), Centro, 3808-2020. Terça (28), 12h30 e 18h30. R$ 6,00. Bilheteria: a partir de 10h (ter.).



TONI PLATÃO

O cantor está em boa fase da carreira. Seu Pros que Estão em Casa levou o Prêmio da Música Brasileira de melhor DVD do ano. Platão sobe ao palco com a banda que gravou o álbum: Sergio Diab (violão e guitarra), Bruno Wanderley (bateria), Wlad (baixo) e Rodrigo Ramalho (acordeão). No repertório, Impossível Acreditar que Perdi Você, Nasci para Chorar e Calígula Freejack. Outro destaque é Em Segredo, versão do músico para In My Secret Life, de Leonard Cohen, que está no disco Negro Amor. 18 anos. Posto 8 (386 pessoas). Avenida Rainha Elizabeth, 769, Ipanema, 2523-1703. Quinta (30), 21h30. R$ 30,00. Bilheteria: 16h/22h (ter. e qua.); a partir das 16h (qui.).



SCOTT FEINER

O pandeirista americano acaba de voltar de turnê por seu país-natal e pelo México. Ele é a atração do mês do Auditório Cinematheque, espaço da casa dedicado a shows gratuitos. Acompanhado pelo pianista Vitor Gonçalves e o violonista Bernardo Bosisio, Feiner cria uma inusitada mistura entre o jazz e o pandeiro brasileiro. O repertório é composto de músicas de seus dois últimos discos, Dois Mundos e Pandeiro Jazz. 18 anos. Cinematheque Música Contemporânea (240 lugares). Rua Voluntários da Pátria, 53, Botafogo, 2286-5731, Metrô Botafogo. Quinta (30), 20h. Grátis. www.matrizonline.com.br.


4º PENEDO WINTER JAZZ
Aproxima-se o último fim de semana para curtir o friozinho da serra ao som de boa música instrumental no Jazz Village Bistrô. Na sexta (31), sobem ao palco o pianista Marvio Ciribelli e o violonista Mauro Costa Jr, especialista na música flamenca e em ritmos latinos. Os músicos contam com a participação de Flavinho Santos, na bateria, e Francisco Falcon, no contrabaixo. No repertório, Jamaica, Mantra, Santa Morena e Guantanamera. Encerram o evento, no sábado (1º), Gilson Peranzzetta e Mauro Senise. Estão programadas músicas do mais recente disco do duo, Extase, além de composições de Edu Lobo, Ary Barroso e João Bosco. Livre. Jazz Village Bistrô (60 lugares). Rua Toivo Suni, 33 (Hotel Pequena Suécia), Penedo, (24) 3351-1275. Sexta (31) e sábado (1º), 21h. R$ 50,00. Cc.: todos. Cd.: todos. www.jazzvillage.com.br.

MONOBLOCO NA FUNDIÇÃO PROGRESSO

Fundição Progresso - Sexta 31, 23h

Pedro Luís, Renato Biguli e Pedro Quental dão voz a temas brasileiros acompanhados por dez ritmistas. A receita tem dado tão certo que só no ano passado o grupo rea-lizou oficinas de percussão na Irlanda, na Inglaterra e na Dinamarca. A versão reduzida do bloco – que durante o Carnaval ganha 150 integrantes – levanta a galera em músicas de Cartola, Clara Nunes, Alceu Valença e do próprio Pedro Luís. Um pot-pourri dedicado a Jorge Ben Jor inclui Fio Maravilha, País Tropical, Taj Mahal e Santa Clara Clareou. 18 anos.

Fundição Progresso (5 000 pessoas). Rua dos Arcos, 24, Lapa, 2220-5070. Sexta (31), 23h. R$ 40,00 a R$ 70,00 (mulher) e R$ 50,00 a R$ 80,00 (homem). Bilheteria: 10h/13h30 e 14h/18h (seg. a qui.); 10h/13h30 e a partir das 14h (sex.). www.fundicaoprogresso.com.br.

OLHA O QUE O CARA FAZ COM CAIXAS DE TIC TAC

Recebemos um vídeo muito interesante do leitor Luiz Carlos, do Rio de Janeiro.

Com Depp, Tim Burton explora 'Alice no País das Maravilhas'


Por John Gaudiosi

SAN DIEGO (Reuters) - O trailer 3D de Tim Burton para "Alice no País das Maravilhas," da Walt Disney Pictures, tem sido o assunto da Comic-Con, graças em parte à aparição surpresa de Johnny Depp em um painel na quinta-feira.
Depp interpreta o Chapeleiro Maluco no novo filme, que estreia nos cinemas em março de 2010. Burton fez sua primeira aparição na grande convenção de quadrinhos e cultura pop desde a década de 1970, quando o Comic-Con envolveu trechos do filme "Super-Homem."
O diretor brincou que trouxe trechos de suas férias por não ter muitos trechos do novo "Alice no País das Maravilhas." Ele sentou-se com a Reuters para conversar sobre o filme.
Reuters:Você pode explicar sua visão sobre Alice no País das Maravilhas?
Tim Burton: Não, porque eu ainda tenho muito a fazer (risadas). Digo, estamos tentando fazer um filme. Eu apenas pego versões e... porque é como gostar de material em quadrinhos, embora eu não sei se verei em algum momento um filme que realmente gostei baseado neles, porque sempre parece ser uma série de acontecimentos estranhos. Todo mundo é louco e é um tipo de garotinha passiva vagueando de episódio em episódio. Então, mesmo que os livros e as histórias sejam icônicos, nunca senti que houve um filme que realmente se fez um filme, traduzido da história para um filme. Então essa é a tentativa.
Reuters: O que você tirou do material de Lewis Caroll?
Tim Burton: É baseado em todo o material de Lewis Caroll, incluindo o "Poema Jabberwocky." Outros filmes de "Alice" sempre eram apenas uma garota vagueando passivamente com um monte de personagens estranhos. Tentamos tramar uma história que tenha emoção e faça sentido.
Reuters: Você assistiu aos outros filmes de "Alice?"
Tim Burton: Vi muitas das diferentes versões de "Alice" pelos anos. Eu sei que houve um filme musical pornô que eu lembro de ter assistido nos anos 70. E muitas outras diferentes versões.
Reuters: Você pensa sobre uma audiência antes de fazer o filme?
Tim Burton: Não exatamente (risadas). Digo, porque acho que você não pode. Quando fiz "O Estranho Mundo de Jack", as pessoas pensaram que ele era muito estranho para crianças, mas as crianças gostaram muito. Você sabe que fiz material de Roald Dahl e ele é sempre estranho, mas as crianças gostam disso. Pais frequentemente esquecem que crianças gostam de coisas estranhas. Então você tenta fazer isso para todos, creio.
Reuters: Que tipos de tecnologia você está desenvolvendo para "Alice?"
Tim Burton: Bem, parece mais uma combinação de coisas. Estamos usando técnicas que foram usadas antes. Estamos apenas misturando-as de forma um pouco diferente, então isso é o que torna um pouco diferente para mim: a combinação de atuação e animação.
Reuters: Como essa experiência tem sido para você até agora?
Tim Burton: Esta é a primeira vez que uso tela verde. É difícil quanto você não tem muitos sets. Você tenta manter isso o mais vivo possível para que os atores possam interagir o máximo com os outros. Velocidade e energia são importantes. Você realmente começa a enlouquecer depois de um tempo, não apenas para os atores, mas para mim e a equipe. Você começa a pensar: "quem somos novamente, onde estamos?."
Reuters: O que Johnny Depp trouxe ao Chapeleiro Maluco?
Tim Burton: Ele gosta de se enfeitar. Pensei nos personagens de "Alice no País das Maravilhas", eles sempre são retratados como loucos sem significado, e acho que ele tentou trazer algo, uma qualidade humana à loucura. Ele tentou entender um pouco mais... Tentamos dar a cada personagem sua loucura particular. Ele é bom para explorar isso, acho que por ele ser louco. Não sei.
Reuters: Como é sua relação com Depp?
Tim Burton: Nós nos damos bem e trabalhei com ele muitas vezes. É sempre empolgante ver o que ele acrescenta. E é divertido trabalhar com ele porque é como se sempre haverá algo diferente e novo.

Comando do PT negocia trégua da bancada no Senado sobre situação de Sarney

MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília

A direção do PT vai tentar negociar uma trégua com a bancada do partido no Senado em torno da permanência do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), no cargo. O presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), deve convocar uma reunião com os senadores petistas na semana que vem e defender que não é papel da bancada discutir a saída ou afastamento de Sarney.
Segundo interlocutores, a avaliação de Berzoini é que, como o PT não apoiou a candidatura do peemedebista ao comando do Senado, não tem responsabilidade pelas ações dele no cargo.
O presidente do PT teria dito que foi surpreendido com a nota divulgada pelo líder do PT, Aloizio Mercadante (SP), por acreditar que não existem novos motivos para pressionar o peemedebista. No documento, Mercadante afirmou que a divulgação das gravações da Polícia Federal que indicariam envolvimento de Sarney na negociação da contratação do namorado da neta era "grave, porque há indícios concretos da associação do peemedebista com atos secretos".
Para a direção do PT, a nota foi precipitada. Alguns senadores petistas disseram à Folha Online que a iniciativa de Mercadante foi isolada, apesar de representar o posicionamento defendido pela bancada no início do mês. O líder do PT não foi localizado pela reportagem.
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) afirmou, no entanto, que se houvesse a consulta, pelo menos seis ou sete senadores apoiariam o texto. "Temos defendido essa questão publicamente. Não podemos negar que é preciso que o presidente do Senado se afaste para dar credibilidade às investigações e até para oxigenar os trabalhos da Casa", disse.
Suplicy conversou na sexta-feira com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o afastamento de Sarney, mas não conseguiu reverter o apoio do governo a manutenção de Sarney na presidência do Senado. O governo está preocupado com a governabilidade, com a CPI da Petrobras e com o apoio do PMDB nas eleições de 2010.
O senador petista chegou a comentar com o presidente Lula que uma conversa que teve semanas atrás com o vice-presidente do Senado, Marconi Perillo (PSDB-GO), na qual o tucano se comprometeu, no caso de um afastamento de Sarney, comandar o Senado sem prejuízos para o governo. "O presidente ficou de refletir sobre o assunto", disse.
A nota de Mercadante gerou mal-estar no governo. O ministro José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) disse hoje que o governo manteria o apoio a Sarney e afirmou que o governo avaliaria a nota de Mercadante para saber se tinha o aval da bancada. "O que nós avaliamos é que isso não é um movimento do PT. Nós imaginamos que seja o posicionamento de um ou dois senadores", afirmou.

Projeto 'Aos pés do Santa Marta' reúne oficinas, música e cinema

RIO - Deste sábado (25.07) até 2 de agosto (domingo) o morro Santa Marta vai ter atrações de jazz, forró, choro, rap, samba, cinema e dança, no projeto "Aos pés do Santa Marta", da ong Atitude Social e da Secretaria Municipal de Cultura. Para participar basta levar um quilo de alimento não perecível para a Creche Mundo Infantil.
O show de abertura terá a participação do grupo de forró Se riscar pega fogo, da banda de rock Sonnica e do rapper Fiell. A ideia surgiu em 2007, em um encontro dos músicos de choro Luis Cláudio e Mauro Montezuma, que queriam levar ao morro outros gêneros de música brasileira além do funk. A Ong Atitude Social oferece cursos e oficinas, e conta com a participação do projeto Villa Lobinhos. Mais informações sobre o evento estão no site
www.agendadosantamarta.blogspot.com.

Fundação CSN abre inscrições para Oficinas Culturais

As inscrições para o Projeto Oficinas Culturais da Fundação CSN estarão abertas a partir da próxima semana, em Volta Redonda. Ao todo serão oferecidas 1.212 vagas para diversos cursos gratuitos nas áreas de artes cênicas, música e artes visuais. Os interessados podem se inscrever na próxima quinta (30) para as oficinas na área de música e artes visuais e na sexta-feira (31) para o Ballet, das 8h às 12h e das 14h às 17h, no Centro Cultural Fundação CSN.

O projeto é aberto para toda comunidade e tem como objetivo principal democratizar e socializar a arte e a cultura. As aulas vão começar no dia 10 de agosto (exceto o ballet, que começa em setembro), de segunda a sábado, e serão ministradas por profissionais da própria Fundação.

As oficinas foram criadas em 2006 para atender a demanda por cursos gratuitos nos segmentos da cultura, principalmente por pessoas que procuram um envolvimento com a arte e incremento sócio cultural. O projeto serve também para estimular o crescimento e expressão artística.

- O projeto descobriu muitos talentos. Mas o que nos deixa felizes é que as oficinas comunitárias permitem uma inserção da comunidade no mundo da cultura - frisa a coordenadora do Centro Cultural, Ana Amélia Costa, acrescentando que, durante o curso, serão realizadas oficinas, palestras e workshops com profissionais renomados das mais diversas áreas.

Além disso, uma vez por semana, serão realizadas apresentações no anfiteatro do Centro Cultural, o ‘Quarta Cultural', gerando oportunidade para artistas da região e dando visibilidade ao trabalho desenvolvido na FCSN.

O Centro Cultural Fundação CSN, fica localizado na Rua 21, nº 402, em frente ao Recreio do Trabalhador, na Vila Santa Cecília.

As inscrições serão feitas por ordem de chegada, mediante a apresentação de duas fotos 3x4, identidade, CPF, e comprovante de renda. Para os menores é indispensável a presença do responsável, não sendo permitido a realização da inscrição por adulto que não seja o responsável legal.

Quinta-feira (30) - Inscrições nas áreas de música e artes visuais das 8h às 17h.

Sexta-feira (31) - Inscrições para o ballet clássico e contemporâneo das 8h às 17h.

Mais informações sobre a relação de vagas e horários dos cursos através do telefone: (24) 3343-3990.

Hatoum disseca Leite derramado

Hatoum e Chico na Flip: métodos, influências e brincadeiras (divulgação)

Não há nada como a companhia de um bom livro. Exceto, talvez, poder trocar ideias sobre ele com quem entende do assunto. Pois a partir desta terça (28) o escritor amazonense Milton Hatoum conduzirá o Clube do Livro aqui no site. Os leitores poderão conversar com o autor de Órfãos do Eldorado e Relato de um certo Oriente sobre tema, tom, estrutura e personagens de diversos livros.

Funciona assim: a cada nova edição, Hatoum propõe três livros. Os membros do site votam e o livro escolhido é dissecado em detalhes durante seis semanas, cada uma delas dedicada a uma questão específica do fazer literário.

O escolhido para o pontapé inicial, com 44,2% dos votos, é Leite derramado, quarto romance de Chico Buarque e best-seller há meses no Brasil. O livro conta a história de Eulálio, um velho que revisita suas memórias no leito de morte. Se quiser ir esquentando os motores, uma boa prévia são os vídeos da mesa que Hatoum e Chico dividiram na última Festa Literária Internacional de Parati, e que podem ser vistos abaixo. Chico e Hatoum leem trechos de suas obras, falam de seus métodos e chegam a brincar um com o outro: "Li o livro dele e pensei: esse cara me plagiou!", disse Chico.

Mesa 10 - Chico Buarque e Milton Hatoum - parte 2 - FLIP 2009
http://www.youtube.com/watch?v=9BNdMD9rWZk

Para quem quiser participar do clube do livro ,aqui está o link do site:
http://www.conhecaolivreiro.com.br/noticias/165-hatoum-disseca-leite-derramado

Espetáculo em homenagem a Vinicius de Moraes completa 15 anos na região

A apresentação "Vinicius de Moraes... É Demais!", que completou 15 anos em cartaz na região, voltou com novidades, em Resende. Produzido e dirigido por André Whately, que ainda atua, o espetáculo poético e musical conta histórias de Vinicius, por meio de suas obras e parceiros musicais, como Tom Jobim, Baden Powell e Toquinho.

No show de pouco mais de 90 minutos, fala-se da música, da poesia e do jeito do poeta. Passeia então, entre a emoção e a diversão, assim como fazia a alma do grande gênio. Além de ser mais uma homenagem, "Vinicius de Moraes... É Demais!" é uma forma de fazer presente a obra e a vida do diplomata, dramaturgo, jornalista, poeta, compositor e ainda boêmio.

A ideia do espetáculo, que transita harmonicamente entre um recital de poesia, uma apresentação musical e um bate-papo descontraído, surgiu por volta de 1993, quando Whately reuniu um grupo de artistas de Resende para levar ao palco um pouco da vida e da obra do "Poetinha", como também era conhecido.

A primeira montagem surgiu a partir de uma conversa com um amigo músico, foi feita com um elenco maior e uma concepção de espetáculo diferente da atual. Era apresentado com músicos e bailarinos e este perfil foi encenado até o ano de 2000.

Whately explica que, depois de ler outros livros e de uma pesquisa mais aprofundada, foi criada uma nova versão, mais acústica e com apenas três pessoas em cena. Além do teatro, passaram a se apresentar em bares, restaurantes e até clubes. E, comprovando a sua funcionalidade, o show se adaptou a todos os lugares, cobrindo com a mesma eficiência as mensagens contidas em cada obra do poeta que os artistas ressaltam no palco.

Nos bares e restaurantes, compete a atenção dos espectadores com as bebidas e petiscos à mesa. Mas não importa o local, as apresentações têm o mesmo propósito, e cada desafio vencido contribui para o sucesso e a continuidade do espetáculo.

- Não imaginava que a peça teria esta longevidade. Mas é muito prazeroso perceber que mesmo depois de 15 anos o espetáculo continua encantando o público - diz Whately, que nos palcos encarna o poeta. E acrescenta: "O espetáculo deve continuar, sempre, porque Vinicius é imortal. Como devem ser todos os verdadeiros artistas que dignificam seu povo, sua gente, e por isso não devem ser esquecidos nunca".

A versão atual

A versão atual da apresentação traz um cenário bastante simples, uma mesa de bar e uma cadeira. No figurino, as roupas de um Vinicius elegante, que se vestia bem. Nada muito extravagante, para que o interessante sejam as palavras. As novidades seguem com a estreia da cantora Thaís Motta em Resende, jovem de swing perfeitamente encaixado na batida da bossa nova, e com a homenagem aos 50 anos da peça "Orfeu da Conceição", um dos grandes sucessos de Vinicius que conta a história do mito grego de Orfeu transposto à realidade das favelas cariocas. A apresentação do monólogo de Orfeu na abertura do espetáculo foi acompanhada por Thiago Zaidan no violão e a gravação histórica e rara de Elizete Cardoso cantando à capela "Poema dos Olhos da Amada".

Além de André Whately, responsável pela parte poética, o show conta também com as participações dos músicos Luiz Lima (o Japão), na percussão, Thiago Zaidan e Thaís Motta.

Assistir à apresentação é a oportunidade de conhecer um pouco mais da alma imensa e versátil de um dos maiores nomes dos poemas, das letras e da música brasileira.

Marcus Vinicius da Cruz de Mello Moraes nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 19 de outubro de 1913. Notabilizado por seus belos sonetos, participou de toda renovação da música brasileira. Viveu rompendo convenções e imposições sociais, e também literárias. Passou da poesia culta para a popular e misturava ritmos de uma forma impecável.

Escandalizava a sociedade sempre com um copo na mão. E seus biógrafos garantem que o inconstante no amor teve, oficialmente, nove mulheres.

Quem é quem no espetáculo

* André Whately:
- Pesquisa
- Roteiro
- Direção
- Interpretação
* Thaís Motta:
- Voz
* Thiago Zaidan:
- Violão
* Luis Lima
- Percussão
Por Angela Chaloub

FOLKLORE E BOSSA NOVA DO BRASIL



Característica: vocal e instrumental

Gravadora:

MPS Records
Produtor:Joachim E. Berendt
Formatos:(LP/1966), (CD/1998)
Primeiro disco:1966
Observação:Gravado na Alemanha

SHOW FOLKLORE E BOSSA NOVA DO BRASIL
PARTICIPAÇÃO:

Sylvia Telles
Edu lobo
Rosinha de Valença
&
Dom Salvador Trio:
Chico Batera
Jorge Arena
Rubens Bassini
&
J.T.Meirelles

A rebelião dos mansos contra o criador

Villas Bôas Corrêa

Dono de partido não é uma novidade na rolagem da política, desde a queda da ditadura do Estado Novo de Getúlio Vargas, em 24 de agosto de 1945, com a exceção dos quase 21 anos da ditadura militar dos cinco generais presidentes.
Marcas da República Velha, em que os coronéis e fazendeiros dominavam a política municipal e elegiam quem queriam com as mágicas do emprenhamento de urnas e dos papeluchos com os resultados oficiais.
A fase dourada da democracia, de 1945 até a mudança da capital do Rio para Brasília, foi como o sábado do jardineiro da casa de Nelson Rodrigues, “uma ilusão” ,em que a população acreditou até a frustração do golpe militar, para recuperar a crença com a eleição indireta, pelo Colégio Eleitoral, do presidente Tancredo Neves, que morreu por erro médico e medo do bisturi, antes de tomar posse.
O que foi salvo dos incêndios da liberdade e da democracia não chegou até os tempos de Lula. Nem a UDN dos lenços brancos e da decadência com o apoio à ditadura militar - com as exceções que não resgatam o mito decaído - conseguiu renascer. O AI-2 do presidente udenista, general Castelo Branco, acabou com os partidos tradicionais para impor na marra, o bipartidarismo de circo para a montagem da chantagem da ARENA, que defini em palestra, em Natal (RG) como “a filha da UDN que caiu na zona”.
A lambança partidária, fruto podre da mudança da capital do Rio para Brasília antes de estar pronta, em 21 de abril de 1960, foi rápida e radical. O Congresso, aos trancos e solavancos, teve o seu momento em meio à turbulência do incompetente governo do vice João Goulart - que substitui o amalucado Jânio Quadros, que renunciou esperando “voltar nos braços do povo”. E pagou todos os seus pecados na ditadura militar, quando foi tratado como um traste, castigado com cassações de mandatos, recessos parlamentares, a criação do senador biônico, a censura à imprensa e a repressão à margem da lei aos comunistas, com a tortura dos Dois Codis, que matou, aleijou e inutilizou centenas, mas de milhar de militantes, estudantes e suspeitos de adversários do Governo.
É este Congresso que recaiu na esbórnia com a eleição do presidente Fernando Collor de Mello e que retornou como senador por Alagoas e amigo de infância do presidente.
Enfim, chegou a vez de Lula. O maior líder operário do país, que comandou a mobilização dos trabalhadores de São Bernardo do Campo, fundou o Partido Trabalhista (PT), foi deputado Constituinte em 88, perdeu três eleições para presidente da República – duas para Fernando Henrique Cardoso e uma para Fernando Collor- que, cassado foi substituído pelo seu vice, Itamar Franco - quando chegou a vez de Lula, eleito e reeleito para os oito anos dos dois mandatos, que termina em 31 de dezembro de 2010 - e não em 2015, como registrei no artigo de quinta-feira, 23, e que mereceu justos puxões de orelha de leitores atentos.
O exercício da presidência ensinou muita coisa ao Lula. O gosto pelas viagens domésticas e internacionais é um curso incompleto sobre a política internacional. Com desembaraço inflado pela vaidade, o presidente é um personagem reverenciado pelo mundo, conhecido pelos dirigentes de todos os países.
Mas, do PT só tem colhido decepções. O Partido dos Trabalhadores endoidou com a vitória e se considera dono de todas as sinecuras e empregos públicos. Na Petrobrás, pendurada na CPI que não deve dar em nada, são mais de 10 mil petistas e outros tantos na fila de espera das vagas nos poços miraculosos do fundo do oceano.
Até ai chega a tolerância do presidente. Mas, a rebelião dos mansos do PT passou da conta. Lula tem como meta para encerrar os dois mandatos, a eleição da ministra Dilma Rousseff. E tem lá as suas razões. O PT do caixa dois, do mensalão, das ambulâncias, dos Correios e agora no envolvimento com a crise do Senado não tem um candidato confiável. É o PT que agora vira a casaca e adere aos tucanos e aos Democratas no apoio à proposta dos senadores Cristovam Buarque (PDT-DF) e Pedro Simon (PMDB-RS) de antecipar a convocação do Conselho de Ética do Senado, ainda no recesso, para investigar com rigor a participação do presidente José Sarney na edição de atos secretos.
Os sinais de rebeldias se espalham por vários Estados, do Rio Grande do Sul a São Paulo, Minas e outros focos com mais fumaça do que fogo.
Lula sem o PT é um espanto de derrubar queixo. Mas, o PT sem Lula é uma legenda sem voto.

FRASE DO DIA

“A posição do partido é de que o que está denunciado seja apurado. Mas fazer qualquer movimentação para constranger o presidente Sarney a se licenciar é fazer parte do jogo daqueles que sempre querem retirar a pessoa do cargo.”
Ricardo Berzoini, presidente do PT