5.12.2009

Biscoito Fino entra no terreno popular com Elba

O recente lançamento pela Biscoito Fino do CD comemorativo dos 30 anos de carreira de Elba Ramalho, Balaio de Amor, impõe curioso desafio à mais importante gravadora indie do mercado fonográfico brasileiro: fazer o disco de Elba (em foto de Renato Filho) chegar ao seu principal público-alvo. Parece fácil, mas pode vir a ser difícil se não houver alteração na rota de distribuição. Até então, a Biscoito Fino sempre lançou CDs e DVDs dirigidos às chamadas elites. Até mesmo os recentes álbuns de Maria Bethânia e Chico Buarque - as duas maiores estrelas da companhia - foram trabalhos que não miravam o chamado povão. Não é o caso de Balaio de Amor, álbum em que Elba faz pulsar novamente sua veia popular com a gravação de canções e xotes românticos de pegada mais simples (nem por isso menos interessante). No seu nicho de mercado, centrado nas classes A e B, a Biscoito Fino sempre encontrou um público disposto a pagar mais por um produto de qualidade mais apurada. Inclusive na parte gráfica. Gente habituada a comprar discos pela internet. Mas o CD de Elba precisa chegar em outras classes e meios para encontrar o seu público. Se a gravadora vencer esse desafio, todos têm a ganhar...


EVENTO LEMBRA 100 ANOS DE COMPOSITOR DE “AMÉLIA”

“Leva Meu Samba” é o título do show em homenagem ao compositor Ataulfo Alves, que completaria 100 anos este mês . O evento, com a participação do grupo de choro Nós Nas Cordas e convidados, tem entrada franca e acontece na próxima quarta-feira, dia 13, às 19 horas, no Plenário Jorge Miguel Jayme.

Mineiro de Mirai, Ataulfo Alves mudou-se para o Rio de Janeiro aos 17 anos, iniciando sua história no samba. No currículo do compositor, estão sucessos como “Ai que saudades de Amélia” (em parceria com Mário Lago), “Laranja Madura”, “Leva Meu Samba”, “Meus Tempos de Criança”, “Na Cadência do Samba” e “Pois é”. O sambista foi um dos primeiros artistas a criar sua própria editora, a ATA DISCOS, e chegou a ser eleito um dos dez homens mais elegantes do Brasil em um famoso concurso feito pelo colunista Ibrain Sued, na década de 50.
O Plenário Jorge Miguel Jayme fica na Rua Padre Couto, 10, no Centro Histórico

CASAMENTO?

E no mês das noivas, o Cine Clube Câmara Cultural apresenta filmes que têm o casamento como tema central. Sempre às segundas-feiras, o projeto irá exibir os filmes “Casamento Grego” (dia 11), de Joel Zwick; “Vestida Para Casar” (dia 18), de Anne Fletcher; e “O Casamento de Muriel” (dia 25), de P.J. Hogan. As apresentações têm entrada franca e acontecem no Plenário Jorge Miguel Jayme (Rua Padre Couto, 10, Centro), sempre às 19 horas.

Sucesso de crítica e de público, “Casamento Grego” tem como protagonista uma descendente de gregos na faixa dos 30 anos, cujo pai sonha em ver casada com um conterrâneo. Ela, por sua vez, quer algo além do casamento e convence o pai a pagar-lhe aulas de informática. Ao longo do curso, a moça conhece e se apaixona por um inglês, que se vê obrigado a mergulhar nas tradições gregas para se casar com ela.

Já “Vestida Para Casar”, conta a estória de Jane, uma mulher idealista e romântica que tem uma paixão secreta pelo chefe. No entanto, é sua irmã mais nova quem conquista o coração dele. Diante disso, Jane decide repensar sua vida, uma vez que sempre conseguiu fazer a felicidade das pessoas a sua volta, mas nunca a sua própria.

“O Casamento de Muriel”, por sua vez, tem Toni Colette no papel de uma jovem cujo maior sonho é se casar. Desprezada pelo pai e pelas amigas, ela se refugia nas músicas do Abba e em catálogos de vestidos de noiva, enquanto espera pelo seu grande dia. A nada convencional comédia australiana também se destaca pela trilha sonora, que, além de Abba, traz The Carpenters, Blondie e The Turtles.

VEM AÍ...
O Festival de Teatro das Agulhas Negras - FESTAN - vai rolar entre os dias 23 e 30 de maio. Serão apresentados 10 espetáculos gratuitos em Resende, Itatiaia, Quatis e Porto Real.

Cretinice ou bandidagem?


É difícil encontrar um qualificativo quando se trata de definir ações premeditadas do jornal O Globo, e de boa parte de seu quadro de dirigentes de redação, no sentido de distorcer os fatos da vida real. Sempre, é claro, protegendo seus cúmplices nas altas esferas do grande capital, e procurando difamar os que, na vida pública, se alinham com os interesses dos que vivem do trabalho e do salário.

Não. Não estamos retomando a vergonhosa e parcial cobertura dos episódios relativos a Gilmar Mendes, e o inexplicável habeas corpus a Daniel Dantas, versus a corajosa intervenção do ministro Joaquim Barbosa; ou a operação Satiagraha, conduzida pelo delegado Protógenes. Nesses episódios já ficou bastante claro de que lado se colocou o jornalão. E ficou claro, também, seu fracasso na tentativa de manipulação da opinião pública.

Estamos nos referindo à desonestidade do destaque dado na edição de sábado, 9 de maio, à noticia sobre a utilização de passagens por parte da Senadora Heloisa Helena.

Este jornalão sem vergonha, com uma história marcada pela cumplicidade com o que houve de mais grave em ataques à democracia em nosso país, resolveu fazer manchete de página com a informação de Heloisa ter utilizado sua cota de bilhetes para deslocamento, entre Maceió e Brasília, de seu filho Ian.

Reparem bem o roteiro de viagem. Não se trata de Paris, nem Havaí. Trata-se de deslocamentos do filho da senadora, entre Maceió e Brasília, sua base de trabalho como presidente do PSOL.

Mas o jornalão não opera pela lógica do fato objetivo ou da isenção em relação aos fatos. O que não é de surpreender, tendo em vista o descaramento com que atacou entidades simbólicas - OAB e ABI - na luta contra a ditadura que apoiou durante todo o tempo, marcando o Jornal Nacional como porta-voz do regime autoritário. O que não é de surpreender, tendo em vista o descaramento na omissão de qualquer notícia positiva sobre a senadora e o PSOL.

O jornalão não cita em destaque, nem estampa fotos, quando as pesquisas mantêm a senadora em excelente posição nas pesquisas presidenciais, sempre à frente de Aécio Neves ou Dilma Roussef. Pelo contrário, cita e publica as fotos dos que vêm depois dela.

Algum leitor do jornalão tomou conhecimento dos atos de mobilização promovidos pelo partido da Senadora, o PSOL, como o ato contra o ministro Gilmar Mendes, em frente ao STF, com mais de 500 presentes? Não. Mas recebeu a resposta, como sempre agressiva e oligárquica, que o ministro deu no dia seguinte, quando afirmou que juiz não deve ouvir o "qualquer um da esquina".

Os leitores do jornalão não souberam também que, na cidade onde o jornalão é editado, um comício na Cinelândia com mais de 1500 participantes se realizou, por iniciativa do PSOL e da Fundação Lauro Campos, em protesto contra as manobras do capital, com apoio do governo Lula, para transferir aos trabalhadores o ônus da crise. Um comício onde se prestou solidariedade ao delegado Protógenes pelo combate a que se entregou contra o verdadeiro crime organizado em nosso País. Mais importante para o jornalão era, naquele mesmo dia, noticiar que o senador Dornelles havia sido reeleito para a presidência de seu inexpressivo partido.

Lamentavelmente, na mesma noite, o noticiário televisivo da Bandeirante mostrava sua submissão ao concorrente, operando a notícia com a mesma desonestidade que o jornal o fizera na manhã. Enquanto o próprio Jornal Nacional se omitia sobre o fato, o jornal da Band dava destaque somente a Heloisa Helena no novo "furo de reportagem." E mentindo, quando informou ter ela se recusado a dar entrevista. A Senadora não havia sido contatada.

A Fundação Lauro Campos e o PSOL não reconhecem ao jornal o Globo e à TV Bandeirantes, porta-voz do agronegócio predador, nenhum papel de fiscal da moralidade pública. Pelo contrário. Lamenta que ambos, com a cumplicidade de alguns dirigentes das redações, repetimos, tratem a informação como mercadoria a ser comprada ou vendida. E por isso se empenham na luta constante pela transformação qualitativa de nossa sociedade, na qual o conceito de democracia se afirme não pela cretinice da "liberdade de opinião" dos donos de empresas de comunicação, mas, sim, da liberdade de opinião da cidadania como um todo, contra o poder manipulador desses proprietários de meios de comunicação.

Declaração de Heloísa Helena

Heloísa Helena"Tenho a minha CONSCIÊNCIA ABSOLUTAMENTE TRANQUILA pois TUDO que foi feito durante o meu HONRADO Mandato de Senadora está TOTALMENTE de acordo com a Legalidade Institucional vigente. NUNCA fiz nenhuma Ilegalidade ou Imoralidade na minha vida Pública ou Privada. Repito NUNCA!! NÃO faço parte de nenhum dos Bandos Políticos de Alagoas e Brasília que fazem orgias, políticas e sexuais, com dinheiro público roubado. NUNCA patrocinei passagens aéreas para Marginais que viajam para articular o Propinódromo da Roubalheira do Eixo Alagoas/Brasília.