Sábado, 11 de desembro - Hamilton de Holanda (foto).
Shows prometem a resposta na CAIXA Cultural RIO
Pandeiro, guitarra, saxofone e outros instrumentos bem brasileiros desfilam no Teatro de Arena
A CAIXA Cultural Rio de Janeiro apresenta, de 8 a 12 de dezembro, “Isso é Jazz?”, que trará ao Teatro de Arena, sempre às 19h, cinco shows e um debate, que vão estimular o ouvido e o pensamento para o jazz que nasce no couro de um pandeiro, nas cordas de uma guitarra e nas chaves de um saxofone bem brasileiros.
Nos roteiros, muitos temas autorais e reinvenções de clássicos. A estreia será com o Aquarela Carioca, que traz a maturidade de 20 anos na estrada revestida de uma embalagem bem contemporânea. A banda é formada por músicos experientes que ousam experimentar, seja ao lado de outros criadores ou, ainda, em admiráveis voos solo. São eles: Lui Coimbra (violoncelo, rabeca e voz), Mário Sève (saxofones, flautas e pífanos), Marcos Suzano (percussão, bateria e programações), Paulo Muylaert (guitarras, violão, viola, acordeão e programações) e Paulo Brandão (baixo, baixo com e-bow, sonoplastias, voz e programações).
Na quinta, dia 9, a UFRJazz Ensemble vem reforçar a série com a impetuosidade de seus arranjos atuais. É uma importante big band universitária, talvez a mais profissional do país. Foi criada pelo maestro José Rua durante a Oficina de Prática Instrumental da UFRJ há quase 15 anos e está na terceira geração de músicos da orquestra, por onde passou o célebre trombonista Raul de Souza, radicado nos Estados Unidos. Foi incluída uma big band para reverenciar as formações que fizeram sucesso lá fora entre os anos 20 e 50 e, no Brasil, na década de 60, por meio das populares gafieiras.
Na sexta, dia 10, será a vez da guitarra incandescente do argentino Victor Biglione – o estrangeiro que mais contribuiu para a música popular brasileira nas últimas três décadas. Victor é um dos melhores guitarristas de todos os tempos e um premiado compositor de trilhas para cinema. É também o mais roqueiro das atrações do 'Isso é Jazz?' e essa característica será muito útil porque ele vai fazer a ponte entre os dois gêneros americanos. Victor lançou recentemente dois álbuns emblemáticos e na linha que se pretende investigar: 'Uma guitarra no Tom', no qual relê os clássicos de Tom Jobim, gênio da bossa nova, outra música que influenciou e foi influenciada pelo jazz, e 'Tributo a Ella Fitzgerald', com a cantora Jane Duboc.
No sábado, dia 11, será hora de comemorar os dez anos do bandolim de dez cordas, inventado por Hamilton de Holanda. O carioca educado em Brasília, que ultrapassou como poucos de seus pares as barreiras estilísticas do instrumento, vai fazer uma apresentação solo, a mesma que vem amealhando plateias e resenhas favoráveis na mídia internacional. Não é por menos. Hamilton é mais requisitado como solista do que acompanhador porque seu bandolim traz o desejado som da surpresa.
Para fechar, no domingo, dia 12, às 17h30, haverá um debate entre o compositor Bernardo Vilhena e o jornalista Roberto Muggiati, amigos de longa data. Vilhena é idealizador e curador do CopaFest, que avança para sua quarta edição e é todo dedicado à música instrumental, e Muggiati costuma dar cursos sobre a temática em escolas conceituadas e é autor de livros sobre jazz. Será um prato cheio para quem gosta de um blá blá blá inteligente, de quem realmente pesquisa, ensina e produz música.
Em seguida, às 19h, virá o suingue do Jazzafinado, um sexteto de jazz brasileiro formado por jovens cariocas. Eles tocam em bares há mais de uma década e lançaram dois discos fabulosos, com repertório próprio e dançante. Além do valor musical, claro, a banda enxerta no ISSO É JAZZ? aquela malandragem que vem das ruas, já que costumam tocar em quiosques ao ar livre. O Jazzafinado reúne seis músicos que vêm conquistando seu espaço no mercado, também a bordo de outros projetos. Trata-se de Bernardo Bezerra (piano elétrico, teclados e gaita), Júlio Merlino (flauta soprano e saxofone alto), Rafael Garaffa (baixo), Rodrigo Borges (guitarra), Rodrigo Scofield (bateria) e Thiago Ferté (saxofone tenor).
QUARTA: Aquarela Carioca
QUINTA: UFRJazz Ensemble
SEXTA: Victor Biglione Trio
SÁBADO: Hamilton de Holanda
DOMINGO: Jazzafinado. Debate com Bernardo Vilhena e Roberto Muggiati
SERVIÇO:
ISSO É JAZZ?
Local: CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Teatro de Arena
Endereço: Avenida Almirante Barroso, n. 25, Centro (Metrô: Estação Carioca)
Telefone: (21) 2544-4080
Curta temporada:
Horário show: 19h
Horário debate: 17h30
Classificação: Livre
Entrada show: R$ 10,00 (inteira) R$ 5,00 (meia)
Entrada debate: gratuita
Horário da bilheteria: de terça a sábado, 10h às 22h e domingo, de 10h às 21h
Capacidade máxima: 226 lugares (mais 4 para cadeirantes)
Acesso para portadores de necessidades especiais