6.09.2009

Simonal, a reabilitação

Wilson Simonal, alcaguete da ditadura

Urariano Mota

Com o filme Simonal - Ninguém sabe o duro que dei, começou a reabilitação de Wilson Simonal. Não se conclui outra coisa, quando se lêem os artigos publicados em todo o Brasil. Em todos os jornais, os críticos mais parecem uma orquestra afinada para uma só composição, para um só samba de uma nota só. Em toda a mídia se repetem as saudações ao documentário, à sua imparcialidade etc. etc.

Na Folha de S.Paulo, no texto com o título épico "Simonal refaz saga do cantor", entre outras coisas se escreve:

"Aconteceu no final de 1971. Por suspeitar que estivesse sendo roubado, o cantor teria mandado bater no contador de sua empresa. Só que o homem vai parar no Dops (Departamento de Ordem Política e Social, hoje extinto), onde é torturado. Não demora até que os jornais liguem as pontas - não necessariamente cobertos de verdade - e publiquem a manchete: 'O cantor Wilson Simonal é informante dos órgãos de segurança do Estado´...

Mais que biografar a ascensão e queda meteóricas de um ídolo - e isso é feito de maneira empolgante -, o documentário reescreve a saga de Simonal para que, conhecendo finalmente sua história, o Brasil possa absolvê-lo de coisas que talvez ele nem sequer tenha feito."

Preconceitos raciais e sociais

Observem que:

1. O cantor "teria mandado bater no contador". Teria mandado, em lugar de mandou.

2. "...o homem vai parar no Dops (Departamento de Ordem Política e Social, hoje extinto), onde é torturado". Por acidente, ele foi parar no Dops.

3. "...o documentário reescreve a saga de Simonal para que, conhecendo finalmente sua história, o Brasil possa absolvê-lo de coisas que talvez ele nem sequer tenha feito". Absolvê-lo... Não demora, a família entrará com processo na Anistia.

Por falar em anistia, artigo no Jornal do Comercio, do Recife, é mais explícito:

"A chance de anistia de Simonal - Filme conta história de cantor que morreu com fama de dedo-duro, mas foi mesmo uma vítima da intransigência."

No UAI, de Minas, a reabilitação continua:

"Nos dias de hoje, a maioria das pessoas que conhecem o assunto acredita na tese de que Wilson Simonal foi derrubado por uma rede de boatos, somada a preconceitos raciais e sociais que levavam, em muitos grupos, a um estado de desconforto frente ao sucesso do cantor. Simonal pende nitidamente para este lado."

Condenado ao ostracismo

No Jornal do Brasil, do Rio, o mesmo samba:

"Com um design e produção impecáveis, o trio de diretores Cláudio Manuel, Micael Langer e Calvito Leal tenta também trazer à tona a perseguição que o cantor sofreu, após a suspeita de que ele estava a serviço do Dops, na época da ditadura. Recheado de entrevistas, o filme tem o mérito de ser, em grande parte, imparcial. Mas faltam depoimentos e nomes de artistas que efetivamente promoveram o boicote... Numa montagem esperta, o papel de bicho-papão ficou só com os jornalistas do Pasquim que participam do filme: Sérgio Cabral, Ziraldo e Jaguar. Este último, em destaque, é colocado pela edição nos momentos antagônicos, em contraponto a considerações positivas sobre o cantor. Seria alguma forma de revanche? O público é quem decide."

Em O Globo, entre outras louvações, transcrevem-se as palavras de Nelson Motta, "Simonal virou um tabu, um leproso, um pária..." Mas o modo mais parcial vem do Guia da Semana, de São Paulo, em editorial (!):

"No início da década de 70, Simonal percebeu que estava sendo roubado por seu contador. De pavio curto, o cantor contratou um grupo para dar uma surra no traidor. Porém, o episódio envolveu agentes do Dops, e o obscuro fato fez com que se espalhasse a notícia de que o músico era informante do regime militar. Sem provas contra ou a favor do artista, Simonal foi condenado ao ostracismo, morrendo como um desconhecido em 2000."

Só falta absolver o cabo Anselmo

Parece ter desaparecido no espaço o texto de Mário Magalhães, quando era ombudsman na Folha de S.Paulo, em 30 de março de 2008:

"A verdade: em 1974, Simonal foi condenado por surra dada em um contador. No processo, levou como testemunha sua um detetive do Departamento de Ordem Política e Social do Estado da Guanabara. Ele assegurou que o cantor era informante do Dops. Outra testemunha de defesa, um oficial do 1º Exército, jurou que o réu colaborava com a unidade. O juiz sentenciou: Simonal era 'colaborador das Forças Armadas e informante do Dops´. Em 1976, acórdão do Tribunal de Justiça do RJ reafirmou a condição de 'colaborador do Dops´. Não foram inimigos que inventaram a parceria com o regime, exposta sem reservas pelos amigos de Simonal, que se dizia ameaçado por gente ligada 'a ações subversivas´."

Pelo andar da carruagem, não demora vão fazer um documentário que absolva o cabo Anselmo. Com a repercussão em uma só nota de toda a imprensa. Como agora, no filme desta semana: Simonal, a reabilitação.

Colaboração Angela Chaloub

Maria Bethânia e Caetano Veloso - Leãozinho (1978 )

Caetano Veloso canta em homenagem à irmã a música "Maria Bethânia", que foi sucesso na voz de Nelson Gonçalves. Depois, os dois cantam juntos "Leãozinho". 1978

Orquestra Sinfônica de Barra Mansa faz apresentação nesta terça-feira no Sesc


Barra Mansa

A Orquestra Sinfônica de Barra Mansa realiza hoje (9) o 4º concerto da temporada 2009 na cidade. A apresentação acontece nas dependências do SESC (Serviço Social do Comércio), às 20h, com entrada franca. A Orquestra é a principal formação do projeto Música nas Escolas, apoiado pela CCR NovaDutra, concessionária que administra a Rodovia Presidente Dutra, e que tem por objetivo a promoção social pela música.

O concerto terá como solista o violoncelista Bernardo Katz, Doutor em Música pela Universidade do Arizona (EUA) e um dos professores do naipe de violoncelo da Orquestra de Barra Mansa.

Sob a regência de Vantoil de Souza Júnior e Guilherme Bernstein, a Orquestra Sinfônica de Barra Mansa apresentará a "Sinfonia n.5", de Ludwig van Beethoven e concerto para violoncelo e orquestra, de Antonin Dvorak. A Orquestra Sinfônica de Barra Mansa é composta, atualmente, por 105 músicos entre bolsistas e professores do Projeto Música nas Escolas.
Fonte: Diario do Vale


Vem aí o Dia dos Namorados...

Beije!... Beije muito!

Beijos e mais beijos!... Você sabia?

1. Os romanos tinham 3 tipos de beijos: o basium, trocado entre conhecidos; o osculum, dado apenas em amigos íntimos; e o suavium, que era o beijo dos amantes. Os imperadores romanos permitiam que os nobres mais influentes beijassem seus lábios, enquanto os menos importantes tinham de beijar suas mãos. Os súditos podiam beijar apenas seus pés.

2. Antigamente, na Escócia, o padre beijava os lábios da noiva no final da cerimônia de casamento. Dizia-se que a felicidade conjugal dependia dessa benção em forma de beijo. Depois, na festa, a noiva deveria circular entre os convidados e beijar todos os homens na boca, que em troca lhe davam algum dinheiro.

3. Na Rússia, uma das mais altas formas de reconhecimento oficial era um beijo do czar. No século XV, os nobres franceses podiam beijar qualquer mulher que quisessem.

4. Na Itália, entretanto, se um homem beijasse uma donzela em público naquela época era obrigado a se casar com ela imediatamente.

5. Beijo francês é aquele em que as línguas se entrelaçam. A expressão foi criada por volta de 1920.

(Foto: "O Beijo" de Rodin - escultura em mármore exposta no Musée Rodin, Paris)


Lugar de mulher é na torcida!

O Jornal O Globo, deste domingo 07/06, mostra os resultados de uma pesquisa do Ibope para a agência Binder, onde revela que as mulheres são a maioria em duas das principais torcidas dos clubes do Rio. No Flamanego, elas são 51% e no Fluminense, 52%.

Uma destas animadas integrantes da torcida do Fluminense , Isabela Motta, de 28 anos, diz que a presença feminina é importante para ver se o olhar machista diminui.

Foto reprodução: Torcida do SP Futebol Clube mostra que as mulheres também andam animadinhas por lá!


"RANCHO DA AMIZADE"

Comida mineira - Fogão à lenha - Música ao vivo

Inauguração na próxima quinta feira 11 de junho, com HUGO ARANTES e companhia à partir das 20h. E nos dias 12 e 13 de junho LUI DO VALE à partir das 20h.

Além da gastronomia feita no capricho, um lugar agradável para curtir grandes momentos de alegria e descontração!

Clique na imagem para conferir os detalhes.
(Divulgação)



Cinema em Volta Redonda:
A Mulher Invisível


Pedro é um romântico incurável, que mesmo após uma desilusão amorosa, não perde a esperança de encontrar a mulher perfeita. E ele encontra: Amanda, sua vizinha linda, amiga e dedicada. O único problema é que Amanda não parece existir fora da sua imaginação.

Comédia Nacional - Selton Mello e Luana Piovani.

Clique no cartaz para ampliar...

Cinema em Barra Mansa:
O Exterminador do Futuro

(A Salvação)


No pós-apocalíptico ano de 2018, John Connor é o homem destinado a liderar a resistência humana contra a Skynet e seu exército de Exterminadores. Mas o futuro no qual Connor foi criado para acreditar foi parcialmente alterado pela chegada de Marcus Wright, um estranho cuja última memória é a de estar no corredor da morte. Connor precisa determinar se Marcus foi enviado do futuro ou resgatado do passado. Conforme a Skynet prepara seu massacre final, Connor e Marcus embarcam numa odisseia que os levará até o coração das operações da Skynet, onde eles descobrirão o terrível segredo por trás da possível aniquilação da raça humana.

Clique para ampliar...

Fotógrafo João Roberto Ripper expõe 'Imagens humanas' na Caixa Cultural


RIO - Amor, dor, resistência e liberdade. São nestes quatro núcleos temáticos que o fotógrafo carioca João Roberto Ripper expõe a partir desta terça-feira (09.06) na Caixa Cultural o resultado de seus 35 anos de carreira. Em "Imagens humanas", sua primeira mostra individual, Ripper exibe o trabalho realizado em suas passagens por diversos cantos do país, desde quando deixou o trabalho em jornais de grande circulação na década de 1980 para atuar em agências, e aliou sua arte à militância social. Com curadoria de Dante Gastaldoni, a exposição retrata a seca, o cotidiano de povos indígenas, o trabalho infantil, a disputa pela terra, o amor pelo futebol, além de outros temas.
- A exposição mostra as imagens de um fotógrafo humanista. O foco são as pessoas, sob a ótica dos direitos humanos. Os temas documentados são de longa imersão, resultados de idas e vindas de Ripper a diversos pontos do país. A mostra é um retrato de como o fotógrafo interage com o Brasil, e tem as pessoas como o foco - diz Gastaldoni, que coordena junto com Ripper a agência-escola Imagens do Povo, criada em 2004, que prepara fotógrafos na Favela da Maré.

Além das 60 ampliações dos trabalhos de Ripper, a exposição exibe um grande painel de retratos, com rostos de brasileiros de diversas regiões, selecionadas de um arquivo de mais de 150 mil fotos.
- O quinto elemento da mostra é um painel com um mosaico de 330 retratos de pessoas. De longe, ele representa uma massa indistinta que representa o povo brasileiro. À medida que chegamos mais perto observamos indivíduos, que nos encaram de frente - explica o curador.
"Imagens humanas" faz parte da programação do FotoRio 2009, que promove exposições, oficinas, mesas-redondas, e outros eventos em diversos pontos da cidade. Em dezembro deste ano, será lançado um livro com o mesmo nome da mostra, como parte das comemorações dos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

'Imagens humanas' - Caixa Cultural - Grande Galeria. AV. República do Chile 230, (anexo), Centro. Tel: 22625483. Ter a sex, das 10h às 18h. Sáb, dom e feriados, das 14h às 18h. Entrada franca

Curta o curta de graça e com pipoca


Começa nesta terça -feira o "Curta na Praça", que exibe curtas-metragens nacionais de animação, ficção e documentários em comunidades carentes e escolas municipais no entorno da Linha Amarela. O evento vai até o dia 11 de julho. Nos fins de semana, cada uma das cinco comunidades que participam do projeto terá duas sessões de cinema: às 18h e às 20h. Durante a semana, quatro escolas municipais de ensino fundamental recebem a programação. Após assistir os filmes, os alunos fazem trabalhos de desenho e pintura sobre os temas exibidos. Os espectadores ainda recebem, também de graça, um combo de pipoca e refrigerante.

Comunidades do Complexo da Maré, Água Santa, Del Castilho e Bonsucesso vão assistir a animadas sessões de curtas-metragens das regiões Sudeste, Sul e Nordeste. O telão e as cadeiras são montados sob uma lona com capacidade para 500 pessoas, onde o público assiste a curtas-metragens que normalmente só seriam vistos em festivais específicos do gênero. Logo na entrada, todos recebem um combo de pipoca refrigerante. Depois da sessão, votam no filme que mais gostaram.

O encerramento do Curta na Praça será no dia 17 de julho, no Centro de Artes Calouste Gulbenkian, na Praça Onze, quando serão exibidos os curtas mais votados pelos espectadores das comunidades.

A programação (sessões às 18h e às 20h):

- 14 de junho (sábado): Praça Violeta (Água Santa);

- 20 de junho (sábado): Águia de Ouro (Del Castilho);

- 21 de junho (domingo): Águia de Ouro (Del Castilho);

- 27 de junho (sábado): Vila do João (Maré);

- 4 de julho (sábado): Bento Ribeiro Dantas (Maré)

- 11 de julho (sábado): Agrícola de Higienópolis (Bonsucesso).

Fonte: O Globo