4.12.2010

Espetáculo musical sobre Nara Leão estréia este mês em São Paulo

Os atores Fernanda e Rogério
Uma das maiores vozes da Bossa Nova, a cantora Nara Leão, é o tema do espetáculo musical “Nara”, que estréia no dia 21 de abril no palco do Teatro Augusta, em São Paulo. Com direção de Márcio Araújo, o espetáculo tem a atriz Fernanda Couto interpretando Nara.
No palco são lembradas passagens da vida da cantora e, claro, alguns dos clássicos da MPB que ganharam versões em sua voz, como “Diz Que Fui Por Aí” (Zé Kéti e H. Rocha), “Opinião” (Zé Kéti), “Insensatez” (Jobim & Vinícius) “A Banda” e “Com Açúcar, Com Afeto” (Chico Buarque), entre outras.
O espetáculo nasceu a partir de uma pesquisa realizada por Fernanda em 2007. Ao se encantar com o mundo de Nara leão, começou a escrever o roteiro do espetáculo, com ajuda de Marcio Araújo.
“É um musical de câmara, genuinamente brasileiro, que não busca referências na Broadway, e sim encontra nosso próprio caminho; mostra a relevância de uma música que nasceu aqui e ganhou o mundo: a bossa nova”, afirma o diretor Márcio Araújo.
“Identifico-me com sua sonoridade. Apesar da diferença física, há um sentido na música de Nara que me deixa muito próxima dela”, diz a atriz, que no palco é acompanhada pelos atores Rogério Romera, Sílvio Venosa e Rodrigo Nunes. Confira os detalhes sobre “Nara”:

“Nara”
Texto: Fernanda Couto e Márcio Araújo
Direção: Márcio Araújo
Direção musical Pedro Paulo Bogossian
Elenco: Fernanda Couto, Rogério Romera, Sílvio Venosa e Rodrigo Nunes.
Cenografia: Valdy Lopes
Design sonoro: Luciano Manson
Iluminação: André Boll
Figurino: Cássio Brasil
Direção de produção: Beti Antunes
Produção executiva: Renato Araújo

Estréia: 21/04/2010 - São Paulo/SP
Teatro Augusta - Rua Augusta, 943
Classificação etária: Livre
Horário: 21h00
Ingressos: R$ 30,00
Temporada: até 24/06

A Lógica do Cisne Negro, de Nassim Nicholas Taleb

Julio Daio Borges
Black Swann by Carolincik
* A Lógica do Cisne Negro, de Nassim Nicholas Taleb, pela editora Best Seller, ficou mais conhecido por, de uma certa maneira, "prever" a crise do subprime no ano passado. Junto com Nouriel Roubini, o "Dr. Doom", Taleb era um dos que melhor descreviam o cenário apocalíptico em que o mundo mergulhara, oficialmente, a partir de 15 de setembro de 2008. Não sei se fui ler o livro com essa expectativa, mas é bem provável. Na realidade, uma coluna da professora Eliana Cardoso, no Valor — com quem eu me encontrara pessoalmente, por outros motivos —, justamente, indicava que não se tratava de um best-seller oportunista, tentando "fisgar" incautos. E duas coisas me chamaram logo a atenção na contracapa. Primeiro, obviamente, o elogio de Chris "Free" Anderson — que não era nada econômico e classificava Cisne Negro como "uma obra-prima". Também uma citação tirada do próprio texto, contando a história da descoberta dos primeiros cisnes negros na Austrália. Como, na Antiguidade, não se conhecia o continente australiano, havia a certeza de que todos os cisnes eram brancos. Bastou um único cisne negro — no dizer do Taleb — para que milhares de anos de crença, em cisnes exclusivamente brancos, viessem abaixo. Outros "cisnes negros" — na orelha do livro — que me convenceram a lê-lo de imediato: o 11 de Setembro e, claro, o Google.

Chico Violão' rebobina cancioneiro de Buarque

Após revisitar o repertório de Antonio Carlos Jobim (1927 - 1994) no CD Jobim Violão, Arthur Nestrovski se volta para o cancioneiro de Chico Buarque em Chico Violão, disco editado pela gravadora Biscoito Fino neste mês de abril de 2010. As 15 músicas foram formatadas em arranjos para violão solo. Com obras-primas como Tatuagem (1973), Beatriz (1983) e Futuros Amantes (1993), a seleção de Nestrovski abrange período que vai de 1972 (Soneto) a 2005 (Embebedado e Porque Era Ela, Porque Era Eu - tema feito pelo compositor para a trilha sonora do filme A Máquina que foi lançado em disco na coletânea Chico no Cinema). Os arranjos ouvidos em Chico Violão são baseados nas partituras do livro Cancioneiro Chico Buarque, editado em 2008 pela Jobim Music. CD já está à venda.

Caetano, Takai, Elza e Baleiro na lírica de Nilo

Mauro Ferreira
Já lançado pela prefeitura de Fortaleza no Carnaval de 2010, por ora com circulação restrita ao Ceará, o tributo Quando Fevereiro Chegar - Uma Lírica de Fausto Nilo apresenta 12 gravações inéditas de músicas letradas por Nilo - compositor, poeta e cearense de Quixeramobim. O CD, ainda à espera de edição comercial, conta com produção de Robertinho de Recife e alinha na ficha técnica nomes como Caetano Veloso (Coisa Acesa, parceria de Nilo e Moraes Moreira que deu título ao álbum lançado por Moraes em 1982), Elza Soares (Santa Fé, tema da trilha sonora da novela Roque Santeiro), Fernanda Takai (O Elefante, parceria lúdica de Fausto Nilo com Robertinho de Recife), Ivan Lins (Pão e Poesia - o samba lançado por Simone em 1981), Zeca Baleiro (Eu Também Quero Beijar, hit de Pepeu Gomes nos anos 80), Jorge Vercillo (Zanzibar, parceria de Nilo e Armandinho, propagada pelo grupo A Cor do Som), Carlinhos Brown (Chão da Praça, clássico atemporal da fase pré-industrializada do Carnaval da Bahia), Zé Ramalho (Periga Ser, galope popularizado na voz de Amelinha) e Fagner (Chorando e Cantando, parceria com Geraldo Azevedo de cuja letra foi extraído o verso que batiza o disco). Principais parceiros de Nilo, Moraes Moreira e Geraldo Azevedo marcam presença no tributo. Moraes faz rolar novamente Pedras que Cantam, parceria de Nilo e Dominguinhos, lançada por Fagner em 1981. Já Geraldo abre o tributo com seu registro de Vida Boa, parceria com Armandinho. Quando Fevereiro Chegar encerra com o poeta celebrado, intérprete de Bloco do Prazer, o sedutor frevo lançado em 1981 por Nara Leão (1942-1989) e popularizado por Gal Costa em 1982.

Alceu Valença, em única apresentação, na Fundição Progresso


Alceu Valença apresenta em primeira mão na Fundição Progresso, sábado, 17 de abril, às 22h, o show que se tornará seu terceiro DVD ao vivo, a ser gravado no final deste ano no Marco Zero, em Recife. Depois de realizar um carnaval arrebatador na capital pernambucana, Alceu volta ao Rio e retoma seu repertório pop – com os sucessos “Tropicana”, “Anunciação”, “Estação da Luz”, “Pelas Ruas que Andei”, “Como dois Animais”, “La Belle du Jour” - acrescido de composições de seus álbuns mais recentes e obras menos conhecidas lapidadas ao longo de sua trajetória.
Dentre estas estão “Deusa da Noite” e “Amor que vai”, recriadas em seu mais novo disco de estúdio, “Ciranda Mourisca”, além de “Anjo de Fogo”, lançada em um de seus primeiros álbuns, “Espelho Cristalino”. De safras mais recentes aparecem “Embolada do Tempo” (inicialmente composta para a trilha sonora de “A Luneta do Tempo”, sua primeira incursão como diretor de cinema), “No Tempo em que me querias” e “Ai de ti Copacabana”.
A alegria de voltar à Lapa inspirou o compositor a incluir no repertório um samba inédito feito em homenagem ao Rio de Janeiro – e jamais apresentado anteriormente em qualquer show ou disco de Alceu: “Era verão na cidade de São Sebastião” celebra umbigos, pernas e pandeiros da cidade que transforma qualquer brasileiro em carioca por adoção.
Alceu Valença será acompanhado por sua banda, formada por Paulo Rafael e Rissachi Honda (guitarra), Mauricio Oliveira (baixo), Cássio Cunha (Bateria), Tovinho (teclados), Rafael (saxofone) e Edwin (percussão). Com promoção da rádio MPB FM, a noite conta ainda com o show de abertura da banda 4 Cabeça, formada pelos músicos Baia, Rogê, Luis Carlinhos e Gabriel Moura, este último parceiro de Alceu no “Frevo da Lua”, canção composta especialmente para o carnaval 2010 de Pernambuco.
Fundição Progresso (5 000 pessoas). Rua dos Arcos, 24, Lapa, telefone 2220-5070. Sábado (17), 22h. R$ 40,00 (1º lote) a R$ 60,00 (3º lote). Bilheteria: 10h/13h30 e 14h/18h (seg. a qui.); a partir das 14h (sex. e sáb.). www.fundicaoprogresso.com.br Classificação: 18 anos

Abertura: Banda "4 Cabeça" Sábado, 17 de abril de 2010

SHOWS RIO DE JANEIRO

Luiza Dionizio
Luiza Dionizio não é, como se já fosse pouco, apenas a maior cantora inédita em disco do Brasil. Não é somente a melhor voz de uma Lapa cheia de vozes novas. Não é só a bola da vez. Nem aquela cantora que quem é malandro mesmo já identificou. Senão pergunte ao poeta Wilson Moreira (“o brilho de uma linda cor com toda a virtuosidade”), consulte tecnicamente a professora Fátima Guedes (“É uma das cantoras mais elegantes e exatas que eu conheço Ou, ainda, lembre de quem é a voz que o genial Luiz Carlos da Vila gostava tanto de ouvir nos seus momentos de entrega total à música, fora dos holofotes, num quintal da Vila da Penha natal de ambos... 16 anos. Teatro Rival Petrobras (472 lugares). Rua Álvaro Alvim, 33, Cinelândia, Tel. 2240-4469, a Cinelândia. Quarta (14), 19h30. R$ 30,00. Bilheteria: 13h30/19h30 (seg. e ter.); a partir das 13h30 (qua.). TT. www.rivalpetrobras.com.br.

Arranco de Varsóvia
Com repertório dedicado a Martinho da Vila, o grupo formado por Andrea Dutra, Cacala Carvalho e Elisa Queirós (vocais), Muri Costa (violão) e Paulo Malaguti (piano) lança o primeiro DVD, Pãozinho de Açúcar, gravado ao vivo. Em meio aos clássicos aparecem a inédita Disritmou, parceria do bamba com Carlinhos Vergueiro, e Amigo Martinho, de Monarco e Ratinho. 14 anos. Teatro Carlos Gomes (685 lugares). Praça Tiradentes, 19, Centro, Tel. 2224-3602, a Carioca. X Terça (13), 19h. R$ 10,00. Bilheteria: 14h/18h (seg.); a partir das 14h (ter.).

Celebrare
Revelado no comando de bailões no extinto Ballroom, no Humaitá, o grupo exibe o repertório de Dance +, seu segundo DVD. Nele cabem clássicos da dance music como YMCA, Dancing Queen e Sex Machine. 15 anos. Canecão (2 000 lugares). Avenida Venceslau Brás, 215, Botafogo, Tel. 2105- 2000. X Sábado (17), 22h. R$ 70,00 (poltrona numerada) a R$ 200,00 (camarote). Bilheteria: 12h/21h20 (seg. a sex.); a partir das 12h (sáb.). http://www.canecao.com.br/.

Celtic Legends
Uma trupe de belas dançarinas e um desfile de instrumentos musicais pouco usuais chamam atenção no palco. Inspirado em canções tradicionais irlandesas, o espetáculo tem entre seus idealizadores a diretora musical Liz Knowles, primeiro-violino dos espetáculos Riverdance e The Pirate Queen, da Broadway. Livre. Canecão (1 457 lugares). Avenida Venceslau Brás, 215, Botafogo, Tel. 2105-2000. X Sexta (16), 22h. R$ 60,00 (poltrona numerada) a R$ 140,00 (setor A). Bilheteria: 12h/21h20 (seg. a qui.); a partir das 12h (sex.). www.canecao.com.br.

Claudette Soares
Na ativa desde a década de 40, na época de ouro do rádio, a cantora abraçou a bossa nova vinte anos depois. Ao lado do pianista Tibor Fittel, ela exibe sucessos de Vinicius de Moraes, Carlos Lyra e Tom Jobim. Feita em sua homenagem, De Tanto Amor, de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, também está prevista. Livre. Sala Baden Powell (508 lugares). Avenida Nossa Senhora de Copacabana, 360, Copacabana, Tel. 2548-0421, a Cardeal Arcoverde. Segunda (12), 19h30. R$ 20,00.

Claudia Telles
Filha de Sylvia Telles (1934-1966) e também cantora, Claudia mostra ao vivo as composições do disco Quem Sabe Você. A bossa nova domina o repertório, que traz inéditas de Johnny Alf, Ai Saudade, e de Roberto Menescal, autor da faixa-título. Em homenagem à mãe, ela desfia Sem Você pra que, parceria de Sylvinha com Chico Anysio. 14 anos. Modern Sound (120 lugares). Rua Barata Ribeiro, 502, loja D, Copacabana,Tel. 2548-5005, a Siqueira Campos. Segunda (12), 19h. Grátis. É necessário fazer reserva. Estac. c/manobr. (R$ 6,00 a primeira hora). www.modernsound.com.br.

Alexandre Penezzi
Virtuose do violão, Penezzi mostra o repertório de seu último disco, o delicado Sentindo. No programa há nove músicas de sua autoria, além da valsa Sinuosa, que será executada com a participação do autor, e também violonista, Maurício Carrilho. Outros convidados esperados são o clarinetista Alexandre Ribeiro e o violonista Yamandu Costa. Livre. Sala Cecília Meireles (835 lugares). Largo da Lapa, 47, Lapa, Tel. 2332-9160. Terça (6), 20h. R$ 20,00. Bilheteria: 13h/18h (seg.); a partir das 13h (ter.).


Violeiro Nara Leão & Sidney Miller Festival de 1967

Violeiro de Sidney Miller, que foi defendida no I II Festival da Canção Popular (1967),por: Nara Leão & Sidney Miller