Eduardo Guimarães
Em 1972, quando Walter Franco apresentou sua composição “Cabeça” no Festival Internacional da Canção, da Rede Globo, o que se ouviu vindo do público foi uma grande e maciça vaia. O júri do festival - formado por Roberto Freire, Rogério Duprat, Décio Pignatari e Nara Leão - estava disposto a premiar essa canção, mas foi demitido pela emissora, supostamente por pressão da ditadura militar.
Trinta e sete anos após esse episódio, o que se ouve da platéia nas raras apresentações de Walter Franco é a repetição de cada palavra das letras de suas músicas ou expressões de admiração ou ainda risadas devido a alguns comentários do artista. Pelo menos foi isso que aconteceu na apresentação realizada na última sexta-feira, 09, no Auditório Ibirapuera, em São Paulo.
Desta vez Walter não estava acompanhado de sua ‘banda abstrata’, mas sim de amigos que o ajudaram a mostrar que mesmo após quatro décadas, suas canções continuam sendo fortes, belas e muitas vezes incômodas para aqueles que estão acostumados aos fáceis e efêmeros sucessos das FMs.
Os amigos Raulito Duarte (guitarra), Celso Nascimento (percussão), Giba Faverin (bateria) e Willy Verdaguer (baixo - Beat Boys, Secos & Molhados, Raíces de América) se uniram ao filho de Walter, Diogo Franco (violão), para apresentarem algumas das canções marcantes da carreira do artista e também composições ainda inéditas.
O mesmo Walter Franco que apresenta com voz e toques mansos ao violão canções como “Respire Fundo” e “Serra do Luar”, se transforma e expressa uma energia Rock n’ Roll que a maioria das bandas brasileiras na ativa atualmente não possuem. O ápice dessa catarse vem com “Canalha” (já regravada pelo Camisa de Vênus), quando Walter vira o pedestal do microfone para que o público grite após a deixa: “é uma dor... Canalha!”. Arrepiante.
“Quem Puxa aos Seus Não Degenera”, “Partir do Alto”, “Only Life”, “Encanto e Paz”, “Signo”, “Tutano” e “Feito Gente” (que o Ira! regravou em seu último álbum) também foram apresentadas no show. Em “Zen” e “Govinda”, Walter chamou ao palco Alberto Marsicano para tocar sua cítara indiana, criando um clima quase sacro.
Além de acompanhar o pai na banda, Diogo Franco também teve seu espaço no show e mostrou seu trabalho que traz fortemente impresso o DNA paterno, afinal, “quem puxa aos seus não degenera”, já diz a canção. Destaque para “Dentro da Cabeça”.
Diogo também protagonizou um dos momentos mais bacanas do show ao cantar “Vela Aberta”, música composta por seu avô, Cid Franco, e uma das músicas mais marcantes da carreira de Walter. De certo modo, três gerações estavam ali presentes no palco.
Esta apresentação foi gravada por uma equipe da TV Cultura de São Paulo. Portanto, se você não teve a felicidade de estar presente, terá a oportunidade de assistir pela TV. Mas ainda não há previsão para esta memorável apresentação ser exibida.
10.13.2009
Skank e Paula Toller dividem o palco em São Paulo
Classificação etária: livre
Horário: 21h30
Ingressos: R$ 60,00 (platéia 3), R$ 80,00 (platéia 2 e mezanino lateral) e R$ 100,00 (mezanino central).
Album de estréia de Lady Gaga será relançado com extras
Dois importantes nomes do cenário Pop nacional vão dividir o palco pela primeira vez em suas carreiras. A banda mineira Skank e a cantora carioca Paula Toller se apresentarão na próxima quarta-feira, 14, no palco da Via Funchal, em São Paulo.
O Skank está em turnê divulgando seu mais recente álbum, “Estandarte”, trabalho que traz as músicas “Sutilmente” e “Ainda Gosto Dela”, faixas que já fazem sucesso nas rádios. Paula Toller continua divulgando sua carreira solo paralela ao Kid Abelha, que atualmente está em férias.
Além das apresentações individuais, o público poderá curtir o primeiro dueto inédito entre os artistas. Os ingressos para alguns setores da casa já estão esgotados.
14/10/2009 - São Paulo/SP
Via Funchal - Rua Funchal, 65Classificação etária: livre
Horário: 21h30
Ingressos: R$ 60,00 (platéia 3), R$ 80,00 (platéia 2 e mezanino lateral) e R$ 100,00 (mezanino central).
Album de estréia de Lady Gaga será relançado com extras
O primeiro álbum da cantora Lady Gaga, “The Fame”, será relançado no final de novembro com oito músicas extras. O anúncio foi feito pela própria cantora que contou ainda que as novas músicas foram compostas na estrada, durante a turnê de divulgação do álbum.
“Enquanto viajada pelo mundo por dois anos, encontrei alguns monstros, cada um representado por uma canção diferente no novo álbum: meu monstro do medo de sexo, meu monstro do medo do álcool, meu monstro do medo do amor, meu monstro do medo da morte, meu monstro do medo da solidão, etc”, contou a cantora.
“Passei muitas noites na Europa oriental e este álbum é uma experimentação pop com batidas góticas / industriais, melodias dançantes dos anos 90 e uma obsessão pelos compositores geniais do pop melancólico dos anos 80”.
Algumas das novas músicas são “Bad Romance” e “Speechless”. O lançamento de “The Fame: Monster” está marcado para o dia 23 de novembro.
Amy Winehouse deve lançar novo álbum em 2010
Nos últimos três anos o nome da cantora Amy Winehouse esteve em evidência quase que exclusivamente por seus problemas pessoais. Mas isso deve mudar em 2010. A gravadora Island divulgou que o sucessor de “Back to Black”, lançado originalmente em 2006, deve chegar às lojas no próximo ano.
Em entrevista à BBC, o co-presidente da gravadora Island, Darcus Besse, disse que a cantora já gravou algumas versões demo de novas composições que farão parte do próximo álbum. “Eu ouvi algumas músicas que me deixaram sem palavras. Esperamos lançar seu disco no ano que vem”.
Besse não deu detalhes sobre o novo material da cantora, mas contou que as gravações foram feitas “aos trancos e barrancos”.
Morre Stephen Gately, integrante do Boyzone
Stephen Gately (33), integrante da boyband irlandesa Boyzone, que fez bastente sucesso nos anos 90, morreu no último sábado na ilha de Mallorca, Espanha, onde estava de férias com seu companheiro, Andrew Cowles.
Em nota publicada no site oficial do grupo (www.boyzone.net), os demais integrantes informam: "Lamentamos confirmar que Stephen morreu tragicamente ontem (sábado, 10) em Mallorca. No momento não temos como passar mais detalhes".
Ainda não existem informações mais detalhadas sobre as causas da morte de Gately, que causou comoção no Reino Unido.
Em nota publicada no site oficial do grupo (www.boyzone.net), os demais integrantes informam: "Lamentamos confirmar que Stephen morreu tragicamente ontem (sábado, 10) em Mallorca. No momento não temos como passar mais detalhes".
Ainda não existem informações mais detalhadas sobre as causas da morte de Gately, que causou comoção no Reino Unido.
FINO COLETIVO
Segunda atração do projeto Pode Apostar!, que traz nas terças de outubro e novembro artistas novos com elogiados discos de estreia. Reunião de músicos alagoanos e cariocas, o Fino Coletivo misturou de forma bem original, no primeiro disco, em 2007, samba, funk, ritmos nordestinos e baladas com leves interferências eletrônicas. Livre. Teatro II do CCBB (155 lugares). Rua Primeiro de Março, 66 (Centro Cultural Banco do Brasil), Centro, 3808-2020. Terça (13), 12h30 e 18h30. R$ 6,00. Bilheteria: a partir de 10h (seg. e ter.).
ORQUESTRAS POPULARES CARIOCAS
Com o objetivo de criar um panorama dos blocos de carnaval de rua, o projeto traz sempre duas atrações. Na primeira edição foram a Orquestra Popular Céu na Terra e a Orquestra Voadora. As duas da vez trazem um toque latino à folia de momo. O Songoro Cosongo, reunião de músicos de cinco países sul-americanos, apresenta sucessos dos dois discos da carreira e a Orquestra Popular de Conga mostra a vibração de tumbas e bumbos, típicos dos festejos cubanos. 16 anos. Teatro Rival Petrobras (472 lugares). Rua Álvaro Alvim, 33, Cinelândia, 2240-4469, metrô Cinelândia. Quarta (14), 21h. R$ 18,00 (com filipeta) e R$ 40,00. Bilheteria: 13h30/19h30 (seg. e ter.); a partir das 13h30 (qua.). TT. http://www.rivalbr.com.br/.DIVINAS DIVAS
Formado pelas transformistas Jane Di Castro, Angela Leclery, Camille K, Paula Braga, Andrea Gasparelli e Lorna Washington, o grupo comemora cinco anos de estrada. Munido de plumas, purpurina e paetês, o sexteto interpreta sucessos da MPB com pitadas de irreverência. Entre uma música e outra há esquetes cômicos. 16 anos. Sala Baden Powell (508 lugares). Avenida Nossa Senhora de Copacabana, 360, Copacabana, 2548-0421. Quarta (14), 19h30. R$ 24,00. Bilheteria: 15h/18h (ter.); a partir das 15h (qua.). TT.
DANILO CAYMMI
Acompanhado apenas de seu próprio violão e do violonista Muri Costa, o artista apresenta clássicos do pai. Estão no programa Acontece que Eu Sou Baiano, Vatapá e Marina. Completam o repertório Andança, dele, de Paulinho Tapajós e de Eduardo Souto, e Samba do Avião, de Tom Jobim. Livre. Auditório do BNDES (300 lugares). Avenida Chile, 100, Centro, 2172-7757, metrô Carioca. Quinta (15), 19h. Grátis. Distribuição de senhas uma hora antes.
DIOGO NOGUEIRA E MART'NALIA
Filhos de bambas, os dois cantores dividem o palco. São dois shows distintos. Primeiro é a vez do herdeiro de João Nogueira apresentar as músicas do recém-lançado Tô Fazendo Minha Parte. Depois, a irreverência de Mart'nália toma conta em canções de seu último disco, Madrugada, e no hit Cabide. Nos intervalos, o DJ Matheus Puertas dá conta do recado. 16 anos. Vivo Rio (4 000 pessoas). Rua Infante Dom Henrique, 85, Aterro do Flamengo, 2272-2900. Sexta (16), 22h. R$ 60,00 a R$ 140,00. Bilheteria: 12h/20h (seg. a qui.); a partir das 12h (sex.). Cc.: M e V. Cd.: R e V. Estac. c/manobr. (R$ 12,00). IR. http://www.vivorio.com.br/.
FÁTIMA GUEDES
Comemorando três décadas de carreira, a cantora e compositora sobe ao palco para mostrar músicas de sua autoria que fizeram sucesso na voz de Elis Regina, Maria Bethânia, Simone, Alcione e Elba Ramalho. São, entre outras, Cheiro de Mato, Condenados, Absinto e Lápis de Cor. Ela divide o palco com Nelson Faria (violão e guitarra), Ney Conceição (baixo), Erivelton Silva (bateria) e Itamar Assiere (teclado). 10 anos. Teatro Nelson Rodrigues (388 lugares). Avenida República do Chile, 230, Centro, 2262-0942, metrô Carioca. Sábado (17), 20h. Domingo (18), 19h. R$ 6,00. Bilheteria: 15h/20h (ter. a sex.); a partir das 15h (sáb. e dom.). www.caixa.gov.br/caixacultural.
HAROLDO MAURO JR. TRIO
Pianista que viveu por duas décadas nos Estados Unidos, Haroldo faz única apresentação do repertório de seu disco mais recente, o elogiado Bossa na Pressão (2006). Esta é uma boa oportunidade de conferir de perto o trabalho do músico que já tocou no templo nova-iorquino do jazz, o Blue Note. Ele sobe ao palco escoltado por Márcio Bahia (bateria) e Alex Rocha (contrabaixo). Livre. Sesc Tijuca (250 lugares). Rua Barão de Mesquita, 539, Tijuca, 3238-2100. Domingo (18), 16h. Grátis.
MILTON NASCIMENTO NO BRATUQUES
A Delira Música, selo que há 6 anos promove a arte musical brasileira através de lançamentos fonográficos e projetos de música instrumental, clássica e popular, apresenta o projeto bRatuques e lança luz sobre o instrumentista brasileiro. Marco Lobo (percussão), Kiko Continentino (piano e teclados), Gastão Villeroy (baixo), Erivelton Silva (bateria), Widor Santiago (sax e flauta), são a base instrumental para o espetáculo bRatuques. A cada semana convidados das mais diversas regiões e culturas se unem a este elenco para apresentar o que há de melhor na música brasileira. Durante 10 noites, de 22 de setembro a 24 de novembro, a Sala Municipal Baden Powell será o palco de encontros inéditos, unindo a percussão brasileira aos mais variados estilos. Cada show é uma experiência diferente e em tempo real, com muito espaço para a improvisação. E onde cada convidado (sempre um intérprete e um solista) traz para o evento a sua experiência pessoal. Nesta semana, Milton Nascimento é o convidado do percussionista Marco Lobo. Ao lado do pianista e tecladista Kiko Continentino, do baterista Erivelton Silva, do baixista Gastão Villeroy e do saxofonista e flautista Widor Santiago, Nascimento canta as suas Lilia e Canção do Sal, além de Saídas e Bandeiras, parceria com Fernando Brant, Cais e Cravo e Canela, estas duas com Ronaldo Bastos. Livre. Sala Baden Powell (508 lugares). Avenida Nossa Senhora de Copacabana, 360, Copacabana, 2548-0421. Terça (13), 20h30. R$ 20,00
Sullivan alinha Arnaldo e Daniel Jobim em DVD
Em sintonia com a guinada popular ensaiada em seu décimo disco solo, Iê Iê Iê, Arnaldo Antunes pôs sua voz em Me Dê Motivo, parceria de Michael Sullivan e Paulo Massadas, lançada em 1983 por Tim Maia (1942 - 1998). A gravação ao vivo foi feita em dueto com Sullivan para o CD e DVD Michael Sullivan - Na Linha do Tempo, ambos em fase de finalização. Daniel Jobim - com chapéu que evoca a figura de seu avô, Antonio Carlos Jobim (1927 - 1994), como pode ser visto na segunda das duas fotos de Rodrigo Castro - toca seu piano em Um Dia de Domingo, balada gravada por Gal Costa em 1985 em dueto com Tim Maia. Gravado no estúdio Play Rec, na Barra da Tijuca (RJ), em 22 de setembro, o DVD conta também com adesões de Jorge Aragão (em Talismã) e do parceiro mais constante de Sullivan no momento, Carlinhos Brown, convidado de Ver-te Mar (tema que deu título em 2007 a um bom álbum do grupo Babado Novo) e de Retratos e Canções (sucesso de Sandra de Sá em 1986). Entre hits de várias épocas, o repertório alinha duas músicas inéditas, Açúcar (uma parceria de Sullivan com Dudu Falcão) e Baladeiro (inusitada colaboração do compositor com Hyldon). O lançamento do CD e DVD Na Linha do Tempo está previsto para o fim de 2009 (ou o início de 2010).
Guilherme Dias Gomes lança autoral CD de jazz
Mauro Ferreira
Trompetista carioca, dono de um sopro de acento jazzístico, Guilherme Dias Gomes lança o seu quinto álbum, com o selo Delira Música. Como o título Autoral já anuncia, o músico toca somente músicas de lavra própria. Nesse caso, são onze temas alinhados em repertório que destaca Moqueca de Siri, Pour Idriss, Nonada, Dr. Chang e Linha Vermelha. Como os álbuns anteriores de Dias Gomes, Autoral transita por caminhos jazzísticos. Sob a direção musical do pianista Rafael Vernet, integrante de sua banda, o trompetista lidera sexteto que agrega o baterista Rafael Barata, o saxofonista Pete O'Neill, o trombonista Aldivas Ayres e o baixista José Santa Roza. O disco já está à venda.
Trompetista carioca, dono de um sopro de acento jazzístico, Guilherme Dias Gomes lança o seu quinto álbum, com o selo Delira Música. Como o título Autoral já anuncia, o músico toca somente músicas de lavra própria. Nesse caso, são onze temas alinhados em repertório que destaca Moqueca de Siri, Pour Idriss, Nonada, Dr. Chang e Linha Vermelha. Como os álbuns anteriores de Dias Gomes, Autoral transita por caminhos jazzísticos. Sob a direção musical do pianista Rafael Vernet, integrante de sua banda, o trompetista lidera sexteto que agrega o baterista Rafael Barata, o saxofonista Pete O'Neill, o trombonista Aldivas Ayres e o baixista José Santa Roza. O disco já está à venda.