Por Mauro Santayana
O governo do México e a agroindústria procuram desmentir o óbvio: a gripe que assusta o mundo se iniciou em La Glória, distrito de Perote, a 10 quilômetros da criação de porcos das Granjas Carroll, subsidiária de poderosa multinacional do ramo, a Smithfield Foods. La Glória é uma das mais pobres povoações do país. O primeiro a contrair a enfermidade (o paciente zero, de acordo com a linguagem médica) foi o menino Edgar Hernández, de 4 anos, que conseguiu sobreviver depois de medicado. Provavelmente seu organismo tenha servido de plataforma para a combinação genética que tornaria o vírus mais poderoso. Uma gripe estranha já havia sido constatada em La Glória, em dezembro do ano passado e, em março, passou a disseminar-se rapidamente.
Os moradores de La Glória – alguns deles trabalhadores da Carroll – não têm dúvida: a fonte da enfermidade é o criatório de porcos, que produz quase 1 milhão de animais por ano. Segundo as informações, as fezes e a urina dos animais são depositadas em tanques de oxidação, a céu aberto, sobre cuja superfície densas nuvens de moscas se reproduzem. A indústria tornou infernal a vida dos moradores de La Glória, que, situados em nível inferior na encosta da serra, recebem as águas poluídas nos riachos e lençóis freáticos. A contaminação do subsolo pelos tanques já foi denunciada às autoridades, por uma agente municipal de saúde, Bertha Crisóstomo, ainda em fevereiro, quando começaram a surgir casos de gripe e diarreia na comunidade, mas de nada adiantou. Segundo o deputado Atanásio Duran, as Granjas Carroll haviam sido expulsas da Virgínia e da Carolina do Norte por danos ambientais. Dentro das normas do Nafta, puderam transferir-se, em 1994, para Perote, com o apoio do governo mexicano. Pelo tratado, a empresa norte-americana não está sujeita ao controle das autoridades do país. É o drama dos países dominados pelo neoliberalismo: sempre aceitam a podridão que mata.
O episódio conduz a algumas reflexões sobre o sistema agroindustrial moderno. Como a finalidade das empresas é o lucro, todas as suas operações, incluídas as de natureza política, se subordinam a essa razão. A concentração da indústria de alimentos, com a criação e o abate de animais em grande escala, mesmo quando acompanhada de todos os cuidados, é ameaça permanente aos trabalhadores e aos vizinhos. A criação em pequena escala – no nível da exploração familiar – tem, entre outras vantagens, a de limitar os possíveis casos de enfermidade, com a eliminação imediata do foco.
Os animais são alimentados com rações que levam 17% de farinha de peixe, conforme a Organic Consumers Association, dos Estados Unidos, embora os porcos não comam peixe na natureza. De acordo com outras fontes, os animais são vacinados, tratados preventivamente com antibióticos e antivirais, submetidos a hormônios e mutações genéticas, o que também explica sua resistência a alguns agentes infecciosos. Assim sendo, tornam-se hospedeiros que podem transmitir os vírus aos seres humanos, como ocorreu no México, segundo supõem as autoridades sanitárias.
As Granjas Carroll – como ocorre em outras latitudes e com empresas de todos os tipos – mantêm uma fundação social na região, em que aplicam parcela ínfima de seus lucros. É o imposto da hipocrisia. Assim, esses capitalistas engambelam a opinião pública e neutralizam a oposição da comunidade. A ação social deve ser do Estado, custeada com os recursos tributários justos. O que tem ocorrido é o contrário disso: os estados subsidiam grandes empresas, e estas atribuem migalhas à mal chamada “ação social”. Quando acusadas de violar as leis, as empresas se justificam – como ocorre, no Brasil, com a Daslu – argumentando que custeiam os estudos de uma dezena de crianças, distribuem uma centena de cestas básicas e mantêm uma quadra de vôlei nas vizinhanças.
O governo mexicano pressionou, e a Organização Mundial de Saúde concordou em mudar o nome da gripe suína para Gripe-A. Ao retirar o adjetivo que identificava sua etiologia, ocultou a informação a que os povos têm direito. A doença foi diagnosticada em um menino de La Glória, ao lado das águas infectadas pelas Granjas Carroll, empresa norte-americana criadora de porcos, e no exame se encontrou a cepa da gripe suína. O resto, pelo que se sabe até agora, é o conluio entre o governo conservador do México e as Granjas Carroll – com a cumplicidade da OMS.
5.06.2009
"O poeta e o mar", texto de Jorge Amado sobre o amigo Dorival Caymmi.
Não sei, não recordo quando e onde conheci Dorival Caymmi pela primeira vez e pela primeira vez rimos juntos nossa alegria. Foi, com certeza, na Bahia, antes da partida do clássico ita, levando-nos – ao aprendiz de compositor e ao aprendiz de escritor – para tentar exercer nossos ofícios no Rio. Naquele tempo, quem quisesse um lugar ao sol tinha de começar pelo sacrifício de sair de sua terra, a terra da Bahia, onde éramos livres adolescentes nos mercados e nas praias. Só no Rio havia ambiente e oportunidade.
Na praia de Itapuã, nas malícias do Rio Vermelho, nas ladeiras da cidade antiga cresceu o menino Dorival, filho de Seu Durval, modesto funcionário estadual, bom de violão e no trago. Cresceu assim o moço Caymmi, na pesca, na serenata, na festa de bairro, no samba de roda, nos terreiros de santo, vivendo cada instante de sua cidade e de sua gente, alimentando-se de sua realidade e de seu mistério, preparando-se para ser seu poeta e seu cantor. Livre coração e o desejo de criar. A música popular brasileira não era ainda assunto de gazetas, revistas e festivais. O moço baiano, no entanto, não desejava nem o título de doutor nem o emprego público prometido, queria tão-somente compor e cantar. Teve de partir para ganhar a vida difícil.
Naqueles idos de 1936 o mundo era nosso nas ruas do Rio de Janeiro, lá se vão mais de 30 anos. Uma canção que fizemos juntos naquela época, É doce morrer no mar, tirada de uma cena de Mar Morto, continua popular até hoje e pode-se mesmo dizer: cada vez mais. Aliás, eis uma das características fundamentais da música de Caymmi: sua permanência, sua constante atualidade.
Sendo seu tema a Bahia, sua vida, seu povo, seu drama, sua luta, seu mistério, sua poesia, seus amores, a morena de Itapuã e as rosas de abril, Iemanjá e o vento do oceano, a jangada e o saveiro, o mundo da Bahia, não há uma frase sua, uma única, de música ou poesia, que seja circunstancial, que derive da moda, de uma influência momentânea.
Não compôs demais, ao sabor do sucesso e da novidade. Cada música sua é inspiração verdadeira e experiência vivida, é seu sangue e sua carne, é sua verdade. Uma será mais bela, outra mais profunda, aquela mais fácil, mas nenhuma resulta da busca do sucesso ou do aproveitamento de qualquer circunstância.
Caymmi leva meses e meses trabalhando cada uma de suas músicas e letras, ao sabor do tempo e da preguiça baiana e criadora. Segundo dizia Sérgio Porto, a música de Caymmi muito deve a essa preguiça, ou melhor: a esse tempo de lazer de medida tão larga, esse tempo baiano. De tudo isso posso dar testemunho, pois nesses 30 e tantos anos eu o vi compor sem descanso, mas sem pressa, vi também nascer e crescer a maioria de suas composições mais famosas. Em minha casa – em várias das casas onde vivi – ele trabalhou e criou. Jamais espicaçado por compromisso ou intenção imediatista.
Para Caymmi a moda não existe. Eu posso dizer, posso testemunhar como ninguém. Juntos andamos um bom bocado de caminho, juntos criamos alguma coisa, juntos começamos a envelhecer. Juntos fizemos teatro, cinema, tratamos o livro e a partitura, tocamos a vida e o amor. Amizade de toda a vida, "meu irmão, meu irmãozinho".
O escritor Jorge Amado publicou este texto na coleção Nova História da Música Popular Brasileira (Abril Cultural)
Na praia de Itapuã, nas malícias do Rio Vermelho, nas ladeiras da cidade antiga cresceu o menino Dorival, filho de Seu Durval, modesto funcionário estadual, bom de violão e no trago. Cresceu assim o moço Caymmi, na pesca, na serenata, na festa de bairro, no samba de roda, nos terreiros de santo, vivendo cada instante de sua cidade e de sua gente, alimentando-se de sua realidade e de seu mistério, preparando-se para ser seu poeta e seu cantor. Livre coração e o desejo de criar. A música popular brasileira não era ainda assunto de gazetas, revistas e festivais. O moço baiano, no entanto, não desejava nem o título de doutor nem o emprego público prometido, queria tão-somente compor e cantar. Teve de partir para ganhar a vida difícil.
Naqueles idos de 1936 o mundo era nosso nas ruas do Rio de Janeiro, lá se vão mais de 30 anos. Uma canção que fizemos juntos naquela época, É doce morrer no mar, tirada de uma cena de Mar Morto, continua popular até hoje e pode-se mesmo dizer: cada vez mais. Aliás, eis uma das características fundamentais da música de Caymmi: sua permanência, sua constante atualidade.
Sendo seu tema a Bahia, sua vida, seu povo, seu drama, sua luta, seu mistério, sua poesia, seus amores, a morena de Itapuã e as rosas de abril, Iemanjá e o vento do oceano, a jangada e o saveiro, o mundo da Bahia, não há uma frase sua, uma única, de música ou poesia, que seja circunstancial, que derive da moda, de uma influência momentânea.
Não compôs demais, ao sabor do sucesso e da novidade. Cada música sua é inspiração verdadeira e experiência vivida, é seu sangue e sua carne, é sua verdade. Uma será mais bela, outra mais profunda, aquela mais fácil, mas nenhuma resulta da busca do sucesso ou do aproveitamento de qualquer circunstância.
Caymmi leva meses e meses trabalhando cada uma de suas músicas e letras, ao sabor do tempo e da preguiça baiana e criadora. Segundo dizia Sérgio Porto, a música de Caymmi muito deve a essa preguiça, ou melhor: a esse tempo de lazer de medida tão larga, esse tempo baiano. De tudo isso posso dar testemunho, pois nesses 30 e tantos anos eu o vi compor sem descanso, mas sem pressa, vi também nascer e crescer a maioria de suas composições mais famosas. Em minha casa – em várias das casas onde vivi – ele trabalhou e criou. Jamais espicaçado por compromisso ou intenção imediatista.
Para Caymmi a moda não existe. Eu posso dizer, posso testemunhar como ninguém. Juntos andamos um bom bocado de caminho, juntos criamos alguma coisa, juntos começamos a envelhecer. Juntos fizemos teatro, cinema, tratamos o livro e a partitura, tocamos a vida e o amor. Amizade de toda a vida, "meu irmão, meu irmãozinho".
O escritor Jorge Amado publicou este texto na coleção Nova História da Música Popular Brasileira (Abril Cultural)
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POR UMA CIDADE LIMPA...
Resende vai intensificar o trabalho de fiscalização para combater a poluição visual nos pontos de ônibus da cidade. O trabalho será reforçado com base na Lei Municipal 1.031/77, que estabelece punições para quem desrespeitar o Código de Posturas do Município. A iniciativa faz parte de uma série de ações que a Prefeitura vem adotando “com o objetivo de tornar a cidade mais limpa e mais bonita”.
O primeiro passo já foi trilhado e teve caráter educativo: agentes da Divisão afixaram mensagem nos pontos com o alerta de que nestes locais é proibida a colagem de mensagens publicitárias.
MULTA
Entre as penalidades previstas para quem cometer estas infrações, está a aplicação de multas de 65 a 658 UFIRS (Unidades Fiscais de Referências), algo em torno de R$ 65,00 a R$ 658,00. Na colocação de cartazes e colagem de adesivos, a identificação é feita através da entidade ou pessoas que assinam as peças publicitárias. As denúncias podem ser feitas através do telefone 2108-0850.
É isso aí!
Fonte: PMR
PALESTRAS SOBRE MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS...
A partir desta quarta-feira, dia 6, a Vigilância Sanitária de Resende iniciará uma série de palestras sobre o tema ““Boas práticas para manipuladores de alimentos”, destinada principalmente, aos estabelecimentos comerciais e empresas do setor de alimentação instaladas no município, como supermercados, bares, restaurantes, padarias, açougues, casas de festas e barracas que comercializam alimentos nas ruas.
A iniciativa tem o objetivo básico de garantir a qualidade dos serviços oferecidos à população na área da alimentação e as palestras, ministradas pela nutricionista e fiscal da Vigilância Sanitária, Virginia Castro, serão realizadas sempre às quartas-feiras, a partir de 15 horas, na Fundação Casa da Cultura Macedo Miranda.
Durante as palestras, serão destacadas aos funcionários de cozinhas diversas regras relacionadas ao setor, entre elas controle de vetores, controle de qualidade de alimentos, qualidade da água, higiene pessoal e higiene das instalações físicas das cozinhas.
O ciclo de palestras é aberto aos estabelecimentos que se interessarem pelo projeto, bastando apenas que os responsáveis entrem em contato com o Serviço de Vigilância Sanitária para agendarem a data. Os contatos podem ser feitos através dos telefones 2108-0909 ou 2108-0910.
Informações da PMR
QUATIS TEM “DISQUE ANINAIS SOLTOS”
O “Disque Animais Soltos” de Quatis já existe e pode ser acionado pela população local 24 horas por dia, para denúncias de animais soltos em qualquer via pública e logradouro da cidade. Basta ligar para 3353 6266 e denunciar. O efetivo da Guarda Municipal verificará as denúncias e apreenderá os animais, levando-os à sede da Secretaria de Desenvolvimento Rural, onde permanecerão até que o proprietário tome as medidas necessárias para a soltura do animal. O número 3353 6266 já está disponível e pode ser acionado a qualquer momento.
“É questão de saúde pública. Animais soltos representam riscos de transmissão de doenças à população, além de poder provocar acidentes com veículos nas vias da cidade”, informou o secretário de Saúde, Fábio Leite.
Pois é. Esse exemplo deveria ser seguido por outros municípios também. Em Penedo (Itatiaia) por exemplo, não é nada difícil encontrar um animal na estrada...Aff
SAÚDE RECEBE VAN DO ESTADO
E o Governo do Estado doou uma Van zero quilômetro para a Secretaria de Saúde de Resende. O veículo será utilizado no transporte de pacientes que realizam tratamento em unidades médicas especializadas de outras cidades, como o INCA (Instituto Nacional do Câncer), HSE (Hospital dos Servidores do Estado), Hospital da Lagoa e Hospital do Fundão, todos situados no Rio de Janeiro; Hospital das Clínicas (São Paulo) e unidades localizadas em Barra Mansa e Volta Redonda.
São 75 pacientes transportados para unidades de outros municípios e que fazem parte do TFD (Tratamento Fora do Domicílio), desenvolvido pela Secretaria de Saúde da Prefeitura, garantindo o tratamento de alta complexidade. Nos próximos meses, mais três Vans e uma ambulância equipada com UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) chegarão ao município.
UGB NO FÓRUM INTERNACIONAL
O II Fórum Internacional de Comunicação e Sustentabilidade acontecerá nos dias 06 e 07 de maio, em São Paulo. O encontro pretende dar continuidade à promoção da troca de informações entre os três setores - governo, instituições privadas e sociedade - sobre o papel educativo da comunicação para a compreensão do conceito da sustentabilidade. Nossa região não ficou de fora. Pelo menos 37 acadêmicos do Curso de Comunicação Social do Centro Universitário Geraldo Di Biase (UGB) já estão confirmados na viagem, que será acompanhada pelo Coordenador do Curso, o professor Edilberto Venturelli.
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Coisas do Vale
Bob Dylan e Leonard Cohen, dois mestres da canção pop, voltam com novos discos
RIO - Na "Discolândia" desta terça-feira, o crítico Antônio Carlos Miguel analisa os novos trabalhos de dois mestres da canção pop: Leonard Cohen e Bob Dylan. Cohen acaba de lançar "live in London" (Sony), registro, em dois CDs, de um triunfal concerto na O2 Arena londrina, em 17 de julho de 2008. A plateia reage ao bardo em êxtase, sejam sucessos ("Suzanne", "Bird on the wire", "Hallelujah"), lados B... falas, suspiros de um mito, hoje, até mais cultuado do que Dylan - que o digam discípulos como Nick Cave, Bono, Michael Stipe, Rufus Wainwright e o finado Jeff Buckley.
Bob Dylan, por sua vez, lança o álbum de estúdio "Togheter through life" (Sony), novamente produzido por Jack Frost (o pseudônimo adotado por Dylan desde "Time out of mind", disco de 1997 que marca sua renascença artística). Musicalmente, ele sabe o que quer, cercado de cinco instrumentistas, entre gente de sua banda e nomes como David Hidalgo (dos Lobos, o acordeonista que colore com sotaque chicano muitas das canções) e Mike Campbell (guitarra e bandolim, dos Heartbreakers de Tom Petty).
Ouça 'I feel a change comin'on', de Bob Dylan
Já os Titãs têm nova música nos ares, "Antes de você". É a primeira de seu próximo CD, "Sacos plásticos", estreia do grupo no selo Arsenal Music, de Rick Bonadio.
Vanessa da Mata lança CD/DVD 'natureba' e diz que faz simpatias
Christina Fuscaldo
O primeiro DVD (e novo CD) de Vanessa da Mata, "Multishow ao vivo", foi feito bem aos moldes da cantora. Com cenário pensado por ela, vestido costurado com tecidos comprados durante suas viagens pelo mundo, o show inspirado no repertório do álbum "Sim" e em sucesos da carreira foi gravado em Paraty, cidade escolhida justamente por não ter um número significativo de fãs. O objetivo era que tudo acontecesse naturalmente, como tudo na vida da cantora criada em Alto Garças, município com cerca de 10 mil habitantes no Mato Grosso.
- Eu podia ter ido para uma casa de shows incrível, mas quis um DVD com calor humano. Dá para ver que tem pessoas ali chegando, algumas cantando, mas muitas só observando. Não é uma plateia de fãs enfeitiçados. Tem crianças com balões, vendedores de rua... - conta.
E chuva. A garoa caiu no momento em que Vanessa cantava "Ai, ai, ai" ("O que a gente precisa é tomar um banho de chuva"). Para a equipe de produção, parecia maldição. Para a cantora, foi uma bênção.
" Eu ainda faço simpatia e rezo todas as noites. Ainda boto uma flor de verdade no cabelo "
- Não era para ser um DVD dominado pela indústria fonográfica. Ela estava li a favor de mim e da música. A gravação aconteceu durante aquele período das enchentes de Santa Catarina e todo mundo ficou preocupado. Eu adorei, porque foi um tal de as pessoas fazerem simpatia. Eu queria isso - diz.
Simpatia? Sim... Vanessa confessa manter ainda hoje hábitos típicos das cidade do interior:
- Eu ainda faço simpatia e rezo todas as noites. Não acredito nos sentidos, pois sou muito pé no chão, mas ainda boto uma flor de verdade no cabelo.
Vanessa teve que deixar de ser macrobiótica porque não conseguia seguir a dieta durante as turnês de shows. Hoje, a cantora é adepta da ioga e da boa alimentação. Além disso, evita noitadas para preservar a voz. Morando entre o Rio e São Paulo, ela diz que, na Cidade Maravilhosa, fica mais fácil cuidar da saúde.
- O Rio me tranquiliza e me incentiva a viver o dia. Sempre fui de fazer minhas coisas de noite, mas a vida com regras faz bem para a voz - comenta.
A cantora acha que, no CD/DVD "Multishow ao vivo", sua voz está mais madura. E diz que os novos arranjos são um presente para o público:
- Canto melhor, de forma mais pura, por causa da estrada (shows). Hoje, não faço aqueles malabarismos dos tempos "Essa boneca tem manual". E os novos arranjos estão lindos. Não gosto de fazer igual, porque acho que o público não quer ouvir a mesma coisa. Reproduzir do mesmo jeito, é automatizar e tornar o disco frio. É injusto, pois é como se eu não me dedicasse à música. Até "Ai, ai, ai" está com uma roupa diferente. "Amado" ficou linda e os reggaes parecem mais soltos - diz, referindo-se a "Vermelho", "Absurdo" e "Ilegais".
Estes contam com a participação da dupla jamaicana Sly Dunbar (bateria) e Robbie Shakespeare (baixo e voz). Com uma inédita e duas regravações no repertório - "Acode" (Vanessa da Mata), "As rosas não falam" (Cartola) e "Um Dia um Adeus" (Guilherme Arantes) - o disco foi produzido pela dupla Kassin e Mario Caldato.
Tom e a natureza
Paulo Jobim
Meu pai cresceu numa Ipanema tranqüila, com poucas casas e muitos terrenos baldios, onde a vegetação de restinga ainda predominava. Nos fundos da casa havia um terreno que dava na beira da lagoa, cristalina, onde ele nadava e pescava. No canal que liga a lagoa ao mar ele gostava de ver a água entrar na subida da maré e sair na descida. Eram grandes quantidades de peixe que entravam para desovar e depois saiam. Eram robalos, tainhas, mamarres, camarões etc.
Na praia de Ipanema pegava jacaré de peito, mergulhava e pescava muito. Gostava de observar as mudanças do tempo, a virada dos ventos e a chegada da frente fria e da ressaca. Na volta do colégio, o bonde passava pela praia e ele já podia checar as ondas.
O avô era professor do exército, amigo do General Rondon e grande andarilho. Ele o levava pra grandes passeios, subiam o Cantagalo, o Pão de Açúcar e a Pedra da Gávea.
Nas férias costumava ir para Leme e Garças, no interior de São Paulo, onde caçava com os primos e onde aprendeu a imitar o pio dos pássaros. Ele entrava na lagoa e ficava com água pelo pescoço, escondido e piando. Conhecia os marrecos, irerês, garças, pato-pretode-asa-branca, paturi etc. Na mata descrevia os grandes salões, com pouca vegetação rasteira devido à ausência de luz, os grandes jequitibás, paus de abraço que precisavam de vários homens para poder abraçá-los, as grotas-noruegas, frias e úmidas, onde o sol nunca bate. Sabia o pio dos inhambús, xororó e assú, que em São Paulo tem o nome de xintã e xororó, como a dupla sertaneja. Imitava a chegada do macho, o levante da fêmea, a xororocada do macuco e do xororó, o bando de capoeiras, a saracura, jacú, jurity, grilos,micos, perdiz, jaó, irerê (fí fí fíu, que era o assobio usado pela família para chamar uns aos outros). Nas músicas O Boto, gravada por ele, e Borzeguim, com o Quarteto em Cy,ele gravou vários destes pios .
Na Sinfonia de Brasília se ouve o diálogo da perdiz e do jaó. Diziam os candangos que aperdiz e o jaó foram casados e depois se separaram, indo a perdiz para o cerrado e o jaó para os capões de mato próximos às águas. Então a perdiz grita: “Ei, vamos voltar!”, e o
jaó responde: “Eu, nunca mais”.
Conhecia também gaviões: uirassu, apacanim, pega macaco, casaca de couro, pombo,peneira, do rabo branco, carcará, pinhé, carijó etc. Também os falcões, como o peregrino,que voa todo ano do Canadá até a Argentina, sem passaporte, passando pelo Rio, onde um costumava se hospedar no relógio da Mesbla, de onde caçava os pombos do Passeio Público. Uma vez dei a ele um mapa com as rotas aéreas dos pássaros migratórios, que Ana enquadrou e colocou junto ao piano.
Dos urubus, ele gostava do camiranga ou jereba, marrom e de cabeça vermelha, que quase nunca bate as asas, mestre do vôo e das correntes ascendentes, onde flutua como ninguém. Tem hábitos solitários, caçador e curioso, quase sempre que te vê no mato desaparece, para depois aparecer subitamente num rasante para te observar de perto. Ele escreveu um texto muito bonito sobre este urubu.
Em Ipanema, com a chegada de um piano para o colégio que sua mãe tinha em casa,começou o interesse dele pela música. Voltava da praia e ia para a garagem investigar os intervalos. Uns alegres outros tristes, consonantes ou dissonantes. Começou os estudos com o professor Koelreuter, que trouxe o atonalismo para o Brasil e lhe deu uma formação geral de música. Tom era um grande fã da tonalidade, dava voltas e mais voltas por diversos tons e acabava voltando à tônica. Dizia ele que era a volta para casa.
Um bom exemplo disso é a música Matita Perê, que descreve a fuga de um homem,mudando de nome, de montaria e de rumo, onde a música passa por quase todas as tonalidades, e no final volta para a tônica.
O samba Chega de Saudade – feito quando ele comprou um método de violão do Canhoto para dar a uma moça que cantava bem, lá no sítio do Poço Fundo – é um ótimo exemplo dos caminhos da tonalidade: Tônica,Dominante e Subdominante (primeira, segunda e terceira do tom). Tonalidade maior e menor, relativo maior e menor etc.
Quando eu estava estudando atonalismo, ele fez algumas músicas com a técnica de doze sons, que surpreendentemente soavam bastante tonais. Estão na trilha dos filmes Tempo do Mar e da Casa Assasinada.
Apesar das harmonias sofisticadas, ele gostava de arranjos bem simples e claros, como os que fez nos primeiros discos com João Gilberto. Muitas vezes suas harmonias eram de apenas três vozes e ele protestava se alguém acrescentasse mais vozes. Outras vezes, acrescentava várias vozes como num acorde vocal do Sabiá,que tem nove ou dez sons diferentes. Gostava muito de acrescentar tríades perfeitas sobre harmonias diferentes. Dizia que os atonalistas se revoltavam com os acordes perfeitos,que chamavam de malditos clarões.
São estas algumas das muitas lembranças que tenho de meu pai e queria dividir com vocês.
(Paulo Jobim)
Primogênito de Tom Paulo é fruto do casamento desse com Thereza Hermany, com quem Tom teve também Elizabeth(Beth) que como Paulo partipou também da Banda Nova no quesito voz.
Paulo é violonista,compositor ,Fez parte da Banda Nova,Quarteto Jobim Morelenbaum e do Trio Jobim acompanhando Milton .
Meu pai cresceu numa Ipanema tranqüila, com poucas casas e muitos terrenos baldios, onde a vegetação de restinga ainda predominava. Nos fundos da casa havia um terreno que dava na beira da lagoa, cristalina, onde ele nadava e pescava. No canal que liga a lagoa ao mar ele gostava de ver a água entrar na subida da maré e sair na descida. Eram grandes quantidades de peixe que entravam para desovar e depois saiam. Eram robalos, tainhas, mamarres, camarões etc.
Na praia de Ipanema pegava jacaré de peito, mergulhava e pescava muito. Gostava de observar as mudanças do tempo, a virada dos ventos e a chegada da frente fria e da ressaca. Na volta do colégio, o bonde passava pela praia e ele já podia checar as ondas.
O avô era professor do exército, amigo do General Rondon e grande andarilho. Ele o levava pra grandes passeios, subiam o Cantagalo, o Pão de Açúcar e a Pedra da Gávea.
Nas férias costumava ir para Leme e Garças, no interior de São Paulo, onde caçava com os primos e onde aprendeu a imitar o pio dos pássaros. Ele entrava na lagoa e ficava com água pelo pescoço, escondido e piando. Conhecia os marrecos, irerês, garças, pato-pretode-asa-branca, paturi etc. Na mata descrevia os grandes salões, com pouca vegetação rasteira devido à ausência de luz, os grandes jequitibás, paus de abraço que precisavam de vários homens para poder abraçá-los, as grotas-noruegas, frias e úmidas, onde o sol nunca bate. Sabia o pio dos inhambús, xororó e assú, que em São Paulo tem o nome de xintã e xororó, como a dupla sertaneja. Imitava a chegada do macho, o levante da fêmea, a xororocada do macuco e do xororó, o bando de capoeiras, a saracura, jacú, jurity, grilos,micos, perdiz, jaó, irerê (fí fí fíu, que era o assobio usado pela família para chamar uns aos outros). Nas músicas O Boto, gravada por ele, e Borzeguim, com o Quarteto em Cy,ele gravou vários destes pios .
Na Sinfonia de Brasília se ouve o diálogo da perdiz e do jaó. Diziam os candangos que aperdiz e o jaó foram casados e depois se separaram, indo a perdiz para o cerrado e o jaó para os capões de mato próximos às águas. Então a perdiz grita: “Ei, vamos voltar!”, e o
jaó responde: “Eu, nunca mais”.
Conhecia também gaviões: uirassu, apacanim, pega macaco, casaca de couro, pombo,peneira, do rabo branco, carcará, pinhé, carijó etc. Também os falcões, como o peregrino,que voa todo ano do Canadá até a Argentina, sem passaporte, passando pelo Rio, onde um costumava se hospedar no relógio da Mesbla, de onde caçava os pombos do Passeio Público. Uma vez dei a ele um mapa com as rotas aéreas dos pássaros migratórios, que Ana enquadrou e colocou junto ao piano.
Dos urubus, ele gostava do camiranga ou jereba, marrom e de cabeça vermelha, que quase nunca bate as asas, mestre do vôo e das correntes ascendentes, onde flutua como ninguém. Tem hábitos solitários, caçador e curioso, quase sempre que te vê no mato desaparece, para depois aparecer subitamente num rasante para te observar de perto. Ele escreveu um texto muito bonito sobre este urubu.
Em Ipanema, com a chegada de um piano para o colégio que sua mãe tinha em casa,começou o interesse dele pela música. Voltava da praia e ia para a garagem investigar os intervalos. Uns alegres outros tristes, consonantes ou dissonantes. Começou os estudos com o professor Koelreuter, que trouxe o atonalismo para o Brasil e lhe deu uma formação geral de música. Tom era um grande fã da tonalidade, dava voltas e mais voltas por diversos tons e acabava voltando à tônica. Dizia ele que era a volta para casa.
Um bom exemplo disso é a música Matita Perê, que descreve a fuga de um homem,mudando de nome, de montaria e de rumo, onde a música passa por quase todas as tonalidades, e no final volta para a tônica.
O samba Chega de Saudade – feito quando ele comprou um método de violão do Canhoto para dar a uma moça que cantava bem, lá no sítio do Poço Fundo – é um ótimo exemplo dos caminhos da tonalidade: Tônica,Dominante e Subdominante (primeira, segunda e terceira do tom). Tonalidade maior e menor, relativo maior e menor etc.
Quando eu estava estudando atonalismo, ele fez algumas músicas com a técnica de doze sons, que surpreendentemente soavam bastante tonais. Estão na trilha dos filmes Tempo do Mar e da Casa Assasinada.
Apesar das harmonias sofisticadas, ele gostava de arranjos bem simples e claros, como os que fez nos primeiros discos com João Gilberto. Muitas vezes suas harmonias eram de apenas três vozes e ele protestava se alguém acrescentasse mais vozes. Outras vezes, acrescentava várias vozes como num acorde vocal do Sabiá,que tem nove ou dez sons diferentes. Gostava muito de acrescentar tríades perfeitas sobre harmonias diferentes. Dizia que os atonalistas se revoltavam com os acordes perfeitos,que chamavam de malditos clarões.
São estas algumas das muitas lembranças que tenho de meu pai e queria dividir com vocês.
(Paulo Jobim)
Primogênito de Tom Paulo é fruto do casamento desse com Thereza Hermany, com quem Tom teve também Elizabeth(Beth) que como Paulo partipou também da Banda Nova no quesito voz.
Paulo é violonista,compositor ,Fez parte da Banda Nova,Quarteto Jobim Morelenbaum e do Trio Jobim acompanhando Milton .
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Petisco com massa de feijoada que ganhou fama no Aconchego Carioca se espalha pela cidade
A ideia surgiu em Minas Gerais. Durante um festival de gastronomia, Kátia Barbosa e Kadu Tomé, donos, respectivamente, dos pés-limpos Aconchego Carioca e Bracarense, provaram juntos um inédito bolinho de feijoada. E, também juntos, ficaram com aversão: apesar da receita genial, na boca ele era um desastre total.
Foi aí que a dona do Aconchego decidiu colocar a mão na massa e recriar o petisco, que, se não foi o primeiro da cidade, ostenta a fama de um dos melhores - e mais copiados. O bolinho de massa de feijoada recheado com couve à mineira frequenta altas rodas: foi uma das estrelas do almoço de casamento do chef Claude Troisgros.
- O segredo é congelar a massa. Depois, fritar em óleo quentíssimo, para alcançar o recheio e não deixar a couve gelada - ensina Kátia Barbosa, que serve o bolinho no prato de cerâmica branca, com duas fatias de laranja, cubos de torresmo e um copo de batida de limão (R$ 15, a porção).
- Ela até demorou a acertar o ponto, mas quando chegou lá, estourou - elogia Kadu, dono também do Mas Será o Benedito, na Lapa.
Avesso a cópias, Kadu não esconde que se inspirou no bolinho do Aconchego para criar um para seu novo bar. A massa também é de feijoada, com linguiça e paio, além de recheio de couve (R$ 10, a porção):
- Mas, para não virar um plágio descarado, fazemos o nosso redondo, e a casquinha é empanada antes de fritar.
A mineira Sueli Gama, dona do 1881, também aderiu à onda. E penou para chegar lá. Foram quatro tentativas (frustradas) até a fórmula perfeita: combinou a massa de feijão com farinha de mandioca para dar liga e neutralizar a carne salgada da feijoada. A porção (R$ 8) vem com um molho de feijão levemente apimentado. É o mais pedido da happy hour da casa, nos arredores da Praça Quinze.
No Couve-Flor, no Horto, o bolinho de feijoada é envolto em tempura, massa levinha oriental, crocante. Faz parte do bufê: R$ 38,90 (de segunda a sexta) e R$ 48,50 (sábados e domingos).
Antes da moda, o petisco de feijão já fazia sucesso em Santa Teresa. Diógenes Paixão, do tradicional Bar do Mineiro, conta a estranheza que foi quando colocou no cardápio, há quatro anos, o pastel com recheio de feijoada - ninguém pedia.
- Hoje, é uma das nossas atrações - conta ele, que vende a porção por R$ 18.
Depois de render um ótimo caldo, a feijoada agora anda batendo um bolão. Ou melhor, bolinho.
1881: Rua do Mercado 37, Centro. Tel: 2509-3970. Seg e ter, das 11h30m às 17h; qua, das 11h30m às 20h; qui e sex, das 11h30m às 22h30m. C.C.: Todos.
Aconchego Carioca: Rua Barão de Iguatemi 388, Praça da Bandeira. Tel: 2273-1035. Ter a sex, do meio-dia à meia-noite; sáb e dom, do meio-dia às 18h. C.C.: Todos. Cinematheque Música Contemporânea: Rua Voluntários da Pátria 53, Botafogo. Tel: 2539-0216. Ter a dom, do meio-dia às 17h. C.C.: Todos.
Bar do Mineiro: Rua Paschoal Carlos Magno 99, Santa Teresa. Tel: 2221-9227. Ter a qui, das 11h às 2h; sex e sáb, das 11h às 3h; dom, das 11h à 1h. C.C.: Todos.
Couve-Flor: Rua Pacheco Leão 724, Horto. Tel: 2239-2191. Seg a sex, do meio-dia às 16h; sáb, do meio-dia às 23h; dom, do meio-dia às 21h. C.C.: Todos.
Mas Será o Benedito: Av. Gomes Freire 599, Centro. Tel: 2232-9000. Seg a sáb, das 11h às 16h e das 17h às 3h. C.C.: M e V.
O Estádio de General Severiano em 1938, na época do Botafogo Football Club
NA INAUGURAÇAO DE GENERAL SEVERIANO, TIME DAS LARANJEIRAS CONHECE A FORÇA DE PATESKO
No dia 28 de agosto de 1938, quando o ainda Botafogo Football Club recebeu o Fluminense Football Club para uma partida amistosa na inauguração do Estádio de General Severiano.
Na oportunidade, a diretoria havia conseguido fazer inúmeras obras e apresentou, para a cachorrada da época, um estádio com capacidade para oito mil pessoas e gramado com um moderno sistema de drenagem. A solenidade contou com a presença do presidente Getúlio Vargas e várias personalidades do meio político e social do Rio de Janeiro. A celebração teve momentos de muita emoção, como a colocação no centro do gramado de um mapa do Brasil com os estados desenhados com cores diferentes. Em cada um foram depositadas pequenas quantidades de terra trazidas de cada estado.
O JOGO - O adversário começou melhor, mas a defesa composta por Nariz, Bibi e Canalli não dava a menor chance. Aos 20 minutos, o Botafogo Football Club abriu o marcador. Paschoal cruzou com perfeição para Patesko. O ponta avançou, driblou Moisés e chutou firme, sem defesa para Batatais. O primeiro tempo terminou com 1 a 0 para o Glorioso de General Severiano. Porém, as melhores emoções estavam guardadas para o segundo tempo. O Botafogo entrou forte e com disposição para
liquidar o adversário. Théo cobrou escanteio da direita, Carvalho Leite ajeitou de cabeça para Patesko, que fez 2 a 0. Logo depois, Bioró fez o primeiro do Fluminense. Mas foi o Botafogo, que voltou a crescer no jogo para fazer 3 a 1. Um golaço de Perácio, que dominou na entrada da área, venceu cinco adversários e na saída de Batataes, deu um toque de categoria na bola. Nos minutos finais, Sandro fez o segundo do Fluminense.
Amistoso
Inauguração do Estádio de General Severiano
Botafogo: Aymoré Moreira; Bibi e Nariz; Zezé Moreira, Martim (Del Popolo) e Canalli; Théo, Paschoal (Nélson), Carvalho Leite, Perácio e Patesko.
Fluminense: Batataes; Moisés e Guimarães (Machado); Santamaria, Brant e Orozimbo; Bioró (Novelli), Romeu, Sandro, Tim e Hércules.
Data: 28/8/1938
Local: Estádio de General Severiano
Árbitro: José Ferreira Lemos
Gols: Patesko, aos 20 do primeiro tempo. Pakesto, Perácio, Bioró e Sandro, todos no Segundo tempo.
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