5.06.2009
Vanessa da Mata lança CD/DVD 'natureba' e diz que faz simpatias
Christina Fuscaldo
O primeiro DVD (e novo CD) de Vanessa da Mata, "Multishow ao vivo", foi feito bem aos moldes da cantora. Com cenário pensado por ela, vestido costurado com tecidos comprados durante suas viagens pelo mundo, o show inspirado no repertório do álbum "Sim" e em sucesos da carreira foi gravado em Paraty, cidade escolhida justamente por não ter um número significativo de fãs. O objetivo era que tudo acontecesse naturalmente, como tudo na vida da cantora criada em Alto Garças, município com cerca de 10 mil habitantes no Mato Grosso.
- Eu podia ter ido para uma casa de shows incrível, mas quis um DVD com calor humano. Dá para ver que tem pessoas ali chegando, algumas cantando, mas muitas só observando. Não é uma plateia de fãs enfeitiçados. Tem crianças com balões, vendedores de rua... - conta.
E chuva. A garoa caiu no momento em que Vanessa cantava "Ai, ai, ai" ("O que a gente precisa é tomar um banho de chuva"). Para a equipe de produção, parecia maldição. Para a cantora, foi uma bênção.
" Eu ainda faço simpatia e rezo todas as noites. Ainda boto uma flor de verdade no cabelo "
- Não era para ser um DVD dominado pela indústria fonográfica. Ela estava li a favor de mim e da música. A gravação aconteceu durante aquele período das enchentes de Santa Catarina e todo mundo ficou preocupado. Eu adorei, porque foi um tal de as pessoas fazerem simpatia. Eu queria isso - diz.
Simpatia? Sim... Vanessa confessa manter ainda hoje hábitos típicos das cidade do interior:
- Eu ainda faço simpatia e rezo todas as noites. Não acredito nos sentidos, pois sou muito pé no chão, mas ainda boto uma flor de verdade no cabelo.
Vanessa teve que deixar de ser macrobiótica porque não conseguia seguir a dieta durante as turnês de shows. Hoje, a cantora é adepta da ioga e da boa alimentação. Além disso, evita noitadas para preservar a voz. Morando entre o Rio e São Paulo, ela diz que, na Cidade Maravilhosa, fica mais fácil cuidar da saúde.
- O Rio me tranquiliza e me incentiva a viver o dia. Sempre fui de fazer minhas coisas de noite, mas a vida com regras faz bem para a voz - comenta.
A cantora acha que, no CD/DVD "Multishow ao vivo", sua voz está mais madura. E diz que os novos arranjos são um presente para o público:
- Canto melhor, de forma mais pura, por causa da estrada (shows). Hoje, não faço aqueles malabarismos dos tempos "Essa boneca tem manual". E os novos arranjos estão lindos. Não gosto de fazer igual, porque acho que o público não quer ouvir a mesma coisa. Reproduzir do mesmo jeito, é automatizar e tornar o disco frio. É injusto, pois é como se eu não me dedicasse à música. Até "Ai, ai, ai" está com uma roupa diferente. "Amado" ficou linda e os reggaes parecem mais soltos - diz, referindo-se a "Vermelho", "Absurdo" e "Ilegais".
Estes contam com a participação da dupla jamaicana Sly Dunbar (bateria) e Robbie Shakespeare (baixo e voz). Com uma inédita e duas regravações no repertório - "Acode" (Vanessa da Mata), "As rosas não falam" (Cartola) e "Um Dia um Adeus" (Guilherme Arantes) - o disco foi produzido pela dupla Kassin e Mario Caldato.
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