9.09.2009

Situação de Dilma preocupa

Enviado por Lucia Hippolito -

pesquisa CNT/Sensus

A última pesquisa CNT/Sensus aponta ligeiríssima queda na popularidade do presidente Lula (81,5% em junho e 76,8% em setembro) e na avaliação positiva de seu governo (69,8% em junho e 65,4% em setembro).
Nada que faça o presidente Lula perder um minuto sequer de sono.
A queda é natural e esperada. Afinal, o presidente vem tomando algumas atitudes bastante arriscadas, como estender o manto protetor de sua popularidade sobre figuras e atos muito controvertidos, como a defesa intransigente do presidente do Senado, José Sarney.
Ou mesmo a defesa da ministra Dilma no caso do encontro que houve-não-houve com a ex-secretária da Receita Federal.
O presidente pode muito mas não pode tudo. A pesquisa apontou que, entre os que acompanharam o assunto, a maioria (35,9%) acredita que Lina Vieira estava falando a verdade, enquanto 23,6% acreditam na ministra Dilma.
E é justamente a situação da ministra Dilma que inspira cuidados, segundo a pesquisa.
Em todas as simulações para a eleição presidencial do ano que vem, Dilma não passa dos 20%. Os especialistas em pesquisas afirmam que Lula consegue transferir 20% de intenções de voto para qualquer candidato.
Como a ministra não sai dos 20%, é legítimo concluir que ela não ainda não tem voto próprio.
Para piorar ainda mais as coisas, Dilma obteve altíssimo índice de rejeição na pesquisa: 38%. Perigosamente perto do teto de 40% de rejeição, índice a partir do qual nenhum candidato se elege.
Assim, Dilma Rousseff combina, por enquanto, o pior dos dois mundos: baixo índice de intenção de voto com alto índice de rejeição.
Do outro lado do espectro da pesquisa, o governador José Serra segue na liderança de todas as simulações, com intenções de voto perto de 40%.
Quanto à rejeição, a de Serra é das mais baixas (28%), acima apenas da rejeição ao governador Aécio Neves (26%).
Assim, ao contrário de Dilma Rousseff, José Serra combina, por enquanto, o melhor dos dois mundos: alto índice de intenção de voto com baixo índice de rejeição.
Agora, é acompanhar as próximas pesquisas, comparar com as anteriores, para ver se é possível extrair uma tendência, a praticamente um ano da eleição.
Sabendo-se que ninguém ganha ou perde eleição de véspera.

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