7.31.2009

O segundo álbum de Mart'nália ganha reedição

Mauro Ferreira

O segundo álbum de Mart'nália, lançado originalmente em 1997 pela ZFM Records (companhia fonográfica comandada por seu pai, Martinho da Vila), ganha reedição pela Biscoito Fino, a gravadora que atualmente tem Mart'nália em seu forte elenco. Produzido por Ivan Machado, o CD Minha Cara abrigou 12 músicas, entre temas autorais (Tentação, Contradição e Entretanto, parceria com Mombaça) e incursões pelos repertórios de Carlos Dafé (Pra que Vou Recordar o que Chorei?), Cassiano (Coleção) e Martinho da Vila (Grande Amor). A faixa-título, Minha Cara, é de autoria de Dudu Falcão. Com a reedição de Minha Cara, o único título raro da discografia de Mart'nália fica sendo seu primeiro álbum, Mart'nália, lançado em 1987 pelo extinto selo 3M (com distribuição da companhia na época denominada BMG Ariola) e ainda inédito no formato digital.

Coletânea relembra tempo e obra de Chiquinha


Mauro Ferreira

Para quem aprecia o tempo - e a música! - de Chiquinha Gonzaga (1847 - 1935), a gravadora Biscoito Fino está lançando a coletânea Chiquinha Gonzaga e seu Tempo, que reúne 12 raros fonogramas extraídos do projeto A Casa Edison e seu Tempo. São gravações de alto valor histórico, pois nelas a própria compositora - pioneira por ter sido a primeira mulher a escrever partitura para opereta popular e a compor marcha de Carnaval - grava seu cancioneiro (formado basicamente por polcas, valsas, choros e tangos) na companhia dos músicos Antônio Maria Passos (flauta), Arthur de Souza Nascimento (violão) e Nelson Alves (cavaquinho) - integrantes do Grupo Chiquinha Gonzaga. A seleção do CD inclui Sultana (polca de 1908), Atraente (polca de 1911), Corta-Jaca (tango de 1912), Falena (valsa de 1913) e, claro, a marcha Ô Abre-Alas, composta em 1899 e ainda hoje o maior sucesso da discografia de Chiquinha.

O clipe em anexo , encerrava cada capítulo da minissérie 'Chiquinha Gonzaga', exibida em 1999, pela Rede Globo de Televisão. Em 2008, foi lançada em DVD, mas os clipes foram cortados,o que foi um verdadeiro absurdo.Ele traz
as seguintes composições:
Abre Alas:Angela Maria ,Emilinha e Marlene_piano: Leandro Braga
Lua Branca:Joanna_piano Maria Treza Madeira
Forrobodó:Lenine _piano Maria Treza Madeira

Felipe Andreoli apresenta stand-up em Volta Redonda


Felipe Andreoli, do programa do CQC, da Band, vai se apresentar em Volta Redonda, no próximo domingo (2). Com um show no formato stand-up o ator deve levar o humor inteligente em duas apresentações.

Os ingressos para ‘Que história é essa' estão à venda e custam R$ 40,00 (inteira - 1º lote), R$ 20,00 (meia - 1º lote), R$ 50,00 (inteira - 2º lote) e R$ 25,00 (meia - 2º lote). Felipe Andreoli sobe ao palco do teatro Gacemss às 18h e às 21h.

Os interessados podem encontrar os convites na secretaria do Gacemss, na Ornamentus (Rua 33 - Vila Santa Cecília), By San (Sider Shopping - Volta Redonda e Shopping House - Barra Mansa) e na M16 (Vila Santa Cecília).

Banda de Volta Redonda conquista o público da região



Ananda Valente

Em outubro passado nasceu, em Volta Redonda, uma nova proposta de som, onde a criatividade é o ponto chave. Essa forma particular da Prime é, segundo os integrantes da banda, apoiada na criação: "Copiar é fácil, conseguimos dar a nossa cara mesmo nas canções conhecidas", diz o vocalista Raphael Prado. A banda, que já é destaque no mundo da música, está na fase de finalização do primeiro CD, considerado por eles mais um diferencial.

Composições antes guardadas na gaveta estarão no álbum "Infinito". Em estilo pop rock, 11 músicas inéditas mais uma faixa bônus com a participação do músico Ronan Castro, piano e voz, chamada "Letícia". "Nesse trabalho de pós-produção o foco é na arte do disco, fotos, encarte. O público vai gostar", diz, animado, o baterista Dalson Paiva.

- Nosso trabalho independente é o que tem aberto portas pra gente. Geralmente os produtores pedem um disco demo com regravações para conhecer as bandas. Sempre enviamos nossas composições e a resposta é sempre muito positiva - fala Erick Ciarelli (baixista).

Desde o lançamento da banda, há cerca de nove meses, os shows e participações em eventos movimentam a agenda dos meninos. Raphael conta que a Prime já esteve em todas as casas de show da região. No repertório, músicas das bandas LS Jack, Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho e Beatles, entre outras, sempre com roupagem diferenciada: "Somos todos muito criativos".

Quem assiste às apresentações pode curtir ainda as composições que farão parte do álbum "Infinito", como a música de trabalho, "Por Você", uma declaração de amor de alguém para alguém ou para alguma coisa. Esses sucessos já conquistaram o coração de muitas pessoas. Nas apresentações já rolam os famosos "chicletinhos", músicas que "colam" e o público sempre pede. Quanto à inspiração, Raphael conta que todos os integrantes compõem sobre temas variados do cotidiano.

A identidade de uma banda é, sem dúvida, o fator que garante reconhecimento e identificação. A palavra Prime foi por acaso, de acordo com os componentes, nem tiveram tempo de escolher. "A gente chegou a fazer uma lista, Prime foi na marra. A galera já nos conhecia por esse nome, pegou e a gente se acostumou", comenta Erick Ciarelli.

Quando a pergunta é sobre sonhos e planos... "Divulgar nosso trabalho, participar cada vez mais de eventos. Ter uma carreira longa e duradoura, respeitando e sendo respeitados pelo público", diz Dalson. Mas a banda tem uma preocupação. "Não queremos que o público enjoe do nosso som. Para isso, o empenho pelo novo sempre", fala Erick. "O respeito e admiração de quem prestigia nosso trabalho só acrescentam coisas boas e nos move para frente", observa Eldrich. "Essas pessoas são a razão de tudo, ajudam a construir nossa carreira", enfatiza o vocalista.

Quem é quem na banda

O vocalista Raphael Prado ganhou seu primeiro violão aos 8 anos de idade, lá pelos 15 começou a tocar guitarra e fazer "backing vocal" em uma banda. Largou os instrumentos para o microfone tempos depois, fez inclusive cursos para aprimorar a voz.

Dalson Paiva, o baterista na banda, descobriu a paixão aos 4 anos, quando ganhou o instrumento de presente. Trabalhou como músico "free lance" e participou de outras bandas.

Numa família de músicos nasceu Erick Ciarelli. Com 12 anos passou a ter interesse por contrabaixo. De experiência em outras bandas, inclusive gospel, chegou à Prime.

Experiência com teclado, guitarra e em várias bandas estão no currículo de Eldrich Castilho, que passou a ter mais contato com a música em 2004, quando criou um estúdio e começou a trabalhar só com isso.

Alisson Barbosa é apaixonado por guitarra desde pequeno, participou de uma banda de rock e tocava nas festinhas da igreja.

Serviço
* Banda Prime - Contatos: (24) 7836-2339 e (24) 9908-0404. Ou: primevr@hotmail.com

Fonte Diário do Vale

7.30.2009





Cultura - Barra Mansa - RJ
"Três Caminhos"- Alan Carlos Rocha

Acontece no GREBAL a solenidade de lançamento do livro "Três Caminhos" do ilustre cidadão, advogado e historiador Alan Carlos Rocha.

Um evento de grande mérito, para ser prestigiado por todos que circulam pelos caminhos da arte e da cultura nesta cidade.

Dia: 31/07/2009
Hora:19h30min.
Local: Auditório José Lourenço - Sede do Grêmio Barramansense de Letras

Av. Argemiro de Paula Coutinho, 44 - Centro - Barra Mansa - RJ

(Clique na imagem para ampliar e saber mais...)




Banda Prime faz show em Volta Redonda nesta sexta

A boate Porão, em Volta Redonda, recebe o show da Banda Prime nesta sexta-feira, 31. A apresentação começa às 22h. Nos intervalos, Dj Badauê agita a noite. Os ingressos custam R$ 10 (masculino) e R$ 5 (feminino).Classificação: 18 anos
Boate Porão
Rua Miguel Couto Filho, 12, Jardim Amália - Telefone:(24) 3342-6727
Volta Redonda


Marcelo Cardoso canta MPB em Maringá

O Casebre Pub, em Maringá (Itatiaia), recebe o show de MPB, na voz de Marcelo Cardoso nesta sexta-feira, 31. O cantor sobe ao palco às 21h. O valor do couvert é R$ 8 por pessoa.Classificação: livre
Casebre Pub
Estrada dos Cavalos, s/nº, Maringá - Telefone:(24) 3387-1605
Itatiaia/RJ




Sexta com Penedo Winter Jazz


As atrações do 4º Penedo Winter Jazz desta sexta-feira, 31, serão os músicos Mauro Costa Júnior e Márvio Ciribelli. O violinista Mauro é convidado especial do pianista e produtor musical Márvio. O show começa às 20h. O valor do couvert é R$ 50.
Classificação: livre
Jazz Village Bistrô,Rua Toivo Suni, nº 33, Penedo
Telefone:(24) 3351 - 1275
Itatiaia/RJ

e-mail para esta coluna botecosdovaledocafe@gmail.com

Marco Luque volta à região para apresentar stand up

Sucesso no programa CQC, o ator e comediante Marco Luque volta à região no dia 14 de agosto. Com o stand up ‘Tamo Junto', apresentado no início de julho em Volta Redonda, Marco Luque vai levar humor a Resende, em 75 minutos do espetáculo.

Desde março deste ano, cerca de 20 mil pessoas já assistiram à apresentação que conta no palco experiências do ator. Falar de assuntos do cotidiano e acontecimentos pessoais é a maneira Marco Luque de transformar o evento em algo que vale a pena.

O ator também ganhou espaço na mídia com personagens como o motoboy ‘JacksonFive' e o taxista ‘Silas Simplesmente'.

O evento acontece no Teatro da Aman, às 21h, e a classificação é 14 anos.

De acordo com a produção do evento, não será permitida a entrada depois do início do espetáculo.

Mais informações pelo telefone: (24) 3354-1484

Barão Vermelho original reunido em gravação após 20 anos


Enviado por Rodrigo Pinto -

Na tarde desta segunda-feira, no Estúdio Dubrou, no Rio, Roberto Frejat, Dé, Maurício Barros e Guto Goffi se reuniram para gravar uma faixa que compuseram juntos para o disco solo de Goffi. Foi a primeira vez que o quarteto esteve junto gravando uma música inédita deles em mais de 20 anos.
O disco de Guto é o primeiro individual do baterista e fundador da banda. Depois de Frejat, Guto será o primeiro da formação original do grupo a lançar um álbum solo. Barros trabalhanda em um disco próprio e Dé vem mantendo o ritmo como compositor, baixista e produtor, sem previsão para lançamento de trabalho próprio.
O encontro dos barões originais alimenta sonhos secretos de fãs da banda, que apostam numa reunião das duas principais formações da banda carioca - a outra, inclui Fernando Magalhães, Rodrigo Santos e Peninha - para uma mega turnê comemorativa dos 30 anos do grupo, em 2010, 2011.
De cara, o que se sabe é que os barões superaram rusgas do passado e, nos últimos anos, vêm se aproximando, apesar dos trabalhos individuais. No lançamento de meu livro sobre a banda, no Circo Voador, os quatro haviam se encontrado com os novos integrantes, num show maravilhoso, histórico (na foto acima).

o 'Jogando no quintal' leva campeonato de improvisação para o Teatro Clara Nunes



Ana Carolina Morett

RIO - No futebol, é comum que os mais belos lances surjam de um simples improviso, às vezes quando a jogada é considerada praticamente impossível. Que tal, então, uma "partida" em que o vencedor é aquele que faz as melhores improvisações? No espetáculo "Jogando no quintal", essa receita deu tão certo que após sete anos de apresentações em São Paulo seus integrantes fizeram as malas para uma turnê nacional, que chega ao Rio nesta quinta-feira (30.07), no Teatro Clara Nunes. Em campo, ou melhor, no palco, seis palhaços divididos em dois times criam cenas a partir de temas escolhidos pelo público, que dá o apito final e julga quem é melhor no improviso.

Toda a atmosfera é de um jogo de futebol. Além das equipes azul e laranja, temos um árbitro e uma banda, que cria melodias ao vivo. Nos vestimos como atletas, mas a bola são os temas sugeridos pela plateia. Temos até aquecimento, só que é feito com distribuição de caipirinhas. A improvisação hoje em dia está na moda, mas o nosso caso é diferente porque ela é feita por palhaços - explica César Gouvêa, um dos fundadores do grupo.
O espetáculo é dividido por rodadas. Em uma delas, por exemplo, cada time tem que improvisar uma cena em dez segundos a partir de uma palavra sugerida pelo público. Em outra, um objeto é a fonte de inspiração. Segundo estimativas do ator e palhaço profissional, mais de 180 mil pessoas já conferiram o resultado desta ideia, que foi colocada em prática pela primeira vez no seu próprio quintal:
- Encontrei meu amigo Marcio Ballas no projeto Doutores da Alegria, do qual fazíamos parte, e falei sobre meu interesse em fazer teatro de forma autônoma, alternativa. Ele tinha acabado de voltar da Europa e me falou sobre campeonatos de improvisão. Começamos a pesquisar essa linguagem, e convidamos outros palhaços. Até que montamos o espetáculo e fizemos a estreia na minha casa mesmo, para 75 pessoas.
Depois de alguns meses "jogando no quintal", o grupo começou a fazer apresentações em locais alugados, como a quadra de uma escola pública e até mesmo um circo. Em 2007, eles conseguiram patrocínio, começaram a ter retorno financeiro, e o espetáculo ganhou sua temporada aos finais de semana. No ano passado, foram convidados para o XI Festival Ibero Americano de Teatro de Bogotá, na Colômbia, onde venceram o Campeonato Mundial de Match de Improvisação.
- Lá não estávamos caracterizados. Era um formato diferente, com o qual não estávamos acostumados, porque tivemos que jogar de acordo com as regras do campeonato. Mas nós usamos essa relação com o público que temos como palhaços, e surpreendentemente vencemos - diz Gouvêa.
Mais notícias no site do Rio Show. Confira

"Jogando no quintal" - Teatro Clara Nunes. Rua Marquês de São Vicente, 52 / 3º piso - Shopping da Gávea. Tel: 2274-9696. De quin (30.07) a dom (02.08). Quin a sáb, 21h; dom, 20h30m. R$ 30

Ana Cañas existe


Enviado por Leonardo Lichote -

O CD de estreia de Ana Cañas, cantora que vinha de temporada badalada no Baretto (SP) e chegava com o aval de Chico Buarque, foi um balde de água fria nas boas expectativas. As composições eram ingênuas e a sonoridade MPálidaB, exangue.
Foi, portanto, sem expectativa nenhuma que ouvi o recém-lançado "Hein?". O efeito foi exatamente o oposto. O disco tem problemas e a falta de maturidade de Ana como compositora e artista ainda aparece (curiosamente, em algumas canções assinadas com o veterano Arnaldo Antunes). Mas corre sangue nas veias do CD e, comparado com a estreia, é um salto gigantesco. Pela primeira vez, a cantora mostra personalidade. Não há mais momentos de ingenuidade rasgada como havia no primeiro. E há boas canções, redondas, bem cantadas e tocadas. Como "Esconderijo", que acaba de ganhar um clipe com direção de Selton Mello. Você pode assisti-lo aqui.
Enfim, Ana Cañas - ao contrário do que nos fazia crer seu primeiro CD - existe.
Por Angela Chaloub

Raul Seixas entrevistado por Nelson Motta
Na década de 70, na época do lançamento do LP "Há dez mil anos atrás". Depois da entrevista Raul canta "Os números", parceria com Paulo Coelho


'À deriva', de Heitor Dhalia, estreia em meio à luta dos filmes autorais por espaço nas telas


Rodrigo Fonseca

RIO - Aplaudido no Festival de Cannes, "À deriva", de Heitor Dhalia, estreia nesta sexta-feira, em meio à alegria de produtores que comemoram os 10,5 milhões de espectadores contabilizados pelo cinema nacional entre 1 de janeiro e 30 de junho. Esse total de público corresponde a um crescimento de 167% em relação à venda de ingressos de 2008, limitada a 8.820.000 pagantes. Os números atuais podem até dar orgulho a todas as tribos de realizadores, mas, na prática, aplicam-se mais a blockbusters do que ao chamado "filme de arte", cuja ambição estética não se dobra a regras mercadológicas.

O próprio Dhalia dirigiu um longa que é um exemplo de surpresa no "filme de arte": "O cheiro do ralo", que, em 2007, chegou a 170 mil pagantes quando se esperavam apenas 20 mil - diz Pedro Butcher, editor do site Filme B, que analisa o mercado exibidor brasileiro. - O problema é que exemplares do chamado "filme de arte", nicho que antes fazia média de mil pagantes por cópia, hoje custam a alcançar essa marca.
Neste ano em que as comédias "Se eu fosse você 2", "Divã" e "A mulher invisível" exponenciaram a renda da cinematografia brasileira às cifras do milhão, o conceito de "filme de arte" passou a ser aplicado nos mais variados projetos. O rótulo é dado tanto às radicalíssimas experiências de cineastas como Julio Bressane - cujo longa-metragem mais recente, "A erva do rato", patina há quase um mês à cata de telas - quanto a obras pautadas pela delicadeza como o drama de locações litorâneas dirigido por Dhalia. Só que enquanto o primeiro, rodado por um veterano do cinema marginal, vai viajar o Brasil com uma única cópia, o longa do diretor de "O cheiro do ralo" chega com 40 cópias, ou seja, com energia para brigar.
" Será que os filmes não têm público ou é a gente que não chega a esse público? "
- Truffaut acreditava que a maturidade de um diretor vem quando ele consegue falar o que quer e ainda assim fazer sentido para uma grande audiência. O que eu estou buscando é fazer cinema de qualidade artística, mas acessível. Não sou contra um cinema mais radical, árido. Até por que um filme acha seu público tenha ele o tamanho que tiver - diz Dhalia, que exibirá "À deriva" no dia 3 no 19 Cine Ceará, em disputa pelo troféu Mucuripe.
Depois de "Nina" (2004) e "O cheiro do ralo" (2006), o cineasta pernambucano de 39 anos narra em "À deriva" as turbulências que cercam a adolescência de Filipa (Laura Neiva), jovem que acompanha a separação de seus pais: Clarice (Débora Bloch) e Matias (o astro francês Vincent Cassel, de "O ódio").
- Eu nunca vou saber onde "O cheiro do ralo" seria capaz de chegar se saísse com cem cópias e não com 20. E se "À deriva", que está circulando pelo mundo e já foi vendido para, no mínimo, 15 países, viesse com 80 cópias, e não 40? - questiona Dhalia, que concorreu com o drama de Filipa na mostra Un Certain Regard de Cannes.
No início da Retomada, filmes que hoje seriam tratados como iguarias para poucos, como "Central do Brasil" ou "Carlota Joaquina", foram além da fronteira do milhão. Este ano, dos filmes na linhagem de "À deriva", o mais bem-sucedido foi "Budapeste", de Walter Carvalho, com 85 mil pagantes.
- "Em meu lugar", de Eduardo Valente, que estreia em outubro também entra nessa categoria - diz Pedro Butcher, da Filme B. - E há "Tempos de paz", de Daniel Filho, que por ser um filme de época, baseado em uma peça, limita o público.

Diretor do maior sucesso da Retomada, "Se eu fosse você 2", Daniel Filho entra em circuito em 14 de agosto com a adaptação de "Novas diretrizes em tempos de paz", do dramaturgo Bosco Brasil, questionando a noção de filme de arte:
- A classificação como arte é pretensiosa. Por que não tem pintura de arte, teatro de arte, música de arte, balé de arte etc?
E o que dizer do cinema de Bressane, grife de autoralidade há quatro décadas?
- "A erva do rato" não tem distribuição no Brasil, mas estamos em cartaz na França há seis semanas - diz Marcello Maia, produtor do longa de Bressane. - Será que os filmes não têm público ou é a gente que não chega a esse público?

7.29.2009

Ney Matogrosso é o vencedor do Prêmio Shell de Música 2009


RIO - Ney Matogrosso é o ganhador do Prêmio Shell de Música 2009. O resultado foi anunciado pela organização do prêmio na manhã desta terça-feira. Pelo segundo ano consecutivo, o reconhecimento é conferido a um artista por sua contribuição ao cenário musical brasileiro, desde que o regulamento foi alterado no ano passado, permitindo que intérpretes, além de compositores, ganhem o troféu.
Ney Matogrosso foi escolhido pelo júri formado pelos jornalistas Antônio Carlos Miguel (O Globo) e Marcus Preto (Folha de S.Paulo), pelos produtores Bruno Levinson e Liminha, a cantora Roberta Sá, o jornalista e crítico musical Tárik de Souza e o músico e compositor Léo Gandelman. A entrega do Prêmio será realizada em um show no Rio de Janeiro, ainda sem data confirmada.
- Escolhemos o Ney pela sua atemporalidade e forma como trabalha com diferentes estilos musicais. Ele pode ser considerado um cantor-produtor devido à cuidadosa escolha do repertório que interpreta e dos músicos que o acompanham, além de trazer à cena novos compositores - justificou Roberta Sá.
Ney de Souza Pereira adotou seu nome artístico (Ney Matogrosso) em 1971, ano em que passou a integrar o grupo Secos e Molhados. O cantor tornou-se mais conhecido com o sucesso da banda, chamando a atenção pela voz e atuação sempre teatral no palco. Alguns anos depois, seguiu carreira solo, sendo até hoje conhecido pela performance executada em seus shows.
Fonte O Globo
Por Angela Chaloub

Elis Regina e Milton Nascimento Canção do Sal

VÍDEO:
Elis Regina - grávida de Maria Rita - participa do especial do amigo Milton Nascimento para a TV Bandeirantes

Canção Do Sal
Composição: Milton Nascimento

Trabalhando o sal
É amor, o suor que me sai
Vou viver cantando
O dia tão quente que faz
Homem ver criança
Buscando conchinhas no mar
Trabalho o dia intei...ro
Pra vida de gente levar
Água vira sal lá na sali...na
Quem diminuiu água do mar
Água enfrenta o sol lá na sali...na
Sol que vai queimando até queimar
Trabalhando o sal
Pra ver a mulher se vestir
E ao chegar em casa
Encontrar a família a sorrir
Filho vir da escola
Problema maior,estudar
Que é pra não ter meu trabalho

Começa mais uma edição do Festival Brasileiro de Cinema Universitário

Cena de "O Fim da Picada"

RIO - Luz, câmera e... uma boa história contada em até 30 minutos. Foi assim que 44 estudantes brasileiros e 36 estrangeiros tiveram seus curtas-metragens selecionados, entre outros 1.250, para o 14º Festival Brasileiro de Cinema Universitário (FBCU), a partir desta quarta-feira (29.07) no Rio. Até 9 de agosto, as produções que participam das mostras competitivas nacional e internacional terão exibições no Centro Cultural Correios, na Caixa Cultural e no Oi Futuro.

Criado para dar oportunidade a futuros cineastas, o evento tem filmes já exibidos até fora do Brasil. "Chapa", de Thiago Ricarte, da Faap-SP, figurou na mostra Cinéfondation, do Festival de Cannes, dedicada a trabalhos realizados em faculdades. Já o curta "Dez elefantes", de Eva Randolph, aluna da UFF, foi parar em terras suíças no Festival de Locarno. Por aqui, quem fez sucesso foi o filme "Como comer um elefante", de outro aluno da UFF, Jansen Raveira, exibido no Anima Mundi.
Com uma câmera miniDV nas mãos (a maioria deixou de lado a gravação em película por conta dos custos), os universitários colocaram à prova suas histórias para concorrer a uma das sete premiações concedidas pelo júri do festival. Isso sem contar a disputa para ser o destaque pelo voto popular. Já os filmes que ficaram de fora do grupo selecionado também terão seu lugar nas telas.
- Nós sempre exibimos todas as produções inscritas. Assim, os alunos poderão ter a oportunidade de discutir os curtas que fizeram - afirma Aleques Eiterer, um dos coordenadores do evento.
Além de conferir as exibições, quem comparecer ao festival poderá participar de debates, oficinas e palestras. Uma delas contará, inclusive, com a presença de Mogens Rukov, um dos pais do Dogma 95, movimento de vanguarda lançado a partir da Dinamarca, em meados da década passada, por um cinema mais realista e menos comercial.
Para conferir toda a extensa programação do festival, é só dar uma espiada em www.fbcu.com.br. Pode se animar: todas as atividades são de graça.

Lily Allen confirma shows no Rio e em São Paulo em setembro


RIO - Desbocada e talentosa, a jovem popstar britânica Lily Allen desembarca sem setembro para dois shows no Brasil: dia 16 na Via Funchal, em São Paulo, e no dia seguinte no HSBC Arena, Rio de Janeiro. As apresentações fazem parte da turnê de lançamento de seu segundo disco, "It's not me, it's you", lançado no início de 2009 e que já emplacou nas rádios, TVs e internet os hits "The fear" (tema da novela "Caras e bocas") e "F**** you".
Lily Allen surgiu em 2006, percorrendo um caminho cada vez mais comum (ou menos incomum), de páginas na internet, onde disponibilizou suas primeiras composições, para a grande mídia e os grandes festivais de rock. Seu primeiro disco, "Allright, still", do sucesso mundial "Smile", chegou ao primeiro lugar na concorrida parada do Reino Unido. Ela é conhecida, além das letras provocantes e músicas de forte acento pop, pela personalidade irascível e uma coleção de excessos cometidos em público - seria uma espécie de Amy Winehouse (quase sempre) sob controle. Além do Brasil, Lily Allen estenderá a turnê até a Argentina.

7.28.2009

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Shows da semana

8VB
O 8VB (lê-se Oitava Abaixo) é o projeto autoral do baixista, compositor e arranjador Bruno Migliari e do guitarrista e compositor Chester Harlan

Entre os músicos, é a abreviação de "oitava abaixo". Este é o projeto autoral do baixista, compositor e arranjador Bruno Migliari, que acompanha Ana Carolina e Frejat e tem no currículo trabalhos com Lobão, Moska, Fernanda Abreu, Marcos Valle e Lulu Santos. Migliari sobe ao palco ao lado do baterista Xande Figueiredo, do saxofonista Henrique Band, do tecladista Vitor Gonçalves e do guitarrista Bernardo Bosisio para apresentar composições que estão no disco Amicizia. Faixas como Lusco Fusco, Miss Freyer, Amélia e Me Visite em Sonhos dosam lirismo e groove em arranjos sintonizados com o jazz contemporâneo. 18 anos. Cinematheque Música Contemporânea (240 lugares). Rua Voluntários da Pátria, 53, Botafogo, 2286-5731, Metrô Botafogo. Quarta (29), 21h. R$ 20,00. Cc.: todos. Cd.: todos. www.matrizonline.com.br




ARRANCO DE VARSÓVIA

Destacado pela dedicação ao samba, o grupo revisita a obra do grande compositor Angenor de Oliveira, o Cartola (1908- 1980), no espetáculo Samba de Cartola. Formado por Muri Costa, Paulo Malaguti, Andréa Dutra, Cacala e Elisa Queirós, o conjunto confere ricos arranjos vocais a clássicos do poeta mangueirense. Além de As Rosas Não Falam, Tive Sim e O Sol Nascerá, o Arranco vai exibir pérolas menos conhecidas como A Vila Emudeceu, em homenagem a Noel Rosa, e Ciência e Arte, samba-enredo em parceria com Carlos Cachaça. Bar do Tom (350 lugares). Rua Adalberto Ferreira, 32, Leblon, 2274-4022. Quinta (30), 21h30. R$ 30,00 a R$ 50,00. Bilheteria: 9h/22h (seg. a qua.); a partir das 9h (qui.). Cd.: todos. Estac. c/manobr. www.plataforma.com.


BRUCE HENRI

O contrabaixista nova-iorquino radicado no Rio desde a década de 70 está na estrada com o disco Villa's Voz, uma homenagem a Heitor Villa-Lobos. A apresentação segue o roteiro do CD. Obras como O Canto do Cisne Negro e Prelúdio nº 3 ganharam arranjos ousados com espaço de sobra para improvisos. Também estão garantidas no recital Floresta do Amazonas e Pequena Suíte para Violino e Piano. Henri recebe dois convidados especiais: Frejat e Ney Matogrosso. Livre. Espaço Tom Jobim (500 lugares). Rua Jardim Botânico, 1008, Jardim Botânico, 2274-7012. Quinta (30), 20h30. Bilheteria: 14h/18h (seg. a qua.) e 14h/20h30 (qui.). R$ 50,00. Estac. grátis a partir de 17h.wCINEBONDE. Sexteto instrumental, o Bondesom lançou um disco dançante e autoral no ano passado. Agora, empresta seu toque latino a trilhas sonoras clássicas do cinema. Eles vão tocar atrás de uma tela translúcida onde serão projetadas imagens dos filmes com intervenção do VJ Juliano Gomes. No repertório ganham destaque os temas do filme A Pantera Cor-de-Rosa, que virou um samba-jazz delicioso, e da série Star Wars, este interpretado no melhor estilo de Luiz Gonzaga, o rei do baião. Há ainda versões para a música de O Poderoso Chefão, Os Caça-Fantasmas e Amarcord. Cine Glória. Praça Luís de Camões, s/nº, subsolo, Glória, 2556-0781, Metrô Glória. Sexta (31), 23h. R$ 15,00.


DNA.

Carol Feghali, Beto Filho, Kikinho Neto e Bruno Galvão levam adiante o pop romântico difundido por seus pais, integrantes das bandas Roupa Nova, Golden Boys e Trio Esperança. A pegada teen das composições levou a música Casaco Marrom, de Renato Correa, Danilo Caymmi e G. Guarabyra, à trilha sonora da novela Amor e Intrigas, da Record. Outra que faz sucesso é Amando pra Valer. Não vão faltar homenagens aos progenitores, que participaram de perto da produção do disco. Teatro Rival Petrobras (450 lugares). Rua Álvaro Alvim, 33, Cinelândia, 2240-4469, Metrô Cinelândia. Quarta (29), 19h30. R$ 30,00. Bilheteria: 13h30/19h30 (seg. a qua.). TT. www.rivalbr.com.br.


DOIS EM UM
Luisão Pereira e Fernanda Monteiro são músicos e formam um casal. Além de juntar as escovas de dentes, dividem o projeto que rendeu o elogiado disco homônimo. Ele é ex-guitarrista da banda Penélope e produtor musical. Ela, violoncelista da Orquestra Sinfônica da Bahia. Ao vivo, eles desfiam canções do álbum, a exemplo de E Se Chover?, Deixa, Florália e Vai que de Repente. A presença do violoncelo confere ares eruditos ao som pop da dupla. Livre. Sala Funarte Sidney Miller (250 lugares). Rua da Imprensa, 16, térreo, Centro, 2240-5151, Metrô Cinelândia. Sexta (31), 19h. R$ 5,00.


GABRIEL IMPROTA E RODRIGO LESSA
O bandolinista que tocou no Pagode Jazz Sardinha's Club é o convidado do guitarrista Gabriel Improta para uma jam session com muita música instrumental brasileira. Com o baixista Rodrigo Villa e o baterista Victor Bertrami, a dupla apresenta clássicos de Baden Powel, Vinicius de Moraes e Milton Nascimento, além composições próprias. 18 anos. Semente (80 lugares). Rua Joaquim Silva, 138, Centro. Informações, 9781-2451. Quinta (30), 21h30. R$ 16,00.



HAMILTON DE HOLANDA QUINTETO

Virtuose do choro moderno, o bandolinista começou a tocar aos 6 anos e, ainda menino, conquistou a admiração de medalhões como Armandinho e Altamiro Carrilho. Desde 2000, seu instrumento oficial tem dez cordas – assim ele alcança tons graves que não são possíveis no bandolim convencional. Como quinteto, Hamilton apresenta o repertório de seu último disco, Brasilianos 2, com composições inspiradas em gente do porte de Hermeto Pascoal, Pixinguinha, Baden Powell e Raphael Rabello. Livre. Auditório do BNDES (300 lugares). Avenida Chile, 100, Centro, 2172-7757, Metrô Carioca. Quinta (30), 19h. Grátis. Distribuição de senhas uma hora antes.




KIKO CONTINENTINO

Pianista, arranjador e compositor mineiro, integrante da banda de Milton Nascimento há mais de doze anos, Continentino comemora 40 anos de idade com uma apresentação especial. Ao lado de Jefferson Lescowich (baixo) e Victor Bertrami (bateria), o músico recebe parceiros e amigos para canjas especiais. A apresentação retoma a sonoridade de órgãos que está voltando à baila: o fender rhodes e o hammond organ, muito usados no fusion jazz do Azymuth na década de 70. No repertório, Round About Midnight, Donna Lee, Blue Monk, Partido Alto e Nada Será como Antes. Santo Scenarium (120 lugares). Rua do Lavradio, 36, Centro, 3147-9007. Sexta (31), 20h30. R$ 8,00. Cc.: todos. Cd.: todos. santoscenarium.blogspot.com.



JORGE VERCILLO

O cantor volta ao Rio com a turnê de Trem da Minha Vida para debutar na Fundição. Da nova safra, Vercillo apresenta a faixa-título, uma mistura de reggae e xote, Toda Espera, Devaneio e Voo Cego. Também estão garantidos sucessos antigos, Fênix e Homem-Aranha, ao lado de duas músicas do bem-sucedido projeto Coisa de Jorge: São Jorges, em parceria com Jorge Aragão, e Líder dos Templários, com Aragão e Jorge Ben Jor. 18 anos. Fundição Progresso (5?000 pessoas). Rua dos Arcos, 24, Lapa, 2220-5070. Sábado (1º), 0h. R$ 40,00 a R$ 70,00. Bilheteria: 10h/13h30 e 14h/18h (seg. a sex.) e a partir das 12h (sáb.). www.fundicaoprogresso.com.br.




MARCELO D2

Rap e samba, a mistura que consagrou D2, ganham a companhia de outros gêneros no recém-lançado A Arte do Barulho. Depois que o rapper desfiar, entre outras, Desabafo/Deixa Eu Dizer e a balada romântica Vem Comigo que Eu Te Levo pro Céu, a noite continua, até as 2 horas, com a festa LUV. Canecão (2?000 lugares). Avenida Venceslau Brás, 215, Botafogo, 2105- 2000. Sexta (31) e sábado (1º), 22h. R$ 60,00 a R$ 120,00. Bilheteria: 12h/21h20 (seg. a qui.); a partir das 12h (sex. e sáb.). Cd.: todos. www.canecao.com.br.



MARIA GADÚ

Aposta da gravadora Som Livre, que lançou seu disco de estreia, a cantora e compositora paulistana de voz levemente rouca apresenta ao público o hit Shimbalaiê, sucesso nas rádios que ela criou aos 10 anos. Boa parte do programa é autoral, mas também estão previstas versões para Ne Me Quitte Pas, de Jacques Brel, e A História de Lily Braun, de Chico e Edu. Do disco, outra candidata a hit é a versão blues do pancadão Baba, Baby, de Kelly Key. 16 anos. Varanda do Vivo Rio (1?000 lugares). Rua Infante Dom Henrique, 85, Aterro do Flamengo, 2272-2900. Quinta (30), 20h30. R$ 25,00. Bilheteria: 12h/2h (seg. a qua.); a partir das 12h (qui.). Cc.: M e V. Cd.: R e V. Estac. c/manobr. (R$ 12,00). IR. www.vivorio.com.br.


ORA PRO NOBIS
O nome da banda, emprestado da folha típica da culinária mineira, entrega as origens do som que mistura elementos barrocos e sinfônicos à MPB. No palco, o grupo toca as treze canções do disco de estreia, Eclipse Total, além de versões para, entre outros, Mutantes, Secos & Molhados e Cássia Eller. Um violino elétrico integra a formação do quinteto. 12 anos. Rio Rock Blues (200 lugares). Rua do Riachuelo, 20, Lapa 3684-1091. Sábado (1º), 22h. R$ 20,00. Cc.: M e V. www.riorockebluesclub.com.br



TETÊ E ALZIRA ESPÍNDOLA E DAM FELIX

No projeto Nossa Língua, Nossa Música, uma atração brasileira e outra de algum dos países da comunidade de língua portuguesa dividem o palco. Nessa edição, as irmãs Tetê e Alzira partem da música regional e cabocla para exibir uma sonoridade mais contemporânea. Travando um dueto de vozes, craviola e violão, as duas cantoras exibem intimidade com suas raízes pantaneiras. Convidado da vez, o fadista da Ilha da Madeira Dam Felix tem trinta anos de carreira. Livre. Teatro II do CCBB (155 lugares). Rua Primeiro de Março, 66 (Centro Cultural Banco do Brasil), Centro, 3808-2020. Terça (28), 12h30 e 18h30. R$ 6,00. Bilheteria: a partir de 10h (ter.).



TONI PLATÃO

O cantor está em boa fase da carreira. Seu Pros que Estão em Casa levou o Prêmio da Música Brasileira de melhor DVD do ano. Platão sobe ao palco com a banda que gravou o álbum: Sergio Diab (violão e guitarra), Bruno Wanderley (bateria), Wlad (baixo) e Rodrigo Ramalho (acordeão). No repertório, Impossível Acreditar que Perdi Você, Nasci para Chorar e Calígula Freejack. Outro destaque é Em Segredo, versão do músico para In My Secret Life, de Leonard Cohen, que está no disco Negro Amor. 18 anos. Posto 8 (386 pessoas). Avenida Rainha Elizabeth, 769, Ipanema, 2523-1703. Quinta (30), 21h30. R$ 30,00. Bilheteria: 16h/22h (ter. e qua.); a partir das 16h (qui.).



SCOTT FEINER

O pandeirista americano acaba de voltar de turnê por seu país-natal e pelo México. Ele é a atração do mês do Auditório Cinematheque, espaço da casa dedicado a shows gratuitos. Acompanhado pelo pianista Vitor Gonçalves e o violonista Bernardo Bosisio, Feiner cria uma inusitada mistura entre o jazz e o pandeiro brasileiro. O repertório é composto de músicas de seus dois últimos discos, Dois Mundos e Pandeiro Jazz. 18 anos. Cinematheque Música Contemporânea (240 lugares). Rua Voluntários da Pátria, 53, Botafogo, 2286-5731, Metrô Botafogo. Quinta (30), 20h. Grátis. www.matrizonline.com.br.


4º PENEDO WINTER JAZZ
Aproxima-se o último fim de semana para curtir o friozinho da serra ao som de boa música instrumental no Jazz Village Bistrô. Na sexta (31), sobem ao palco o pianista Marvio Ciribelli e o violonista Mauro Costa Jr, especialista na música flamenca e em ritmos latinos. Os músicos contam com a participação de Flavinho Santos, na bateria, e Francisco Falcon, no contrabaixo. No repertório, Jamaica, Mantra, Santa Morena e Guantanamera. Encerram o evento, no sábado (1º), Gilson Peranzzetta e Mauro Senise. Estão programadas músicas do mais recente disco do duo, Extase, além de composições de Edu Lobo, Ary Barroso e João Bosco. Livre. Jazz Village Bistrô (60 lugares). Rua Toivo Suni, 33 (Hotel Pequena Suécia), Penedo, (24) 3351-1275. Sexta (31) e sábado (1º), 21h. R$ 50,00. Cc.: todos. Cd.: todos. www.jazzvillage.com.br.

MONOBLOCO NA FUNDIÇÃO PROGRESSO

Fundição Progresso - Sexta 31, 23h

Pedro Luís, Renato Biguli e Pedro Quental dão voz a temas brasileiros acompanhados por dez ritmistas. A receita tem dado tão certo que só no ano passado o grupo rea-lizou oficinas de percussão na Irlanda, na Inglaterra e na Dinamarca. A versão reduzida do bloco – que durante o Carnaval ganha 150 integrantes – levanta a galera em músicas de Cartola, Clara Nunes, Alceu Valença e do próprio Pedro Luís. Um pot-pourri dedicado a Jorge Ben Jor inclui Fio Maravilha, País Tropical, Taj Mahal e Santa Clara Clareou. 18 anos.

Fundição Progresso (5 000 pessoas). Rua dos Arcos, 24, Lapa, 2220-5070. Sexta (31), 23h. R$ 40,00 a R$ 70,00 (mulher) e R$ 50,00 a R$ 80,00 (homem). Bilheteria: 10h/13h30 e 14h/18h (seg. a qui.); 10h/13h30 e a partir das 14h (sex.). www.fundicaoprogresso.com.br.

OLHA O QUE O CARA FAZ COM CAIXAS DE TIC TAC

Recebemos um vídeo muito interesante do leitor Luiz Carlos, do Rio de Janeiro.

Com Depp, Tim Burton explora 'Alice no País das Maravilhas'


Por John Gaudiosi

SAN DIEGO (Reuters) - O trailer 3D de Tim Burton para "Alice no País das Maravilhas," da Walt Disney Pictures, tem sido o assunto da Comic-Con, graças em parte à aparição surpresa de Johnny Depp em um painel na quinta-feira.
Depp interpreta o Chapeleiro Maluco no novo filme, que estreia nos cinemas em março de 2010. Burton fez sua primeira aparição na grande convenção de quadrinhos e cultura pop desde a década de 1970, quando o Comic-Con envolveu trechos do filme "Super-Homem."
O diretor brincou que trouxe trechos de suas férias por não ter muitos trechos do novo "Alice no País das Maravilhas." Ele sentou-se com a Reuters para conversar sobre o filme.
Reuters:Você pode explicar sua visão sobre Alice no País das Maravilhas?
Tim Burton: Não, porque eu ainda tenho muito a fazer (risadas). Digo, estamos tentando fazer um filme. Eu apenas pego versões e... porque é como gostar de material em quadrinhos, embora eu não sei se verei em algum momento um filme que realmente gostei baseado neles, porque sempre parece ser uma série de acontecimentos estranhos. Todo mundo é louco e é um tipo de garotinha passiva vagueando de episódio em episódio. Então, mesmo que os livros e as histórias sejam icônicos, nunca senti que houve um filme que realmente se fez um filme, traduzido da história para um filme. Então essa é a tentativa.
Reuters: O que você tirou do material de Lewis Caroll?
Tim Burton: É baseado em todo o material de Lewis Caroll, incluindo o "Poema Jabberwocky." Outros filmes de "Alice" sempre eram apenas uma garota vagueando passivamente com um monte de personagens estranhos. Tentamos tramar uma história que tenha emoção e faça sentido.
Reuters: Você assistiu aos outros filmes de "Alice?"
Tim Burton: Vi muitas das diferentes versões de "Alice" pelos anos. Eu sei que houve um filme musical pornô que eu lembro de ter assistido nos anos 70. E muitas outras diferentes versões.
Reuters: Você pensa sobre uma audiência antes de fazer o filme?
Tim Burton: Não exatamente (risadas). Digo, porque acho que você não pode. Quando fiz "O Estranho Mundo de Jack", as pessoas pensaram que ele era muito estranho para crianças, mas as crianças gostaram muito. Você sabe que fiz material de Roald Dahl e ele é sempre estranho, mas as crianças gostam disso. Pais frequentemente esquecem que crianças gostam de coisas estranhas. Então você tenta fazer isso para todos, creio.
Reuters: Que tipos de tecnologia você está desenvolvendo para "Alice?"
Tim Burton: Bem, parece mais uma combinação de coisas. Estamos usando técnicas que foram usadas antes. Estamos apenas misturando-as de forma um pouco diferente, então isso é o que torna um pouco diferente para mim: a combinação de atuação e animação.
Reuters: Como essa experiência tem sido para você até agora?
Tim Burton: Esta é a primeira vez que uso tela verde. É difícil quanto você não tem muitos sets. Você tenta manter isso o mais vivo possível para que os atores possam interagir o máximo com os outros. Velocidade e energia são importantes. Você realmente começa a enlouquecer depois de um tempo, não apenas para os atores, mas para mim e a equipe. Você começa a pensar: "quem somos novamente, onde estamos?."
Reuters: O que Johnny Depp trouxe ao Chapeleiro Maluco?
Tim Burton: Ele gosta de se enfeitar. Pensei nos personagens de "Alice no País das Maravilhas", eles sempre são retratados como loucos sem significado, e acho que ele tentou trazer algo, uma qualidade humana à loucura. Ele tentou entender um pouco mais... Tentamos dar a cada personagem sua loucura particular. Ele é bom para explorar isso, acho que por ele ser louco. Não sei.
Reuters: Como é sua relação com Depp?
Tim Burton: Nós nos damos bem e trabalhei com ele muitas vezes. É sempre empolgante ver o que ele acrescenta. E é divertido trabalhar com ele porque é como se sempre haverá algo diferente e novo.

Comando do PT negocia trégua da bancada no Senado sobre situação de Sarney

MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília

A direção do PT vai tentar negociar uma trégua com a bancada do partido no Senado em torno da permanência do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), no cargo. O presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), deve convocar uma reunião com os senadores petistas na semana que vem e defender que não é papel da bancada discutir a saída ou afastamento de Sarney.
Segundo interlocutores, a avaliação de Berzoini é que, como o PT não apoiou a candidatura do peemedebista ao comando do Senado, não tem responsabilidade pelas ações dele no cargo.
O presidente do PT teria dito que foi surpreendido com a nota divulgada pelo líder do PT, Aloizio Mercadante (SP), por acreditar que não existem novos motivos para pressionar o peemedebista. No documento, Mercadante afirmou que a divulgação das gravações da Polícia Federal que indicariam envolvimento de Sarney na negociação da contratação do namorado da neta era "grave, porque há indícios concretos da associação do peemedebista com atos secretos".
Para a direção do PT, a nota foi precipitada. Alguns senadores petistas disseram à Folha Online que a iniciativa de Mercadante foi isolada, apesar de representar o posicionamento defendido pela bancada no início do mês. O líder do PT não foi localizado pela reportagem.
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) afirmou, no entanto, que se houvesse a consulta, pelo menos seis ou sete senadores apoiariam o texto. "Temos defendido essa questão publicamente. Não podemos negar que é preciso que o presidente do Senado se afaste para dar credibilidade às investigações e até para oxigenar os trabalhos da Casa", disse.
Suplicy conversou na sexta-feira com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o afastamento de Sarney, mas não conseguiu reverter o apoio do governo a manutenção de Sarney na presidência do Senado. O governo está preocupado com a governabilidade, com a CPI da Petrobras e com o apoio do PMDB nas eleições de 2010.
O senador petista chegou a comentar com o presidente Lula que uma conversa que teve semanas atrás com o vice-presidente do Senado, Marconi Perillo (PSDB-GO), na qual o tucano se comprometeu, no caso de um afastamento de Sarney, comandar o Senado sem prejuízos para o governo. "O presidente ficou de refletir sobre o assunto", disse.
A nota de Mercadante gerou mal-estar no governo. O ministro José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) disse hoje que o governo manteria o apoio a Sarney e afirmou que o governo avaliaria a nota de Mercadante para saber se tinha o aval da bancada. "O que nós avaliamos é que isso não é um movimento do PT. Nós imaginamos que seja o posicionamento de um ou dois senadores", afirmou.

Projeto 'Aos pés do Santa Marta' reúne oficinas, música e cinema

RIO - Deste sábado (25.07) até 2 de agosto (domingo) o morro Santa Marta vai ter atrações de jazz, forró, choro, rap, samba, cinema e dança, no projeto "Aos pés do Santa Marta", da ong Atitude Social e da Secretaria Municipal de Cultura. Para participar basta levar um quilo de alimento não perecível para a Creche Mundo Infantil.
O show de abertura terá a participação do grupo de forró Se riscar pega fogo, da banda de rock Sonnica e do rapper Fiell. A ideia surgiu em 2007, em um encontro dos músicos de choro Luis Cláudio e Mauro Montezuma, que queriam levar ao morro outros gêneros de música brasileira além do funk. A Ong Atitude Social oferece cursos e oficinas, e conta com a participação do projeto Villa Lobinhos. Mais informações sobre o evento estão no site
www.agendadosantamarta.blogspot.com.

Fundação CSN abre inscrições para Oficinas Culturais

As inscrições para o Projeto Oficinas Culturais da Fundação CSN estarão abertas a partir da próxima semana, em Volta Redonda. Ao todo serão oferecidas 1.212 vagas para diversos cursos gratuitos nas áreas de artes cênicas, música e artes visuais. Os interessados podem se inscrever na próxima quinta (30) para as oficinas na área de música e artes visuais e na sexta-feira (31) para o Ballet, das 8h às 12h e das 14h às 17h, no Centro Cultural Fundação CSN.

O projeto é aberto para toda comunidade e tem como objetivo principal democratizar e socializar a arte e a cultura. As aulas vão começar no dia 10 de agosto (exceto o ballet, que começa em setembro), de segunda a sábado, e serão ministradas por profissionais da própria Fundação.

As oficinas foram criadas em 2006 para atender a demanda por cursos gratuitos nos segmentos da cultura, principalmente por pessoas que procuram um envolvimento com a arte e incremento sócio cultural. O projeto serve também para estimular o crescimento e expressão artística.

- O projeto descobriu muitos talentos. Mas o que nos deixa felizes é que as oficinas comunitárias permitem uma inserção da comunidade no mundo da cultura - frisa a coordenadora do Centro Cultural, Ana Amélia Costa, acrescentando que, durante o curso, serão realizadas oficinas, palestras e workshops com profissionais renomados das mais diversas áreas.

Além disso, uma vez por semana, serão realizadas apresentações no anfiteatro do Centro Cultural, o ‘Quarta Cultural', gerando oportunidade para artistas da região e dando visibilidade ao trabalho desenvolvido na FCSN.

O Centro Cultural Fundação CSN, fica localizado na Rua 21, nº 402, em frente ao Recreio do Trabalhador, na Vila Santa Cecília.

As inscrições serão feitas por ordem de chegada, mediante a apresentação de duas fotos 3x4, identidade, CPF, e comprovante de renda. Para os menores é indispensável a presença do responsável, não sendo permitido a realização da inscrição por adulto que não seja o responsável legal.

Quinta-feira (30) - Inscrições nas áreas de música e artes visuais das 8h às 17h.

Sexta-feira (31) - Inscrições para o ballet clássico e contemporâneo das 8h às 17h.

Mais informações sobre a relação de vagas e horários dos cursos através do telefone: (24) 3343-3990.

Hatoum disseca Leite derramado

Hatoum e Chico na Flip: métodos, influências e brincadeiras (divulgação)

Não há nada como a companhia de um bom livro. Exceto, talvez, poder trocar ideias sobre ele com quem entende do assunto. Pois a partir desta terça (28) o escritor amazonense Milton Hatoum conduzirá o Clube do Livro aqui no site. Os leitores poderão conversar com o autor de Órfãos do Eldorado e Relato de um certo Oriente sobre tema, tom, estrutura e personagens de diversos livros.

Funciona assim: a cada nova edição, Hatoum propõe três livros. Os membros do site votam e o livro escolhido é dissecado em detalhes durante seis semanas, cada uma delas dedicada a uma questão específica do fazer literário.

O escolhido para o pontapé inicial, com 44,2% dos votos, é Leite derramado, quarto romance de Chico Buarque e best-seller há meses no Brasil. O livro conta a história de Eulálio, um velho que revisita suas memórias no leito de morte. Se quiser ir esquentando os motores, uma boa prévia são os vídeos da mesa que Hatoum e Chico dividiram na última Festa Literária Internacional de Parati, e que podem ser vistos abaixo. Chico e Hatoum leem trechos de suas obras, falam de seus métodos e chegam a brincar um com o outro: "Li o livro dele e pensei: esse cara me plagiou!", disse Chico.

Mesa 10 - Chico Buarque e Milton Hatoum - parte 2 - FLIP 2009
http://www.youtube.com/watch?v=9BNdMD9rWZk

Para quem quiser participar do clube do livro ,aqui está o link do site:
http://www.conhecaolivreiro.com.br/noticias/165-hatoum-disseca-leite-derramado

Espetáculo em homenagem a Vinicius de Moraes completa 15 anos na região

A apresentação "Vinicius de Moraes... É Demais!", que completou 15 anos em cartaz na região, voltou com novidades, em Resende. Produzido e dirigido por André Whately, que ainda atua, o espetáculo poético e musical conta histórias de Vinicius, por meio de suas obras e parceiros musicais, como Tom Jobim, Baden Powell e Toquinho.

No show de pouco mais de 90 minutos, fala-se da música, da poesia e do jeito do poeta. Passeia então, entre a emoção e a diversão, assim como fazia a alma do grande gênio. Além de ser mais uma homenagem, "Vinicius de Moraes... É Demais!" é uma forma de fazer presente a obra e a vida do diplomata, dramaturgo, jornalista, poeta, compositor e ainda boêmio.

A ideia do espetáculo, que transita harmonicamente entre um recital de poesia, uma apresentação musical e um bate-papo descontraído, surgiu por volta de 1993, quando Whately reuniu um grupo de artistas de Resende para levar ao palco um pouco da vida e da obra do "Poetinha", como também era conhecido.

A primeira montagem surgiu a partir de uma conversa com um amigo músico, foi feita com um elenco maior e uma concepção de espetáculo diferente da atual. Era apresentado com músicos e bailarinos e este perfil foi encenado até o ano de 2000.

Whately explica que, depois de ler outros livros e de uma pesquisa mais aprofundada, foi criada uma nova versão, mais acústica e com apenas três pessoas em cena. Além do teatro, passaram a se apresentar em bares, restaurantes e até clubes. E, comprovando a sua funcionalidade, o show se adaptou a todos os lugares, cobrindo com a mesma eficiência as mensagens contidas em cada obra do poeta que os artistas ressaltam no palco.

Nos bares e restaurantes, compete a atenção dos espectadores com as bebidas e petiscos à mesa. Mas não importa o local, as apresentações têm o mesmo propósito, e cada desafio vencido contribui para o sucesso e a continuidade do espetáculo.

- Não imaginava que a peça teria esta longevidade. Mas é muito prazeroso perceber que mesmo depois de 15 anos o espetáculo continua encantando o público - diz Whately, que nos palcos encarna o poeta. E acrescenta: "O espetáculo deve continuar, sempre, porque Vinicius é imortal. Como devem ser todos os verdadeiros artistas que dignificam seu povo, sua gente, e por isso não devem ser esquecidos nunca".

A versão atual

A versão atual da apresentação traz um cenário bastante simples, uma mesa de bar e uma cadeira. No figurino, as roupas de um Vinicius elegante, que se vestia bem. Nada muito extravagante, para que o interessante sejam as palavras. As novidades seguem com a estreia da cantora Thaís Motta em Resende, jovem de swing perfeitamente encaixado na batida da bossa nova, e com a homenagem aos 50 anos da peça "Orfeu da Conceição", um dos grandes sucessos de Vinicius que conta a história do mito grego de Orfeu transposto à realidade das favelas cariocas. A apresentação do monólogo de Orfeu na abertura do espetáculo foi acompanhada por Thiago Zaidan no violão e a gravação histórica e rara de Elizete Cardoso cantando à capela "Poema dos Olhos da Amada".

Além de André Whately, responsável pela parte poética, o show conta também com as participações dos músicos Luiz Lima (o Japão), na percussão, Thiago Zaidan e Thaís Motta.

Assistir à apresentação é a oportunidade de conhecer um pouco mais da alma imensa e versátil de um dos maiores nomes dos poemas, das letras e da música brasileira.

Marcus Vinicius da Cruz de Mello Moraes nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 19 de outubro de 1913. Notabilizado por seus belos sonetos, participou de toda renovação da música brasileira. Viveu rompendo convenções e imposições sociais, e também literárias. Passou da poesia culta para a popular e misturava ritmos de uma forma impecável.

Escandalizava a sociedade sempre com um copo na mão. E seus biógrafos garantem que o inconstante no amor teve, oficialmente, nove mulheres.

Quem é quem no espetáculo

* André Whately:
- Pesquisa
- Roteiro
- Direção
- Interpretação
* Thaís Motta:
- Voz
* Thiago Zaidan:
- Violão
* Luis Lima
- Percussão
Por Angela Chaloub

FOLKLORE E BOSSA NOVA DO BRASIL



Característica: vocal e instrumental

Gravadora:

MPS Records
Produtor:Joachim E. Berendt
Formatos:(LP/1966), (CD/1998)
Primeiro disco:1966
Observação:Gravado na Alemanha

SHOW FOLKLORE E BOSSA NOVA DO BRASIL
PARTICIPAÇÃO:

Sylvia Telles
Edu lobo
Rosinha de Valença
&
Dom Salvador Trio:
Chico Batera
Jorge Arena
Rubens Bassini
&
J.T.Meirelles

A rebelião dos mansos contra o criador

Villas Bôas Corrêa

Dono de partido não é uma novidade na rolagem da política, desde a queda da ditadura do Estado Novo de Getúlio Vargas, em 24 de agosto de 1945, com a exceção dos quase 21 anos da ditadura militar dos cinco generais presidentes.
Marcas da República Velha, em que os coronéis e fazendeiros dominavam a política municipal e elegiam quem queriam com as mágicas do emprenhamento de urnas e dos papeluchos com os resultados oficiais.
A fase dourada da democracia, de 1945 até a mudança da capital do Rio para Brasília, foi como o sábado do jardineiro da casa de Nelson Rodrigues, “uma ilusão” ,em que a população acreditou até a frustração do golpe militar, para recuperar a crença com a eleição indireta, pelo Colégio Eleitoral, do presidente Tancredo Neves, que morreu por erro médico e medo do bisturi, antes de tomar posse.
O que foi salvo dos incêndios da liberdade e da democracia não chegou até os tempos de Lula. Nem a UDN dos lenços brancos e da decadência com o apoio à ditadura militar - com as exceções que não resgatam o mito decaído - conseguiu renascer. O AI-2 do presidente udenista, general Castelo Branco, acabou com os partidos tradicionais para impor na marra, o bipartidarismo de circo para a montagem da chantagem da ARENA, que defini em palestra, em Natal (RG) como “a filha da UDN que caiu na zona”.
A lambança partidária, fruto podre da mudança da capital do Rio para Brasília antes de estar pronta, em 21 de abril de 1960, foi rápida e radical. O Congresso, aos trancos e solavancos, teve o seu momento em meio à turbulência do incompetente governo do vice João Goulart - que substitui o amalucado Jânio Quadros, que renunciou esperando “voltar nos braços do povo”. E pagou todos os seus pecados na ditadura militar, quando foi tratado como um traste, castigado com cassações de mandatos, recessos parlamentares, a criação do senador biônico, a censura à imprensa e a repressão à margem da lei aos comunistas, com a tortura dos Dois Codis, que matou, aleijou e inutilizou centenas, mas de milhar de militantes, estudantes e suspeitos de adversários do Governo.
É este Congresso que recaiu na esbórnia com a eleição do presidente Fernando Collor de Mello e que retornou como senador por Alagoas e amigo de infância do presidente.
Enfim, chegou a vez de Lula. O maior líder operário do país, que comandou a mobilização dos trabalhadores de São Bernardo do Campo, fundou o Partido Trabalhista (PT), foi deputado Constituinte em 88, perdeu três eleições para presidente da República – duas para Fernando Henrique Cardoso e uma para Fernando Collor- que, cassado foi substituído pelo seu vice, Itamar Franco - quando chegou a vez de Lula, eleito e reeleito para os oito anos dos dois mandatos, que termina em 31 de dezembro de 2010 - e não em 2015, como registrei no artigo de quinta-feira, 23, e que mereceu justos puxões de orelha de leitores atentos.
O exercício da presidência ensinou muita coisa ao Lula. O gosto pelas viagens domésticas e internacionais é um curso incompleto sobre a política internacional. Com desembaraço inflado pela vaidade, o presidente é um personagem reverenciado pelo mundo, conhecido pelos dirigentes de todos os países.
Mas, do PT só tem colhido decepções. O Partido dos Trabalhadores endoidou com a vitória e se considera dono de todas as sinecuras e empregos públicos. Na Petrobrás, pendurada na CPI que não deve dar em nada, são mais de 10 mil petistas e outros tantos na fila de espera das vagas nos poços miraculosos do fundo do oceano.
Até ai chega a tolerância do presidente. Mas, a rebelião dos mansos do PT passou da conta. Lula tem como meta para encerrar os dois mandatos, a eleição da ministra Dilma Rousseff. E tem lá as suas razões. O PT do caixa dois, do mensalão, das ambulâncias, dos Correios e agora no envolvimento com a crise do Senado não tem um candidato confiável. É o PT que agora vira a casaca e adere aos tucanos e aos Democratas no apoio à proposta dos senadores Cristovam Buarque (PDT-DF) e Pedro Simon (PMDB-RS) de antecipar a convocação do Conselho de Ética do Senado, ainda no recesso, para investigar com rigor a participação do presidente José Sarney na edição de atos secretos.
Os sinais de rebeldias se espalham por vários Estados, do Rio Grande do Sul a São Paulo, Minas e outros focos com mais fumaça do que fogo.
Lula sem o PT é um espanto de derrubar queixo. Mas, o PT sem Lula é uma legenda sem voto.

FRASE DO DIA

“A posição do partido é de que o que está denunciado seja apurado. Mas fazer qualquer movimentação para constranger o presidente Sarney a se licenciar é fazer parte do jogo daqueles que sempre querem retirar a pessoa do cargo.”
Ricardo Berzoini, presidente do PT

7.27.2009

Roda de choro é segredo das noites de segunda-feira no bar Estrelato

Juarez Becoza

RIO - Impossível entrar no Estrelato, pequenino bar na Travessa dos Tamoios, sem notar a imensa bandeira do Brasil bordada no toldo que protege as mesinhas na calçada em frente. Trata-se de pano de fundo acolhedor para um dos segredos mais bem guardados da Zona Sul: um boteco familiar, com duas décadas de vida, que tem entre seus fiéis frequentadores alguns dos mais refinados músicos da cidade. Terá a descrição despertado alguma lembrança familiar ao leitor que rima música com botequim? Pois então, é isso mesmo: o Estrelato é quase um Bip Bip do Flamengo.
Com algumas diferenças, claro: em vez do famoso e temperamental Alfredinho do bar de Copacabana, aqui temos a Lenice, sorridente até em dia de inundação na Marquês de Abrantes. No lugar da cerveja em lata, chope razoável e algumas boas opções gastronômicas, com destaque para o caldinho de feijão temperadíssimo e delicioso, servido em copo americano, e para a picanha na chapa.
A semelhança entre os bares fica, é claro, no espírito musical. Se no Bip as rodas rolam quase diariamente, no Estrelato o dia nobre é a segunda-feira, quando uma turma da pesada se reúne para beber e tocar chorinho. Às sextas tem voz e violão. Tudo informal mesmo, armado pelos próprios clientes, que fazem questão de perpetuar o espírito da casa.
Como fica embaixo de um edifício residencial, o Estrelato fecha cedo. A música sempre termina às 23h, meia-noite no máximo, quando o choro está bom demais. Quem manda parar é sempre o Zinho, guardião da chopeira e dos bons costumes. Eventualmente, seu humor peculiar lembra até o do Alfredinho. Taí, aliás, mais uma semelhança entre os dois botecos.
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Estrelato: Travessa dos Tamoios 32, Flamengo - 2205-0149. Seg a sáb, das 18h às 23h. C.C.: Todos.

Secretaria de Cultura divulga novas atrações do Cultura para Todos

Foto Felipe de Souza
Como costuma acontecer toda manhã de segunda-feira, hoje (27) uma fila se formou em frente ao Cine 9 de Abril, na Vila Santa Cecília, para a retirada de convites do Cultura para Todos. Amanhã (28), será apresentado o espetáculo Terapia do Riso, às 19h e 21h - a abertura fica por conta da cantora Mariângela Leal.

Para trocar o convite, centenas de pessoas enfrentam a manhã nublada e levaram leite do tipo longa vida. É permitida a troca de até dois convites e é necessário levar um litro de leite para cada ingresso. A distribuição, que começou às 10h, segue até às 19h e caso não esgotem os convites, o trabalho continua amanhã, no mesmo horário.

O projeto, que começou no início de maio, segue agora para a segunda fase. As apresentações divulgadas pela secretaria de Cultura, quando o Cultura para Todos começava, terminam amanhã. A lista dos novos de artistas que subirão ao palco do Cine 9 de Abril para dar prosseguimento já está disponível:

04/08 - Kleiton e Kleidir
Abertura: Armando Bandeira

11/08 - Nerson da Capitinga
Abertura: Joca Otoni

18/08 - Neguinho da beija-flor
Abertura: Talles Dias e convidados

25/08 - Ivan Lins
Abertura: Ranieri e os pintos

01/09 - Leila Pinheiro
Abertura: Vicente Lima e seu violino

08/09 - Aonde está você agora - Peça com Bruno Gagliasso
Abertura: Auriston

15/09 - Malu Magalhães
Abertura: Figurótico e banda

22/9 - Comédia em Pé
Abertura: Jorge Guilherme

29/09 - Elba Ramalho
Stael de Oliveira e cia Arte em Cena

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As atrações de outubro e novembro serão decididas com base na enquete disponível no site da prefeitura de Volta Redonda - www.portalvr.com.
Fonte Diário do Vale

O continente negro: No Nelson Rodrigues, um teatro dramático escrito em forma de contraponto


Barbara Heliodora

RIO - No Teatro Nelson Rodrigues está em cartaz "O continente negro", do chileno Marco Antonio de la Parra. Primeira obra do autor montada no Brasil - o texto é objeto de uma brilhante tradução de Silvia Gomez -, a peça do dramaturgo chileno é uma intrigante experimentação, um teatro dramático escrito em forma de contraponto.
Duas atrizes e um ator criam os 12 personagens que se entrelaçam para compor a complexa rede que narra varias histórias, nenhuma delas dominante, todas elas fragmentos de um todo que cobre chegadas e partidas, ilusões e desencantos. Essa estrutura exige de início muita atenção. Porém, uma vez que o espectador identifica o jogo, tudo fica mais fácil e compreensível. Não há preocupação com elaboração de tensões crescentes, pois os vários componentes afloram e desaparecem alternadamente, cumprindo suas missões na composição do todo.
Trilha sonora cria ambientes distintos
A encenação é dominada por um vasto cenário - que, por sua vez, apresenta múltiplas possibilidades, disciplinadas em um todo -, criado por André Cortez, também responsável pelos figurinos que individualizam os vários personagens. A ótima iluminação é de Telma Fernandes, e a trilha sonora, que cria ambientes distintos, é de Dr. Morris.
A direção é de Aderbal Freire-Filho, que manipula com firmeza o desenho físico dos vários componentes da ação e, com igual segurança, estabelece climas e personalidades que dão vida ao complexo espetáculo.
O elenco é composto por Débora Falabella, Yara Novaes e Angelo Antônio que com pequenas mas claras mudanças de postura e tom dão vida a 12 personagens de maior ou menor peso, muito embora não se trate aqui de uma narrativa, como já tem acontecido em outros espetáculos de Aderbal. Há toques de depoimento crítico muito importantes para a natureza do espetáculo.
"O continente negro" é uma fascinante experimentação dramatúrgica.

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'O continente negro'.
Texto: Marco Antonio De La Parra.
Direção: Aderbal Freire-Filho.
Elenco:Débora Falabella, Ângelo Antônio e Yara de Novaes.

O amor platônico, uma mãe ausente e fútil e um marido infiel são temas abordados para retratar a dificuldade dos relacionamentos amorosos.
Teatro Nelson Rodrigues: Caixa Cultural. Av. Chile 230, Centro - 2262-8152. Qui a sáb, às 20h. Dom, às 19h. R$ 20. 60 minutos. Até 2 de agosto.