6.01.2009

Mojito cai no gosto do carioca e ganha versões moderninhas

Joana Dale
RIO - Quatro folhinhas de hortelã, uma colherzinha de açúcar, suco de um limão, uma dose e meia de rum branco, gelo e água gaseificada para completar. A receita clássica do mojito, centenário drinque cubano, está com o maior cartaz entre os cariocas. De lambuja, ganhou uma frutinha nova aqui, um destilado diferente ali... Refrescantes que só eles, o mojito e suas versões moderninhas vêm brilhando nos bares e restaurantes mais concorridos da cidade.
- O mojito é a nova caipirinha. É menos óbvio, a caipira banalizou. E as pessoas estão descobrindo que o rum é uma bebida flexível - atesta o chef paulistano Fabio Battistella, do Meza Bar.
Além de servir o mojito clássico, Battistella criou sabores como melancia, caju, morango com manjericão (R$ 12,50, cada) e maçã verde (R$ 14,50) - este último, seu xodó.
- A ideia era trazer a cozinha para o bar. Caramelizo a maçã verde na frigideira e ainda uso caramelo na bebida, em vez de açúcar. Para equilibrar, coloco um pouco de limão siciliano - ensina o chef, que está bolando, para o segundo semestre, uma carta só de mojitos. - Faço questão de manter o rum em todas as criações.
Em outros balcões da cidade, no entanto, os bartenders deixam a tradição de lado e capricham em doses de vodca, saquê e até espumante para montar suas versões. O ingrediente que permanece, seja qual for a base alcoólica, é a cheirosa hortelã - a alma dos juleps, categoria de drinque à qual o mojito pertence, como explica a sommelière Deise Novakoski, colunista do Rio Show.
- Essas versões reinventam a roda e ajudam a popularizar o drinque. A coquetelaria é como a moda: encurtamos a saia, adotamos a plataforma, mas estamos sempre revisitando um clássico. O mojito é o drinque da vez - confirma Deise.

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