Foto: Tiago Archanjo/AgNews
Erasmo Carlos substituiu Rita Lee, que se recupera de duas cirurgiasLuciana Quierati
Havia pouco passava das 21h da terça-feira (26) e as pessoas já faziam fila para entrar Na Estrada do Rock, a festa de quatro anos da revista Rolling Stone Brasil, na Lapa, em São Paulo. Uma festa temática - com motos customizadas e carros antigos, integrantes-cover do Kiss circulando pelos ambientes e artistas em sessões de live-painting -, que tinha como atração principal a apresentação da cantora Rita Lee.
Uma garoa fina caía na área de céu aberto do recinto da festa. Sequer conseguiu desarrumar o penteado das mulheres, bem arrumadas e aprumadas para a ocasião - um verdadeiro desfile de moda e de beldades. Mas suficiente para abençoar a celebração, na qual Rita Lee não poderia comparecer.
Entre os convidados, artistas como os atores Adriana Birolli, Marisa Orth, Paloma Bernardi, Marjorie Estiano e Leonardo Miggiorin. A música, claro, também se fez representar, com a cantora Wanessa, Leilah Moreno, Supla, Paulo (do Sepultura), Japinha (do CPM22) e Leo Maia (filho do saudoso Tim). Isso para citar alguns. Na pista de dança, todos no embalo de uma mistura de tipos e ritmos. De Ice Ice Baby (a pegajosa canção de Vanilla Ice que completa 20 anos em 2010) a Sampa, aquela do cruzamento da São João com a Ipiranga, de Caetano. Todos à espera do show principal da noite.
Artistas e demais convidados dançavam juntos, sob um piso - já por volta da uma hora da madrugada - um tanto quanto grudento, por conta das cervejas e destilados respingados. A maioria mal sabia que Rita Lee não viria. Mas, em seu lugar, outro subiria ao palco. Aliás, atrás do palco já estava.
Erasmo Carlos. O tremendão chegou pouco antes da uma e foi cercado por jornalistas, que com ele falaram rapidamente antes do show. Ele vestia a camisa número 1, preta, da Seleção Brasileira de futebol e com ela veio a se apresentar.
Faltando 15 minutos para as duas horas, no telão aparece um vídeo com uma mensagem de Rita Lee. Ela passou por duas cirurgias e se recupera. Disse que viveu o inferno, sofreu, mas está bem. Que não iria reclamar, nem queria que os presentes reclamassem de sua ausência, porque Erasmo estava ali.
Sem que houvesse necessidade de maiores explicações e apresentações, ele se pôs no palco e começou seu show de 14 músicas e uma hora de duração. Como se podia esperar, colocou os clássicos para fora. Negro Gato, Gatinha Manhosa, Minha Fama de Mau, É Proibido Fumar e, para fechar, Festa de Arromba.
Enquanto a banda ainda tocava, mais uma mensagem os convidados puderam ouvir. "Votem certo no domingo", disse o cantor pedindo consciência nas eleições em segundo turno, complementando na sequência: "Cada um tem seu certo". E com um "Até sempre!" e a mão se movimentando por debaixo da jaqueta, no lado esquerdo do peito, se despediu da plateia.
A festa ainda continuou com outras atrações, mas os parabéns à revista já estavam dados e selados. A essa hora, porém, não mais com a garoa fina tradicional da capital paulista.
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