RIO - Nesta segunda-feira, o tapete vermelho do Odeon foi estendido para a première do filme "Bellini e o demônio". Grande parte das atenções, no entanto, não estava voltada para a primeira exibição do longa no festival. O evento marcou a volta de Fábio Assunção, afastado por conta de um tratamento para dependência química. Era a prova de fogo do ator, que protagoniza a produção baseada no livro do titã Tony Bellotto. Visivelmente assustado, ele conseguiu se sair bem.
Fábio foi um dos últimos a aparecer no cinema do Centro do Rio. Enquanto não chegava, os convidados eram bombardeados com perguntas sobre o estado do ator.
- Não estive com ele desde o fim das gravações. - esquivou-se o diretor do filme Marcelo Galvão.
- Vim aqui para prestigiar meu grande amigo Fábio. Tenho certeza de que ele vai estar grandioso no filme. - despistou o ator Rodrigo Santoro. Fábio chegou ao lado da namorada Karine Tavares faltando três minutos para o início da sessão, que estava marcada para as 21h45m, mas só começou às 22h20m. Posou para fotos e pouco falou sobre os problemas que o levaram a abandonar, no ano passado, as gravações da novela das seis "Negócio da China".
- Estou me sentindo bem e espero que o filme tenha uma carreira ótima. O primeiro ("Bellini e a esfinge", de 2000) foi lançado aqui e levou o prêmio principal. Fico muito feliz de estar lançando o segundo no festival também - afirmou.
Assim que entrou no cinema, ele recebeu cumprimentos de amigos como os atores Marcelo Serrado, Marcos Pasquim e Giulia Gam. Antes de assistir ao filme, fez questão de tirar fotos com Tony Bellotto e Malu Mader.
- Ele é um grande amigo. Estou muito feliz por ele. - disse Giulia.
Vestindo paletó listrado e calça jeans e usando uma boina na cabeça ("É para esconder as entradas", brincou), Fábio não parava de se queixar do calor. A mão inquieta e o discurso treinado denunciavam seu medo de ser confrontado com perguntas pessoais.
" Estou honrado por fazer esse filme. Quero rodar o terceiro "
Ao entrar na sala de projeção, pediu para ficar nos fundos. Mas foi convencido por uma assessora a sentar-se na frente, em um dos assentos reservados para a equipe da produção.
- Estou honrado por fazer esse filme. Quero rodar o terceiro ("Bellini e os espíritos", o terceiro livro da série). Obrigado por virem assistir ao trabalho da gente. - discursou o ator antes da exibição.
Ao final da sessão, veio o alívio. Toda a equipe saiu para comemorar a boa recepção do público carioca. Menos Fábio, que preferiu entrar no carro e ir embora junto com a namorada.
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