2.15.2010

Unidos da Tijuca levanta a Marquês de Sapucaí e ouve 'É campeã!'

Madalena Romeo e Nice de Paula
RIO - A Imperatriz Leopoldinense reviveu um prazer de antigos carnavais. Por alguns segundos, as caixas de som ficavam em silêncio, e a bateria só ficava ao som de atabaques. A tática de mestre Marcone funcionou e deu um encanto a mais à escola de Ramos. Ouvir o povo cantar é divino, como o enredo Brasil de Todos os Deuses. Acompanhe os desfiles do primeiro dia do Grupo Especial em tempo real.
O segundo carro, do Deus Tupã, também chamou atenção. A maioria dos destaques vieram fantasiados de índios e índias seminus.
- A mulherada das arquibancadas aos camarotes pediam para a gente dar uma viradinha para mostrar o bumbum. Adorei! Dá uma sensação de liberdade - comentou o bancário Leonardo Pinto, 38 anos.
(Um dos autores do samba-enredo fala da alegria de desfilar)
No entanto, o carro abre alas apresentou problema ainda na concentração. Foi preciso reforço para arrastá-lo até o fim da Avenida, o que contribuiu para abrir buracos no desfile da escola.
A eterna rainha da bateria, Luiza Brunet, trocou este ano seu tradicional maiô por um biquini prata que deixava o corpo bem mais a mostra.
- O tamanho da roupa é a metade do que eu costumo usar. Dá um pouco de vergonha, mas tive que enfrentar porque foi uma orientação do carnavalesco.
O desfile marcou a volta do carnavalesco Max Lopes, 17 anos após conquistar o campeonato com Liberdade! Liberdade!, e de Dominguinhos do Estácio. Segundo Dominguinhos, não é bem uma volta.
- Estava no banco e me botaram de novo no campo. Se deus quiser vou continuar na Imperatriz. Estou muito feliz - disse o intérprete, chorando ao final do desfile.

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