Em 1895, os negros nagôs organizaram o primeiro afoxé, denominado "Embaixada Africana", que desfilou com roupas e objetos de adorno importados da África.
Em 1896, surgiu, então, o segundo afoxé, o "Pândegos da África", organizado também por negros. Os grupos representavam casas de culto de herança africana e saíam às ruas cantando e recitando seqüências de músicas e letras.Os afoxés exibiam-se na Baixa dos Sapateiros, Taboão, Barroquinha e Pelourinho, enquanto os grandes clubes desfilavam em áreas mais nobres.
Nove anos mais tarde, um outro afoxé rompeu este tácito compromisso e subiu a Barroquinha e a Ladeira de São Bento, gerando protestos em que se lastimou a quebra deste pacto não escrito da divisão espacial de classes e de ritmos no Carnaval. Neste momento, verificava-se na cidade uma divisão espacial muito séria.
Dissidentes do Cruz Vermelha, fundaram, em 1900, o Clube Carnavalesco "Os Inocentes em Progresso". O nome do clube foi inspirado em um bando de meninos que passavam no local cantando e tocando em latas.
Em 1949, ano do IV Centenário de fundação da cidade de Salvador, é fundado o afoxé "Filhos de Gandhy" pelos estivadores do Porto de Salvador, como forma de homenagear o grande líder pacifista indiano assassinado em 1948, o Mahatma Gandhy.
Surge o Trio Elétrico
Em 1950, surgiu, então, a famosa dupla elétrica. Após observarem o desfile da famosa "Vassourinha", entidade carnavalesca de Pernambuco que tocava frevo na Rua Chile, e empolgados com a receptividade do bloco junto ao público, a dupla elétrica formada por Adolfo Antônio Nascimento - Dodô - e Osmar Álvares de Macêdo - Osmar - resolveu restaurar um velho Ford 1929, guardado numa garagem. No Carnaval do mesmo ano, saiu às ruas tocando seus "paus elétricos" em cima do carro e com o som ampliado por alto-falantes. A apresentação aconteceu às cinco horas da tarde do domingo de Carnaval, arrastando uma multidão pelas ruas do centro da cidade.
O nome trio elétrico surgiu em 1951, quando, pela primeira vez, apresentou-se no Carnaval um conjunto de três instrumentistas. A "dupla elétrica" convidou o amigo e músico Temístocles Aragão para integrar o trio e tocar nas ruas de Salvador numa picape Chrysler, modelo Fargo, maior que a "fobica" do ano anterior, em cujas laterais se liam em duas placas: "O trio elétrico".
Osmar tocava a famosa "guitarra baiana", de som agudo; Dodô era responsável pelo "violão-pau-elétrico", de som grave, e Aragão, pelo "triolim", como era conhecido o violão tenor, de som médio. Estava formado o trio musical.
Surge em 1961, o primeiro desfile público do Rei Momo, papel desempenhado pelo motorista de táxi e funcionário público Ferreirinha.
No ano seguinte, surgiu o primeiro grande bloco de Carnaval, denominado "Os Internacionais", composto apenas por homens. Nesta época, a todo instante "pipocava" um trio elétrico novo, mas os blocos iam para as ruas acompanhados somente de baterias ou grupos de percussão. Foi aí que também apareceram as famosas cordas e as mortalhas para brincar o Carnaval. Em 1965 por decreto presidencial é proibido o fabrico, a comercialização e o uso do lança-perfume, introduzido em nosso Carnaval desde 1906, importado inicialmente da França e depois da Argentina.
Um comentário:
Parabens! pelo blog
No intuito colaborar com vosso blog estou enviando esse link de videos de trios,micaretas ,carnaval pertinente ao assunto
Obrigado,divitam-se
trioeletrico.org
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