Suzana Amaral volta a impressionar o cinema brasileiro com 'Hotel Atlântico'
RIO - Quase um quarto de século depois da consagração internacional de "A hora da estrela", Suzana Amaral volta a impressionar o cinema brasileiro com um exercício de realismo mágico: "Hotel Atlântico", exibido dentro da competição da Première Brasil na noite de sábado.
Baseada na obra homônima do escritor gaúcho João Gilberto Noll, a produção investe na estrenheza ao narrar a viagem de um ator sem nome (Júlio Andrade, de "Cão sem dono") pelo Sul do Brasil, à cata de experiências sensoriais que lhe garantam algum norte existencial. Na jornada, ele encara tipos e situação bizarras, pondo sua integridade física em risco.
- Eu queria um universo que fosse real e não real, sem explicações lógicas. Por vezes, tive vontade de ligar para o Noll para saber o que ele pretendia com determinadas situações, mas preferi enfrentar essa dificuldade sozinha - disse Suzana, de 77 anos.
Antes da exibição de "Hotel Atlântico", o público carioca teve a chance de conferir pela primeira vez o grande vencedor do Festival de Paulínia: "Olhos Azuis", de José Joffily, apresentado como atração hors-concours.
Vai ser difícil para as produções em competição na Première superar a seqüência em que um americano moribundo (David Rasche, o Sledge Hammer do seriado "Na mira do tira") aprende a dançar forró com uma garota de programa (Cristina Lago).
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