8.10.2009
Confira os locais em que o público escolhe o quanto pagar por peça, shows, refeição ou festa
Eduardo Maia e Lívia Breves
RIO - "Qua...Quanto vale o show?", perguntava Sílvio Santos para seus jurados e telespectadores. Não se lembra? Achava muito mercantilista? Pois a questão banal nas noites de domingo ecoa cada vez mais na cabeça (e no bolso) dos cariocas. É que a moda por aqui agora é deixar ao gosto do freguês quanto determinada atração deve custar. Seja na bilheteria de uma peça, num restaurante ou numa feira nordestina, a liberdade de escolher o quão magra a carteira vai ficar ainda é um alívio em tempos de crise.
Não faz muito tempo, em outubro de 2007, foi um susto danado quando a banda Radiohead lançou seu último disco, "In rainbows", no esquema "é liberado, pague o quanto quiser pelas novas criações de Tom Yorke", trazendo à tona o bafafá em torno do valor que a música deve ter. Inspirado pela ideia da banda, o produtor Bruno Levinson decidiu incluir na programação do festival Humaitá Pra Peixe (HPP) uma noite em que o público decidia quanto desembolsar na entrada. De lá para cá, já se foram duas edições em formato tá liberado, tá tudo liberado.
- A iniciativa vale por tirar o público de um situação de conforto e fazê-lo pensar. No caso do HPP, evento para novos artistas, eu pergunto: Quanto vale a sua curiosidade? Quanto você paga para conhecer um novo artista? - explica Levinson, que arrecada menos nessa noite sem preço fixo.
O roteiro de programas sem preço fixo começa a ganhar corpo na cidade. E já é bem variado. Aproveite os próximos dias para decidir o quanto pagar por shows, um almoço, uma peça ou uma festa. Você decide.
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