04 de março de 2011. Sexta, grátis, no Teatro Sesi
Coisa nossa, lapidado no início do século XX pelo gênio de Pixinguinha (1898-1973), o choro hoje tem uma legião de seguidores. É tocado por jovens nos palcos da Lapa e ensinado em instituições como a Escola Portátil de Música, celeiro de novos talentos, com 800 alunos. Nem sempre foi assim. Em 1975, o surgimento do conjunto Galo Preto causou sensação. Paulinho da Viola celebrou a novidade compondo para os recém-chegados Maxixe do Galo, e o sexteto logo passou a acompanhar bambas do porte de Cartola e Nelson Cavaquinho.
“Abrimos um caminho bacana porque mostramos que o choro é um gênero vivo, em constante evolução”, conta Alexandre Paiva (cavaquinho), remanescente da formação original, ao lado de Afonso Machado (bandolim) e José Maria Braga (flauta). Hoje, completam o time Bartolomeu Wiese (violão), Alexandre de la Peña (violão de sete cordas) e Diego Zangado (percussão), o caçula da turma. Na sexta (4), o grupo sobe ao palco do Teatro Sesi para interpretar um repertório que passeia por mais de trinta anos de carreira.
Com a maior parte dos arranjos assinada pelo bandolinista Afonso Machado, o programa inclui composições próprias e temas de colegas ilustres. Estão previstas, entre outras, Luisa, de Tom Jobim, Cantando de Galo, de Rildo Hora, e Forró Brasil, de Hermeto Pascoal. Acompanhando o novo ciclo virtuoso do choro, o Galo Preto deve voltar ao estúdio ainda neste ano: o último disco do grupo foi gravado em 2005.
Galo Preto. Livre. Teatro Sesi (350 lugares). Avenida Graça Aranha, 1, Centro, 2563-4163, a Cinelândia. Sexta (4), 12h30. Grátis. Distribuição de senhas uma hora antes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário