9.24.2010

Maria Gadú faz show em clima de "barzinho" no Jockey Club de SP

Foto: Marcos Hermes/Divulgação
Maria Gadú chamou o amigo Leandro Léo ao palco para cantar com ela clássicos da MPB no maior estilo um barzinho e "dois" violões

Os relógios dos prédios da Marginal Pinheiros, em São Paulo, plano de fundo do festival de música latina Telefônica Sonidos, marcavam 21h50 da quinta-feira (22) quando Maria Gadú subiu ao palco com seu jeito brincalhão. O estouro da primeira fila da plateia foi instantâneo. Ali, os dois principais fãs clubes da artista se reuniam com camisetas em sua homenagem, quadros e dezenas de câmeras nas mãos para não deixar escapar nenhum segundo sequer.
Sem se intimidar, e mandando beijos para os fãs, Gadú puxou o banquinho e pegou o violão nos braços para cantar as músicas que marcam seu primeiro e único CD, lançado em 2009. Ao começar com Bela Flor, canção tema da novela Cama de Gato também em 2009, recebeu o apoio do público, que não sabia se ficava sentado ou de pé para poder dançar.
Copos de cerveja nas mãos, balanço do corpo para lá e para cá, jogadinhas de ombro e tentativas de leves sambadas em espaço apertado. O show de Maria Gadú, aconteceu em clima de barzinho com vista da capital paulista em noite de lua cheia e clima agradável ao fundo do palco.
"Amigão e príncipe" da cantora, como ela mesma se refere a ele, Leandro Léo esteve desde o começo com Gadú. Tocando seu violão, servindo como segunda voz nas músicas e, principalmente, fazendo piadas com diferentes formas de dançar, Léo foi uma atração à parte e conseguiu arrancar risadas do público presente.
Depois de dez músicas, Gadú se disse honrada em chamar ao palco o cantor e compositor argentino Pedro Aznar, que entrou em cena acompanhado por sua banda e logo mudou o tom mais intimista para uma super produção em alto e bom som. Fumaças, iluminação colorida, e muita agitação do cantor dominaram o ambiente e deram uma pausa para Gadu, que se retirou para voltar apenas na última canção. Em meio a guitarras e baterias, ganhou destaque a sanfona nas mãos de Aznar, que conferiu uma levada de interior às melodias protagonizadas pela banda.
Se nesse momento os fãs clubes se desapontaram, o restante das pessoas se animou com clássicos de Mercedes Sosa, a exemplo de Los Hermanos, cantados em ritmo às vezes mais empolgante e outras mais lento, ideal para quem queria dançar juntinho ou então se "jogar na pista", ou no meio da escadaria da arquibancada mesmo.
Depois, Aznar convocou Maria Gadú para voltar ao palco e cantar com ele o "boa noite" do terceiro dia de festival, Lanterna dos Afogados, mutuamente aplaudida pelos dois públicos presentes no Jockey Club.
O bis ficou só por conta do argentino que cantou a conhecida brasileira A carne entre berros de alguns que pediam mais silêncio e respeito daqueles que já tinham se desinteressado pela atração. E, quando os relógios já marcavam 23h27, Aznar deixou o palco suando de animação e agradecendo a todos os presentes.

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