Não importa se o Moinho é um grupo baiano ou carioca. Os pés estão bem cravados à beira da Baía de Todos os Santos e as antenas instaladas às margens da Guanabara. O que se vê e ouve no CD/DVD “Moinho Ao Vivo” é que, mais do que baiano ou carioca, o Moinho é do palco. O grupo encerra sua temporada, em duas únicas apresentações.
Formado por três “veteranos” da música pop brasileira (Emanuelle Araújo, Lan Lan e Toni Costa), o grupo foi concebido no meio da efervescência que o bairro da Lapa, no Rio de Janeiro, viveu na última década, Forjado na famosa “escola da noite”, junto com uma série de parceiros cariocas, o trio conseguiu criar uma liga fortíssima e ainda acrescentar uma nova cara a um vasto repertório do samba baiano.
Além de todo o repertório de clássicos do samba da Bahia, que imprimem o DNA da banda, há ainda um repertório próprio muito bem resolvido. Juntas, essas faixas ocupam mais da metade do CD e DVD. É o caso, por exemplo, do hit “Esnoba”, de “Na Lapa” ou mesmo de “Samba menina”. Músicas dançantes, com linhas melódicas fortes, daquelas que só precisam das duas primeiras notas para identificá-las e sair cantando junto. E para levar o samba para outras fronteiras além da ponte Rio-Bahia, a banda recupera os presentes dados no primeiro disco por um paulista, Nando Reis (“Hoje de noite”), e uma mineira, Ana Carolina (“Doida de varrer”).
Teatro Rival Petrobras. Rua Álvaro Alvim, 33/37 - Cinelândia. Quarta, 12 de maio às 20h. R$ 40,00(Inteira) R$ 30,00 (Os 100 primeiros pagantes) R$ 20,00 (Meia) Classificação: 16 anos.
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