11ª edição traz longas de ficção e documentários sobre 50 anos de bossa.
'Romance' de Guel Arraes abre festival, que tem oito filmes em competição.
Trinta filmes de todos os gêneros estão no programa do 11º Festival do Cinema Brasileiro de Paris, que, de 29 de abril a 12 de maio, convida os espectadores a uma viagem pela cinematografia do Brasil e celebra o os cinquenta anos da bossa nova.
Organizado pela associação Jangada, o Festival tem como objetivo promover o cinema brasileiro na França.
Esta edição é realizada em um famoso cinema, o Latina, recentemente revitalizado com o nome de Novo Latina, nome bem apropriado, já que há mais de duas décadas o local é dedicado à descoberta e à promoção das obras cinematográficas dos países latinos na capital francesa.
"Romance" de Guel Arraes abrirá o festival, cuja primeira semana será dedicada aos filmes de ficção, com oito longa-metragens em competição e quatro fora de concurso.
A segunda semana será dedicada aos documentários, com cerca de vinte obras programadas.
Bossa nova
Em ocasião do aniversário de cinquenta anos do nascimento da bossa nova, as duas mostras dedicam um amplo espaço a esse estilo musical emblemático do Brasil.
O Festival apresentará três documentários que narram sua história ou a de seus mais conhecidos nomes: "Coisa mais linda - Histórias e casos da bossa nova", de Paulo Thiago. "A casa do Tom, mundo, monde, mondo", de Ana Jobim, e "Vinícius", de Miguel Faria Jr.
A bossa também estará presente na competição de filmes de ficção em obras como "Os desafinados", de Walter Lima Jr, uma crônica do Brasil dos anos 60 e 70 através da história dos músicos de um grupo de bossa nova, ou "Chega de saudade", de Laís Bodanzky, que conta as histórias de um salão de baile de São Paulo que serve de ponto de encontro para homens e mulheres que dançam para fugir da solidão.
"Feliz Natal", de Selton Mello, "Meu nome não é Johnny", de Mauro Lima, "Se nada mais der certo", de José Eduardo Belmonte, "Um romance de geração", de David França Mendes, "Todo mundo tem problemas sexuais", de Domingos Oliveira, e "Verônica", de Maurício Farias, completam a seleção em competição.
"Palavra (en)cantada", de Helena Solberg, terá no dia 12 de maio a honra de encerrar o Festival, no qual a música será também a protagonista principal com a participação de grandes músicos e cantores brasileiros.
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